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Organizações protocolam ação de R$ 10 mi contra LinkedIn após exclusão de anúncio de vaga para pessoas negras e indígenas

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Foto: Unsplash.

A Educafro e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos protocolaram uma ação na justiça de São Paulo contra o LinkedIn. As organizações pedem R$ 10 milhões em indenização depois de a plataforma ter tirado do ar um anúncio de vaga que dava preferência a candidaturas negras e indígenas. Além do valor em dinheiro, as organizações pedem que a rede social, que é voltada para o mundo do trabalho, adote medidas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial.

A vaga excluída foi criada pelo Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (Laut), que buscava um profissional para o setor administrativo e financeiro. dando preferência nesta seleção para pessoas negras e indígenas.

O Ministério Público Federal (MPF) e o Procon-SP solicitaram informações à plataforma a respeito da exclusão da vaga. De acordo com o MPF, a decisão da plataforma contraria esforços realizados no Brasil para a inclusão de minorias por meio de ações afirmativas. O LinkedIn terá que detalhar as regras que motivaram a exclusão do anúncio e seus fundamentos jurídicos no prazo de dez dias úteis contados a partir de 23 de março.

“O Supremo Tribunal Federal entende essas medidas ‘não somente como reparação histórica em favor de grupos subalternizados, mas como forma de beneficiar toda a sociedade prospectivamente, por meio da construção de espaços mais plurais e menos excludentes’. O país também é signatário de tratados e convenções que estimulam a inclusão e o oferecimento de oportunidades para indivíduos e grupos sociais vítimas de discriminação e intolerância”, divulgou o MPF, em nota.

Para Ana Minuto, que é reconhecida pelo LinkedIn como que é LinkedIn Top Voice & Creator 2022, esta notificação serve de alerta para que as empresas de uma maneira geral aprendam a lidar com os desafios locais e que incentivem a diversidade. “Quando vemos que o LinkedIn, uma empresa global, toma uma decisão sem levar em consideração os desafios que existem em cada país só demonstra que a diversidade que eles fazem é só uma ‘maquiagem”, afirma.

Ex-MasterChef Brasil, Dona Margarida Arcebispo virou criadora de conteúdo aos 71 anos

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Dona Margarida Arcebispo - Foto: Reprodução Instagram

Os idosos fizeram parte do primeiro grupo afetado pela pandemia do coronavírus em 2020. Dona Margarida, hoje com 71 anos, era uma dessas pessoas que tiveram sua rotina afetada e tiveram que encontrar meios, dentro de casa, de preencher o dia lidando com o isolamento social e familiar.

“Eu sou de participar da comunidade, de fazer visitas, eu faço uma série de coisas, sabe? Aí de repente, parou tudo por causa da pandemia. Aí eu fiquei muito, muito triste dentro de casa, sabe, aí falei para Adriana (filha) ‘aí parece que eu tô com o coronavírus. Eu estou muito triste’, aí ela respondeu ‘Mãe, coronavírus não dá tristeza, é, então você não tá’”, disse a aposentada aos risos durante uma conversa com a jornalista Silvia Nascimento no programa Falas Diversas dessa semana.

A Mãe de três filhos e avó de sete netos, ficou nacionalmente conhecida por sua participação no programa Masterchef onde ela encantou os jurados e até os concorrentes e lembra de um fato pitoresco durante o programa sobre louças sujas. “Eu lavei a louça assim bem escondidinho dentro da pia, para ninguém ver, sabe? Mas depois esqueci que tinha muita câmera ali”, relembra a cozinheira.

Depois dessa experiência, o aparelho de celular da Dona Margarida se tornou uma ferramenta de trabalho. Em sua conta no Instagram, ela posta novos conteúdos com frequência e encanta seus seguidores com suas histórias sobre a roça onde cresceu, em Manhumirim, interior de MG. Hoje ela é agenciada, fazendo parte do casting de creators da Brunch, uma das mais conhecidas do Brasil.

Durante o papo, ela não deixou de comentar sobre alguns episódios que a fizeram refletir sobre a questão do racismo. “Quando eu vendia aqueles cosméticos de revista, eu sempre reclamava que não tinha cosméticos para pessoas negras”, relatou.

SOBRE FALAS DIVERSAS

Com 20 anos de experiência em jornalismo com foco na comunidade negra, a jornalista Silvia Nascimento, fundadora do site Mundo Negro decidiu finalmente lançar seu programa de entrevistas. “Eu estou há duas décadas entrevistando pessoas negras, famosas e anônimas e agora quero que meus leitores me vejam mais, mas principalmente que eles conheçam histórias diversas, sobre pessoas diversas que por acaso são negras. Ampliar as pautas com a nossa comunidade para assuntos além do racismo, sempre foi algo que me dediquei ao longo da minha carreira. Se somos vistos de forma estereotipada pela sociedade, em parte é porque só falamos dos mesmos assuntos. É como se para a imprensa, nossa fala só tivesse valor quando falamos de assuntos sensíveis relativos a nossa cor de pele”, explica.

O Falas Diversas é fruto de uma parceria entre o site Mundo Negro e Cultne. O programa será exibido semanalmente no canal do Youtube do Mundo Negro e também no Spotify.

777: Novo álbum de Latto chega recheado de possíveis hits

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Imagem: divulgação

Veio aí: Nos últimos meses, a rapper de 23 anos ganhou muita visibilidade participando do remix de ”Do It”, do Duo Chloe x Halle. A faixa que também conta com a participação de Doja Cat e City Girls, foi muito bem aderida pelo público. Mas foi com a faixa Big Energy que ela realmente conseguiu o seu primeiro hit. Usando o sample de Tom Tom Club-Genius of Love e fazendo referências à Fantasy, de Mariah Carey, a música se tornou um viral nos EUA e conseguiu atingir a 14ª posição na Billboard Hot 100. Esse, é até agora o maior sucesso do seu mais novo álbum 777, lançado na madrugada dessa sexta-feira, 25.

Mas será que isso vai se manter por muito tempo, ou logo teremos um novo e maior hit surgindo por aí? Ouvindo o álbum, dá pra ver que opções é o que não faltam para isso. 777, vem com um tom de quem quer colocar Latto de vez no RaP mainstream, ao lado de grandes nomes da atualidade. E por falar em grandes nomes da atualidade, o segundo disco de estúdio da artista vem cheio de participações especiais: 21 Savage, Lil Wayne, Childish Gambino, Lil Durk, Nardo Wick e Kodak Black são alguns dos convidados da estrela de Atlanta, que ainda faz mistério sobre o feat de uma faixa bônus, remix de Big Energy, que será lançada dia 28.

Ouça agora mesmo em sua plataforma digital favorita e tire as suas próprias conclusões sobre o lançamento!

Cook Island- Ilha do Sabor estreia quinta-feira sob o comando de Jéssica Ellen

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Imagem: divulgação

Já imaginou um reality show que mistura No Limite com Mestres do Sabor? Pois saiba que vem aí. A nova atração do GNT, Cook Island- Ilha do Sabor está chegando na próxima quinta-feira, dia 31 de março, ás 21h45.

Apresentado por Jéssica Ellen e Joaquim Lopes, o programa conta também com os jurados Kaywa Hilton, chef do Boia Restaurante, e Manuelle Ferraz, do restaurante A Baianeira. Os participantes também têm experiencia com cozinha profissional, mas com certeza nada do tipo que viverão na competição: Diferente de outros programas de gastronomia como Masterchef, que é feito em ambiente controlado, aqui tudo será feito ”na natureza selvagem”, e os chefs terão que se virar para cozinhar no sol, chuva, vento, frio, calor ou qualquer outra adversidade.

O esforço no entanto será recompensado: O vencedor levará para casa a quantia de 100 mil reais. Ao todo serão 10 episódios, 1 por semana, onde os cozinheiros terão que lidar com diversos temas para desenvolver seu pratos, como ”Amazônia”, ”Sertão” e ”Países Vizinhos”. Cada episódio, contara com 3 provas. A primeira será em grupos, na segunda, o grupo perdedor compete entre sí, e na terceira os dois candidatos com menor desempenho vai para o embate final.

Também será possível assistir pelo Globoplay.

Morador de rua agredido por personal é convidado para ser deputado

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Foto: Reprodução / Youtube / Metrópoles.

Pelo menos quatro partidos políticos estão tentando contato com Givaldo Alves de Souza, o morador de rua que foi agredido pelo personal trainer Eduardo Alves, em Planaltina, Distrito Federal. Instituições políticas desejam lançar Givaldo como candidato a deputado federal ou estadual nas próximas eleições. A informação é do colunista Caio Barbieri, do jornal Metrópoles. Não foram reveladas quais seriam as siglas interessadas na ação.

O caso do morador de rua ganhou destaque na mídia ao longo da última semana, após o mesmo ter sido flagrado mantendo relações sexuais com a esposa do personal trainer. Em entrevista ao Metrópoles, Givaldo negou acusações de estupro e declarou que relação foi consensual. “Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso [estupro]. Se fosse outro morador de rua, possivelmente já estaria preso”, afirmou. Ainda no viés político, o sem-teto também declarou apoio a Bolsonaro, se classificando como um eleitor do atual presidente.

“Naquela noite, ao passar pelo terminal rodoviário, eu ouvi uma voz que insistentemente gritava: ‘Ei, moço, moço’. Eu olhei para trás e vi uma moça linda demais, então perguntei para ela se estava falando comigo, ela disse que sim e eu esperei. Quando ela chegou até mim, perguntei no que poderia ajudá-la, e ela respondeu: ‘Quero namorar com você’. Eu falei que era morador de rua, mas ela disse que não ligava e que queria namorar comigo”, contou o sem-teto.

O personal declarou à polícia que, na noite do ato, achou que se tratava de um abuso sexual. Câmeras de segurança registraram o ataque de fúria do profissional físico, que acabou espancando Gilvaldo. “Do jeito que o cara fez, ele expôs a vida dele e a vida dela. (…) Eu não fiz nenhum mal para ser agredido”, enfatizou o morador de rua. “Eu acho que esse senhor deveria rezar para Deus e pedir sabedoria para agir num momento de desespero, porque o senhor pôs tudo a perder e se expõe usando mentiras”.

Givaldo Alves, 48 anos. Foto: Reprodução / Youtube / Metrópoles.

O caso, amplamente viral nas redes socais, ocorreu no dia 14 de março. Machuado, Givaldo foi levado ao hospital da região, onde permaneceu por três dias. Após receber alta, Givaldo foi acolhido em um abrigo para pessoas em situação de vulnerabilidade social.  

Governo suspende Bolsa Atleta de Paulo André; participante do BBB recebia benefício de R$ 1.850

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Paulo André Camilo de Oliveira (Brasil), medalha de prata nos 100m do atletismo nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. Foto: Abelardo Mendes Jr.

O Ministério da Cidadania decidiu suspender o pagamento mensal do Bolsa Atleta a Paulo André Camilo, velocista olímpico que atualmente está confinado no Big Brother Brasil 22. De acordo com a Secretaria Especial de Esportes, o descumprimento do programa anual de treinamento do atleta é o motivo da decisão. A informação foi divulgada pela coluna Olhar Olímpico, do Portal UOL.

A bolsa de Paulo André tem valor mensal de R$ 1.850 e foi fruto do resultado do atleta nos Jogos Pan Americanos de Lima 2019, quando ele foi medalhista de prata na provas dos 100m. O pagamento foi suspenso de forma preventiva, pois a lei que lidera o auxílio exige a continuidade dos treinos por todo o período de recebimento do benefício.

Anteriormente, João Roma, Ministro da Cidadania, já tinha questionado o recebimento da Bolsa Atleta de Paulo André. “Solicitei à Secretaria Especial do Esporte que fizesse um levantamento e não recebi ainda um diagnóstico. A Bolsa [Atleta], ela é liberada para um cronograma de trabalho. Então, dentro dessas premissas, uma das exigências é que o atleta dê sequencia ao seu treinamento. E o caso específico traz um questionamento”, disse João Roma durante participação no Congresso Olímpico Brasileiro, em Salvador. “É similar com um projeto de cultura, por exemplo. Você aprova um projeto e, no final, você tem que fazer uma prestação de contas. Durante esse mecanismo, a pessoa pode ter outras formas de desenvolver isso e ter outras entregas estruturadas”.

Aos 23 anos, Paulo é considerado uma das grandes estrelas do atual atletismo brasileiro. Em 2018, correu os 100 metros rasos para 10s02, tornando-se o segundo homem mais rápido da história do Brasil. Fazendo sucesso no programa da TV Globo, PA se tornou o atleta em atividade mais seguido do Instagram, se aproximando dos 6 milhões de seguidores na rede social.

Observatório da Discriminação Racial no Futebol lança camisa de jogo

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Foto: Divulgação.

Objetivo é envolver torcedores, atletas e membros de clubes no combate ao racismo.

O Observatório da Discriminação Racial no Futebol acaba de lançar a camisa de jogo do Observatório Futebol Clube. O objetivo é engajar torcedores, atletas e todos os envolvidos no ecossistema do futebol na luta por um futebol antirracista. As camisas são vendidas pela internet e têm modelos nas cores branca com amarelo ou na cor azul com amarelo.

“Quando a gente fala de racismo no futebol, a gente fala muito no momento em que acontecem os casos. Mas a cobrança que tem que existir, principalmente no clube que cada um torce, e isso ainda não acontece. A gente acaba tratando cada caso como um caso novo”, explica Marcelo Carvalho, diretor do Observatório.

Marcelo espera, com esta nova campanha, conseguir trazer nomes do futebol para mais perto desta luta, além, é claro, da torcida. “Estamos tentando trazer os jogadores, para que eles participem dessa mobilização. Não queremos que ninguém abandone seu clube do coração, mas que todo mundo vista a camisa contra o racismo”, explica.

“Esta campanha é um convite para que você seja antirracista todos os dias do ano, não apenas em determinadas datas, não apenas quando um caso de repercussão ganhar os jornais e inundar as redes com uma nova hashtag, para que você cobre as instituições a agirem incluindo, especialmente, seu clube do coração, para ser um agente de transformação no futebol brasileiro”, diz o comunicado oficial do Observatório.

Além da camiseta, o Observatório lançou também a bola oficial do combate ao racismo, a Laduma. O nome faz referência ao grito de gol utilizado na África do Sul.

O Observatório da Discriminação Racial no Futebol atua desde 2014 mapeando denúncias e acompanhando os desdobramentos das mesmas no âmbito do futebol brasileiro. Além dos casos de racismo, as dinâmicas instituídas para além dos jogos e dos acontecimentos dentro de campo, também são foco do observatório, como a percepção de que, apesar de um grande número de jogadores de futebol serem negros, as pessoas nos cargos de comando seguem sendo homens brancos.

As camisetas estão sendo vendidas em formato de pré-venda até o dia 31/3 e custam, em média, R$ 99,90.

“Back to Be”: novo EP de Ludmilla revisita o funk raiz de MC Beyoncé

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Foto: Fernando Schlaepferl.

Back To Be é o mais novo EP da cantora Ludmilla, que já está disponível em todas as plataformas digitais. O lançamento faz parte do início das comemorações dos 10 anos de carreira da artista e chega trazendo de volta a icônica MC Beyoncé, uma revisitação dos áureos tempos em que a nossa Rainha da Favela iniciou sua vida na música e transitava apenas pelo funk como gênero musical. 

Depois de se consagrar também como compositora – após o lançamento de seu último álbum, o “Numanice #2”, que é totalmente composto por canções escritas por Ludmilla, a artista repete o feito e segue com suas canetadas inéditas em Back To Be, com quatro músicas feitas por ela, além de outras duas, com compositores parceiros, todas na batida envolvente do funk daquela menina que voou longe, acrescida de muitos upgrades – incluindo um feat internacional com o cantor Akon em uma das canções.

Antes de ser conhecida pelo nome de batismo, a cantora e compositora Ludmilla atendia pelo nome artístico MC Beyoncé. Quem lembra? O ano era 2012, quando o single “Fala Mal de Mim” estourou pela internet e, aos poucos, ganhou o Brasil. Com a canção, algumas portas se abriram e o caminho começou a ser traçado e, entre outros sucessos pela rede, ainda se sobressaíram: “Garota recalcada”, “24 Horas por dia” e “Se eu descobrir”. Foram muitos os bailes funk e alguns programas de TV, até chegar à profissionalização de toda aquela “brincadeira”. De lá para cá, Lud completa sua primeira década de carreira estofada de hits, prêmios, passinhos e muita atitude.

Foto: Fernando Schlaepferl.

“Não é novidade para ninguém que eu tenho um carinho enorme pela MC Beyoncé e que todas as vezes que eu puder enaltecer aquele trabalho que fiz lá atrás, vou fazer. Porque foi ela o pontapé inicial de tudo isso que a minha vida e carreira se transformaram. Às vezes fico pensando: e se eu tivesse parado na hora que minha mãe mandou eu ir dormir, que ninguém ia querer ouvir o refrão de “Fala mal de mim”? Mãe, graças a Deus que você estava errada e eu fui teimosa, mas foi só dessa vez mesmo (risos). Por isso quis brindar e relembrar esse começo, tudo foi pensado e executado com muito cuidado e sentimento para ser uma memória linda e completa para mim e, principalmente, para o público” – se emociona Ludmilla.

O novo projeto de Lud conta com as participações de Akon e MC Don Juan. Akon dá o ar da graça na faixa intitulada “Putari4”. A ideia da parceria surgiu no ano passado, quando os dois se encontraram em Los Angeles. Mas a gravação mesmo, só foi realizada há pouco tempo. Já MC Don Juan divide os vocais com Lud em “Down Down Down”. Além disso, o EP conta ainda com mixagem dos DJs Will 22 e 2F – o primeiro, inclusive, acompanhou toda a trajetória da MC Beyoncé e, já como Ludmilla, assumiu as versões de grandes sucessos como “Din din din” e “Verdinha”, por exemplo. Todas as faixas foram produzidas pelos dois DJs, por isso, elas vêm com a assinatura da Mousik, nova agência musical brasileira da qual fazem parte.

TRACKLIST BACK TO BE:

1. Foi Comigo – (Ludmilla)

2. O Bruna – (Ludmilla)

3. Ai Maria – (Ludmilla)

4. Down Down Down – (Ludmilla | Don Juan | Pierre Balian | Jefferson Junior | Umberto Tavares | Nash Overstreet)

5. Tudinho – (Ludmilla)

6. Putari4 – (Ludmilla | Jefferson Junior | Umberto Tavares | Pierre Balian | Justin Love | Hiro Oshima | Akon)

Pela 1ª vez na história, CBF tem presidente negro e nordestino

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Imagem: divulgação

O baiano Ednaldo Rodrigues, nascido em Vitória da Conquista, foi eleito para o cargo com 65 dos 67 votos validos. Nunca em 107 anos de história, um negro ou nordestino esteve no comando da Confederação Brasileira de Futebol. Ele estará a frente da entidade por quatro anos, ou seja, até 26 de março de 2026.

A posse de Ednaldo foi nesta quarta-feira, durante a assembleia geral realizada no auditório da CBF, no Rio de Janeiro. 26 das 27 federações estaduais escolheram Ednaldo como o novo presidente, e entre os clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro, 39 dos 40 optaram pelo baiano (a única exceção foi a Ponte Preta, de Campinas, devido à um erro do dirigente)

Ednaldo é formado em contabilidade, mas sempre teve uma relação estreita com o futebol. Jogou em diversos times amadores de sua cidade, foi diretor da confederação baiana de futebol -onde logo depois recebeu uma proposta para ser vice diretor. Algum tempo depois, passou para o cargo de presidente da mesma, onde ficou por 18 anos.

Apesar de ser muito famoso pelo diálogo, Ednaldo já se envolveu em algumas situações de embate ao longo da carreira, como quando em 2012 questionou sobre a falta de transparência de Ricardo Teixeira ao deixar a presidência da CBF e passar o cargo para José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. Outra situação que podemos lembrar foi quando em 2002 e 2003, defendeu a Copa do Nordeste, mesmo com a direção da CBF na época negando dar a liberação para o campeonato.

Mano Brown recebe Emicida na estreia da segunda temporada do podcast ‘Mano a Mano’

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Foto: Mano Brown e Emicida. Foto: Jeff Delgado.

O podcast ‘Mano a Mano’ está de volta para a 2ª temporada com novos episódios a partir de amanhã, quinta-feira, 24. Na estreia, Mano Brown recebe o rapper, apresentador e escritor brasileiro Emicida em um papo descontraído sobre sua trajetória musical, além temas ligados à urbanização, história, segurança do jovem preto, educação e ancestralidade.

Ao longo do episódio, Emicida revisita sua infância e o contato com o hip hop. O rapper relembra a troca que teve com Mano Brown no passado e marcou sua carreira: “Você me disse: ‘faz música boa e dá entrevista daora’.” Ele ainda conta que seu interesse pela música vem de longa data. “Eu nunca sei direito quando começa uma carreira, mas se for para contar desde quando eu me interesso por música, aí é desde os 8 anos de idade. O rap foi algo que fez minha família olhar no espelho e perceber que era preta.”

Como dois estudiosos, Mano Brown e Emicida compartilham experiências e histórias em comum e o papo se desdobra em assuntos diversos. Além disso, ambos resgatam o passado na periferia. “O maior problema da periferia era saúde, não era violência, não era assalto, não era luz e nem asfalto. Eu acompanhei toda a ordem de surgimento das coisas: primeiro ônibus e depois água”, relembra Brown.

Foto: Mano Brown e Emicida na 2ª temporada do podcast ‘Mano a Mano’. Foto: Jef Delgado / Spotify;

Emicida complementa que muitas das leituras dos povos originários protegeriam a sociedade de muitas das tragédias que vivemos. “Nossa relação com as enchentes, por exemplo, tudo isso se dá porque o modo de desenvolvimento que optamos quanto sociedade é surdo para o modo de viver que já existia aqui”, comenta. E diz que se sente em uma máquina do tempo quando circula pela cidade: “Certas regiões são modernas, tem todos os aparatos que a dignidade necessita, mas à medida que você vai se distanciando do pólo financeiro, você começa a ver esse sistema de dignidade minguar.” 

Nesta temporada do Mano a Mano, Brown continua recebendo personalidades de diferentes gerações e expandindo o diálogo com temas até então não explorados: Segurança pública, saneamento básico, neurociência, comédia e mais. Além de discutir temas relevantes e de curiosidade popular, o rapper também sempre dá um jeito de revelar o lado mais pessoal do convidado e da sua própria história. Podscat está disponível gratuitamente no Spotify.

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