Home Blog Page 678

Bailarino carioca de uma famosa companhia de balé nos EUA realiza workshop gratuito na Cidade de Deus

0
Foto: Rodrigo Lopes

O bailarino residente solista da companhia de balé Pacific Northwest Ballet, nos Estados Unidos, Jonathan Batista, irá ministrar um workshop gratuito na Cidade de Deus nos dias 27 e 28 de julho na academia Valéria Martins. Serão três turmas e todo dia após as aulas haverá uma palestra com Jonathan. Trata-se de uma volta as origens visto que o artista que é destaque no mundo é da Cidade de Deus.

“Como estudante de balé e em dança, eu tive início na comunidade da Cidade de Deus no projeto UNICOM, fui educado e disciplinado para o meu início de jornada na dança. Eu era o único menino a fazer balé, jazz e sapateado na época, pois a representação de meninos em balé ainda era mínima, porém, o apoio da instituição foi de suma importância para a construção da minha jornada”, conta o bailarino.

“É uma grande dificuldade a inclusão no balé, mesmo que tenhamos visto um número pequeno de bailarinos negros/pretos em cena nos palcos, ainda não vemos nossos talentos negros/pretos em destaque, mesmo que no exterior, venham
compartilhar sua arte como bailarinos convidados, e posso dizer isso por mim e pela minha própria experiência”, declara o artista.

Jonathan Batista também relembra como foi sua ida em busca de realizar seus sonhos fora do Brasil. “Um certo dia eu assisti o dvd de uma Cia na Inglaterra, e a partir daquele momento eu determinei que eu estudaria em uma das grandes escolas em Londres. A oportunidade surgiu, a Escola do English National Ballet (Balé Nacional Inglês) abriu audição no Brasil, e eu simplesmente me inscrevi e fui chamado. Após participar da audição, fui escolhido com bolsa 100% e com estadia para estudar no English”, relembra Jonathan.

O artista também fala da sensação de voltar ao país e ministrar um workshop gratuito na Cidade de Deus. “É muito gratificante retornar ao local onde primeiro me abriu as portas para a realização de sonhos, e poder contribuir minha arte e o que aprendi no curso de 10 anos de carreira internacional, mostrando através do incentivo de aulas e palestra que essa conquista é possível, e que a arte da dança pode mudar vidas e construir mais histórias de sucesso a partir da Cidade de Deus, lugar em que nasci e vivi por muitos anos”, diz.

Serviço:

Workshop dias: 27, 28 de Julho
14h às 15h Avançado (14 anos acima)
15h às 16h Médio (12 anoa em diante)
16h às 17h Básico intermediário (8 anos em diante)
Horários: Das 14hs às 17hs aula de balé, e 17hs palestra
Link no instagram para inscrição: @acad_valeriamartins (Academia Dança Valeria Martins) e @jonathanbatistaofficial (Jonathan Batista)

Trailer de Wakanda Forever quebra a internet com especulações sobre quem será o novo Pantera Negra

0

A internet foi à loucura neste final de semana após a divulgação do trailer oficial de Wakanda Forever, a continuação de Pantera Negra.

O filme, que teve que passar por uma transformação após o falecimento de Chadwick Boseman, que viveu o protagonista T’Challa, promete ser arrebatador.

O trailer deixa explícita a morte de T’Challa e uma forte e impactante fala da rainha Ramonda dá a entender que Shuri, irmã do Pantera Negra, venha a ser a nova Pantera Negra, o que traria grande temor à mãe. “Eu sou a rainha de uma das nações mais poderosas do mundo e minha família inteira se foi. Eu já não perdi tudo?”, diz a rainha.

O trailer mostra, ainda, a tensão entre o reino de Wakanda e Atlântida, o reino submarino, e a presença de Namor no novo filme.

Na última imagem do trailer, aparece, de costas, o novo – ou a nova – Pantera Negra, e a internet está em polvorosa querendo saber quem vai ser o novo líder de Wakanda.

https://twitter.com/MarvelBRNews/status/1551021522852225025?t=-xrpr3O2D8_VIQX09SQh-Q&s=19
https://twitter.com/_emanuelbc_/status/1551114011625885696?t=jdPUzILfyPM1K_rT—wHQ&s=19

“Eu sempre firmei posição sobre não alisar e nem cortar o meu cabelo”, diz a jornalista Flávia Oliveira

0
Foto: Renan Brites Peixoto

Mesmo com as poucas oportunidades para mulheres negras aparecerem na televisão, a Flávia Oliveira jornalista e comentarista fixa do programa Estúdio i, da GloboNews, sempre se posicionou para manter o padrão estético que lhe deixava confortável consigo mesma para se exibir em rede nacional.

“Nem sempre usei cabelo crespo, mas também nunca fui alisada. A concessão que eu fazia era prender o cabelo, inclusive numa determinada ocasião até falei isso para um diretor de redação. Pode prender, mas eu não aliso, nem corto”, disse a Flávia.

Nesta quarta e última entrevista da série sobre “jornalistas negras de televisão e seus cabelos” um especial do Julho das Pretas, o MUNDO NEGRO conversou com a Flávia sobre a sua relação com o crespo, o que mudou desde que ela apareceu na televisão pela primeira vez e dicas para cuidar do cabelo.

Como era o seu cabelo quando você começou a aparecer na TV? Era um estilo que você se sentia confortável para aparecer em frente às câmeras?

Eu comecei na TV em outubro de 2008, na estreia do Estúdio i. Eu tinha cabelo comprido como tenho hoje, mas fazia relaxamento. Já fazia, mais de década, talvez duas décadas, que eu fazia relaxamento para manter os cabelos compridos, mas com pouco menos volume. Não chegava a ser alisado no sentido de escovado. Vale a pena lembrar que não tinha exatamente um desconforto, mas eu sempre firmei posição sobre não alisar e nem cortar o meu cabelo, inclusive por razões religiosas. Eu sou filha de Iemanjá e sempre usei cabelo comprido.

Foto: Divulgação

Ainda no início, quais as jornalistas negras você tinha como referência não só pelo conteúdo, mas também pela estética e o que te chamava atenção nessa pessoa em termos de visual?

Pelo conteúdo, óbvio que a Glória Maria sempre foi uma referência. Ana Davis, eu lembro dela inclusive usando cabelo black. A própria Zileide. Eram mulheres que me chamavam atenção, eram poucas. Mas cabelo não me identificava com nenhuma delas.

O cabelo crespo/natural não era tido como um cabelo de “aspecto profissional”. Como você lidou com isso ao longo da sua carreira? Sempre usou o cabelo crespo?

Nem sempre usei cabelo crespo, mas também nunca fui alisada. A concessão que eu fazia era prender o cabelo, inclusive numa determinada ocasião até falei isso para um diretor de redação. Pode prender, mas eu não aliso, nem corto. Na profissão, sempre tive a questão da identidade racial, embora atenuasse o crespo do cabelo com o relaxante que eu fazia no Afonjá na época, que era em um salão para negras.

Nos EUA onde as questões dos direitos civis são bem avançadas, as jornalistas negras, em maioria ainda usam o cabelo liso e até mesmo perucas e apliques. Por que no Brasil somos diferentes? E usar o cabelo liso seria um problema, na sua opinião?

Os Estados Unidos tem essa tradição do lace, do cabelo alisado. A Giovana Xavier historiadora, estudou a história da beleza, até publicou um livro, a partir da tese de doutorado dela (História Social da Beleza Negra). Ela relaciona muito essa questão do mercado de trabalho, do cabelo suavizado para oportunidades no mercado de trabalho. Nos Estados Unidos tem muito isso. Tem um episódio da Michele Obama que ela fica crespa. Tem uma cena na série, que eu estava assistindo outro dia, First Lady, que o cabeleireiro diz ‘vamos dar um descanso pra esse cabelo?’ e ela fala ‘e vou aparecer assim crespa? Em um jantar como primeira dama dos Estados Unidos não, né?’. Então há uma certa pressão por essa questão do cabelo alisado.

Aqui também tem muita mulher preta alisada. Eu acho que processo de assumir, especialmente quem está no mercado de trabalho mais intensamente os crespos, os turbantes, as tranças, os rastas, é mais recente no sentido de ganhar escala. E no jornalismo é pouca presença negra. Na verdade, o jornalismo ao meu ver caminhou para respeitar um pouco mais a individualidade das pessoas. Homens e mulheres, nos anos 70, 80, 90, era todo mundo muito parecido. Mesmo as mulheres brancas, tinham o mesmo corte de cabelo, o mesmo tipo de roupa. Os homens também. A partir dos anos 2000, você começa a ter um pouco mais de permitir a personalidade, a individualidade e nesse sentido se coincide também com um pouco mais de presença negra, é natural que essa presença negra também inclua cabelo crespo e ao mesmo tempo essa geração tombamento, afronta, chegar na universidade e assumir os blacks, muitas linhas também de produto de cabelo pra mulheres negras foram surgindo. Eu acho que tem vários elementos aí que também chegaram as mulheres jornalistas.

O seu cabelo já foi alvo de algum comentário racista? Caso sim, o que foi feito a respeito?

Ah, desde pequena, né? ‘Cabelo de Bombril’ é muito, muito comum, Já vi um ou outro outro comentário desse tipo na rede social. Não tomei nenhuma providência. É basicamente denunciar na própria rede social e bloquear o racista. Não achei que fosse caso de fazer uma denúncia formal, pessoas com poucos seguidores, sem representatividade.

Sobre quem cuidou e cuida do seu cabelo. Você sente que os profissionais sabem cuidar do cabelo natural?

Não é todo mundo que sabe cuidar, nem cortar. Cortar então é uma questão mais complexa, porque muitas vezes as referências de corte são cabelos lisos, então muito bem-vinda à safra de profissionais negros que aprenderam a cortar, técnicas para cortar, tratar. Como eu disse, vários produtos apareceram ligados a de grandes empresas e de empresas novas na direção de melhorar a oferta de produtos pra cuidados de cabelos crespos. Inclusive a própria identificação do cacho: A, B, C, um, dois, três, quatro. Isso é algo recente. Na minha época os cabelos eram secos, oleosos e normais. Todos para pessoas brancas. Nos anos recentes, houve um investimento da própria indústria na direção de mostrar diferenças, de segmentar e muitas blogueiras. Essa coisa da tecnologia, da internet, me parece que ajudou muito a comunicar e fazer as mulheres negras compreenderem seus cabelos e a própria beleza.

Eu fiz transição no início de 2016, quando a Isabela minha filha, que também fazia relaxante, embora tivesse o cabelo bem menos crespo, ela iniciou a transição e eu resolvi acompanhá-la e a partir dali foi curioso. Descobri o meu próprio cabelo, eu mal conhecia ele porque tinha muita química. A transição foi dura e especialmente porque eu usava cabelo comprido ou médio, então demorou bastante. Tive que fazer muito babyliss pra uniformizar, voltei a usar bobes, até que o cabelo inteiro tivesse renovado. E hoje eu gosto muito dele, tenho vários produtos, alguns produtos que eu compro e eu mesma levo pra TV para serem usados no meu cabelo, produtos sem parabeno, sem silicone, esse tipo de coisa.

O cabelo de quem trabalha na TV sofre com o efeito de secador, gel e outros produtos. Qual sua rotina de cuidado capilar? 

Eu não uso tanto secador. Quando ele está muito desobediente, eu prendo.

Foto: Reprodução/Instagram

Tem algum truque que você aprendeu no trabalho, sobre cuidados com seu cabelo, que você poderia compartilhar com a gente?

Uma coisa que aprendi foi usar o difusor. Eu não conhecia o difusor até entrar na TV. Na medida do possível, lavar, desembaraçar o cabelo molhado, não passar pente, nem nada com cabelo seco e tentar secar ao natural o máximo possível. Reduzir o uso do secador, mas se usar, com o difusor, isso faz faz muita diferença. O difusor é bem menos agressivo. A outra coisa é prender. Na transição eu fiz muito afro puff, esse que não é rabo de cavalo, um rabo de cavalo mais pro alto assim da testa, que levanta a expressão, puxa o olhar. Eu acho que faz um conjunto bonito, então gosto mais de fazer coque ou o afro puff mais pro alto da cabeça e não pro lado da nuca. E a outra coisa que eu também aprendi na TV que eu uso bastante, é uma almofadinha, uma rodinha que você põe dentro do rabo de cavalo pra aumentar o volume do coque. Eu acho que fica muito bonito o coque grande.

O amor negro existe para pessoas trans?

0
Foto: iStock.

Por Thales Alves

A auto declaração e a reafirmação de aspectos raciais é algo muito importante para a comunidade negra no Brasil. Dentro dos debates que ligam os aspectos raciais podemos destrinchar e falar durante dias, meses e até anos sobre temas de extrema relevância.

O que é pouco falado, pouco discutido e até ignorado por nós enquanto comunidade negra é a relação entre o gênero e suas expressões em relação aos aspectos raciais. Pessoas cisgêneras negras já encontram inúmeras barreiras quando o assunto é o amor. Mas, e para a comunidade sexodiversa, você já pensou como funciona o amor para pessoas negras que não são cis ou heterossexuais?

Como a minha vivência é enquanto homem trans negro, resolvi estourar a bolha e há alguns dias fiz um questionamento importante em relação ao amor e a disponibilidade em se relacionar com pessoas travestis e transexuais. Pessoas cis em sua grande maioria responderam da mesma “o amor, desde que afrocentrado é amor”.

Como as minhas vivências não eram bem estas, fiz o mesmo questionamento para pessoas trans e travestis e a resposta em grande massa foi a mesma “ninguém quer assumir e amar uma pessoa travesti ou transexual”.

Existe algo errado nesta conta e eu sei bem onde os números não batem. O corpo negro é vistos de forma erotizada apenas por ser um corpo racializado. Já o corpo transexual e travesti é visto como erótico porque passamos séculos sendo escondidos e marginalizados.

Enquanto esta relação imaginária entre corpo tran/travesti não for quebrada, jamais conseguiremos receber algo que para você é tão comum, o amor.

A sugestão de hoje é: além de amar sua preta e seu preto em público, sugiro que assuma sua pessoa travesti ou transexual. Nós estamos aqui, sempre estivemos aqui. Preciso apenas que vocês nos vejam para além dos nossos corpos e comecem a olhar em nossos olhos. Nós também merecemos o amor.

Billy Porter faz estreia como diretor em ‘Tudo É Possível’, novo filme de romance

0
Billy Porter. Foto: John Salangsang.

Estrela da aclamada série ‘Pose’, Billy Porter acaba de realizar sua estreia como diretor de cinema no filme ‘Tudo É Possível’, disponível no catálogo do Prime Video. A obra acompanha a vida de uma garota negra trans vivendo suas primeiras experiências no campo do amor e da amizade. “É toda a alegria e a esperança e o amor e a autenticidade, tudo isso. É realmente necessário”, disse Porter ao ser questionado sobre o que o atraiu para o filme. “E sou grato por poder estar no comando de algo tão especial e revolucionário em sua simplicidade”.

Cena de ‘Tudo É Possível’. Foto: Divulgação

De acordo com a sinopse oficial, o filme acompanha a história de Kelsa, uma garota confiante, enquanto ela vive o último ano do colégio. Seu colega de classe Khal se apaixona por ela e cria coragem para convidá-la para sair, apesar do drama que ele sabe que isso pode causar. Como resultado, o longa apresenta um romance que mostra a alegria, a ternura e a dor do amor juvenil.

“É um sonho há muito tempo. Estou trabalhando para isso há muito tempo”, diz Porter sobre sua estreia como diretor. “É uma carta de amor para Pittsburgh. Qualquer um que esteja ouvindo e seja uma pessoa de cinema sabe o que isso significa”, acrescenta ele, ao citar o amor por sua cidade natal e cenário principal do longa.

“É uma conquista que eu adoro ostentar”, diz Aline Aguiar sobre cabelo natural

0
Foto: Reprodução.

A jornalista Aline Aguiar, da TV Globo Minas Gerais, faz parte do grupo de mulheres negras que todos os dias trabalham diante das câmeras de televisão utilizando o cabelo de várias maneiras diferentes. Sejam tranças, cabelo solto, com volume ou penteados diversos, o cabelo, em especial para mulheres negras, ocupa papel de destaque quando o assunto é televisão.

Na terceira entrevista da série sobre jornalistas negras e seus cabelos na televisão, Aline Aguiar dividiu com o MUNDO NEGRO um pouco de sua história, inspirações e referências negras no jornalismo. ” Lembro-me do dia que a Maju apresentou o ‘Jornal Nacional’ pela primeira vez, no início do ano de 2019. Foi muito emocionante para mim. Era como se ela dissesse: “Você também pode estar aqui'”, relembrou ela.

A transição capilar o empoderamento que vem com o conhecimento de si e da própria história, foram grandes aliados de Aline na libertação de processos químicos que agrediam os fios e com os quais ela já não se identificava mais. Para ela, poder usar o cabelo natural na bancada de um telejornal é ostentação. “Aqui no Brasil estamos entendendo que há beleza nos nossos fios naturais e isso é libertador. É uma conquista que eu, particularmente, adoro ostentar”.

Foto: Reprodução.

Confira a entrevista completa:

Como era o seu cabelo quando você começou a aparecer na TV. Era um estilo que você se sentia confortável para aparecer em frente às câmeras?  

Eu tinha o cabelo alisado quando comecei a trabalhar como repórter. Na verdade, comecei a usar química de alisamento na adolescência. Como todo mundo tinha o cabelo liso, entendia que assim que tinha que ser. E por cerca de 15 anos fui reproduzindo esse ritual, sem me questionar o motivo pelo qual fazia aquilo.  

Ainda no início, quais as jornalistas negras você tinha como referência não só pelo conteúdo, mas também pela estética e o que te chamava atenção nessa pessoa em termos de visual? 

Infelizmente tive poucas referências, mas posso citar algumas, como Glória Maria, Dulcinéia Novaes e Zileide Silva. Só mais recentemente estamos nos vendo mais na TV e como isso é bom! Lembro-me do dia que a Maju apresentou o ‘Jornal Nacional’ pela primeira vez, no início do ano de 2019. Foi muito emocionante para mim. Era como se ela dissesse: “Você também pode estar aqui”. E olha que coisa, em novembro do mesmo ano eu estava na bancada do JN representando o meu estado, Minas Gerais, nas comemorações pelos 50 anos do telejornal.  

Aline na bancada do Jornal Nacional. Foto: Reprodução.

O cabelo crespo/natural não era tido como um cabelo de “aspecto profissional”. Como você lidou com isso ao longo da sua carreira? Sempre usou o cabelo crespo? 

Até hoje, infelizmente, existe a ideia do cabelo crespo/cacheado como um cabelo “desarrumado”, “bagunçado”, que precisa “ser domado”, “controlado”. Isso faz parte de um imaginário social construído durante e depois da colonização. Na África, o cabelo era um forte símbolo identitário. Pelo cabelo, era possível saber o estado civil, a posição social, a religião de uma pessoa. Quando os africanos chegaram ao Brasil, na condição de escravizados, eles tinham o cabelo raspado com a justificativa de higienização, mas a intenção era o apagamento do pertencimento, da memória. Uma violência e tanto. Depois, com a imposição eurocêntrica do branco como belo, do cabelo liso como bom, o crespo foi considerado feio e ruim. Grada Kilomba, uma escritora portuguesa, diz que só se torna diferente se tem aquele para se ditar como norma, como padrão. E o padrão é o branco. Entender essa construção me ajudou a passar pela transição capilar e a me posicionar contra comentários racistas.  

Nos EUA onde as questões dos direitos civis são bem avançadas, as jornalistas negras, em maioria ainda usam o cabelo liso e até mesmo perucas e apliques. Por que no Brasil somos diferentes? E usar o cabelo liso seria um problema, na sua opinião? 

Não acho que usar o cabelo liso seja um problema, mas desde que seja uma opção. É preciso questionar: Por que estou alisando o meu cabelo? Por que eu quero ou por que me falam que é melhor assim? Aí está a diferença.  

Parece-me que nos EUA as mulheres afrodescendentes se acostumaram muito com o modelo liso, tiveram e têm pouca referência e isso faz parte da cultura delas. Quem sou eu para julgar uma cultura. Aqui no Brasil estamos entendendo que há beleza nos nossos fios naturais e isso é libertador. É uma conquista que eu, particularmente, adoro ostentar. 

O seu cabelo já foi alvo de algum comentário racista? Caso sim, o que foi feito a respeito?  

Sim, algumas vezes e sempre que isso acontece denuncio porque racismo é crime. 

Sobre quem cuidou e cuida do seu cabelo. Você sente que os profissionais sabem cuidar do cabelo natural? 

Frequento salões especializados em cabelo crespo e cacheado, o que ajuda muito. O cuidado é diferente.  

O cabelo de quem trabalha na TV sofre com o efeito de secador, gel e outros produtos. Qual sua rotina de cuidado capilar? 

Uma vez ao mês faço uma super hidratação no salão e nas outras semanas cuido em casa mesmo. Lavo três vezes por semana e, quando possível, deixo secar naturalmente. No outro dia de manhã solto bem e vou para a TV já pronta. Adoro um volumão. 

8) Tem algum truque que você aprendeu no trabalho, sobre cuidados com seu cabelo, que você poderia compartilhar com a gente?      

O truque do cabelo cacheado está na hidratação. Também tenho uma dica infalível: não tirar o excesso de água para secar. O cabelo cacheado precisa estar encharcado para melhor definição. Aquela coisa de torcer o cabelo com a toalha jamais. 

Julho das Pretinhas: Festival em Salvador na modalidade híbrido dialoga com narrativas das infâncias negras com arte-educação

0
Bonde da Calu (Foto: Divulgação)

De 25 a 31 de julho acontece a 4ª edição do festival Julho das Pretinhas que realiza uma série de atividades educativas e artísticas voltadas para o público infanto-juvenil, pais e educadores. A programação é totalmente gratuita e acontece virtualmente para todo o Brasil pelas redes sociais das páginas Calu Brincante (@calubrincante) e Julho das Pretinhas (@julhodaspretinhas), além de presencialmente no dia 30 de julho, no Roma Negra (Largo do Cruzeiro de São Francisco, 7 – Pelourinho, Salvador).

A programação conta com mostras artísticas, intervenções poéticas, oficinas criativas, debates, rodas de conversa e apresentação teatral. O conteúdo é protagonizado por crianças e especialistas que trabalham com educação antirracista na infância. O festival destaca ainda a contação de histórias de escritoras negras baianas através do Conto das Pretas e a sessão “Fala Pretinhas” com depoimentos de meninas falando de sua perspectiva sobre representatividade.

A abertura do evento, que acontece dia 25 de julho, às 17h pelo canal do youtube Calu Brincante, traz como tema “novas narrativas das infâncias negras” e conta com a participação da atriz, escritora e pesquisadora Cássia Valle, também idealizadora do festival, da coordenadora pedagógica do Centro Educacional Maria Felipa, Sandra Oliveira; e da professora, pesquisadora e escritora Bárbara Carine.

No dia 30 de julho o festival acontece presencialmente com a “Tarde Pretinha”, no Roma Negra (Pelourinho) e contará com roda de conversa de autores da literatura preta infanto-juvenil, entre eles Marcos Caje, Kalypsa Brito, Cris Santana e a própria Cássia, além de intervenção poética, desfile dos empoderados, contação de história, sarau com participação do Bonde da Calu e do grupo Erê na praça. A entrada é gratuita e aberta ao público.

Segundo Cássia Valle, vivemos um momento que traz cada vez mais consciência sobre a identidade e cultura negra, mas o racismo estrutural ainda existe, e tanto a arte quanto a educação, são ferramentas fundamentais para combater esse mal. “Eu vejo crianças mais empoderadas, cheias de orgulho das suas raízes. A educação e a cultura foram e são grandes veículos dessa mudança progressiva e através das artes é possível despertar narrativas lúdicas e afetivas que objetivam incentivar o respeito às diferenças e valorização das identidades de gênero, raça e cultura”, destaca Cássia.

O Julho das Pretinhas toma como referência o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, celebrado no dia 25 de julho, e nasce como iniciativa voltada ao público infanto-juvenil. O projeto tem como idealizadora e coordenadora geral Cássia Valle, com parceria de Sandra Oliveira e Neide Cruz que representam o Centro Educacional Maria Felipa. A produção é realizada pelo Centro de Pesquisa Moinhos Giros de Arte e Selo Calu Brincante, através da coordenação de produção de Clesia Nogueira, Lucila Laura e Kelly Ribeiro.

A Casa Encantada (Foto Anselmo Garrido I Francisco Antônio)

SERVIÇO:

Julho das Pretinhas

De 25 a 31 de julho

Online no youtube e instagram Calu Brincante e Presencial no Roma Negra (30 de julho)

Gratuito

Mostras artísticas, oficinas, rodas de conversa, contação de histórias

PROGRAMAÇÃO:

25 abertura Cássia Valle e Sandra Oliveira novas narrativas das infâncias negras Convidada Flávia Carine

26 ocupação das mostras Artísticas

27 histórias pretas convidar Kalipssa Brito e Ana Fátima e Cássia Valle)

28 intervenção poética Bonde da Calu

29 falas pretinhas online mediação Cássia Valle participação de alunos das

30 oficina de teatro performance de infância negras das 11 as 13.

Merry Batista oficina de teatro para crianças dramaturgia das infâncias negras

30 (Presencial) – Tarde pretinha – Local Roma Negra

roda de conversa de autores da literatura preta infanto juvenil novas narrativas negras: tema novas narrativas das infâncias negras

intervenção poética

desfile dos empoderados

contação de história

sorteio de livros

apresentação artística sarau do julho das pretinhas participação bonde da Calu e grupo Erê na praça.

31 ocupação da pág por calu brincante e erê na praça

Mundo Negro apresenta a lista “Mulheres Negras Transformando Histórias”

0
Patrícia Santos. Foto: Divulgação.

Em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, 25 de julho, o Site Mundo Negro, em parceria com L’Oréal Brasil e Mover – Movimento pela Equidade Racial, divulga lista com as 10 mulheres negras de destaque no Brasil. Os nomes serão celebrados num evento fechado para convidados que acontece na sede da L’Oréal Brasil, no Rio de Janeiro.

A iniciativa inédita no país tem como objetivo reforçar a importância da data e ressaltar a atuação de mulheres negras de diversas áreas de atuação que estão mudando suas histórias pessoais, de suas famílias e da sociedade, mas que ainda não contam com grandes destaques na mídia. O evento contará ainda com a culinária de Andressa Cabral, a chef que se inspira em suas origens e no design thinking para criar pratos únicos, saborosos e cheios de brasilidade.

As 10 mulheres foram escolhidas pela CEO e editora-chefe do Mundo Negro, Silvia Nascimento, por meio do critério editorial que levou em conta a relevância e impacto social dessas mulheres em suas comunidades. Além disso, a lista foi construída com sugestões das mulheres negras que produzem conteúdo para o site e redes sociais.

“Assim como outras listas feitas por publishers, nós, como jornalistas, mais do que ninguém temos acessos a dados e informações que nos permitem elencar esses 10 nomes usando os critérios que usamos em tudo que entregamos para o nosso público. Pesquisamos, conversamos com pessoas, vimos a forma como essas mulheres ocupam ou criam espaços que têm mudado a história delas, e de quem convive com elas seja profissionalmente, seja pessoalmente. O reconhecimento de nomes não tão conhecidos também foi um dos critérios”, explica Silvia.

Abaixo, você confere as 10 mulheres negras contempladas. Maiores informações serão anunciadas na segunda-feira (25) através das redes sociais do Site Mundo Negro. O site com todos os detalhes sobre a lista já está disponível.

Ana K. Melo

Sócia e head de Diversidade & Inclusão da XP Inc., TEDx Speaker, palestrante e criadora de conteúdo nas redes sociais. Ana K. Melo compartilha a experiência de ser uma mulher negra e PcD fazendo história em uma das maiores empresas de investimento da América Latina. Formada em Marketing, Ana também fala sobre a importância da diversidade no mercado de trabalho e a discussão de pautas sobre saúde mental, equidade racial, de gênero e LGBTQI+.

Dra. Katleen Conceição

Dermatologista referência em pele negra. Dra. Katleen Conceição é pioneira em estudos sobre a pele do Brasil, ela é uma das primeiras médicas negras a ter destaque na mídia. A médica tem título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), além de ser Chefe do Ambulatório de Pele Negra da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Com uma agenda disputada, ela virou a queridinha entre os famosos como Lázaro Ramos, Juliana Alves, Preta Gil e Mumuzinho.

Patrícia Santos

CEO Fundadora da EmpregueAfro, Patrícia Santos comanda a principal consultoria de RH do Brasil focada em diversidade étnico-racial. A primeira consultoria com expertise em Treinamento, Recrutamento & Seleção para acompanhar e fazer mentoria de profissionais negros pós contratação. Empreendedora disruptiva, Patrícia é a primeira a trazer o tema de inclusão de negros no mercado do trabalho para agenda do mundo corporativo.

Michele Salles

Head de Diversidade e Inclusão e Saúde Mental América do Sul da Ambev, Michele Salles tem trabalhado na questão de inclusão para além da questão de raça em uma das maiores empresas brasileiras. Ela também é fundadora do Carreira Preta, que possibilita a transformação, de forma mais consciente, do impacto da diversidade nos negócios, na economia e na sociedade. Com mais de 15 anos de carreira em gestão de pessoas, Michele já entregou mais de vinte programas de liderança.

Luciene Malta Rodrigues

Com passagens por grandes empresas como Coca-Cola, L’Oreal e Itaú, Luciene Rodrigues é uma mulher negra, criada no subúrbio do RJ, que não se deixou limitar pelas barreiras sociais. Formada em Marketing e com MBA em Ciências do Consumo pela ESPM, tem mais de 10 anos de experiência em Trade Marketing, Shopper Marketing e Gerenciamento de Projetos, seu currículo, une sua vivência pessoal aos desafios do mundo corporativo para construção de processos , implementação de ações de comunicação e gestão de marca com um olhar mais diverso.

Rita Oliveira

Rita Oliveira é Head de Diversidade, Equidade e Inclusão e Líder do grupo de funcionários negros do Coletivo T’Challa da The Walt Disney Company. Como palestrante, Rita também fala sobre a importância de trabalhar a diversidade dentro do mercado de trabalho para alavancar os negócios. São mais de 25 anos de vendas, desenvolvimento de produtos, promoções e parcerias, diversidade e inclusão.

Márcia Silveira

Head de Diversidade e Inclusão da L’Oréal, Marcia Silveira é uma executiva que tem quebrado estereótipos em relação à maneira que o mercado de beleza se relaciona com mulheres negras. Recentemente, foi gerente de comunicação da L’Oréal Luxe, e, com mais de 20 anos de experiência na área de comunicação e marketing já contribuiu com dezenas de empresas na construção de reputação das mesmas, notadamente com foco no mundo da beleza.

Raquel Virgínia

Artista premiada, duas vezes indicada ao Grammy Latino, decidiu criar a startup Nhaí. Uma empresa de consultoria de diversidade para empresas. Por meio de sua consultoria, já desenvolveu parcerias com empresas e agências de publicidade, com foco em incluir pessoas trans no ecossistema de inovação de empresas e produtos.

Mônica Anjos

Mônica Anjos é estilista com uma trajetória de sucesso no mercado da moda afro. Nascida e criada em Salvador, a grife, que carrega seu próprio nome, já é sinônimo de bom gosto, elegância e beleza. Indicada ao Prêmio Prime 2015, entre as 10 melhores marcas de Salvador na categoria Roupas Femininas. E recebeu também, o Troféu Mama África. Em 2021 decidiu expandir o negócio e abriu sua primeira loja fora de Salvador, na Vila Madalena, em São Paulo. Este ano, a estilista estreou, de forma presencial, nos desfiles da Casa de Criadores.

Juliana Olivera

Juliana Oliveira é fundadora da Agência Oliver Press, mudando as relações públicas e a assessoria de imprensa, trazendo o tema da diversidade em grandes corporações, desde 2015. Jornalista com 15 anos de experiência, Juliana iniciou a carreira em redação de revistas. Pouco tempo depois, migrou para a área de assessoria de imprensa, especializando-se no atendimento de clientes de Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo. Nos últimos 10 anos, ela atuou na comunicação de mais de 300 startups.

Uma data para celebrar as mulheres negras

O Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha nasceu em 1992 durante o 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, realizado na República Dominicana. Desde então, o dia se tornou um marco internacional na luta contra as opressões raciais e de gênero contra mulheres negras.

Com o passar dos anos, uma série de eventos criados por organizações de mulheres negras preenchem o chamado Julho das Pretas com formações, eventos e atividades diversas que reforçam o protagonismo das mulheres negras no Brasil.

A data também celebra a existência de Tereza de Benguela. ​​No século XVIII, ela manteve um quilombo próspero, com uma defesa militar inteligente e uma gestão democrática durante 20 anos, na região do Mato Grosso. A “Rainha Negra do Pantanal” instalou um parlamento que foi um dos recursos que garantiu a paz e longevidade da sua comunidade, sem contar na sobrevivência de centenas de negros e indígenas que eram procurados por seus donos e caçados por bandeirantes.

L’Oréal Brasil na lista “Mulheres Negras Transformando Histórias”

No evento, a rede de afinidade AfroSou, que discute questões de raça dentro da L’Oréal Brasil participa da organização do evento. Apoiam também a lista o Stand Up, projeto global de L’Oréal Paris, que reforça a importância de educar e conscientizar a todos sobre o combate ao assédio contra mulheres em ambientes públicos. Para saber mais sobre o Stand Up e fazer o treinamento gratuito, acesse standup-brasil.com; a Divisão de Produtos de Grande Público que tem o propósito de democratizar o melhor da beleza para todas as pessoas e trouxe o lançamento de Elseve Cachos Longos dos Sonhos, com tecnologia e inovação; e a Divisão de Produtos Profissionais da empresa, com as marcas Kérastase e L’Oréal Professionnel que investiram em ações e lançamentos para tornar os salões de beleza do Brasil, espaços cada vez mais plurais e democráticos.

“Para a L’Oréal Brasil, Diversidade, Equidade e Inclusão fazem parte de uma agenda prioritária e estão no centro das decisões de negócio da companhia. Reforçando a relevância do tema nas nossas ações, nos unimos ao site Mundo Negro para promover este evento que irá celebrar a trajetória e o legado de mulheres negras que contribuem significativamente para a nossa sociedade” conclui Marcia Silveira, head de Diversidade, Equidade e Inclusão da L’Oréal Brasil. 

Serena Williams virá ao Brasil em agosto para realizar palestra na Expert 2022

0
Foto: Reprodução/Instagram

A XP anuncia a participação de Serena Williams na Expert 2022. A maior tenista da história virá a São Paulo no dia 4 de agosto para falar sobre a sua trajetória de vida, superações e como descobriu seu lado como empreendedora. Em formato híbrido, pela primeira vez em 12 anos, a edição do evento deste ano, que acontece nos dias 3 e 4 de agosto, terá como tema “O futuro pelo olhar de quem transforma”.

Serena certamente é alguém que transforma. Aos 40 anos, a norte-americana é considerada por muitos a maior tenista feminina da história, vencedora de 23 torneios de Grand Slam. “Estamos entusiasmados em poder contar com a Serena na Expert e ouvir dela sobre a sua trajetória como esportista e empreendedora. Falamos muito aqui na XP em sonho grande, foco e determinação e a Serena personifica como ninguém esses atributos, pois teve que superar diversos obstáculos para alcançar o sucesso em sua carreira dentro e fora das quadras”, diz Caroline Namora, head de Marketing da XP.

Mais nova de cinco irmãs, Serena começou a praticar o esporte aos três anos de idade e entrou na liga profissional em 1995. O primeiro título veio em 1999, na França, e, durante o mesmo ano, venceu o US Open. Apelidada de Rainha das Quadras, ocupou seis vezes o topo do ranking da WTA (do inglês Women’s Tennis Association) e colecionou prêmios.

Sua trajetória, no entanto, não é marcada apenas pelo desempenho nas quadras. Às conquistas no esporte, a tenista soma parcerias com diversas marcas, participações em produtos audiovisuais, envolvimento em causas sociais e empreendimentos próprios. Em 2018 lançou a S, by Serena, linha de roupas dedicada a fazer com que as pessoas se sintam bem com seus corpos. No ano seguinte, inspirada em mulheres fortes e confiantes, veio a linha de jóias. Há oito anos, criou a Serena Ventures, empresa de capital de risco que investe em ideias não convencionais de pessoas e mercados historicamente negligenciados. Com isso, pretende tornar a economia mais inclusiva e provocar mudanças no setor de investimentos financeiros.

No ano passado, o início da trajetória de Serena e da irmã, Venus, no tênis foi retratado no filme King Richard – criando campeãs. Com roteiro baseado em relatos de Serena – no livro On the Line -, e do pai das atletas, Richard Williams – na obra Black and White: the way I see it-, o filme retrata como o patriarca traçou, em 1978, um plano para criar duas atletas de ponta e campeãs. Estrelado por Will Smith (Richard), Demi Singleton (Serena) e Saniyya Sidney (Venus), o filme recebeu indicação a seis Oscars deste ano, levando a de Melhor Ator. Também em 2021, a atleta afastou-se das quadras para se dedicar à primeira filha, Olympia.

“A Expert XP é o nosso principal evento de conteúdo e procuramos nos superar a cada ano, trazendo histórias inspiradoras como as da Serena, assim como as melhores referências e especialistas do Brasil e do mundo para compartilhar com o público suas visões em relação aos principais temas da atualidade. A participação da Serena nesta edição ficará para a história do nosso evento”, afirma Namora.

Além de Serena Williams, outros nomes confirmados para os painéis da Expert 2022 são Edu Lyra (fundador e CEO da Gerando Falcões), Adriana Barbosa (fundadora da Feira Preta), Ricardo Silvestre (CEO da Black Influence), Amy Webb (futurista americana, autora, fundadora e CEO do Future Today Institute), Lawrence H. Summers (ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos), Howard Marks (sócio fundador e co-chairman da Oaktree Capital Management), Nathalia Arcuri (especialista em finanças, fundadora e CEO da Me Poupe!), Thiago Nigro, (CEO e fundador do Grupo Primo e idealizador do O Primo Rico, um dos maiores projetos de comunicação sobre finanças do país) e Gkay (atriz, empresária, humorista e criadora de conteúdo).

Serviço
Expert XP 2022
Data: 3 e 4 de agosto
Mais informações e inscrição no site: expertxp.com.br

Renaissance, de Beyoncé, terá faixa com Grace Jones e Tems

0
Foto: British Vogue / Reprodução.

Na contagem regressiva para o lançamento do novo álbum de Beyoncé, RENAISSANCE, a Beyhive anseia por novidades do que pode-se esperar do novo trabalho da Queen B. Uma grande novidade do trabalho é a participação de Grace Jones em “MOVE”, faixa de número 10 do disco.

Em um vídeo publicado na madrugada desta sexta (22), Beyoncé mostra o LP de Renaissance. Na tracklist é possível ver participações do álbum, que além de Grace Jones, vai contar com a rapper nigeriana Tems, vencedora do BET Awards deste ano como Melhor Ato Internacional, mesma categoria em que Ludmilla concorreu este ano.

Grande sucesso dos anos 80, a cantora Jamaicana Grace Jones já polemizou ao afirmar que cantoras da atualidade como Beyoncé e outras popstars copiaram seu estilo. “A moda vem e a as pessoas dizem ‘siga essa tendência’. Há muito disso no momento. ‘Seja como Sasha Fierce (Beyoncé). Seja como Miley Cyrus. Seja como Rihanna. Seja como Lady Gaga. Seja como Rita Ora e Sia. Seja como Madonna’. Eu não posso ser como elas – exceto pelo fato que elas já estão sendo como eu. Tenho sido tão copiada por essas pessoas que acham que fiz fortunas e acreditam que sou muito rica. Mas fiz as coisas pela empolgação, pelo desafio, pela novidade, não pelo dinheiro. E muitas vezes fui a pioneira, não a beneficiária”, disse Jones em sua biografia, publicada em 2015.

Seja como for, a influência de Jones na música pop mundial é inegável e parece estar sendo reconhecida por este movimento de Beyoncé com Renaissance.

Além de Grace Jones e Tems em Move, o rapper Beem divide a faixa Energy com Beyoncé. Renaissance será lançado na próxima sexta-feira (29), e ainda existe a expectativa de lançamento de um possível videoclipe de Break My Soul, que já é a quinta música mais ouvida nas rádios americanas.

Confira a tracklist completa:

error: Content is protected !!