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Mulher que atacou filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso já foi liberada da prisão

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Foto: Reprodução / Redes Sociais;

A mulher responsável por atacar com comentários racistas os filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, nesta última tarde de sábado (30), já foi liberada pela polícia. Ela chegou a ser presa no restaurante português Clássico Beach Club, local onde cometeu o crime, mas a detenção não durou muito tempo. Segundo informações do jornal ‘Público’, a criminosa alegou que estava alcoolizada no momento da detenção. Testemunhas também relataram que ela chegou a insultar os policiais responsáveis pela ocorrência.

Segundo a assessoria de Giovanna e Bruno, os artistas já prestaram queixa contra a racista, de maneira formal, na delegacia portuguesa. A mulher branca em questão, que passava na frente do restaurante, xingou, deliberadamente, não só Títi e Bless, filhos dos brasileiros, mas também a uma família de turistas Angolanos que estavam no local – cerca de 15 pessoas negras. A criminosa pedia que eles saíssem do restaurante e voltassem para a África.

Giovanna Ewbank foi vista defendendo os filhos contra o ataque racista da criminosa. Num vídeo que circulou por toda a internet, a atriz aparece discutindo cara a cara com a referida mulher. “Racista nojenta. Filha de uma p*ta, isso que você é. Horrorosa, feia. Eu tenho pena de você”, disse Ewbank.

Giovanna Ewbank e o papel dos brancos no enfrentamento ao racismo

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Foto: Reprodução.

No último sábado (30), veio a público o caso de racismo sofrido por Titi e Bless, filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso durante viagem da família a Portugal. Uma branca racista teria pedido para que as duas crianças e também uma família de angolanos que estava no mesmo restaurante se retirasse do ambiente e “voltasse para África”, conforme informou nota da assessoria de imprensa que atende Bruno e Giovanna. Após denúncia de Bruno, a criminosa foi presa.

https://www.instagram.com/p/CgpxtPsDrMo/

Nos vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver a defesa veemente que Giovanna faz de seus filhos e a confrontação direta que faz da racista. Inclusive nomeando especificamente o crime que meliante cometeu. Automaticamente, muitas pessoas negras, famosas ou não, repercutiram na internet sobre o que aconteceria se uma mãe preta reagisse da mesma maneira que Giovanna.

A cineasta Renata Martins pontuou que “a racista se acovardou diante do posicionamento firme de Ewbank. Silenciou-se e apequenou-se diante do reflexo da imagem de Gio”.

Ao desconsiderar que existam famílias de configuração racial diversa, a racista certamente não imaginou que aquele casal de brancos dos olhos azuis seriam pais de Titi e Bless. Certamente não é uma racista de primeira viagem e conhece os efeitos que a reação de uma família negra, em um restaurante de uma cidade turística de luxo teria contra ela e se sentiu à vontade para proferir seus insultos racistas com a certeza de que nada aconteceria com ela. No entanto, não contava com o fator Giovanna e Bruno.

Ambos brancos, os pais de Titi e Bless, assim com a racista, têm consciência de seus privilégios enquanto uma família branca no Brasil e fora. Como privilégio branco não é algo do que se pode abrir mão, o que resta é fazer bom uso dele quando necessário, como fez Giovanna, defendendo suas crianças de um ataque racista e dando nome aos bois.

A atriz e jornalista Tia Má também falou sobre isso em suas redes sociais. Na opinião dela, “ter ciência dos privilégios é saber usar quando é necessário”.

https://twitter.com/tiamaoficial/status/1553559011848556549

Em uma entrevista recente ao podcast “Quem Pode, Pod, comandado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme, Bruno Gagliasso disse que um dos principais medos que ele tem na criação dos filhos é a violência racista. .”Isso é uma coisa que está na vida de quem é preto, não tem jeito. É um papo que doi, mas tem que ter”, disse o ator emocionado.“A melhor forma de defendê-los é dando informação, é ensinando, é mostrando e sendo verdadeiro. Eu quero meus filhos fortes, ensinando outras crianças brancas a defender outras crianças pretas, a se unir. Quero que meus filhos façam a diferença”, disse o ator na ocasião.

Beyoncé dedica álbum ‘RENAISSANCE’ ao seu tio Johnny: “O homem gay mais fabuloso”

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Foto: Divulgação.

Além de todas as conquistas e recordes do álbum ‘RENAISSANCE’, não podemos deixar de enfatizar a dedicatória feita por Beyoncé dentro do projeto. A cantora dedicou o novo disco ao seu tio Johnny Knowles, que morreu por complicações de HIV. “Ele foi o homem gay mais fabuloso que eu já conheci, e ajudou a criar minha irmã e eu. Ele viveu sua verdade, foi corajoso e destemido numa época em que esse país não era tão receptivo”, disse Beyoncé no encarte do álbum.

Tina Knowles, mãe de Beyoncé, ao lado de Johnny Knowles. Foto: Divulgação.

A mãe de Beyoncé, Tina Knowles, também comentou sobre a importância do tio Johnny dentro da família. “Eu posso ouvi-lo agora lá do céu dizendo ‘Lucy eu te dei essa foto’. Ele sempre me chamava de Lucy depois de Lucille Ball!!“, escreveu ela nas redes. “Johnny era o ser humano mais próximo do mundo para mim, éramos inseparáveis ​​crescendo! Mais tarde, ele foi minha babá / governanta / designer / parceiro de dança / confiante e melhor amigo. Eu ria constantemente com ele e confiava nele incondicionalmente! Quando ele morreu, um pedaço de mim foi com ele. Solange e Beyoncé o adoravam. Ele me ajudou a criá-las. E influenciou seu senso de estilo e singularidade. Você vê, Johnny adorava house music! E apresentei o estilo aos meus filhos desde cedo. Ele está sorrindo do céu com o que Bey fez agora“.

Embalado com hinos empolgantes que ressoam em todos, RENAISSANCE é uma culminação de liberdade e fuga que incentiva júbilo inimaginável e movimento com abandono. A intenção singular de RENAISSANCE é mostrar música que mexe com você na alma e incentiva seus pés dançantes. É uma celebração de uma era de clube em que qualquer um que se sentia como um forasteiro se procurava e formava uma comunidade de buscadores de liberdade para se expressar criativamente através do ritmo, que ainda hoje celebramos.

Museu das Favelas estará aberto ao público, pela primeira vez, neste final de semana

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Foto: Carlos Pires / Black Pipe.

O Museu das Favelas, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, abre pela primeira vez ao público nos dias 30 e 31 de julho, das 11h às 17h, na ação intitulada “Abre Caminhos – nutrindo a nossa favela-árvore”. Na ocasião, mulheres periféricas e coletivos de mulheres da vizinhança do museu ocuparão o salão do espaço em uma feira de empreendedorismo, com diversos produtos e criações que estarão à venda; o público ainda poderá assistir as apresentações de Bernadete do Peruche (matriarca do samba paulista) e Nega Duda (sambadeira do Recôncavo Baiano), além de participar de oficinas de dança, intervenções culturais, rodas de conversa e brincadeiras populares destinadas às crianças.

Foto: Divulgação.

A ação pontual “Abre Caminhos – nutrindo a nossa favela-árvore” busca aproximar as pessoas do Museu das Favelas antes de sua abertura oficial, prevista para o 2º semestre de 2022, explica Carla Zulu, Coordenadora de Relações Institucionais e porta-voz do museu. A entrada é gratuita e, usando como tema o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o evento busca fomentar e impulsionar as produções, vivências, saberes e negócios culturais de mulheres de favela.

O Museu das Favelas está localizado no Palácio dos Campos Elíseos, edifício tombado pelo Condephaat, construído no final do século XIX, e localizado na Avenida Rio Branco, na região central da cidade, em uma área de mais de 4 mil m². Em razão da instalação do museu, estão sendo realizadas diversas ações de manutenção no 1º e 2º andar do edifício, e, assim, por enquanto, as atividades serão oferecidas nos pavimentos térreo e inferior. Após o evento, o Museu segue fechado para manutenção. A instituição está sob gestão, desde janeiro de 2022, do Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG. 

As mulheres do coletivo Quilombo PcD que trabalham pela inclusão com aulas de libras e serviços de maquiagem

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Maili Santos é fundadora do autointitulado Studio Móvel (Foto: Edilton Lopes)

Na última reportagem especial de Julho das Pretas, o MUNDO NEGRO entrevistou duas mulheres negras, integrantes do coletivo Quilombo PcD (Pretas, Pretos e Pretes com Deficiência), para falar sobre a vida pessoal, trabalhos e os desafios de ser uma pessoa negra e PcD no Brasil.

Phillipa Mbundu Silveira, 19, mora na zona Oeste do Rio de Janeiro e é instrutora de língua de sinais e empreendedora do Ph Libras desde 2020. Diagnosticada com autismo aos 7 anos, ela decidiu que trabalharia pela inclusão e acessibilidade e hoje faz graduação em letras-libras.

“Meu negócio tem como lema: “Transformando o mundo para a inclusão”. Ainda está no seu estágio de desenvolvimento. A libras entrou na minha vida quando eu tinha 13 anos e a partir dos 15, eu comecei a trabalhar fazendo cursos, oficinas, participações em igrejas a fim de trazer à minha região o conhecimento da libras e a importância da acessibilidade”.

Foi na igreja evangélica que Phillipa começou a se desenvolver para o mercado de trabalho. “Comecei a produzir peças teatrais na igreja. Eu escrevia os roteiros, ensaiava, e fazia cantina pra arrecadar dinheiro pro departamento de teatro, foi aí que comecei a entender um pouco sobre negócios e vendas”.

“Nesse ano, meu pastor pediu pra eu aprender libras para que eu pudesse incluir os surdos na nossa igreja. Eu procurei o curso, até que encontrei a Igreja Batista Independente Missão Socorro, onde na época tinha um encontro com surdos todas as terças e foi lá que eu comecei a aprender libras na prática, através da conversação. Durante os anos de 2016 e 2019, eu levei libras em algumas igrejas evangélicas da minha região. E segui com meu trabalho para outros rumos”, explica.

Foto: Arquivo pessoal

Para a instrutora de libras, a mãe trabalhar como enfermeira e servidora pública permitiu mais estrutura ao desconfiarem que ela poderia ser uma criança autista. “As suspeitas começaram desde os meus primeiros dias de vida. Aos 5, tive crises e surtos na escola, e esse foi um dos momentos mais difíceis da minha família. Minha mãe trabalhava em 3 hospitais e precisava correr de um lado para outro em busca de médicos. O diagnóstico não foi fácil de conseguir. Na igreja enfrentava também o capacitismo, e a escola era o centro de todo caos”, diz.

“Sabe o que é viver a exclusão na pele? Fui expulsa de um colégio no primeiro ano por não saberem ‘lidar’ e no outro, por não me adaptar à minha classe. Ficava na turma do maternal sem fazer as minhas atividades. Depois disso, eu fui a um colégio que tinha propostas inclusivas e isso mudou totalmente minha trajetória. Era um colégio de bairro pequeno, mas com uma diretora que tinha a inclusão como um valor”, lembra Phillipa.

Ao longos dos anos, a empreendedora conta que foi aprendendo a lidar com os surtos. “Hoje não tenho mais crises, mas sou dependente dos meus medicamentos e da psicoterapia. Por causa do “masking” (mascaramento), muitos não sabem que eu sou autista, mas só eu sei as dificuldades que eu enfrento”.

Foto: Arquivo pessoal

Mas por causa do racismo, ela ainda ainda precisou lutar muito para manter o equilíbrio emocional, especialmente com o assassinato do menino João Pedro no RJ a deixou muito abalada. “No período de maio de 2020, com diversos acontecimentos tristes para comunidade negra, eu tive uma espécie de surto. Os constantes estímulos de notícias negativas me afetaram tão fortemente, que quando eu estava tentando dormir, todas aquelas notícias passavam na minha cabeça como se fosse uma TV ligada que eu não conseguia desligar. Ser negra e PcD não é fácil”.

Quando se trata de evolução coletiva, Phillipa aponta que ainda há muito o que melhorar, especialmente morando nas favelas do Rio de Janeiro. “Como podemos fazer com que os espaços tenham menos estímulos no caos da cidade grande e da periferia? Não é algo que deve partir de uma pessoa, mas deve haver uma mobilização coletiva. O mercado de trabalho também tem muito a melhorar, quando se trata na inclusão de pessoas autistas”.

Phillipa agora está terminando de escrever o livro “Querer mais, querer novamente“: “É uma coletânea de relatos sobre meu processo de aprendizado de libras e sobre o meu trabalho e luta pela inclusão e pela acessibilidade”.

Foto: Edilton Lopes

Colorindo a vida com maquiagem

Maili Santos, 37, mora em Salvador, Bahia. Além de conselheira do Quilombo PcD, ela é fundadora do Studio Móvel Maili Santos, que proporciona serviço de beleza e conforto aos clientes. “Entendendo as particularidades de cada atendimento, levei como cultura na Studio Móvel, nos adaptar de forma mais diversa possível para cada vez mais termos uma experiência humanizada dos serviços. Atualmente estamos tentando implantar a língua de sinais para uma comunicação mais direta e natural com os clientes”. 

A maquiadora parou de andar com 1 ano e 9 meses após pegar uma bactéria na medula, descoberta tardiamente, pelas tentativas de aborto da genitora. “O diagnóstico foi muito tardio que só chegou 12 anos depois”, relata.

Dona Antônia tinha seis filhos quando adotou Maili ainda pequena. “Se eu estou viva é por causa dela. É uma mulher preta que lutou e sofreu muito para cuidar de nós. Lavava roupa pra ganhar o sustento e mesmo assim conseguiu me dar o melhor tratamento”.

Foi com o incentivo da mãe e o marido Edilton Lopes que se tornou uma maquiadora profissional. “A maquiagem entrou na minha vida por causa do meu tratamento contra a depressão. Devolveu cor pra minha vida, me deu propósito e eu faço de tudo para que possa colorir a vida de outras pessoas assim como a minha”, relata.

Foto: Edilton Lopes

Crescendo profissionalmente, Maili já planeja outro projeto e quer se destacar cada vez mais: “Eu quero dar orgulho para as minhas professoras que viram um objetivo em mim quando muitas escolas daqui da cidade não me deram oportunidades”.

A maquiadora também já estampou campanhas publicitárias e relata como é ser uma mulher negra e PcD na publicidade. “Não deveria ser, mas é desafiador. Principalmente no sentido de desconstrução de uma visão comum da sociedade sobre superação e força. Muitas vezes o viés de algumas campanhas nem são nesse sentido, mas é naturalmente associado. Por isso busco dialogar muito com as empresas para que a comunicação da campanha seja o mais direta possível”.

Apesar de não considerar Salvador uma cidade inclusiva, Maili é otimista com a evolução do acolhimento com as pessoas PcD’s. “Percebo uma crescente quando se refere ao diálogo entre pessoas com deficiência e as esferas da sociedade. Porém ainda é distante esse entendimento real em termos de educação para com as pessoas com deficiência. É necessário e importante que nós enquanto parte dessa sociedade estejamos de forma individual ou em coletivos nos apropriando da narrativa de pertencimento dos espaços”.

“Massacrado por defender a esposa”: Internet reage ao pedido de desculpas feito por Will Smith

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Foto: Reprodução / Youtube.

A internet está reagindo ao novo pedido de desculpas feito por Will Smith. Nesta sexta-feira (29), o ator publicou um vídeo de 5 minutos comentando, pela primeira vez, sobre o ocorrido no Oscar 2022, quando atacou Chris Rock com um tapa, após o comediante realizar um comentário ofensivo à Jada Pinkett Smith. “Estava tudo confuso naquele momento. Entrei em contato com Chris e a mensagem que voltou é que ele não está pronto para falar”, disse Smith em vídeo.

Chris Rock e Will Smith no Oscar 2022. Foto: ROBYN BECK/AFP via Getty Images.

“Quero falar para você, Chris, eu te peço desculpas. Meu comportamento foi inaceitável e eu estou aqui para falar quando você estiver pronto”, continuou o ator, que também pediu desculpas à mãe e à família de Chris. “Não pensei em como as pessoas ficaram magoadas naquele momento”.

Num recente show em Nova Jersey, o próprio Chris Rock também se manifestou sobre o assunto, destacando que apesar da dor que veio com a agressão, ele não se vê como uma vítima. “Qualquer um que diz que as palavras machucam nunca levou um soco na cara”, comentou ele. “Eu não sou uma vítima. Sim, essa merd* doeu. Mas eu deixei isso de lado e fui trabalhar no dia seguinte. Eu não vou ao hospital para um corte de papel“.

Nas redes sociais, comentários de apoio a Smith ganham destaque. “Ridículo como basicamente fizeram o Will Smith parecer ser uma das piores pessoas de Hollywood pra ele ter que vir meses depois pedir desculpa por defender a esposa sendo que tem gente que faz coisa MUITO pior que ele e é exaltado e garantindo papéis em grandes produções“, escreveu uma usuária no Twitter.

“Eu vendo o Will Smith se explicando sobre o ocorrido com o Chris Rock sendo que o Will claramente está certo. Por que ninguém pede explicações do Chris Rock também???? Massacrado por defender a esposa”, publicou outra conta.

Após o episódio do tapa, Smith acabou sendo banido da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.O Conselho decidiu, por um período de 10 anos a partir de 8 de abril de 2022, que o Sr. Smith não poderá participar de nenhum evento ou programa da Academia, pessoalmente ou virtualmente, incluindo, entre outros, o Oscar“, disse a instituição em comunicado oficial.

Natália rompe contrato com agência, tem número bloqueado e quase perde Instagram: “Eu tentei ao máximo manter isso no anonimato”

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Foto: Trumpas

A ex-BBB Natália Deodato relatou nesta quinta-feira (28), pelas redes sociais, as dificuldades que vem enfrentando com as agências desde que entrou no reality show no início deste ano.

Nesta semana, a modelo encerrou o contrato com a agência, mas ontem avisou os seguidores que estava sem WhatsApp. “Hoje eles hackearam o meu número, acabaram de bloquear. Foi um número cedido pela agência porque saí do BBB sem nada e eles me deram um chip com um plano atual”.

E fez um pedido: “A todos os meus contratantes, as pessoas que estão negociando, que conversam comigo, peço por favor para que não deem continuidade ”.

Além do Whatsapp, Natália também diz que quase perdeu o perfil no Instagram: “Tentaram hackearam meu Instagram várias vezes, mas está autenticado em dois fatores e está tudo certo. Não estou mais com aquele número e vou disponibilizar o número novo para vocês. Tá tudo bem e o meu advogado já está se posicionando e entrando com as devidas providências. Eu tentei ao máximo manter isso no anonimato, mas, infelizmente, o quão certo a gente é, toma no rab* ”.

Natália também desabafou sobre o mundo da fama e das pessoas que a tentaram passar a perna, quando ainda estava no programa. “Uma agência tentou fechar um contrato com multa de R$ 700 mil com minha mãe. Tive amigas envolvidas no meio desse trâmite que me apunhalaram pelas costas e receberiam R$ 100 mil por isso”.

“Essa primeira agência fez um péssimo serviço nas minhas redes, seguiram o Bolsonaro e não gerenciavam as crises no IG da forma que deveria”, afirma pelo Twitter.

https://www.instagram.com/p/CglJssYOzUD/

A modelo também fala sobre a falta de acolhimento da primeira agência quando saiu do reality show. “Inicialmente, quando eu saí do BBB, minhas manchas aumentaram, tive distúrbios emocionais”. E agora ela diz que está montando uma nova equipe de profissionais: “É um ninho de cobras. Tá querendo ser famoso? Já organiza a sua equipe”.

Para Natália, a agência sendo formada apenas por pessoas brancas também foi um problema para seu atendimento quando incluía pautas raciais. “Eles tinham que mandar para pessoas pretas fazerem, tinham que contratar”.

Nesta manhã, a ex-BBB voltou às redes para agradecer o apoio que tem recebido dos fãs. “Se não fosse por todo esse amor já teria desistido”.

https://twitter.com/nataliadeodato/status/1553006813540384770

A liderança negra é solitária

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Imagem: Arquivo pessoal (Kelly Baptista)

Por Kelly Baptista

É comum ouvirmos que a liderança é um caminho solitário, ainda mais quando ela passa por interseccionalidade de raça e gênero. Sendo bem sincera, e sendo a única mulher negra na maioria dos espaços que ocupei, considero esta fala verdadeira.

Mentalmente, criamos uma persona, vivendo uma situação perfeita de liderança, com um time diverso, empoderado e que cresce com uma pessoa líder super-heroína, capaz de “equilibrar todos os pratos”. Mas isso é real?

No dia a dia, a solidão para nós, pessoas pretas, se apresenta de forma sutil, porque não encontramos pares na alta liderança que compartilhem das mesmas vivências. Obviamente as experiências que absorvemos dos pares nos ajudam a evoluir, mas na maioria das vezes precisamos fazer um filtro e trazer para a nossa essência e realidade.

Partindo do ponto de que muitas líderes são mães, isso automaticamente se potencializa. Cresci profissionalmente em uma geração que pregava que a maternidade acaba com a carreira de uma executiva, mas hoje entendo que isso me fez uma líder melhor.

Lá no fundo, muitas vezes existe uma dúvida das escolhas que fizemos. A conquista da liderança para uma pessoa preta vem a partir de muito trabalho, muita insegurança e com a responsabilidade de inspirar e  trazer os nossos que ainda estão à margem da sociedade.

Nas empresas brasileiras, menos de 30% dos cargos de liderança são ocupados por pessoas negras. O percentual é baixo e ainda sofreu queda. Em 2018, a população preta ou parda ocupava 29,9% dos cargos gerenciais. Em 2019, esse índice caiu para 29,5%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto as mulheres brancas correspondiam a 66,9% dos cargos gerenciais, a parcela de negras nessas posições é de 31%. A diferença entre homens brancos (69,3%) e negros (28,6%) em postos de liderança é maior. Nas grandes corporações, a proporção é ainda mais desigual.

Os negros representam 55,9% da população brasileira, mas ocupam apenas 4,7% dos cargos de liderança nas 500 maiores empresas do país, segundo pesquisa do Instituto Ethos. As mulheres negras representam 9,3% dos quadros destas companhias e estão presentes apenas em 0,4% dos altos cargos.

De forma estruturada, tenho buscado desenvolver, interna e externamente, ações intencionais para ajudar a impulsionar carreiras de meninas e mulheres pretas e grupos minorizados, trazendo situações práticas, mostrando a realidade e a necessidade de transformação do machismo e racismo estrutural, vida pessoal e profissional caminhando juntas e outros temas que nos atravessam diretamente.

É importante fortalecer e acolher todas as pessoas que saem de situação vulnerável, olhar se as oportunidades são justas, além de criar uma rede de apoio.

Promover a transformação social e na cultura das empresas é uma tarefa diária e, muitas vezes, exaustiva, mas é nosso papel como pessoas pretas líderes influenciar, contagiar e cuidar dos que virão, porque quando um vence todos nós vencemos. 

Nicki Minaj divulga trailer de seu documentário e diz que ‘nunca teve medo de falhar’

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Nicki Minaj. Foto: AFP.

A rapper Nicki Minaj utilizou suas redes sociais nesta última noite de quinta-feira (28) para anunciar o primeiro trailer de seu documentário. Ainda sem data de estreia, o projeto, que foi dividido em seis partes, possui o título de ‘NICKI’ e terá lançamento exclusivo pela HBO. “Rappers femininas não estavam realmente nas paradas na época”, diz Minaj no trailer ao citar o início de sua carreira. “Estou lutando pelas garotas que nunca pensaram que poderiam vencer”.

Produzido pela empresa canadense Bron Studios, o trailer de ‘NICKI’ começa com um clipe da jovem Minaj fazendo rap e refletindo sobre sua futura carreira. “Nunca quis ser mainstream. O mainstream veio até mim“, diz ela no trecho. “Nunca tive medo de falhar. Quando você está apenas focada no negócio, você pode se perder. Era hora de eu crescer e começar a me amar”. O trailer também exibe clipes de Minaj com seu marido Kenneth Petty.

“Está chegando mais cedo do que você pensa”, escreveu Nicki nas redes sociais ao revelar cenas do trailer. “Levei algum tempo para aperfeiçoar este trabalho muito íntimo, delicado, eletrizante e inspirador. Ao decidir sobre uma casa para este projeto, não posso deixar de refletir sobre o que estou incluindo neste documento. Algumas coisas são tão pessoais, é assustador. É como NADA que você já viu antes e eu preciso que seja tratado com cuidado. Te amo muito. Obrigada pelo apoio contínuo”.

A criminalização da negrura e a patologização da brancura

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Foto: Nappy Images

Por Shenia Karlsson 

Nos últimos dias sofremos uma avalanche de notícias assombrosas dignas de roteiros hollywoodianos. Os requintes de crueldade e o sentimento de impunidade parecem nutrientes de uma sociedade também mediada pelo discurso médico- jurídico legitimado em criminalizar uns em detrimento da proteção dos privilégios de outros. Este artigo é sobre como brancos que cometem crimes hediondos tem sua integridade física respeitada e sua humanidade preservada, ao passo que negros são aviltados em todos os sentidos da vida mesmo diante de delitos insignificantes. Para tanto, devemos analisar o histórico de criminalização de negros no Brasil e como o discurso Psiquiátrico têm sido utilizado a fim de amenizar aspectos perversos e desviantes da branquitude. Mas, o que a Psicologia tem a ver com isso? Acredite, tudo. 

A criminalização da negrura

Essa história é antiga, entretanto o ontem persiste no imaginário social hoje e influencia diretamente os dispositivos jurídicos, sobretudo a quem obtém o poder de decisão, os detentores da famosa caneta. Em linhas gerais e de forma sintética – aquém da devida atenção necessária ao tema- o advento da abolição entregou milhares de negros a toda sorte de infortúnios e nossos ancestrais foram rapidamente substituídos por mão de obra europeia, projeto higienista e de embranquecimento da sociedade brasileira e que na época tinha como projeto de nação a extinção da população negra neste país.

 Foi com Antropologia Criminal de Nina Rodrigues a inauguração formal da criminalização de negros no país ao disseminar ideias racistas em que aferia aos negros um desvio inerente de conduta devido à tal suposta “inferioridade racial”.  Tais ideias foram fundamentais na construção de dispositivos jurídicos alicerçados no discurso médico a fim de determinar os que deveriam sofrer sanções e o que deveriam ser poupados. Tais ideias elitistas e brancocêntricas permaneceram no imaginário social brasileiro e a consequência é a criminalização sistemática de pessoas negras de acordo com as estatísticas oficiais. No entanto, a branquitide sempre cria formas de subverter o sistema para assim isentar-se de suas responsabilidades, construindo formas diversas de usar a estrutura ao seu favor, principalmente no que tange manter suas projeções perversas e localizar no corpo negro tudo o que não suporta vê em si, como parafraseia Frantz Fanon em “Pele Negra e máscaras brancas”.

A patologização da brancura 

Podemos notar o surgimento de uma relativização por parte da sociedade quando a grande mídia expõe uma notícia de um crime cometido por uma pessoa branca. O desconforto e o estranhamento produzem um mal estar e rapidamente uma narrativa é adotada: o discurso psiquiátrico.

 Não é de hoje que o tema da violência obstétrica contra mulheres negras é um problema seríssimo de saúde pública no Brasil. O caso do médico anestesista Giovanni Quintela Bezerra, preso em flagrante após estuprar uma mulher negra em total situação de vulnerabilidade durante seu parto obteve grande visibilidade. Uma dentre as milhares de violências obstétricas cometidas contra mulheres negras nesse país –  vide as estatísticas oficiais. O tal médico teve seu perfil psiquiátrico rapidamente construído por “especialistas” e arrastado para a posição estratégica de “incapaz”. “Foi possível identificar o ego-inflado, narcisista, não tinha empatia nem receio” disse um colega num artigo sobre o caso, “ele era estranho, não cumprimentava ninguém, era muito fechado” disse alguém da academia que o indivíduo frequentava. 

De fato, uma psicologia comprometida atenta-se a não associar todo crime ou desvio a um transtorno, visto que o médico em questão parece totalmente consciente e responsável por seus atos. Nem sempre crimes, de uma forma geral, são norteados por transtornos mentais, contudo, existe uma tendência da branquitude em lançar do discurso médico-psiquiátrico quando são eles os agentes. Em psicanálise abordamos em termos de mecanismo de defesa, uma suposta negação de seus atos de crueldade e projeção de suas características negativas que deveriam ser expressadas somente por pessoas negras, vendo-se sempre como vítima e nunca como algoz. Quem é o criminoso, o  perigoso, o estuprador? É o homem negro e não o branco. 

Pactos narcísicos da branquitude

Notaram a delicadeza e o cuidado  da delegada responsável ao dar voz de prisão ao médico suspeito? Foi um ato que chamou a atenção e assunto nas redes sociais: “o senhor gostaria de um café?”, “senhor médico branco, gostaria de dar um telefonema?”. Foram frases repetidas e apontam a diferenciação de tratamento entre negros e brancos. Não podemos esquecer que atiradores brancos são presos pela polícia estadunidense e negros mortos sem nenhum indício de perigo iminente. Mas este é outro contexto, embora tenham similaridades, afinal, temos exemplos idênticos em nosso cotidiano.

Voltando ao pacto narcísico da branquitude, afinal, o que é? É um pacto entre os brancos que visa os privilégios raciais, políticos e econômicos, e tem sua maior motivação a manutenção das vantagens angariadas historicamente segundo Aparecida Bento. Esses pactos são perpetrados e protegidos coletivamente, é um pacto de sobrevivência pelo seu caráter profundo e ontológico e construídos por atitudes conscientes e alianças inconscientes. 

De acordo com René Käes “para se formar as alianças inconscientes deve-se mobilizar os processos identificatórios comuns, mútuos e compartilhados (…) as funções que elas realizam ou satisfazem a serviço da aliança são diversas: experiência de segurança, reforço de defesas ou facilitação de transgressões”.

Mudança de mentalidade

Temos muito a avançar, é bem verdade. O racismo estrutural muito bem conceituado e discorrido por Silvio Almeida, impacta diretamente a forma como os indivíduos são julgados e estigmatizados por dispositivos jurídicos, reflexos de nossas construções sociais. Nosso papel é denunciar, tornar pública essa disparidade e apontar as injustiças. Penso que é fundamental uma descolonização da mente para a saúde de nossas relações, a tal humanidade deve ser estabelecida para todos de forma equânime para que possamos avançar em nossas pautas e superar as disparidades sociais. 

Shenia Karlsson – Psicóloga clínica, Co-Fundadora do Papo Preta: Saúde e Bem-estar da Mulher Negra. 

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