No último sábado (30), veio a público o caso de racismo sofrido por Titi e Bless, filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso durante viagem da família a Portugal. Uma branca racista teria pedido para que as duas crianças e também uma família de angolanos que estava no mesmo restaurante se retirasse do ambiente e “voltasse para África”, conforme informou nota da assessoria de imprensa que atende Bruno e Giovanna. Após denúncia de Bruno, a criminosa foi presa.
Nos vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver a defesa veemente que Giovanna faz de seus filhos e a confrontação direta que faz da racista. Inclusive nomeando especificamente o crime que meliante cometeu. Automaticamente, muitas pessoas negras, famosas ou não, repercutiram na internet sobre o que aconteceria se uma mãe preta reagisse da mesma maneira que Giovanna.
Notícias Relacionadas
Zezé Motta recebe título de doutora honoris causa da Fiocruz por contribuição à cultura brasileira
"Nenhuma violência cometida por um individuo pode diminuir a luta do movimento negro", diz Anielle Franco ao Fantástico
A cineasta Renata Martins pontuou que “a racista se acovardou diante do posicionamento firme de Ewbank. Silenciou-se e apequenou-se diante do reflexo da imagem de Gio”.
Ao desconsiderar que existam famílias de configuração racial diversa, a racista certamente não imaginou que aquele casal de brancos dos olhos azuis seriam pais de Titi e Bless. Certamente não é uma racista de primeira viagem e conhece os efeitos que a reação de uma família negra, em um restaurante de uma cidade turística de luxo teria contra ela e se sentiu à vontade para proferir seus insultos racistas com a certeza de que nada aconteceria com ela. No entanto, não contava com o fator Giovanna e Bruno.
Ambos brancos, os pais de Titi e Bless, assim com a racista, têm consciência de seus privilégios enquanto uma família branca no Brasil e fora. Como privilégio branco não é algo do que se pode abrir mão, o que resta é fazer bom uso dele quando necessário, como fez Giovanna, defendendo suas crianças de um ataque racista e dando nome aos bois.
A atriz e jornalista Tia Má também falou sobre isso em suas redes sociais. Na opinião dela, “ter ciência dos privilégios é saber usar quando é necessário”.
Em uma entrevista recente ao podcast “Quem Pode, Pod“, comandado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme, Bruno Gagliasso disse que um dos principais medos que ele tem na criação dos filhos é a violência racista. .”Isso é uma coisa que está na vida de quem é preto, não tem jeito. É um papo que doi, mas tem que ter”, disse o ator emocionado.“A melhor forma de defendê-los é dando informação, é ensinando, é mostrando e sendo verdadeiro. Eu quero meus filhos fortes, ensinando outras crianças brancas a defender outras crianças pretas, a se unir. Quero que meus filhos façam a diferença”, disse o ator na ocasião.
Notícias Recentes
Clédisson dos Santos é nomeado novo secretário do Sistema de Promoção da Igualdade Racial
Lizzo adota dieta japonesa, pratica exercícios físicos e refuta uso de medicamentos: “Estou super orgulhosa do meu estilo de vida”