No último dia 28 de Dezembro, o estudioso em Ciências Humanas, Luis Fernandes Junior foi acusado injustamente de furtar uma mochila na loja Zara, em Salvador. Agora, o profissional anuncia que entrará com uma ação indenizatória na ordem de R$ 1 milhão contra a loja e o shopping envolvido.
Mais um caso de racismo na Zara em Salvador. O segurança obrigou um homem negro a abrir a mochila sem qualquer justificativa.
Até quando a Zara continuará impune? RACISMO É CRIME! pic.twitter.com/nCfCrNPT08Notícias Relacionadas
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— Vivi Reis (@vivireispsol) December 29, 2021
O advogado Thiago Thobias, responsável pela defesa de Fernandes Júnior, anunciou que alto valor da indenização possui caráter educativo e punitivo. “Somente uma indenização de alto valor poderá desestimular os autores de práticas reiteradas de racismo. O caráter educativo e punitivo tem que se fazer suficiente para evitar que tais práticas se repitam”, declarou. Segundo advogado, ação de processo será protocolada na semana que vem, após o dia 10 de Janeiro, quando o judiciário retorna do recesso de fim de ano.
Ao G1, Fernandes Júnior revelou que vive momento de abalo psicológico: “Eu não estou nada bem. Foi uma situação de segundos que acabou com tudo o que eu construí ao longo do tempo” comentou. “Eu só espero que a justiça seja feita e que os cometedores desse tipo de violência desumana paguem pelos erros deles. Eu sei que nada pagará e apagará essa humilhação, mas espero que essa seja uma medida que faça com que eles repensem, e que ajude para que não aconteça mais com outras pessoas”, declarou Luís.
Vale destacar que esta não é a primeira vez que a Zara se envolve em situações de racismo. Em outubro de 2021, outra unidade da loja, no Ceará, foi acusada de possuir um “código de conduta” para identificar quando pessoas que não são consideradas “dentro do padrão” entram no local.
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