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Viola Davis comenta críticas sobre sua atuação como Michelle Obama: “É incrivelmente doloroso”

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Viola Davis como Michelle Obama. Foto: Showtime.

Em nova entrevista para a BBC, Viola Davis comentou pela primeira vez sobre como está lidando com as críticas negativas em torno da série ‘The First Lady’. Interpretando Michelle Obama dentro da obra, a performance da atriz vencedora do Oscar recebeu chuva de comentários negativos por parte do público e dos críticos.

Diversos debates invadiram as redes após a estreia da série, alegando que o resultado da obra mais parecia uma caricatura da ex-primeira dama dos Estados Unidos do que uma representação digna. “É incrivelmente doloroso quando as pessoas dizem coisas negativas sobre o seu trabalho. Como você segue em frente com a mágoa, com o fracasso? Mas você tem que seguir“, destacou Davis. “Nem tudo será uma performance digna de prêmios. Os críticos não servem para absolutamente nada. E não estou dizendo isso para ser desagradável”.

Viola Davis como Michelle Obama em ‘The First Lady’. Foto: Showtime.

Davis diz que não faz ideia do que a ex-primeira dama achou da série e defende que interpretar alguém tão familiar quanto Michelle Obama foi “quase impossível”. “Ou você está fazendo muito ou não o suficiente”, pontuou a estrela.

Apesar das críticas negativas, Viola enfatiza que faz parte do seu ofício buscar por trabalhos arriscados e desafiadores, mesmo que o resultado não seja dos melhores. A atriz também destacou a forma como os críticos – e a indústria de forma geral – sempre esperam pelo seu fracasso. “Eles [os críticos] sempre sentem que estão lhe dizendo algo que você não sabe. De alguma forma, você está vivendo uma vida cercada por pessoas que mentem para você e ‘eu vou ser a pessoa que se inclina e lhe diz a verdade’. Assim, eles têm a oportunidade de serem cruéis com você“, destacou Viola. “Mas, em última análise, sinto que é meu trabalho como líder fazer escolhas ousadas. Vencer ou falhar, é meu dever fazer isso“.

Exibida no Brasil pela Paramount+, ‘The First Lady’ apresenta um mergulho nas vidas pessoais e políticas das primeiras-damas dos Estados Unidos, explorando desde suas jornadas a Washington, a vida familiar e as contribuições políticas que mudaram o mundo.

Carnaval sempre foi sobre ‘macumba’

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Foto: Vítor Melo

No Rio de Janeiro, das doze escolas que desfilaram no Grupo Especial nos dias 22 e 23 de abril, oito sambas-enredo foram sobre as religiões de matriz-africana.

A Acadêmicos do Grande Rio, da Baixada Fluminense, tem se mostrado a favorita entre os internautas e tem a chance de levar título inédito no carnaval carioca.

O enredo “Fala, Majeté! As sete chaves de Exu”, emocionou o povo negro e do terreiro, com uma presença impecável, canto forte e muita fé envolvida, com a proposta de desmistificar a figura demonizada de Exu, associada pelos cristãos.

Entretanto, as homanagens feitas as divindades de matriz africana foram criticadas por muitos preconceituosos.

https://twitter.com/BlogPequi/status/1518339801837182976
https://twitter.com/gabrielchefe7/status/1518649325970202624

A origem do Carnaval

Em entrevista ao Mundo Negro, a diretoria da página ‘Samba Abstrato’ explica como surgiu o Carnaval e a sua relação a população negra.

“Se a gente voltar lá pro Egito, pro Kemet, os pretos já faziam uma festa anual pra celebrar as cheias do rio Nilo, pra Deusa Ísis, para celebrar a fartura, a natureza. Eles enfeitavam os barcos, criavam canções. A sabedoria de fazer essa festa, ela já é nossa há milênios e já foi embranquecida, quando na Roma Antiga, os europeus, passam a praticar essas festas como festas pagãs. Muitas pessoas vão dizer que o Carnaval é de origem europeia, quando na verdade ele é de origem africana”, explicam.

“Eu cresci numa escola de samba e que era uma coisa de preto. Onde elas estavam há 20 anos? Conforme foi melhorando o poder aquisitivo da escola, foi atraindo essas pessoas e tudo bem porque as culturas pretas são culturas de aproximação e de coparticipação mas a gente sabe que a branquitude não sabem participar, eles tomam pra eles”, explica um dos membros, com três gerações de família em uma escola de samba de São Paulo e Mestre em Linguística.

Esse momento marcante foi muito bem visto pelos religiosos. O professor Luiz Rufino, publicou um poema sobre o que é Exu e o papel importante da Grande Rio. Em um trecho ele cita que a escola “assumiu Exu como o texto seminal que nos possibilita outras rotas de vida, alegria e liberdade sacudindo o quebranto do esquecimento imposto por um modelo de mundo que se quer único”.

https://twitter.com/NossosOrixas/status/1518124200212549632

“Exu é uma divindade complexa, é energia circular e infinita, movimento, luta, insubmissão, mudança, que se transforma em incontáveis entidades e que tem muito a ver com a nossa ancestralidade. Mas que é visto com restrição por muita gente. O enredo deste ano, como dos anteriores, visa a desconstruir essa imagem estereotipada, o racismo religioso, a intolerância e a demonização de religiões como o candomblé, a umbanda e as macumbas. Por isso, as sete chaves, para abrir o conhecimento sobre Exu”, disse o carnavalesco Gabriel Haddad ao G1.

Emocionado, o cantor Carlinhos Brown, um dos compositores da escola Mocidade Independente, em entrevista a TV Globo, disse que os enredos deste ano foram escritos pelos orixás. “Desde (os anos) 80, eu nunca vi nada tão sincronizado”.

O enredo escrito pelo Carlinhos Brown, “Batuque ao Caçador”, foi uma homenagem a Oxóssi, orixá regente da Mocidade. A escola teve problemas técnicos, que atrapalhou a evolução da apresentação, e ainda sim teve um desfile impactante e com belas fantasias.

O significado originário de macumba é o nome de um instrumento de percussão africano e o samba surgiu dos batuques feitos pelos africanos escravizados no Brasil. Sendo assim, o carnaval sempre foi ‘da macumba’, já que assim continuam a chamar erroneamente, demonizando as religiões afros.

Douglas Silva e o jogo que compensa

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Foto: Reprodução.

O ator Douglas Silva, ou DG, como ficou conhecido na edição 22 do BBB, trilhou um caminho ousado em sua trajetória dentro do reality. Com mais de 20 anos de carreira e sendo o primeiro ator brasileiro a ganhar um Emmy, Douglas entrou no reality em busca de visibilidade. Mas não valia tudo pra ser destaque no jogo.

Nada valia mais do que a verdade de DG ali dentro. Ele acertou, errou, entrou em discussões, mas não jogou para a plateia. DG acreditou de verdade em jogar com o coração. Estratégia que muitas vezes é criticada, porque afinal de contas, é R$1,5 milhão em jogo. Mas será que Douglas não tinha percebido antes de muitos de nós que a trajetória que se constrói durante o jogo rende mais frutos do que ser o vencedor do programa?

https://twitter.com/Silva_DG/status/1518606684989624320

Com o BBB22 o Brasil conheceu uma face de Douglas que vai muito além do seu marcante trabalho em Cidade de Deus, a gente conheceu o pai da Maria Flor, o amigo dos amigos, o cara que não tem vergonha de não saber, de querer melhorar, e um homem que sabe que não dá pra falar tudo o que quer no momento que quer.

Por diversas vezes, Douglas teve oportunidade de pontuar de maneira explícita seus posicionamentos sobre a questão racial, como quando conversou com Natália e Jessi sobre como gostaria de ver mulheres negras na final do BBB. Mas Douglas é um homem preto nascido e criado no Brasil, e sabe que falar tão abertamente sobre militâncias e decisões baseadas em raça só rende bons frutos quando você é branco. Então, ele logo remendou: “É uma escolha pessoal minha, não é por nada demais”.

https://twitter.com/a_jessilane/status/1493187502320009219

A estratégia de DG no jogo foi a estratégia de quem tem que saber ler as entrelinhas da vida para continuar vivendo. Mesmo quando aceitou tomar atitudes mais focadas numa racionalidade dentro do jogo, ele sempre manteve seguros aqueles que faziam sentido para o seu coração, porque mesmo quando existe R$ 1,5 milhão em jogo, tem coisas que não compensam.

Todas as enquetes apontam para um resultado do BBB onde DG não levará o prêmio do jogo para casa. Mas esperamos que com toda a visibilidade que ele foi buscar e conquistou, o mercado audiovisual e a própria emissora valorizem o trabalho deste grande ator, e que a gente possa vê-lo com o merecido destaque nos anos por vir.

“Sai, Hétero!”: Rodrigo França se torna sócio de Camarote LGBTQIA+ do carnaval do Rio

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Rodrigo França, Allex Cruz e Anderson Oliveira. Foto: Divulgação.

O evento open bar também irá oferecer jantar premium para 300 convidados e será realizado nesta sexta-feira(29), na Sapucaí, anunciando o Camarote do Sai, Hétero!

O ator e dramaturgo Rodrigo França se tornou um dos sócios do bloco do Sai, Hétero!, que, este ano, também terá um camarote na Sapucaí. A festança para 300 convidados em parceria com o Camarote Lapa será realizada no dia 29 de abril. Nesse segundo período de folia no ano, o Carnaval não acaba quando termina, porque a programação de festas no sambódromo irá durar até o feriado de 1º de maio.

Um time de peso firmou sociedade para profissionalizar o carnaval do ‘Sai, Hétero!’. A ideia é criar uma megaestrutura e buscar investidores para manter viva a mensagem social contra a fobia LGBT e qualquer forma de discriminação contra minorias. Entre os novos sócios estão, o advogado e empresário Allex Cruz, o ativista e promotor de eventos Victor Ribeiro, o publicitário e produtor Anderson Oliveira e Rodrigo França, cineasta, dramaturgo, filósofo, empresário e ator da segunda temporada da série Arcanjo Renegado.

Rodrigo França explica que o objetivo é trazer mais pluralidade para o carnaval com entretenimento de qualidade. “O bloco é quase um universo paralelo, um mundo ideal onde a diversidade se encontra para festejar. Junto com os meus sócios queremos trazer o que há de melhor em entretenimento visando a pluralidade” conta.

“Estamos trazendo o conceito do Sai, Hétero! pelo primeira vez para a Sapucaí. Em 2023, no próximo carnaval, o camarote vai ser a nova sensação da festa” explica Allex Cruz, um dos sócios da marca.

Grande revelação dos últimos carnavais, o ‘Bloco do Sai, Hétero!’ surgiu em 2018 no Rio de Janeiro como uma resposta bem-humorada à discriminação sofrida por lésbicas, gays, travestis e transexuais. A ideia surgiu entre um grupo de amigos ativistas em prol da causa LGBT. A militância virou uma festa que ganhou uma mega proporção entre a sociedade carioca e começou atrair pessoas de todas as tribos, inclusive, heterossexuais. Aclamado, o ‘Sai, Hétero!’ ganhou  as ruas do Rio e eventos organizados que já reuniu mais de 30 mil pessoas.
 
O que era uma manifestação de forma bem-humorada virou um grande negócio. Já passaram pelo bloco artistas consagradas, como exemplo, Lexa, Rebecca, Pocah, além de inúmeros DJ e personalidades da noite gay. A ex- bbb Ariadna Arantes foi eleita madrinha do carnaval 2022. 
 

Homem negro acusado injustamente de furto na Zara é indenizado após acionar a justiça

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

O bissau-guineense Luiz Fernandes Junior foi indenizado após ser acusado injustamente de roubar uma mochila numa loja da Zara, no Shopping da Bahia, em Salvador. Segundo informações do advogado de defesa, Thiago Thobias, o acordo foi feito no início do mês de abril.

“Em 22 anos atuando na defesa de vítimas de racismo, esse é um caso inédito para mim por três motivos: é a primeira vez que eu vejo uma empresa tomar a iniciativa de fazer um acordo extrajudicial, realizar esse acordo em tempo recorde e ainda por cima indenizar a parte ofendida com um valor muito superior ao que a Justiça brasileira costuma arbitrar”, declarou Thobias.

A quantia da indenização não foi revelada, mas anteriormente, a defesa do bissau-guineense já tinha anunciado que iria pedir um valor na ordem de R$ 1 milhão contra a loja e o shopping, de forma a desestimular o racismo, com caráter educativo e punitivo. “Somente uma indenização de alto valor poderá desestimular os autores de práticas reiteradas de racismo. O caráter educativo e punitivo tem que se fazer suficiente para evitar que tais práticas se repitam”, enfatizou Tobias, em janeiro.

“Me senti humilhado por ser negro. Foi como se ele tivesse me matado e me deixado na rua, de qualquer jeito. Doeu muito. E em nenhum momento eles pediram desculpas. Eu cheguei em casa arrasado, com uma dor de cabeça intensa”, comentou Fernades Júnior na época do ocorrido.

Luiz Fernandes mora atualmente em São Francisco do Conde, município da Bahia, onde cursa um mestrado na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Após casos de racismo em novela das seis, Globo contrata diretor negro para o próximo folhetim

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Rogério Sagui. Foto: Daniel Torres.

O cineasta Rogério Sagui será um dos diretores de ‘Mar do Sertão’, nova novela do horário das 6 na Rede Globo. Escrita por Mario Teixeira e com direção geral de Allan Fiterman, a nova novela, que substituirá ‘Além da Ilusão’, contará com uma ampla gama de atores nordestinos, apresentando um “novo olhar sobre a representatividade”, segundo a colunista Patrícia Kogut.

O tom de representatividade adotado pela emissora para o folhetim das 6 acontece após os casos de racismo relatados nos bastidores da novela ‘Nos Tempos do Imperador’, criticada por romantizar a escravidão. O diretor da novela, Vinícius Coimbra chegou a ser afastado da emissora, após casos de segregação serem relatados e denunciados por atrizes do folhetim durante exibição da obra.

Rogério Sagui. Foto: Daniel Torres.

A trama de ‘Mar do Sertão’ retratará um Brasil “profundo como o oceano, reluzente como o sol”, com foco nos conflitos entre os coronéis e dinastias do sertão. Rogério Sagui já realizou diversas produções ao longo de sua carreira, como o documentário de curta-metragem ‘As  Memórias de um Quilombo Vivo’ e o premiado filme de ficção ‘Rosa Tirana’

A data de estreia de ‘Mar do Sertão’ ainda não foi anunciada.

Eliezer fala sobre seu envolvimento com Maria no BBB: “muito diferente do relacionamento com Natália”

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Foto: Globo / João Cotta.

Último eliminado do Big Brother Brasil 22, Eliezer comentou, em recente entrevista para a Globo, detalhes sobre sua relação com Maria e Natália. Para o empresário, as relações que ele desenvolveu com as sisters o ajudaram a aliviar a pressão dentro da casa, mas de formas completamente diferentes. “Meu relacionamento com a Maria foi muito diferente do meu relacionamento com a Natália. Eu e a Maria já estávamos no caminho de nos tornarmos grandes amigos“, declarou Eli. “Nós já éramos muito amigos e tínhamos uma situação à parte, entre homem e mulher. Era algo muito pontual, que foi conversado antes de acontecer. Nós dois já sabíamos como seria se acontecesse. Sempre ficávamos eu, Maria e Vyni e o papo começou a evoluir em relação ao jogo, porque passavam os dias e a Maria ia para o game bem mais do que eu e o Vyni. Então, com certeza, além de minha amiga, ela seria uma aliada ali dentro, até porque a gente fazia parte do mesmo quarto“.

Eliezer e Maria. Foto: Reprodução / TV Globo.

Sobre sua relação com Natália, Eliezer contou que pensou apenas em curtição num primeiro momento, mas que o envolvimento ganhou intensidade com o tempo. “A relação com a Natália já foi diferente. A gente começou numa situação de ‘vamos só curtir’; depois algumas coisas aconteceram e a relação foi evoluindo“, enfatizou o ex-BBB. “Não tem como você estar numa casa com uma pessoa, conviver com ela o tempo todo e a relação se manter igual. Por mais que eu não tivesse o objetivo de fazer um casal lá dentro. Sempre que eu assistia ao ‘Big Brother’, eu achava que o homem do casal nunca ganhava o programa, então nunca foi meu objetivo”.

Eliezer e Natália. Foto: Reprodução / TV Globo.

Apesar de um aparente relacionamento, Eliezer declarou ainda que se aproximou de Natália porque os dois estavam vivendo um momento de fragilidade dentro do programa. Muitos usuários na internet chegaram a classificar o relacionamento do empresário com Naty como uma aproximação tóxica. “Quando o Vyni saiu e eu fiquei sozinho, a minha relação com a Natália ficou muito mais intensa, porque ela era a única pessoa que eu tinha naquele momento, que me ajudou e muito! A gente acabou tendo uma relação também de amizade em cima disso porque ela também estava num momento muito frágil, com várias questões com as meninas“, ressaltou Eli. “Era ela, de um lado, com questões com as meninas, e eu, de outro lado, com as minhas questões internas. Nós ficamos muito próximos naquele momento. Então, sim, principalmente a minha relação com a Natália, me ajudou a segurar a onda muitas vezes, ela foi muito parceira comigo“.

“Ele deu um tapa em todos nós”, diz mãe de Chris Rock sobre tapa de Will Smith

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Foto: Reprodução.

Rose Rock, mãe de Chris Rock, se pronunciou pela primeira vez sobre o tapa que Will Smith deu em seu filho durante a premiação do Oscar deste ano. Will agrediu Rock depois de ele fazer uma piada maldosa a careca de Jada Smith, que tem alopecia. Em entrevista à NBC, Rose disse que, no primeiro momento, pensou que a ação tivesse sido ensaiada pelos artistas, e só depois percebeu que a situação era real.

“Quando ele deu um tapa em Chris, ele deu um tapa em todos nós. Foi realmente como se ele tivesse me dado um tapa”, disse ela. Rose também disse que esperava que o pedido de desculpas de Will Smith tivesse sido feito diretamente a Chris, e não somente por meio de uma publicação nas redes sociais.

“O pessoal dele escreveu um artigo e disse: ‘Peço desculpas a Chris Rock’, mas algo assim é pessoal e você tem que procurar a pessoa'”, disse ela.

Sobre a punição que o artista recebeu, de ser banido da Academia por dez anos, ela disse que considera uma penalização adequada. “Eu não tiraria o prêmio dele e não vejo nenhuma boa maneira de fazerem isso”, explicou.

Emicida é o primeiro artista brasileiro a se apresentar no jogo Fortnite

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Foto: Bruno Trindade.

A experiência, que estreia em 29 de abril e ficará disponível no jogo por 72 horas, faz parte da Série Onda Sonora do Fortnite e marca os 13 anos do Laboratório Fantasma

Emicida já lotou casas de Sul a Norte e, agora, está prestes a aumentar a lista de territórios para onde já levou seu som e a cultura brasileira. No dia 29 de abril, às 19h, o rapper paulistano estreia um show inédito dentro do popular jogo online Fortnite. A experiência – disponível globalmente por 72 horas ininterruptas – faz parte da Série Onda Sonora, uma celebração da música e dos artistas de todo o mundo que acontecem em suas próprias experiências interativas – com Emicida sendo o primeiro brasileiro a participar.

O show no Fortnite marca não só a carreira de Emicida, mas também aponta para a consolidação da Laboratório Fantasma (empresa que ele comanda ao lado do irmão, Evandro Fióti, há 13 anos) como um dos principais construtores de narrativas multiplataforma, com o objetivo de transformação para uma sociedade menos desigual.

A experiência vai além do jogo: o público poderá assistir em 15 cinemas Cinemark em todo o Brasil (três sessões em cada cinema, a entrada será um combo pipoca); e também haverá uma linha de roupas com tema Fortnite com 13 peças, entre moletons, croppeds, meias e camisetas. Esta será a primeira coleção lançada pela LAB globalmente por meio de seu e-commerce (as peças ficarão disponíveis a partir do dia 29 de abril no site da LAB).

“Vejo a oportunidade de criar essa experiência no Fortnite como algo muito especial. Além de sermos fãs do jogo, eu e o pessoal do Laboratório Fantasma somos contadores de histórias que transformam a realidade. Poder fazer isso nessa nova perspectiva, no jogo, é algo que nos move. Será histórico poder levar nossa história e cultura brasileira, por meio do rap, aos quatro cantos do mundo”, comenta Emicida.  

A apresentação contará a história do rapper, que quebrou paradigmas na indústria fonográfica e do entretenimento na última década, e passará por cenários que dialogam diretamente com sua trajetória, não apenas criando uma conexão com seus fãs, mas também contextualizando para o conheçam mundo afora, já que o jogo rompe as fronteiras geográficas. Com uma linguagem inovadora e disruptiva, unindo o que há de mais moderno do ponto de vista da produção de conteúdo e captura de movimento, a experiência trará uma performance inédita entre o verdadeiro Emicida e seu avatar 3D.

“Ao longo desses 13 anos, contribuímos para elevar o respeito à cultura periférica dentro do mercado de música, moda e entretenimento. Estou muito feliz e realizado por poder ser uma empresa que vem da periferia de São Paulo e poder contribuir com uma experiência que marca parte do que é o futuro do entretenimento. Prova que quando nos conectamos pelo nosso propósito, podemos chegar mais longe e transformar vidas. Essa parceria com o Fortnite só reforça esse movimento estratégico da nossa parte.”, comenta Evandro Fióti, CEO do LAB. “Sempre que expandimos nossa linguagem e negócios de forma pioneira para outras plataformas, buscamos influenciar positivamente o mundo, com os valores da cultura negra e do hip hop. É possível impactar a sociedade de forma positiva e contribuir para a construção de um mundo melhor. É possível mudar o ambiente por meio da música, independente da plataforma, e colocando a cultura como uma importante forma de impacto social, seja por meio de um disco, um livro, um desfile de moda ou dentro de um game. É isso que a Laboratório Fantasma faz”, completa.

Além da experiência de assistir Emicida na Série Onda Sonora, os fãs também poderão desbloquear um “gesto de dança” ao som da música “Triunfo”, single que é um marco na história do rap brasileiro. A música “Levanta e Anda”, música icônica da carreira do artista, também poderá ser desbloqueada como “faixa do lobby”, complementando a experiência. Ambos estarão disponíveis na Loja de Itens do Fortnite.

Para acessar a experiência:

Baixe Fortnite gratuitamente disponível para PCs e consoles ou certifique-se de que a versão já instalada no seu dispositivo está atualizada. Os jogadores deverão então selecionar o ícone SÉRIE ONDA SONORA: EMICIDA. É possível assistir com várias pessoas ao mesmo tempo, convidando amigos da sua lista dentro do jogo.

O que aprendemos com Paulo André e Douglas Silva, finalistas do BBB 22

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Foto: Reprodução / Instagram.

O Big Brother Brasil 22 chega à sua reta final com dois homens negros finalistas, pela primeira vez na história do programa. Agora, o atleta Paulo André Camilo e o ator Douglas Silva disputam o prêmio de R$ 1,5 mi ao lado de Arthur Aguiar. Mas além do feito histórico e de estarem, agora, entre as dez pessoas negras que já chegaram à final do BBB, PA e DG deixaram muitas outras marcas com suas passagens no programa.

O respeito, carinho e a afetividade que estabeleceram entre seu grupo de amigos demonstrou, em rede nacional, que os esteriótipos associados a homens negros como brutalidade, falta de afetividade, e tantas outras falácias associadas a meninos e homens negros no país servem ao único propósito de perpetuar uma imagem negativa dos homens pretos.

Desde antes de entrar no programa, a relação de Douglas Silva e sua filha, expressada em inúmeros vídeos nas redes sociais já deixavam explícito que ele era um cara que valia a pena conhecer mais de perto. O desejo de Douglas de se deixar ver em sua verdade diz muito sobre as armadilhas e condenações que a que o racismo condena pessoas pretas diariamente. Por que um ator, internacionalmente conhecido, o primeiro brasileiro indicado ao Emmy precisaria recorrer a um reality show para ter visibilidade? Porque ser muito qualificado no que faz não é o bastante no Brasil racista.

O mesmo se estende a Paulo André. O atleta levou o Brasil de volta a competições e pódios onde não estava desde a década de 90. Com uma carreira brilhante, precisou recorrer ao reality porque a regra também vale para ele: só ser excelente na sua área de atuação, não basta. E aí, se alia a isso, para além da sua negritude, a falta de políticas governamentais de apoio ao esporte, por exemplo.

O fato é que de toda maneira, os dois chegam vitoriosos e triunfantes à final do BBB deste ano com uma trajetória marcada por honestidade, generosidade e afeto. Construíram em torno de si um grupo pautado em relações de amizade, afeto e cuidado, palavras que frequentemente não são associadas a homens parecidos com eles.

Mas, da mesma forma que milhares de homens negros fazem diariamente no Brasil e no mundo, foram em busca de uma vida melhor e de reconhecimento para eles mesmos e suas famílias. Famílias, aliás, que têm se orgulhado de suas trajetórias e valorizado, a cada passo o esforço destes dois nesta empreitada no programa.

Qualquer resultado que seja diferente da vitória de um destes dois hoje, revela que o modelo de votação do BBB está falido e com os dias contados. Mas, sem dúvida nenhuma, os dois se coroaram vencedores desta edição, mostrando a quem consegue perceber que masculinidade preta e afetividade frequentemente andam de mãos dadas.

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