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Lançamento do catálogo da exposição “Mãe Preta” terá oficina de cordel e escrita com Jarid Arraes

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A temporada da exposição “Mãe Preta“, das artistas visuais Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa, ganha tarde com atividades especiais na Funarte SP no dia 24, com encerramento previsto para o dia 27 de novembro.

Integrando a Semana da Consciência Negra,  no dia 24, às 18h30, será lançado o catálogo da pesquisa e exposição, uma publicação de 104 páginas com imagens dos trabalhos, registros da itinerância (RJ, MG e SP), ensaios das artistas e de seis colaboradores: Lilia Moritz Schwarcz, Martina Ahlert, Qiana Mestrich, Temi Odumosu, Alex Castro e Júlio César Medeiros da Silva Pereira.


Antes do lançamento, às 15h, a poetisa e cordelista cearense Jarid Arraes, autora da coletânea “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis” (Pólem Livros/2017) irá ministrar uma oficina gratuita de cordel e escrita livre. A obra de Jarid inspirou um dos trabalhos apresentados na exposição Mãe Preta, o Mural das Heroínas Negras.

Dentre centenas de heroínas negras, 22 foram escolhidas para ter suas histórias contadas no mural, que possui imagens e biografias de Anastácia a Marielle Franco, muitas delas ainda pouco reconhecidas pela história “oficial” brasileira, apesar de terem exercido papel fundamental nas lutas e nas conquistas de direitos não só para as mulheres negras, mas para todas as mulheres brasileiras, e para a população negra em geral.

As senhas serão distribuídas meia hora antes do início da atividade. Lotação: 30 vagas. A Galeria Mario Schenberg fica na Alameda Nothmann, n° 158, Campos Elíseos, São Paulo (SP).

Monique Evelle conta sua história em “Os Originais”, minidoc da Netflix

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Neste dia da Consciência Negra, a Netflix acaba de lançar o minidoc “Os Originais” e no primeiro episódio apresenta a história de Monique Evelle, criadora do Desabafo Social e agora sócia da Sharp, empresa de inteligência cultural. O episódio foi disponibilizado apenas nas redes sociais, com personagens que representam a diversidade.

Em postagem no facebook, Monique Comentou sobre sua participação. “Sobre as dores, lembrei das vezes que cada colega que morava na minha rua falava do meu cabelo, mesmo eu pedindo para parar. Das vezes que me chamavam de metida porque ao invés de brincar de segunda à sexta na rua, estava estudando. Lembrei também do dia que errei num trabalho específico e me disseram que não adiantava nada continuar empreendendo. Ali, eu realmente parei e cheguei a duvidar do meu trabalho. Não pelo erro, porque empreender é isso também, mas como as palavras têm o poder de nos paralisar. Foi por pouco. Mas estou aqui“, afirma.

Em nota, a Netflix afirma que “Originais são aqueles que quebram estereótipos, escrevem suas próprias histórias, autênticas e inspiradoras“. Confira “Os Originais”.

Negras Plurais: Evento que discute empreendedorismo com afeto, chega ao RJ

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Foto: Divulgação

No dia 24 de novembro a cidade do Rio de Janeiro receberá pela primeira vez o Meeting e Workshop Negras Plurais. O encontro abordará a importância dos canais digitais e redes de conexão para o desenvolvimento profissional de mulheres negras, além de proporcionar momentos de reflexão, autoconhecimento e troca de vivências. “Precisamos estar atentas e conectadas aos nossos propósitos, procurando redes de apoio e acolhimento, que nos fortaleçam e nos façam sentir seguras”, destaca Caroline Moreira, idealizadora do projeto. 

O evento será realizado no Senac Cinelândia (Rua Santa Luzia, 735 – Centro, Rio de Janeiro). Confira a programação:

09h às 9h30: Apresentação dos apoiadores e patrocinadores

 09h30 às 10h: Adriana Victor

10h às 12h: Meeting com Yoni das Pretas

13h: Abertura com poesia

13h: Cintia Aleixo 

14h: Mirtes Santos e Vilma Piedade

15h: Alinne Prado e Caroline Moreira

16h: Katiucha Watuze

17h: Encerramento com a cantora Tina Ramalho e poesia

Serviço:

Quando? 24/11/2018 
Horário? 09h às 17h
Valor dos ingressos? 1º lote R$ 80,00 2º R$ 100,00 3º lote R$ 120,00 pelo site https://goo.gl/Mb2tGm

Onde? Senac Cinelândia (Rua Santa Luzia, 735 – Centro, Rio de Janeiro)

Sobre o projeto

Negras Plurais é uma rede que visa dar visibilidade e impulsionar negócios entre mulheres negras e pessoas empáticas com o protagonismo negro. Tendo como missão conectar e capacitar mulheres negras, de modo que aumente a visibilidade e potencialize sua inserção no mercado econômico. Visando ser a maior e mais qualificada rede de conexões e mulheres negras do país.

Campanha faz provocação: “Contrate um negro com 47% de desconto na Black Salary Friday “

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Um profissional negro recebe em média 47% a menos que um branco na mesma função. Esses dados  do Ministério do Trabalho servem para alertar para duas coisas. A primeira é que ainda há um resquício da visão escravocrata na política salarial das empresas.  E a segunda é que políticas reparatórias são urgentes. 

Uma provocação em forma de campanha é o material produzido pelo  Instituto Identidades do Brasil que aproveitou a semana do Black Friday para alertar sobre desigualdade racial no mercado de trabalho no mês da Consciência Negra.

“Black Salary Friday. Contrate um profissional para sua empresa com 47% de desconto” é a chamada e ao clicar nos banners, a pessoa é direcionada ao endereço www.blacksalaryfriday.com.br, no qual um vídeo explica que aquela é uma promoção fictícia baseada num fato real: a diferença salarial entre negros e brancos.

Para mobilizar a audiência em torno da data tão esperadas pelos consumidores, a iniciativa conta com peças digitais e estratégia de social media, protagonizadas por celebridades que estão abraçando a causa, como o rapper, compositor, produtor e apresentador Thaíde, a atriz Maria Gal e o cantor Jairzinho.

“Apesar do crescimento em qualificação, a população negra com mesmo nível de estudo ainda recebe bem menos. Nossa intenção é acabar com esse abismo e com as barreiras subjetivas como o racismo para alertar as pessoas, principalmente os empregadores, que é preciso continuar considerando a desigualdade racial um problema e buscando soluções para enfrentá-la”, explica Luana Génot, Diretora Executiva do ID_BR.

Sobre o ID_BR

O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) é uma organização sem fins lucrativos, pioneira no Brasil e 100% comprometida com a aceleração da promoção da igualdade racial. A partir da Campanha Sim à Igualdade Racial são desenvolvidas ações em diferentes formatos para conscientizar e engajar organizações e a sociedade. Seu objetivo é reduzir a desigualdade racial no mercado de trabalho, como indica o objeto 10 da agenda 2030 da Organização das Nações Unidades (ONU).

Reflexão sobre a afro descendência e representatividade é levada ao Sesc Copacabana pela 2ª Black

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O projeto IMÓ tem o objetivo de construir momentos de reflexão sobre as questões relacionadas a afro descendência e garantir sua representatividade. Dentro desse contexto, nesta terceira edição o Sesc Copacabana abrigará a Mostra 2ª Black, um dos indicados da categoria inovação do Prêmio Shell de 2018, que surgiu em fevereiro deste ano como possibilidade para apresentação e estudo cênico.

A Mostra terá uma série de performances seguidas de debates em torno das obras, tendo como principais eixos a territorialidade, gênero, ancestralidade e a musica como manifestação fundamental das narrativas do teatro negro. Doze performances foram selecionadas. Além das apresentações haverão oficinas voltadas para processos de novas narrativas para o teatro negro e encontros para discutir ações conjuntas dos coletivos.

Grade de programação / Performances

29/11

Confraria do Impossível – Rádio Voz da Senzala 

Através de músicas e cenas “A Voz da Senzala” propõe ser um grande ritual de sobrevivência e renascimento. Elementos e referências ancestrais se misturam com o Afro-Futurismo, na música de morte e na música de vida.

Licinio Januário Reinaldo Jr e Breno Ferreira – Não deixe o samba morrer

Muriquinho antes de morrer passou aos Griot urbanos Reinaldo Junior e Licínio Januário a missão de espalhar a importância do tambor e da ancestralidade como escudo para aliviar as dores do nosso povo.

30/11

Dandara Vital – Diva da Sarjeta

Diva Sarjeta uma performance baseada em fatos. Trata-se de uma jovemTravesti muito conhecida por seu padrão de beleza, porém seus sentimentos eram ignorados. Os homens a desejavam na mesma intensidade do preconceito que tinham, era maior e mais forte que qualquer amor que Ela pudesse sentir.  

Tatiana Henrique – Vera Crucis

Vera Crucis fabula o abandono de uma mulher preta em um manicômio na década de 70. Verdades caladas sobre mulheres negras jogadas nas antigas casas de “doença” mental em plena ditadura. 

Dembaia – Mandé

Dembaia é um grupo artístico, residente e resistente no Rio de Janeiro, fundado em 2014 a partir da reunião e dedicação de artistas que pesquisam a dança e a rica musicalidade de países da África do Oeste e da diáspora africana nas Américas.

1/12

Coletivo Tropeço (BH) – Apologia III e Unha postiça

“Em Apologia III me aproprio do uso pejorativo da palavra pêra que usavam para me ofender e da famigerada frase “você se parece muito com seu pai” para compor a cena.

Unha postiça – Criada a partir de memórias pessoais, e ao mesmo tempo coletivas, e procedimentos estéticos como a repetição, tempo expandido, e algumas ações cotidianas, a cena procura dialogar com as solidões que atravessa a atriz/performer no seu dia a dia.

Kelson Succi – Rolê bala perdida (extraída da peça Cuidado com Neguin)

Baseado nas andanças e experiências do ator pela cidade, o espetáculo mostra um pouco da visão crítica e artística de “Neguin”, um personagem jovem, negro, pobre e favelado que sai do morro para encarar diariamente o asfalto.

Orquestra Pretos Novos – Desculpa perguntar

É um grupo formado a partir da reunião de artistas negros que tem em comum a atuação na área do teatro musical. Atores, instrumentistas, cantores e outros que venham se agregar. O grupo surge com objetivo de pensar uma dramaturgia e uma cena para o teatro musical que represente verdadeiramente diversos aspectos dos artistas negros contemporâneos. 

2/12

Rodrigo França – Nota Fiscal

É inspirada no vídeo que mostra a abordagem policial a três homens negros em São José dos Campos, que teve mais de 10 mil compartilhamentos.

Magano e Sonata – A hora do show

Dedicados ao universo do riso Marcelo Magano e Patrick Sonata, acharam na comédia o seu lugar de expressão mais potente.

Lilian Valeska – Lilian Valeska Preta

Performance musical buscando enaltecer e engrandecer os autores brasileiros que falam sobre a nossa essência evolução e resistência. Canções escolhidas e reformuladas pela cantora para o palco da 2aBlack.

Classificação indicativa: 16 anos –  Horário: 19h

Oficinas:27 e 30 /11

Narrativas Negras – Oficina para Dramaturgos

A oficina desenvolve com mais detalhamento e profundidade as tendências e movimentos das novas narrativas e as diferentes maneiras de escrever de forma assertiva, utilizando a temática negra como eixo. São dois encontros que se dividem entre teoria e prática; com leitura, discussão de textos e análise do contexto da realidade da população negra, a cultura de matriz africana e afro-brasileira.

Classificação indicativa: 16 anos –  Horário: 14h às 18h

27/11

Nova Visão – Oficina

A oficina de teatro e vídeo ministrada pelo Coletivo Preto tem como objetivo principal instrumentalizar artistas negros para que estes tenham competitividade no mercado de trabalho. Nova Visão trata de técnicas de vídeo e teatro, mercado de trabalho, como se preparar para um teste, marketing pessoal, autoprodução e incentiva a escrita e a criação de novas narrativas.

Classificação indicativa: 16 anos – Horário:  9 às 13h e 14 às 18h

Debate: 29/11 a 02/12  

Aza Njeri – Doutora em literaturas africanas de língua portuguesa.

Marcos Alexandre (BH) – Professor da UFMF especialista em teatro negro do Brasil e de Cuba.

Classificação indicativa: 16 anos – Horário: 21h (após as performances)

01/12  

Professora Leda Maria Martins (BH) uma das maiores especialistas em performance negra do Brasil Professora doutora em literatura s performance.

Classificação indicativa: 16 anos – Horário: 11 às 13h

Exposição: 27/11 a 2/12 –  Exposição Fotográfica: ÌTÀN narrativas do corpo negro. Fotografias de Leandro Cunha – Local: Foyer do Teatro Arena

A Exposição Fotográfica ÌTÀN Narrativas do Corpo Negro, com fotografias de Leandro Cunha remonta as histórias ancestrais dos orixás do candomblé através das relações corporais de 31 artistas.

Classificação indicativa: 16 anos – Horário: 10h às 22h

Espetáculo “A Voz da Senzala” marca Celebração do Dia da Consciência Negra

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O show performático “A Voz da Senzala“, de autoria do Coletivo Artístico Confraria do Impossível, é um grande ritual de sobrevivência e renascimento por meio de músicas e cenas. O espetáculo será realizado nesta terça-feira (20), às 15h, no Parque Lage, com entrada gratuita.

Elementos e referências ancestrais vão se misturar com Afrofuturismo, na música de morte e na música de vida. No espetáculo a escuta precisará ser trabalhada, o povo de rua também será convidado, é de onde negros foram silenciados que a Voz agora ecoa um show de libertação e reparação.

No elenco André Lemos, Tarso Gentil , Wayne Marinho , Lívia Prado, Chico Brum , Tuany Zanini, Cláudia Barbot , Beà, Dani Câmara, Tati Villela e Patrick Sonata. Produção de Júlio Barroso.

O Parque Lage fica localizado na Rua Jardim Botânico, 414 – Jardim Botânico.

Tela Preta : projeto se inspira em canais pretos gringos para trazer mais representatividade

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Se você como eu já está cansado de esperar negros protagonizando programas nas grandes emissoras e acha que passou da hora de termos algo para chamar de nosso, irá amar o projeto Tela Preta.

De acordo com os produtores o projeto quer colocar em pauta” outras lutas e vozes abafadas, abarcando questões como feminismo, gênero e desigualdade social.  Produzir conteúdos socialmente relevantes, esteticamente interessantes e dramaturgicamente envolventes. Por em cena uma ficha técnica composta em sua maioria por negros, criando esse espaço de protagonismo e incentivando outros artistas a fazerem o mesmo”. 

“Estamos buscando um novo formato. Embora nossa primeira plataforma seja o Youtube, nós não iremos parar por aí. Estamos seguindo o exemplo principalmente da galera dos EUA, que tem esse formato de canal de televisão”, explica o ator Licínio Januário, um dos diretores do canal.

Equipe de Tela Preta (Foto: Divulgação)

Januário quer, junto com sua equipe, criar vínculos lá fora e trazer grandes patrocinadores. “Queremos montar uma estrutura de televisão mesmo, como o Porta dos Fundos”, detalha Januário que diz ter na atriz Issa Rae, da série Insecure e canal CoCre.TV.

https://www.instagram.com/p/BjkU9MMnAON/?utm_source=ig_share_sheet&igshid=wl0y1l9wbmve

Outro grande inspirador do projeto é o canal da apresentadora, atriz  e jornalista Oprah Winfrey, que também está atrás de grandes produções do cinema com o Mordomo da Casa Branca e Selma.

O lançamento do canal acontece no Youtube no dia 20 de novembro na plataforma, mas antes disso, os envolvido estão apresentando uma prévia do canal em forma de turnê.  As próximas apresentações serão no Aparelha Luzia (19/11) São Paulo e Ipanema Beach Hostel (20/11) Rio de Janeiro.

Programação digna de horário nobre 

A partir do dia 20, Tela Preta entra no ar com uma programação com muita representatividade e conteúdo feito por e para gente preta. Confira a proposta dos programas.

Passa lá em casa: Segunda feira o casal e também sócios Drayson Menezzes e Orlando Caldeira, e seu cachorro Leopoldo, recebem convidados em sua casa para um bate-papo informal sobre empreendedorismo e autoprodução. O programa mostra o dia a dia de quem tem uma iniciativa própria, revelando um pouco da intimidade dos apresentadores e dos convidados.

Terça Trash: Como o próprio nome já introduz, às terças-feiras a equipe técnica irá expor e comentar, em um clima cômico e divertido, os bastidores e as cenas cortadas de todos os programas.

Rolezinho: Quartas-feiras Mariana Oliveira e Licínio Januário vão atrás de personalidades pretas de relevância para a comunidade preta, e adentram no dia a dia delas para mostrar a família, os amigos, os trabalhos. Eles estarão presentes nas casas dessas personalidades, nos eventos, nos espetáculos, etc. TUDO!

Vem com as pretas: Partindo do centro de São Paulo, às quintas feiras Sol Menezzes e Agatha Fabiano acompanham o dia a dia e processos de criação de modelos, stylists, estilistas, fotógrafos e personalidades da moda que vem se destacando na cena Paulistana. Adentrando os closets e a vida pessoal, o estilo de cada um é que irá ditar o ritmo do programa  

Pipoca Preta: Para animar aqueles que adoram passar o final de semana em casa vendo filme, às sextas feiras Mariana Oliveira e Licínio Januário mapeiam filmes produzidos e dirigidos por negrxs na presença de um ou mais convidados, midiáticos ou não, mas que tenham ligação com as artes cênicas e visuais.  De forma divertida e descontraída, o Pipoca Preta tem como objetivo divulgar esses filmes que não são de conhecimento do público, que apresentam o corpo negro humanizado e junto com os convidados serão levantadas críticas sobre os filmes e uma discussão sobre o cinema preto mundial, passado e presente.

Ficha Técnica

Apresentadores: Mariana Oliveira, Sol Menezzes, Agatha Fabiano, Drayson Menezzes, Licínio Januário e Orlando Caldeira
Direção Geral: Mariana Oliveira, Sol Menezzes e Licínio Januário
Produção: Coletivo Preto, Coletivo Nanã e Príncipes Negros Cultural

Apoio: AfroCriadores, Damião Space, Teatro Faroeste (Amarelinho), Iracema Rosa Filmes, Felipe Fanaia, Rober Dognani, POLEN., Brechó Rua da Saudade, Baobá Brasil, LiRa, Yolo Party e Galo Solto Saias Masculinas

Com homenagem à Conceição Evaristo FlinkSampa tem debates e programação infantil

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 (Texto: Divulgação)

A escritora, poeta e ensaísta mineira Conceição Evaristo é a homenageada desta edição é a grande homenageada da 6ª Flinksampa .  O evento começa nessa segunda-feira, dia 19, às 9 h, no anfiteatro da Faculdade Zumbi dos Palmares, em São Paulo..

 Depois da abertura, às 11 h, ela estará no auditório da faculdade, na mesa “Conceição Evaristo e as reflexões sobre o papel da mulher negra e a literatura” , com participação das escritoras Teresa Cárdenas (Cuba), Vera Duarte Pina (Cabo Verde) e  Jurema Oliveira (Brasil).  O jornalista Bolivar Torres, do jornal O Globo, fará a mediação do debate.

Às 14 h, será a vez de Paulo Lins, na mesa “Voz do autor: o que é ser escritor periférico?” ,  também no auditório, com participação do escritor carioca Geovani Martins (“O Sol na Cabeça”) e mediação deUbiratan Brasil (editor do Caderno 2, Estadão).

“Fazer literário: práticas e saberes no mundo da escrita” é o debate que  acontece às 15h30, na Sala 26,  com Renato Noguera (filósofo e escritor carioca), Francisco Maciel (romancista), Antonio Quino (escritor, de Angola) e mediação de Tom Farias, o curador desta edição da Flinksampa.

A homenageada Conceição Evaristo volta à festa literária na terça-feira, dia 20, o Dia da Consciência Negra, para lançar, às 15 h, na tenda Lounge , o livro “Canção Para Ninar Menino Grande”.

Muitos outros lançamentos, entre eles, “Discursos Afirmativos” (Ed. Unipalmares), do reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente, “Cachorro Velho / Cartas para Minha Mãe”, da cubana Teresa Cárdenas, Carolina. Uma Biografia”, de Tom Farias, acontecem durante o evento. Bate papo com autores nacionais e internacionais completam a programação, ao longo dos dias 19, 20 e 21.  

As atividades para crianças também estão recheadas de lançamentos, como o do livro “Mente Aberta” do autor infantil Akanni Alves, premiação e exibição de produção de vídeos.

Saiba mais sobre a programação no site www.flinksampa.com.br

Para Sociedade Brasileira de Dermatologia, pele negra é insensível ao sol

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Faltando poucas semanas para o verão, a Sociedade Brasileira de Dermatologia decidiu fazer uma postagem em seu Instagram sobre como cada tipo de pele, mais especificamente os seis fotótipos,  reagem ao sol.  O texto faz um destaque especial à diversidade de tons da pele dos brasileiros e brasileiras.

  Mesmo sendo um assunto de extrema importância, tratado com boa intenção por parte do órgão,  faltou cuidado ao descrever a pele negra, a do tipo mais retinto. De acordo com a postagem a pele negra “Nunca queima, é totalmente pigmentada e insensível ao sol.” 

Resolvi perguntar aos nossos leitores o que eles acharam da afirmação por meio de uma enquete em nosso perfil do Instagram. Dos 1080 participantes 94% discordaram da afirmação da SBD e algumas histórias vieram por meio de mensagens privadas.

“Eu cresci sem preocupação dos meus pais sobre usar filtro, eu realmente achava que não precisava, afinal não fazia diferença pra mim. Até o dia que fiquei uma tarde inteira sentada na beirada da piscina e queimei minhas pernas. Fui colocar uma calça jeans e senti tudo arder. Foi horrível! Depois disso nunca mais deixei de passar. Precisei sentir na pele, literalmente, que o sol me atinge também.”

“O sol mancha a nossa pele, atenua marcas de espinhas e outras cicatrizes.”

“Tenho pele escura, mas tá tive feridas nos lábios e ombros, por tomar sol sem proteção”. 

Para biomédica negra, SDB errou

A leitura da postagem pode dar a impressão, ao leitor menos atento, que a pele negra, por ser insensível ao sol e nunca queimar, não precisa de proteção. E a realidade é que todas as peles, até as mais escuras precisam de cuidados específicos em relação ao sol. 

“Apesar de possuir maior número de melanina, o que confere maior resistência ao sol, a pele negra precisa de protetor solar diário, como qualquer outro fotótipo”, explica Dra Ana Tassa, Biomédica Esteta. 

Ela detalha que tanto a pele negra quanto a pele mais clara, podem sofrer com melasma, rosácea, quelóide e temido melanona (câncer de pele). 

“Uma das consequências desse número alto de melanina é a tendência à hiperpigmentação inflamatória, aumentado assim a facilidade de causar manchas”, diz Tassa. “Por esse e outros motivos, é essencial o uso de Protetor Solar diário para proteger a pele negra dos raios dos sol. Apesar de resistente, a pele negra não está imune aos efeitos da radiação UV”. 

Os cabelos crespos e finos, os lábios grossos, mas com textura delicada, o corpo que tende a ressecar. Pessoas negras precisam incluir o protetor solar no seu cotidiano. 

Afroconsumo: Comunidade negra pagaria até 20% a mais por um produto com representatividade

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Quem não escuta a comunidade negra, está perdendo dinheiro. R$ 1,7 trilhão é a quantia que afro-brasileiros movimentaram em 2017, de acordo com o Instituto Locomotiva.

As empresas querem nosso dinheiro, mas cada vez mais a comunidade negra tem abraçado marcas que nos apoiam e boicotado quem apresenta campanhas preconceituosas, racistas ou que não apresentar modelos negros em seu material de divulgação.

Feira Preta em parceria Instituto Locomotiva e Itau Unibanco divulgou uma pesquisa que fala das tendências de consumo da comunidade negra, ouvindo consumidores e empreendedores afro-brasileiros. 

Intitulado “A Voz e a Vez: Diversidade no Mercado de Consumo e Empreendedorismo” o estudo mostra dados inéditos obtidos por meio de entrevistas com 661 consumidores negros e 255 empreendedores negros, todos participantes da Rede Feira Preta

“Queremos chamar a atenção para o potencial da população negra como empreendedora e consumidora no país. A pesquisa traz um olhar sobre a participação dos negros na economia e mostra as oportunidades para marcas e empresas que ainda podem ser exploradas”, comenta Adriana Barbosa, presidente da Feira Preta.

Se não me vejo, não compro

De acordo com a pesquisa, 98% dos consumidores dão preferência a produtos e serviços que incorporem a temática negra e 95% disseram que boicotariam uma empresa que veiculasse alguma propaganda que fosse considerada preconceituosa. Quase metade dos entrevistados afirmou que estaria disposto a pagar um adicional igual ou maior que 20% por um produto que valorizasse elementos da cultura afro.

Do lado do empreendedorismo, 94% dos empreendedores afirmam que as pessoas negras sofrem preconceito ao empreender no Brasil e 70% dizem que priorizam a contratação de funcionários negros. Dificuldade de divulgação e falta de acesso a crédito foram os principais entraves apontados pelos entrevistados.

Outros dados da pesquisa:

– O Empoderamento Étnico Racial é o assunto de maior interesse dos consumidores (86%), seguido por arte/cultura (80%), educação/cursos (77%) e música (71%);

– 91% dos consumidores negros na rede Feira Preta já compraram produtos segmentados para o público negro;

– 87% dizem que dão preferência a produtos oferecidos por empreendedores negros;

– 79% estão dispostos a pagar mais por esses produtos e serviços;

– 9 em cada 10 consumidores deixariam de frequentar estabelecimentos comerciais se soubessem de casos de racismo cometidos por funcionários desses locais;

– 8 em cada 10 consumidores procuram saber se as empresas valorizam a diversidade;

– 80% dos empreendedores concordam que conseguir crédito é mais difícil para empreendedores negros do que para brancos;

– 57% dos empreendedores se sentem constrangidos quando precisam ir ao banco recorrer a serviços financeiros para a sua empresa.

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