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A importância do casamento afrocentrado em “Todo mundo odeia o Chris”

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Imagem/Reprodução

Nos episódios que exploram a demora de um dos filhos para chegar em casa, Julius (Terry Crews) e Rochelle (Tichina Arnold) não precisam de nenhum diálogo expositivo sobre os perigos de ter uma criança negra perdida na cidade. Ambos possuem protocolos para cada situação potencialmente perigosa: membro da família parado pela polícia, se perder em um bairro branco, se comportar em festas, na escola, e outras situações onde o racismo fala alto.

O casal não precisa dar aula sobre as dores de ser quem são porque sabem exatamente o que falar e como agir um com o outro por causa do laço ancestral em comum que supera qualquer palavra.

Se um dos indivíduos do casal fosse branco, toda a narrativa da série seria esvaziada. Eles são o norte dos filhos e através de suas vivências é possível compreender a sobrevivência da prole. A obsessão por economia doméstica de Julius é muito mais medo de ver a família passar necessidade do que simples “pão durice”.

Rochelle não abre mão de fazer o cabelo, comprar chocolates caros, ou ficar ao telefone por longas horas, mas isso não gera crises incontornáveis. Ela é severa e está sempre preocupada com problemas comuns à juventude negra, como gravidez na adolescência e violência policial. Ele é uma barreira de proteção, acionado pela matriarca em último caso. Como precisou defender Chris das ameaças de um criminoso.

Na mesa de jantar casal conversa com olhar. As subjetividades que os tornam únicos foram forjadas por eventos em comum que perpassaram suas vidas, os preparando para aqueles momentos, como casal e como pais.

Julius e Rochelle acreditam que o filho nem  precisa aguentar até o final para que possa se fortalecer para um mundo cruel com gente preta. O equilíbrio entre os dois é reforçado pela química dos atores em cena, mas o roteiro é genial ao entregar com sutilidade momentos de companheirismo em que o abraço de Julius supre sua falta de articulação com as palavras e consegue fazer com que a sempre agitada Rochelle compreenda os gestos.

Ela entende que seu marido aprendeu a demonstrar afeto garantindo pão na mesa. A dureza pode autodefesa e defesa dos seus. A pele fala.

A abordagem policial: a questão racial e a importância de conhecer seus direitos

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Getty imagens

Por Zaíra Castro

A segurança pública é dever do Estado para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através de órgãos a exemplo  da polícia, conforme determina a Constituição Federal.

A polícia realiza abordagem a indivíduos suspeitos de cometerem crime. Em regra, a investida policial atinge a população vulnerável,  especialmente pessoas negras. No cotidiano é notória a truculência das abordagens policiais, como o caso  da morte de George Floyd que foi asfixiado pelo agente. 

Diante da alarmante violência que pessoas negras sofrem nas abordagens policiais é necessário conhecer alguns direitos, para evitar cenas exacerbadas  que por vezes acabam impunes ou incorrem na extermínio do indivíduo.  

Primeiramente o policial deve ser identificado por meio da farda da corporação, com nome registrado na parte da frente visivelmente, sem subterfúgios para  esconder a identificação.  Segundo o artigo 5º, LXIV da Constituição Federal,  qualquer pessoa tem direito à identificação dos responsáveis por seu interrogatório ou abordagem.

Em seguida,  de acordo o artigo 240 do Código Penal Processual, a  busca pessoal  só pode ser realizada quando houver fundada suspeita de que o indivíduo está  ocultando consigo arma de fogo irregular, certa quantidade de drogas  ou objetos que poderão ser usados para prática de crimes, e deve ser realizada por policial do mesmo sexo que o indivíduo abordado.

Assim,  mulheres trans e travesti devem ser abordados por policial feminino, no âmbito  da revistas pessoais, e no caso de homens trans, devem ser consultados sobre a revista a ser realizada por policial masculino ou feminino, para garantir a  dignidade humana, respeito a identidade de gênero e combater o preconceito e a violência institucional, que em regra também são alvo da polícia ostensiva. Essa tem sido a orientação da Defensoria Pública estadual da Bahia, conforme a  cartilha “Abordagem policial”.

Ressalta-se que a busca pessoal independe de mandado, mas o policial tem que justificar a motivação ou algum indício que resultou  na suspeita da abordagem. Notando que  nenhuma abordagem deve ser justificada com base em ato discriminatório, motivada por racismo, religião, orientação sexual ou identidade de gênero.

As orientações como se portar durante abordagem policial, inicialmente manter a calma, responder educadamente,  não tentar fugir e permitir que a busca pessoal seja realizada seguindo as determinações policiais. Além disso, evitar movimentos bruscos, manter as mãos visíveis o tempo todo, evitar tocar nos policiais e prestar atenção para lembrar  a identificação dos agentes e viatura.  

Quanto a andar sem documentos, importante esclarecer que não é crime, mas se recusar a identificar-se é contravenção penal.  Então se estiver sem documentos, busque se identificar de forma clara, calma e completa, de preferência informando  o número de seu RG ou CPF, e se possível quaisquer outros dados que ajudem a sua identificação.

E salienta-se que qualquer irregularidade ou abuso durante a abordagem policial, deve ser denunciado aos órgãos oficiais (ouvidorias, corregedorias estaduais, Ministério Público, Defensoria Pública), em momento posterior, considerando  resguardar a sua  integridade física.  Por isso, ao ser abordado é importante prestar  bastante atenção e ter calma para anotar tudo referente à abordagem, especialmente se ponderar ter sido alvo de algum tipo de violência, abuso ou atuação irregular. Inclusive cabe lembrar que abuso de autoridade é crime, conforme a lei 4.898 de 1965 e quaisquer atos elencados na referida legislação, deve ser denunciado na delegacia mais próxima por meio do registro da ocorrência ou corregedoria da instituição.

Vale ressaltar que as pessoas negras também são a maiores vítimas de prisão, todavia a prisão em flagrante só pode ocorrer nos casos previstos  no artigo 302 do Código de Processo Penal. E nesse âmbito, o uso de algemas só é permitido nas situações de  resistência, fundado receio de fuga da pessoa apreendida, perigo à integridade física do  preso ou de terceiros, sendo sempre justificada a excepcionalidade por escrito, observando que se o agente descumprir essa orientação pode ser responsabilizado, acarretando também a responsabilização do Estado.

Pesquisas e a realidade fática demonstram que pessoas negras sofrem mais punições da polícia que pessoas brancas, que apesar do treinamento da corporação, não consegue filtrar o racismo institucional ou velado por alguns agentes. Um policiamento ostensivo que cresce numa abordagem que prever o indivíduo que comete o crime, por meio do olhar enviesado que reforça a filtragem racial.

Assim, é necessário que as abordagens policiais sejam filmadas, para demonstrar se a  atuação do agente seguiu os parâmetros legais, bem como promove a mobilização para melhoria dos procedimentos junto ao cidadão perante a lei, inclusive no âmbito da denúncia e apuração. 

Portanto, é importante que as pessoas negras tenham conhecimento da lei e  de seus direitos, e caso sofra violações, se unam e busquem os órgãos competentes pra denunciar, visando combater as violações aos direitos humanos, o abuso de autoridade e a discriminação racial. 

* Advogada/Jurista. Pós-graduada em Direito Público

Irmãs pretas Sexagenárias desmontam estereótipos ao falarem sobre quadrinhos, filmes e séries sob uma perspectiva pouco vista

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Foto: Divulgação/Canal Dona Geêk

A produção de conteúdo voltada para o público nerd/Geek é composta em sua maioria por homens brancos, entre 20 e 40 anos mas as irmãs Genilda Maria Gama e Genilza Maria Gama, ou as duas Gês, como também gostam de ser chamadas, tem passado por cima de todos esses paradigmas de uma vez só.

Genilda (65 anos) e Genilza (62 anos) são duas mulheres pretas, sexagenárias, apresentadoras do canal sobre cultura pop ‘Dona Gêek’. Um espaço onde elas opinam e indicam séries, animações, quadrinhos e filmes.

A professora Janaína Monteiro, filha de Genilda , queria produzir um documentário para falar sobre a mãe. “Eu tenho muita admiração pela minha mãe e queria fazer um documentário sobre ela”, declarou. Janaína não queria mostrar a mãe ao mundo explorando o estereótipo de mulher preta sofrendo com o racismo. “Pra mim minha mãe é essa mulher preta da periferia, mas eu queria contar esse lado nerd da minha mãe. Sempre admirei essa coisa da minha mãe ler os livros, assistir os filmes, lembro dela lendo muito mesmo as condições sendo precárias”, explicou a filha orgulhosa.

Durante as conversas para o documentário, onde papo sobre nerdices aconteciam, surgiu a ideia de criar um canal no YouTube com as senhoras nerds capitaneando as pautas.

Em 2019 gravaram o primeiro piloto do canal com as “duas Gês” apresentando e falando sobre suas impressões a respeito de cultura pop e o canal permanece prolífico até hoje.

As apresentadoras esbanjam simpatia e perspicácia nas observações que fazem no canal, com uma energia sempre bem-vinda a canais do gênero. Em um dos vídeos deixam claro que se divertem nas gravações: “Se virar trabalho a gente abandona”.

Se afastando ainda mais de qualquer estereótipo, Genilda e Genilza não fizeram do canal um espaço para simples nostalgia Geek, mas apontam defeitos e qualidades de aventuras recentes como “Avatar – A lenda de Korra” e o curta da Netflix sobre violência policial, “Dois Estranhos”.

Ambas as irmãs compartilham o gosto por séries policiais como “Lei e Ordem” e ““Criminal Mind”.

 O Batman também é o gosto em comum entre Genilda e Genilza, sendo o personagem da DC Comics figurinha carimbada nos vídeos do Dona Gêek. “Eu troco um filme por uma boa animação”, diz Genilda.As duas nerds de carteirinha é que decidem quais serão os temas abordados no vídeo, ficando a cargo de Janaína e seu marido, Guilherme, apenas a parte técnica, como gravação e edição.

O gosto por leitura de ambas iniciou com os quadrinhos da Disney, passando pelos livros da série Bianca e Sabrina até chegarem ao Superman e posteriormente o Batman.

Genilza, a irmã mais nova acompanha vídeos de artesanato, que também é sua paixão, enquanto Genilda não segue com fidelidade nenhum Youtuber. “Como sou artesã, ponto, bordo, eu acompanho Youtubers de diferentes segmentos. Na maioria das vezes estou vendo aula de pintura ou uma série coreana”, diz a Gê mais velha.

 A troca de figurinha é constante, com as informações sobre séries sendo repassadas entre os membros da equipe do canal, composto também pelo genro de Genilda, o produtor musical Guilherme Lopes.

Atualmente, acompanhando a série do Arqueiro Verde, “Arrow”, um parceiro do Batman nos quadrinhos. Sobre futuras produções  Genilda diz estar ansiosa para ver Robert Pattinson encarnando a nova versão do Batman, enquanto faz crítica à versão dos anos 90 com Val Kimer.

A maior diferença entre as duas Gês é a aptidão para trabalhos manuais de Genilza e seu gosto por sair, mas tem cumprido o isolamento á risca.

Quando questionadas como elas se enxergavam em uma plataforma tão dominada por determinados perfis, não faltou lucidez na análise: “A gente fugiu do estereótipo de que mulheres acima de 60 anos só servem para fazer tricô, crochê e cuidar de netos”, declara Genilza com firmeza.

As donas do canal Dona Geek têm energia e simpatia e soam mais espontâneas e joviais que muito influenciador de longa data. São articuladas e entendem que podem estar sendo exemplo para alguém que venha a se identificar com essa necessidade de compartilhar conhecimento.

“Eu falo todos os dias: o que está envelhecendo é o meu corpo. Minha mente continua aqui, muito bem, obrigado e saudável”, dispara a Genilda com sorriso na voz

Após a entrevista elas convidam para um bolo após a pandemia e a garantia de que muita indicação de filme pode rolar, principalmente os lançamentos recentes, já que rapidez nas tendências parece ser a regra com as Donas Gês que fecham deixando um recado importante a quem se preocupa com rótulos. “Acho legal a gente ter começado isso na cozinha da casa da minha irmã e tem sido uma coisa bacana para as pessoas perceberem que idade não impede a gente de fazer nada”, reflete Genilza.

O canal Dona Gêek é um respiro no meio a tantas histórias de tragédia que abatem mulheres negras. Se sabe que esse recorte da população brasileira precisa enfrentar dezenas de barreiras físicas e simbólicas, mas a própria presença de duas idosas negras cavando espaço num nicho dominado pela branquitude é luta, sem se deixar cair na obrigatoriedade de trajetórias trágicas. 

“Eu não vejo ninguém na nossa faixa de idade falando sobre esse assunto. Se formos as primeiras vamos abrir caminho para outras senhoras. Não só falar de tricô e crochê porque ninguém merece.”

Que mais Genildas e Genilzas surjam por aí indo além do crochê.

Link do canal: Dona Geek

Perfil do Instagram @canaldonageekoficial

Obamas sobre o julgamento de George Floyd: “A verdadeira justiça vai muito além de um único veredito”

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Casal Obama : Foto: Reprodução Netflix

O mundo celebrou o veredito do júri no caso do assassinato de George Floyd que condenou o policial Dereck Chauvin culpado em todas as três acusações nessa terça-feira (20). Um resultado que surpreendeu muita gente, entre elas a atriz Octavia Spencer que fez uma postagem em seu Instagram celebrando a decisão da justiça americana.

O ex-presidente americano Barack Obama e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Obama emitiram um comunicado sobre o julgamento que começou celebrando o acerto na decisão do júri de Mineápolis, EUA. Porém para eles o resultado não é o suficiente.

“Mas se formos honestos conosco mesmos, sabemos que a verdadeira justiça envolve muito mais do que um único veredicto em um único julgamento.  A verdadeira justiça exige que aceitemos o fato de que os negros americanos são tratados de maneira diferente, todos os dias”, disse o comunicado publicado no Twitter.

O casal Obama foi o maior aliado da campanha que elegeu Joe Biden e Kamala Harris como como presidente e vice-presidente dos EUA.  Em um dos seus podcasts, Michelle chegou a lamentar a falta de interesse da nova geração em relação aos temas políticos e isso foi refletido em um trecho da nova. “Teremos de redobrar os esforços para expandir as oportunidades econômicas para as comunidades que foram marginalizadas por muito tempo.  E à medida que continuamos a lutar, podemos extrair força de milhões de pessoas – especialmente jovens – que marcharam, protestaram e se manifestaram no último ano, iluminando a desigualdade e clamando por mudanças”.

Confira o comunicado na íntegra:  

Hoje, um júri em Minneapolis fez a coisa certa.  Por quase um ano, a morte de George Floyd sob o joelho de um policial repercutiu em todo o mundo – inspirando murais e marchas, estimulando conversas em salas de estar e nova legislação.  Mas uma questão mais básica sempre permaneceu: a justiça seria feita?  Nesse caso, pelo menos, temos nossa resposta.  Mas se formos honestos conosco mesmos, sabemos que a verdadeira justiça envolve muito mais do que um único veredicto em um único julgamento. 

A verdadeira justiça exige que aceitemos o fato de que os negros americanos são tratados de maneira diferente, todos os dias.  Exige que reconheçamos que milhões de nossos amigos, familiares e concidadãos vivem com medo de que o próximo encontro com as autoridades policiais seja o último.  E requer que façamos o trabalho às vezes ingrato, muitas vezes difícil, mas sempre necessário de tornar a América que conhecemos mais parecida com a América em que acreditamos. Embora o veredicto de hoje possa ter sido um passo necessário no caminho para o progresso, estava longe de  um suficiente.  Não podemos descansar.  Precisaremos levar adiante as reformas concretas que irão reduzir e, em última instância, eliminar o preconceito racial em nosso sistema de justiça criminal. 

Teremos de redobrar os esforços para expandir as oportunidades econômicas para as comunidades que foram marginalizadas por muito tempo.  E à medida que continuamos a lutar, podemos extrair força de milhões de pessoas – especialmente jovens – que marcharam, protestaram e se manifestaram no último ano, iluminando a desigualdade e clamando por mudanças.  A justiça está mais perto hoje não apenas por causa desse veredicto, mas por causa de seu trabalho.  Michelle e eu enviamos nossas orações à família Floyd, na esperança de que eles possam encontrar paz.  E ficamos ombro a ombro com todos aqueles que estão empenhados em garantir a cada americano a medida total de justiça que George e tantos outros foram negados.

Matilde Ribeiro e Petronilha Beatriz Gonçalves recebem os títulos de “Doutoras Honoris Causa” pela UFABC

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Imagens: Google fotos; Na sequência, professora Matilde Ribeiro e Petronilha Beatriz Gonçalves

Hoje, dia 20 de abril de 2021, o Conselho Universitário da Universidade Federal do ABC (UFABC) concedeu os títulos de ‘Doutoras Honoris Causa’ às professoras Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva e Matilde Ribeiro.

A indicação foi feita pelo Núcleo de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros (NEAB) e relatada no ConsUni pelo professor Acácio Sidnei Almeida Santos. Foi onsiderado que o titulo não apenas reconhece a importante trajetória das duas mulheres que são grandes intelectuais para o nosso país, como também, sinaliza a necessidade de construção de uma universidade pública comprometida com as demandas da sociedade brasileira.

“As professoras Petronilha e Matilde são duas grandes batalhadoras pela igualdade étnico-racial no Brasil e abriram portas para a construção de politicas antirracistas em todos os espaços pelos quais passaram.” Publicou a Universidade em  sua cconta oficial nas redes sociais.

A honraria Honoris Causa, que significa “por causa de honra”, é concedida independentemente da instrução educacional a quem se destacou por suas virtudes, méritos ou atitudes. Concedidos por universidades a pessoas eminentes que destacaram-se em determinada área (artes, ciências, filosofia, letras, promoção da paz, de causas humanitárias etc.)

Em face disso, as duas são as mais novas Doutoras Honoris Causa.

professoras Petronilha Beatriz Gonçalves , além de seu longo currículo e estudos, é licenciada em Letras e Francês (1964), possui mestrado em Educação (1979) e é doutora em Ciências Humanas – Educação (1987) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Já Matilde Ribeiro, assistente social e ativista política brasileira, atuando no movimento negro, das mulheres negras e feminista. Foi ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Governo Lula

Em decisão unanime, júri declara policial Derek Chauvin culpado pela morte de George Floyd

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Derek Chauvin, ex-policial acusado de matar George Floyd, acompanha seu próprio julgamento em Mineápolis (EUA) nesta segunda-feira (19) — Foto: Court TV via AP

Um dia histórico e de muita emoção. Nessa terça-feira, (20), doze jurados decidiram o destino de Derek Chauvin, policial que matou George Floyd em maio de 2020 em Mineapólis, nos EUA. Eu uma decisão unanime, todos jurados declararam o policial culpado pela morte de Floyd. A sentença deve sair em 2 meses e ele aguardará a decisão na cadeia..

Ao todo foram três acusações:

  1. homicídio culposo
  2. negligência ao assumir o risco consciente de causar a morte de Floyd
  3. causar a morte, sem intenção, através de um ato perigoso, sem consideração pela vida humana

As discussões tiveram início na segunda-feira após o fim dos depoimentos de testemunhas, defesa e acusação no processo. Chauvin foi convidado a se apresentar, mas se recusou a depor no tribuna.“Vou invocar meu direito de não me pronunciar”. Pelo protocolo, os jurados não estavam presentes, mas foram comunicados.

O assassinato que mudou o mundo

George Floyd morreu em maio de 2020 após ter o pescoço pressionado pelo joelho do policial Derek Chauvin, em Mineápolis, por 9 minutos e 29 segundos.

Mural de George Floyd no local de sua morte em Minneapolis Foto de: Caroline Yang para o New York Times

A polícia estava no local porque o ex-segurança negro, com 46 anos, teria tentado pagar uma conta em uma mercearia com uma nota falsa de US$ 20. Imagens mostradas mostraram que Floyd não ofereceu resistência à abordagem dos agentes.

A violência policial contra um homem negro e pobre — mais um caso entre tantos — gerou uma série de protestos em Mineápolis que logo se espalharam para diversas partes dos Estados Unidos.

Com informações do G1.

“Solos”, série antológica da Amazon Prime, com Anthony Mackie e Uzo Aduba abrange nosso presente e futuro

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O Amazon Prime Video anunciou que a série antológica “Solos“, criada por David Weil, será lançada no Brasil no dia 25 de junho. A série é estrelada pelos atores vencedores do Oscar Morgan Freeman, Anne Hathaway e Helen Mirren; a vencedora do Emmy Uzo Aduba; Nicole Beharie, Anthony Mackie, Dan Stevens e Constance Wu.

Uma série antológica apresenta enredo e personagens diferentes seja em todo ano, temporada ou até mesmo em cada episodio. Embora tenha o mesmo nome e até conte com atores da temporada anterior ela pode apresentar uma nova história a cada temporada ou a cada episódio.

A ideia da produção é contar histórias guiadas por personagens únicos que mostram o significado mais profundo da conexão entre as pessoas ao longo de sete episódios. Confira a sinopse completa, divulgada pela Amazon:

Episódio 1: Anne Hathaway irá viver uma cientista que descobre como viajar no tempo. Entretanto, ela revela motivações estranhas para querer ver o futuro.

Episódio 2: Tom (Anthony Mackie) tem pouco tempo de vida e compra um produto que promete não deixar sua família sozinha.

Episódio 3: Peg (Helen Mirren) vive em uma nave espacial sozinha viajando pelo universo e faz uma retrospectiva de sua vida.

Episódio 4: Sasha (Uzo Aduba) é uma mulher que se acostumou com a solidão durante a pandemia e não consegue voltar à vida social anos depois.

Episódio 5: Jenny (Constance Wu) está há muito tempo em uma sala de espera e percebe que isso pode ser consequência de algo que fez no passado.

Episódio 6: Nera (Nicole Beharie) está grávida, vive sozinha na floresta e passa por sérias dificuldades em seu parto caseiro.

Episódio 7: O último episódio é protagonizado por Morgan Freeman e Dan Stevens. “Com a ajuda de Otto, Stuart se lembra quem é e, talvez pior, o que ele fez”, diz a sinopse.

As histórias guiadas por personagens confirmam que, mesmo durante nossos momentos aparentemente mais solitários, nas mais diferentes circunstâncias, estamos todos juntos e compartilhando o que significa ser humano. David Weil, criador da série é conhecido pelo seu trabalho em “Hunters”, uma série que foi lançada pelo Prime Video em fevereiro do ano passado, com produção de Jordan Peele.

Confira algumas fotos de “Solos”:

Pai de Gilberto, do BBB21, reaparece após 15 anos de abandono parental: “Sinto muita saudades dele”

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Gilberto; Globo/Reprodução

O pai de Gilberto Nogueira, participante do BBB21, reapareceu após 15 anos de abandono parental. Seu Gilberto, que possui o mesmo nome do filho, sumiu por não aceitar a cor do menino, achando que o confinado não era tão preto quanto ele e por está enfrentando problemas com vícios em álcool e drogas, como o crack.

Seu último contato foi quando o atual participante do BBB o convidou para ir a um concurso de modelos que iria participar, mas o ex-porteiro recusou o convite devido a vergonha que sentia dele. O pai do confinado está desempregado e atualmente é dependente do álcool. “Não vou mentir. Ainda bebo de vez em quando”, falou ele.

Seu Gilberto, pai do brother

Seu Gilberto afirma que não tem interesse financeiro na reaproximação com o filho, que só quer dar um abraço nele e dizer quanto o ama. “Só quero poder dar um abraço apertado nele e dizer que amo muito ele. Nunca disse isso para o meu filho”, finalizou o senhor.
“Tenho muito orgulho de quem ele é quando o vejo pela TV. Meu filho está realizando um sonho, é um batalhador mesmo, estudioso, chegou longe onde ninguém podia imaginar”, declarou Gilberto.      

Projeto de Lei para proibir campanhas publicitárias com pessoas LGBTQIA+ aguarda votação na Alesp

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Foto: Reprodução/Natura

O projeto para proibir campanhas publicitárias com pessoas LGBTQIA+ aguarda votação nesta terça-feira (20), na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), o projeto de lei visa proibir a veiculação de campanhas com pessoas LGBTQIA+ ou famílias homoafetivas em todo o estado de São Paulo.

A deputada estadual Marta Costa (PSD) é a autora do projeto de lei que de acordo com o texto “proíbe a publicidade, através de qualquer veículo de comunicação e mídia de material que contenha alusão a preferências sexuais e movimentos sobre diversidade sexual relacionados a crianças no Estado”.

O projeto aguarda por aprovação e se aprovado, fica proibida a transmissão de campanhas que promova a diversidade sexual no estado de São Paulo.  Marcas como Boticário, Riachuello, Gol, Sonho de Valsa, Banco do Brasil, Coca-cola e Mc Donalds que já lançaram propagandas com casais homoafetivos, não poderiam repetir as propostas de campanha.

Maju Coutinho sobre os 50 anos do Jornal Hoje: “Estamos vivendo a história em toda sua fúria”

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Foto: Globo/Fabio Rocha

Nesta terça-feira, 20, é o dia dos 50 anos de um dos jornais mais conhecidos pela população brasileira. Com cinco décadas de informação sobre os principais fatos do Brasil e do mundo, o jornal está sendo conduzido pela apresentadora Maju Coutinho, mas já teve diversos outros nomes em sua bancada.

É na sua data de aniversário que também vai ao ar os dois últimos episódios da série sobre “grandes coberturas feitas pelo JH nos últimos 50 anos”. O atentado de 11 de setembro, a morte do papa João Paulo II e a eleição de Bento XVI, as tragédias do furacão Katrina e a queda do avião da Air France estão entre os assuntos lembrados no especial.

A página especial do Jornal Hoje no G1, segue disponibilizando conteúdo diário e especial por conta do aniversário do jornal, como mensagens de parabéns de apresentadores como William Bonner e Renata Vasconcellos, do ‘Jornal Nacional’; Sandra Annemberg, do ‘Globo Repórter’; Ana Paula Araújo, do ‘Bom Dia Brasil’; Caco Barcellos, do ‘Profissão Repórter’ e a própria Maju Coutinho.

Em entrevista para a própria globo, Maria Julia Coutinho falou:

Qual a importância de estar à frente do ‘Jornal Hoje’ no momento em que o jornal celebra 50 anos?

É uma dupla realização estar à frente do JH. Primeiro pela importância desse telejornal, sua história, por fazer parte desse time incrível de apresentadores que deixaram sua marca. E ancorar este telejornal no seu cinquentenário, que ocorre no mesmo período de uma pandemia e de uma epidemia de notícias falsas, é marcante na trajetória de qualquer profissional. É clichê, mas é real: estamos vivendo a história em toda sua fúria. Ainda levará tempo para desvendarmos tudo que o está acontecendo.

O JH é reconhecido por muitos profissionais como o ‘jornal do gerúndio’, por ser exibido no momento em que as notícias acontecem. Como você se prepara para muitas vezes lidar com notícias que não estavam previstas?

O JH tem a característica de trazer o calor do momento, a notícia que chega naquele instante. Muitas vezes, o apresentador vai descobrindo o fato juntamente com o telespectador. Ninguém está preparado para o um rompimento de barragem, a queda de um avião, mas temos que estar a postos para o imprevisível, o imponderável e o improvável.

O que veremos na série especial em comemoração aos 50 anos do Jornal Hoje?

A série é costurada por fatos importantes que aconteceram no Brasil e no mundo durante ou pouco antes do horário do ‘Jornal Hoje’. As reportagens especiais de aniversário deixam claro o DNA do JH: estar de olho no lance, captar o momento e apresentar as primeiras informações. O JH é um jornal companheiro, ele se entrelaça com a rotina do telespectador. É o companheiro da hora do almoço, do intervalo do trabalho, no qual o espectador vai desvendando, com o apresentador e com as equipes de reportagens, os acontecimentos em tempo real. A série mostra também os pontos nos quais o Brasil avançou e o caminho que ainda precisa ser trilhado. Conta com depoimentos de apresentadores que já passaram pelo telejornal, fatos históricos. Está muito emocionante.

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