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Filme ‘Escola de Quebrada’ do Paramount+ em parceria com Kondzilla, inicia gravações

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Foto: Divulgação

A Paramount+ anunciou o início das gravações de seu novo longa-metragem original, Escola de Quebrada. Esta é a segunda produção cinematográfica do VIS, divisão de estúdios da Paramount, produzida no Brasil.


Escola de Quebrada é uma comédia juvenil que retrata a poderosa e apaixonante cultura jovem das favelas de São Paulo, onde a presença do funk brasileiro tem uma grande influência no estilo: o jargão, a estética, a roupa, a música e claro, no humor único e original.


O filme contará a história de Luan (Lucas Righi), um jovem estudante de escola pública da Zona Leste de São Paulo que, cansado de sempre ser excluído dos grupinhos e principalmente, ser invisível aos olhos de Camila (Laura Castro), quer ser respeitado e popular. Mas nesse universo, essa missão não parece ser tão simples.


Na tentativa de fazer parte de algum grupo, Luan consegue ter a inimizade de todos e até coloca em risco o amado campeonato de futsal da escola. Para fugir dessa bagunça, ele vai precisar da ajuda de seus amigos Rayanne (Bea Oliveira) e Deivid (Mauricio Sassi). Juntos, eles encontram uma maneira de salvar o campeonato e obter a tão desejada atenção de Camila. Ou pelo menos é o que Luan pensa.


O filme é produzido pelo VIS, divisão da Paramount, em parceria com Kondzilla. Com criação de Kaique Alves e direção de Alves e Thiago Eva.

‘Amor e Outras Revoluções’: Mariana Nunes e Tati Villela comemoram encenação sobre o amor entre duas mulheres negras

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Foto: Charles Pereira

“Muitas mulheres negras sentem que em suas vidas existe pouco ou nenhum amor”. A impactante frase de bell hooks é parte da inspiração e reflexão que ecoaram em Tati Villela e levaram a multiartista a escrever seu primeiro texto teatral, “Amor e outras Revoluções”, que estreia dia 16 de junho às 20h no Mezanino do Sesc Copacabana. Dividindo a cena com Mariana Nunes, com direção de movimento assinada por Camila Rocha e direção de Wallace Lino, Tati teve sua ideia aprovada e a montagem contemplada pelo Edital SESC RJ de Cultura 2022, proporcionando uma experiência que envolve teatro, audiovisual, performance e música para expor camadas de afetos, sociais, econômicas e psíquicas do que é amar uma mulher negra sendo outra mulher negra nos dias de hoje.


Em cena, duas mulheres negras a se casarem expõem seu amor, inquietações e conflitos em torno de suas subjetividades e trajetórias das suas experiências afetivas. O tema ainda pouco abordado nos palcos brasileiros provoca a reflexão do público sobre quais são os obstáculos que esse amor encontra na sociedade diante das interferências do racismo e da homofobia, e como essas imbricações reverberam drasticamente na construção da relação entre essas duas mulheres, que carregam consigo o que poderíamos chamar de profundos cortes na carne ao longo da história da construção do Brasil.


“Precisamos falar de amor entre pessoas negras, sobretudo na sociedade brasileira, onde a todo momento presenciamos as consequências do racismo estrutural vigente no nosso sistema. Nós, negros, estamos aperfeiçoando a capacidade de nos amar, de amar o nosso espelho, o nosso reflexo. A falta de amor experienciada por mulheres negras historicamente e a oportunidade de pôr o amor entre duas mulheres negras como tema central de um trabalho é a grande motivação. Sabemos que a produção de novos imaginários é cada vez mais importante para a evolução da nossa sociedade como um todo”, aposta Tati, ganhadora do Troféu Redentor na categoria Melhor Atriz na 23ª edição do Festival do Rio.


A narrativa brinca com o cotidiano, com os sonhos e os desejos mais ocultos destas mulheres. “Verdades sobre o amor que raramente são ditas tomam o centro da cena. O drama faz um híbrido com a comédia para que a vida não seja tão amarga. A não-objetificação e a não-hipersexualização desses corpos é levada a sério. A peça aponta e exibe em suas cenas as subjetividades destas mulheres que têm semelhanças, mas não são iguais. Mulheres negras são múltiplas e possuem suas individualidades. O trabalho leva ao público inquietações, mas também leva flores”, adianta Tati.


Retornando aos palcos após um hiato de alguns anos, Mariana Nunes vive na pele de Luzia, sua personagem, muitas contradições, inquietações e complexidades. “Era isso que eu estava procurando. Quando li o texto, eu disse à Tati que essa peça deveria ser montada, pois ela preenche uma lacuna enorme de imagens, situações e narrativas tão raras e tão caras para as mulheres negras. É uma grande oportunidade de realizar um desejo antigo meu. Eu precisava falar de amor e a Tati me apresentou essa oportunidade. O amor entre pessoas pretas, em geral, não é ofertado da mesma forma romântica como ele aparece nas narrativas de personagens brancos. Tenho muita sorte”, comemora a atriz, para quem o amor entre duas mulheres negras é algo revolucionário.


“Este tipo de amor nos ajuda a enxergar a potência do amor por nós mesmas, porque muitas de nós fomos ensinadas a odiar tudo e a qualquer coisa que se parecesse conosco. Amar outra mulher negra é fortalecer seu amor próprio também. Por vezes divertida, mas também profunda e poética, a montagem passa por várias nuances que, embora seja um texto ficcional, também são vividas na realidade de mulheres pretas que vivem uma relação amorosa”, analisa Mariana.


“O amor e o respeito ao outro é a grande mensagem do espetáculo. Como essas mulheres conseguem se amar por completo? E porque muitas vezes elas não conseguem nem se deixar amar? Precisamos saber que somos possíveis, que nosso amor é real, futurista e ancestral. É ontem, hoje e amanhã. É espiralar, é Exu. Precisamos enxergar o mundo a partir das nossas perspectivas. A revolução acontece quando você se prioriza, quando não nega seus sentimentos em detrimento do olhar do outro”, reforça Tati.


A autora se propôs a escrever o texto quando se atentou sobre a possibilidade de trazer numa obra sua linguagem de escrita e de pensar. “No meu primeiro livro, ‘Pretamorfose’ (Editora NUA), eu já me propunha a falar de amor e vi que só ele foi muito pouco. Eu precisava de mais! Falar de amor é sempre necessário e, como diz bell hooks, ‘quando conhecemos o amor, quando amamos, é possível enxergar o passado com outros olhos; é possível transformar o presente e sonhar o futuro. Esse é o poder do amor. O amor cura’. E a nossa sociedade sem amor está adoecendo. Espero tocar o coração de quem quer e de quem precisa”, encerra Tati.


SERVIÇO:
Temporada: 16 de Junho a 10 de Julho
Dias da semana: Quinta a domingo
Horário: 20h
Ingressos: R$ 7,50 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira)
Local: Mezanino do Sesc Copacabana
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 2547-0156
Bilheteria – Horário de funcionamento:
Terça a sexta – de 9h às 20h; Sábados, domingos e feriados – de 13h às 20h.
Classificação Indicativa: 12 anos
Duração: 80 minutos

Dia dos Namorados: Qual sua música romântica favorita?

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Whitney Houston. Foto: GTRES.

Tema central de incontáveis canções ao redor do mundo, o amor ainda é a principal motivação para criação de registros musicais. Neste dia 12 de junho celebramos o Dia dos Namorados, pensando nisso, elencamos algumas músicas românticas que marcaram gerações para embalar seu dia.

Beyoncé em ‘Love On Top’. Foto: Reprodução / Youtube.

A forma como se retrata o amor passou por mudanças ao longo da história. Muitas vezes refletindo a forma como a sociedade consome música, antes as canções românticas marcavam essencialmente uma espécie de modo padrão em conquista e desejo para a música pop. Hoje, as letras desses registros também englobam elementos de identidade, sexualidade, lutas pessoais e outros temas. A atual seleção possui nomes como Beyoncé, Mariah Carey, Whitney Houston, Tim Maia, Frank Ocean, Alicia Keys, Michael Jackson, Stevie Wonder, Diana Ross e muito mais.

10. Djavan, “Oceano” (1989)

Sucesso de Djavan, a música ‘Oceano’ se tornou um clássico dentro da música popular brasileira. Frequentemente o registro é descrito como uma das canções com maior número de regravações pelo mundo. Dentro da letra, o artista utiliza metáforas para comparar o imenso amor como a infinidade do oceano.

09. Whitney Houston, “I Wanna Dance With Somebody” (1987)

‘I Wanna Dance With Somebody’ foi o primeiro single do álbum ‘Whitney’. Considerada como uma das canções mais conhecidas da cantora, foi também elencada como uma das melhores músicas dos anos 80.

08. Mariah Carey, “We Belong Together” (2005)

Composição da própria Mariah Carey, ‘We Belong Together’ utiliza batidas simples em um piano buscando explorar a ampla capacidade vocal da artista. A letra narra o desejo de uma mulher buscando pelo retorno de seu amor. Com ótima recepção, a música quebrou recordes nos Estados Unidos e se tornou um sucesso de vendas.

07. Beyoncé, “Love On Top” (2011)

Uma das composições mais lindas de Beyoncé, ‘Love On Top’ se tornou um clássico. Trazendo arranjos marcados pelo trabalho em R&B e pela exploração vocal da artista, a música apresenta uma crescente que conquista qualquer um. Um hino.

06. Daniel Caesar & H.E.R., “Best Part” (2017)

Sucesso de público, ‘Best Part’ se tornou uma das músicas românticas mais reproduzidas nos últimos tempos. A utilização suave da voz de H.E.R. se unindo ao jogo sonoro proposto por Daniel Caesar resultou numa faixa apaixonante, suave e envolvente. De forma lírica, a canção explora a beleza e a profundidade de um relacionem-no.

05. Michael Jackson, “I Just Can’t Stop Loving You” (1987)

Um dos clássicos do Rei do Pop, ‘I Just Can’t Stop Loving You’ explora toda a paixão e o envolvimento lírico de Michael Jackson. Através de uma sonoridade autêntica, o registro se tornou um clássico dos anos 80.

04. Rihanna, “Love On The Brain” (2016)

Apesar de não ter ganhado um clipe, ‘Love On The Brain’ se tornou um dos maiores sucessos de Rihanna. Lançado como parte integrante do álbum ‘ANTI’, a faixa conquistou milhões de pessoas pelo mundo, através de um registro forte e uma composição lírica apaixonante. É o tipo de música que te prende do início ao fim.

03. Frank Ocean, “Thinkin Bout You” (2012)

Frequentemente apontado como um dos maiores musicistas da geração contemporânea, Frank Ocean conquistou os Estados Unidos em 2012 com a beleza em torno de suas composições. Em ‘Thinkin Bout You’ o artista utiliza metáforas sensoriais para comparar a falta angustiante que sente do seu amor.

02. Prince, “I Wanna Be Your Lover” (1974)

Não poderíamos deixar de indicar Prince nesta lista. Apesar de ser uma canção pouco conhecida do astro, ‘I Wanna Be Your Lover’ traz uma produção impecável, apresentando a força vocal e lírica do artista. Uma faixa que já nasceu clássica e romântica.

01. Whitney Houston, “I Will Always Love You” (1992)

Apesar de ser uma composição de Dolly Parton, ‘I Will Always Love You’ conquistou o mundo na voz marcante de Whitney Houston. A música narra a paixão que ultrapassa todas as barreiras, através de uma entrega única. A produção se tornou uma das maiores canções da história.

Outras indicações:

Alicia Keys, “If I Ain’t Got You” (2004)

Stevie Wonder, “I Just Called to Say I Love You” (1984)

Whitney Houston, “Greatest Love of All” (1986)

Janet Jackson, “That’s The Way Love Goes” (1993)

John Legend, “All of Me” (2013)

Nelly feat. Kelly Rowland, “Dilemma” (2002)

Janelle Monáe, “Make Me Feel” (2018)

Diana Ross, “Love Hangover” (1976)

Tim Maia, “Você” (1971)

Tina Turner, “What’s Love Got to Do With It” (1984)

Séries com protagonismo negro que devem fazer história no Emmy 2022

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Foto: Divulgação / NBC / FX / HBO.

O Emmy Awards 2022 acontece apenas em setembro, mas o período de votação para escolha das séries que irão concorrer ao prêmio começou no último dia 06 de Junho. Este ano, séries como ‘Atlanta’, ‘This Is Us’, ‘Black-ish’, ‘Bridgerton’ e ‘Euphoria’ devem ganhar destaque entre os indicados.

O Emmy representa a premiação máxima da televisão, premiando obras do horário nobre, incluindo séries, atores, produtores, diretores e demais aspectos técnicos que englobem o mundo do entretenimento.

Atlanta

Terceira temporada da série ‘Atlanta’. Foto: Oliver Upton/FX.

A terceira temporada de ‘Atlanta’ estreou trazendo atuações impecáveis de Donald Glover, Brian Tyree Henry e Zazie Beetz. A obra deve ganhar destaque dentro das categorias de comédia do Emmy 2022. Os sites de apostas dão como certa a presença de ‘Atlanta’ na categoria de ‘Melhor Série de Comédia’, assim como a inclusão de Glover em ‘Melhor Ator em Série de Comédia’.

This Is Us

Sterling K. Brown em ‘This Is Us’. Foto: RON BATZDORFF/NBC.

A última temporada de ‘This Is Us’ chegou emocionando o público. Com ampla recepção positiva da crítica, a atuação de Sterling K. Brown vem sendo descrita como uma das melhores em todo o elenco. O artista deve garantir sua indicação ao Emmy 2022 dentro da categoria de ‘Melhor Ator em Série de Drama’. Ao longo dos últimos meses, Brown veio fazendo uma intensa campanha de divulgação da obra.

Black-ish

Tracee Ellis Ross em ‘Black-ish’. Foto: ABC.

Sucesso da Disney, ‘Black-ish’ pode concorrer diretamente com ‘Atlanta’ dentro das categorias de comédia. Em sua última temporada, a produção foi marcada por debates envolvendo justiça social e o humor característico voltado para a família e o público geral. O destaque da temporada fica com Tracee Ellis Ross, que deve conseguir sua indicação ao título de ‘Melhor Atriz em Série de Comédia’.

Bridgerton

Foto de Daniel / Netflix © 2022.

Grande acerto da Netflix, a segunda temporada de ‘Bridgerton’ não foi tão grandiosa quanto a primeira fase, mas ainda assim, recebeu ampla aclamação por parte da crítica especializada. O nome de Simone Ashley figurou entre os assuntos mais comentados ao longo do ano. A estrela pode receber sua primeira indicação ao prêmio dentro da categoria de ‘Melhor Atriz em Série de Drama’.

Euphoria

Zendaya em ‘Euphoria’. Foto: Divulgação / HBO

Uma das séries de maior sucesso do ano, ‘Euphoria’ deve retornar ao palco do Emmy com grande aclamação. A obra da HBO está entre as maiores apostas do momento, com forte possibilidade de indicação em ‘Melhor Série de Drama’. Zendaya deve marcar seu nome mais uma vez dentro do título de ‘Melhor Atriz em Série de Drama’. A artista foi a grande vencedora do prêmio na edição 2020 do Emmy, se tornando, aos 24 anos, a mais jovem vencedora da honraria.

“Não se procura acolhimento em lugares de opressão”, diz Shenia Karlsson, psicóloga antirracista

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Foto: Reprodução | Instagram

A psicóloga e diretora do Instituto da Mulher Negra de Portugal, Shenia Karlsson, é convidada do novo episódio do podcast Fala Diversas, apresentado pela jornalista Silvia Nascimento.

Brasileira, nascida e criada no Rio de Janeiro, Shenia atualmente mora em Portugal e se tornou referência na área em atendimentos especializados em diversidade.

“A minha minha atividade clínica sempre teve esse braço do social. Eu comecei vários projetos em comunidades no Rio de Janeiro, então eu sempre trabalhei com as mulheres negras. Eu devo tudo as mulheres negras. Quem eu sou, o que eu faço. São elas que sustentam a minha atividade diariamente. Num mundo em que nem mulher, por muito tempo, a gente era considerada”.

Antes de morar em Portugal, Shenia realizava projetos nas comunidades negras do Rio de Janeiro e lá atende muitos imigrantes do continente africano, a maioria cabo-verdianos e angolanos.

Na terapia, o maior desafio com os pacientes negros para Shenia, é a descolonização da mente.

“O primeiro indicativo que eu levo em consideração é analisar em qual nível de construção de negritude a pessoa está. A possibilidade da gente poder mudar o nosso olhar. Em termos de sujeito, eu vejo as pessoas negras como interditadas. Porque é como se a gente fosse convidado sempre a viver muito longe do que a gente é. É assim que a sociedade estruturalmente racista funciona. Mas infelizmente a gente também participa da manutenção [deste sistema] em alguma medida”.

Shenia detalha como funciona o atendimento: “Por exemplo, eu sou uma pessoa negra, mas como é a minha rede de apoio? Quais são os saberes que eu estou lançando mão? Quais são, principalmente, as relações de afeto que eu vou estabelecendo? São com pessoas que eu me identifico ou são pessoas que não se parecem comigo. Então é tudo sobre entrar num processo de se aproximar de si cada vez mais e isso é muito revolucionário”.

A falta de representatividade negra é um dos fatores mais impactantes na colonização da mente, segundo a psicóloga. “Quando a gente só é rodeado e bombardeado de modelos de ‘sujeito’ e a gente não se vê incluído, é como se a gente não pudesse existir. A filosofia africana, estudar em civilizações antigas e ir atrás de modelos de potência, pode ajudar, ainda mais crianças, adolescentes, literaturas mais afrocentradas”.

“O racismo ele tem várias dimensões. Mas a gente não percebe que a dimensão mais poderosa do racismo é a dimensão psicológica, porque ela sustenta todas as outras. A construção da negritude um processo tão profundo e tão doloroso, tem tantas, mas eu acho que é libertador porque quando a gente fala em sonhar, a gente tem que falar de liberdade”, explica.

Foto: Reprodução | Instagram

Uma negra de classe média no Rio de Janeiro

Diferente da maioria dos negros e negras do Brasil, Shenia não teve um desses momentos de descobrir-se negra. Crescida em uma família de classe média, e frequentando espaços brancos, ela relembra que eles sempre foram vítimas do racismo.

“Meus pais são empresários, é uma linhagem de família de empreendedores, desde o meu bisavô, que foi escravo, depois foi liberto, meu avô com 17 anos enriqueceu, é um homem retinto, do Espiríto Santo, foi tropeiro. Eu sei toda a história da família, são artesãos que manipulavam o couro, a selaria, materiais e artigos para instrumentos musicais. Os meus pais são empresários da área do petshop”, detalha.

“Eu lembro dos meus pais, dos carros que eles tinham na época, carros bonitos, da polícia parando meu pai, o tempo inteiro, não sei a quantos quilômetros, pra saber se o carro era dele mesmo. Ele era meio invocado:’Que é meu? Eu comprei à vista’. Então eu cresci sabendo que eu era negra, eu fiquei triste vendo meu pai tão parado pela polícia o tempo inteiro questionando se aquele carro era dele ou não”, diz Shenia.

Já sobre a sua mãe, “super empoderada, dirigia, que era tão difícil ter mulher negra naquela época, empresária, que já tinha um carro, andava toda arrumada. Em lugares e restaurantes em passeios mais embranquecidos, geralmente éramos a única família negra naqueles espaços, então eu sou uma negra que nunca deixaram eu esquecer que eu era negra”.

Foto: Reprodução | Instagram

Os negros no mundo corporativista

No consultório, Shenia atende diversos pacientes, vítimas de racismo no ambiente de trabalho. Apesar de ser uma situação delicada, ela diz que gosta sempre de resgatar o objetivo indivíduo.

“Muitas vezes a gente se perde com os nossos objetivos, quando a gente quer uma promoção ou assumir um cargo. Mas qual o seu objetivo? É fazer amigos? É fazer parcerias? Sair do trabalho e ir para um happy hour?”, ela questiona nas terapias.

“Se você tem uma rede forte de acolhimento, você não vai sentir falta, de ter alianças de afeto no trabalho. Você tem que entender quais são os significados políticos que o seu corpo tem naquele espaço e se proteger o máximo possível”, explica Shenia.

Para a psicóloga, a partir do momento que as pessoas resgatam seus objetivos, ela param de sofrer por querer aceitação de pessoas brancas no ambiente de trabalho. “É uma questão de descolonizar os afetos. Com isso, você se liberta”.

O mesmo acontece com os jovens que estão nas universidades fazendo graduação e pós-graduação, que chegam adoecidos por não se sentirem validados pelos professores, relata Shenia.

“Não se procura acolhimento em lugares de opressão. É entender que em lugares de opressão não foram feitos para nós”, ressalta.

“A Menina Akili e Seu Tambor Falante” vence prêmio APTR e tem novas sessões no fim de semana

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Foto: Ju Varajão.

Protagonizado por Verônica Bonfim e dirigido por Rodrigo França, o espetáculo “A Menina Akili e seu tambor falante – O Musical” venceu, nesta semana, o 16º Prêmio da Associação dos Produtores de Teatro, na categoria “Melhor Espetáculo Infanto Juvenil”. A peça conta a história uma menina africana que junto com seu melhor amigo, um tambor falante, segue numa jornada para se tornar uma Griote, uma contadora de histórias, guardiã da tradição oral do seu povo.

Para celebrar a conquista do prêmio, a primeira temporada do espetáculo retorna neste fim de semana em mais uma sessão gratuita e online para todo o Brasil, ficando disponível durante os dias 11 e 12 de junho no canal do Oi Futuro no Youtube

Nas redes sociais, Verônica celebrou a premiação. “Este prêmio não é só do espetáculo @ameninaakili , mas de todos que fazem teatro negro no Brasil! Estou muito feliz e honrada! Gratidão a toda equipe que veio somar para que este sonho fosse possível, semeado lá em 2014 até aqui”, disse ela.

“A Menina Akili e seu tambor falante – O Musical” é uma correalização da Baluarte Cultura e da Oh de Casa Produções. É patrocinado pela Oi, pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura – Lei do ICMS, e conta com apoio do Instituto Identidades do Brasil e da Hilab.

Escola de teatro pede desculpas a Michaela Coel pelo racismo que a atriz viveu dentro da instituição

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Michaela Coel durante o Emmy 2021. Foto: Getty Images.

A escola de teatro e música do Reino Unido, Guildhall School of Music and Drama, pediu desculpas formais a Michaela Coel e Paapa Essiedu, destacando o ‘racismo terrível’ que os dois atores viveram enquanto estudavam dentro da instituição.

Recentemente, Essiedu falou sobre como um professor usou insultos raciais durante um exercício de improvisação. O professor, que não teve o nome revelado, interpretou um agente penitenciário em busca de drogas entre os presos, retratado pelos alunos. “De repente, ele gritou: ‘Ei você, negro, o que você tem atrás de você?’”, disse Essiedu ao The Guardian. “Aquele foi um verdadeiro momento de ‘paradas no tempo’. Era como, certamente isso não pode estar acontecendo. Ficamos tão chocados que ficamos na improvisação, então pensamos: ‘Não, não temos nada atrás de nós’. Ficamos chocados com o que aconteceu e chocados por ter saído da boca de um professor.”

Michaela Coel e Paapa Essiedu durante o Emmy 2021. Foto: Getty Images.

Essiedu contou ao The Guardian que ele e Coel eram os únicos alunos negros da classe de teatro e que passaram por diversas situações de racismo. “Isso mostra claramente uma falta de respeito e compreensão de qual é a experiência de alguém que está nessa posição, nessa pele, nessa instituição”, disse o ator em comunicado.

Nesta sexta-feira (10), a Guildhall School emitiu uma declaração, dizendo: “A Guildhall School pede desculpas sem reservas pelo racismo experimentado por Paapa Essiedu, Michaela Coel e outros ex-alunos enquanto estudavam na escola. As experiências que Essiedu compartilha foram terríveis e inaceitáveis. Desde então, empreendemos um programa de ação sustentado para abordar e desmantelar o racismo sistêmico de longa data dentro do programa de atuação, incluindo a encomenda de um relatório externo sobre o racismo histórico e um processo abrangente e contínuo de treinamento e reflexão da equipe”.

Guildhall School of Music & Drama em Londres. Foto: Reprodução.

A escola também prometeu ter um “novo desenvolvimento significativo” de seu currículo de atuação, incluindo uma reestruturação da equipe departamental com uma nova ênfase em inclusão, representação e bem-estar.

Coel já havia falado sobre uma experiência racialmente carregada de preconceito dentro da Guildhall School. “Fui chamada de negra duas vezes na escola de teatro”, disse a estrela de ‘I May Destroy You’. “A primeira foi de uma professora durante uma improvisação de ‘caminhada no espaço’ que não tinha nada a ver com raça. ‘Oi negra, o que você tem para mim?’ Nós, estudantes, continuamos andando no espaço, os dois meninos negros e eu nos entreolhando sempre que passávamos”, disse Coel. “‘Com quem ela está falando?’, sussurrávamos. ‘Rapaz, não eu.’ ‘Nah, isso foi para você.’ Passando a responsabilidade como uma batata quente, abafando nossas risadas. Eu me pergunto o que os outros alunos pensaram de nossa cumplicidade.”

Câmara de Chicago analisa a implementação de projeto de renda mínima para homens negros

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Foto: Getty Images.

A Câmara Municipal de Chicago, nos Estados Unidos, está analisando a implementação de um programa de renda mínima voltado para os homens negros em situação de vulnerabilidade econômica. O projeto visa conceder alguma forma de reparação aos descendentes afro-americanos na cidade de Chicago, concedendo valores fixos para indivíduos desempregados.

Pedestres andando por Chicago. Foto: Nam Y Huh/AP.

A ideia é que o programa, pagando de US$ 600 a US$ 800 por mês, retire homens negros das ruas, reduzindo assim sua dependência de uma economia ilegal impulsionada pelo tráfico de drogas. O projeto foi proposto e idealizado pela Coalizão Nacional de Negros para Reparações na América. De acordo com Kamm Howard, co-presidente da entidade, o programa utilizou como base os estudos da Universidade de Columbia sobre duas comunidades de Chicago com altos índices de criminalidade, em Englewood e West Garfield Park. “O grande número de famílias negras sem pais nestes bairros são um reflexo do sistema histórico nos Estados Unidos”, disse Howard.

De acordo com as pesquisas apresentadas por Howard, ele observou que a renda média para os homens negros vivendo em bairros com altos índices de criminalidade é de US$ 700 a US$ 900 por mês, então uma renda básica de US$ 600 a US$ 800 substituiria a maior parte das necessidades. A renda seria fornecida por até dois anos, e somente se os homens permanecessem em serviços corretivos, com o objetivo de eventualmente ingressar na força de trabalho e sustentar seus filhos, a ação de apoio continuaria.

Homem negro durante manifestação em Chicago. Foto: Ted S Warren / AP.

O projeto, que ainda está sob análise por parte das entidades e políticos responsáveis dentro da Câmara Municipal, ainda passará por uma série de aprovações. Até o momento, segundo idealizadores da proposta, a expectativa é tornar Chicago uma cidade mais segura e diversa para todos os moradores, com destaque para as populações negras que vivem em situações de vulnerabilidade.

Aline Borges chega a ‘Pantanal’ como Zuleica e comemora: ‘Uma mulher negra, com uma família preta’

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Foto: TV Globo

Zuleica (Aline Borges) é mãe de três jovens adultos: Marcelo (Lucas Leto), Renato (Gabriel Santana) e Roberto (Caue Campos). Os seus “meninos” são fruto da duradoura relação com Tenório (Murilo Benício). Relação, não casamento. Quando engravidou de Marcelo, Tenório já era casado com Maria Bruaca (Isabel Teixeira), e ela sempre soube. “É bonito de ver, diante de toda a situação que vai acontecer nesse trio, de Maria Bruaca, ela e Tenório, que ela não larga a mão da Maria Bruaca. A sororidade, a empatia estão na frente. E é bonito o Bruno Luperi (autor) não ter ido para o caminho da rivalidade entre elas. Porque a gente vive num Brasil e num mundo onde a mulher foi ensinada a rivalizar.

Neste caso, essa história tem dor, mas tem também respeito, empatia, entendimento de que é muito mais importante a integridade dessas mulheres do que conquistar um espaço na vida desse homem. Principalmente pra Zuleica, que está nessa relação por diversas razões que ainda vão ser reveladas. Ela tem uma dívida de gratidão com esse homem. O que fica pra mim, de bonito, é ver a integridade dela, sua força, e o fato de ela não ser uma mocinha. Ela também erra porque é humana”, diz Aline Borges sobre sua personagem.

Zuleica chega em cenas que vão ao ar a partir deste sábado (11), em um cenário de crises. Crise no casamento de Tenório, crise econômica, já que ele está com a corda no pescoço, e crise entre os filhos, que ao saberem que Maria descobriu sobre a traição do marido, não entendem por que não podem, então, conhecer a outra família e as terras do pai no Pantanal. Na entrevista abaixo, Aline Borges conta sobre os bastidores de sua chegada à novela, sobre as gravações no Pantanal e sua visão sobre esta personagem e trama.

Entrevista Aline Borges para TV Globo

Você assistiu à primeira versão? Tem alguma relação especial, familiar, ou de trabalho com a novela?

Assisti partes, não à novela toda. Eu tinha 15 anos, mais ou menos, e tenho uma memória afetiva com a novela, assim como muitos brasileiros. Pantanal é uma novela que mexe com nossas emoções, mexe com o lúdico, o imaginário, você acreditar no encantamento das coisas, nas lendas. Tem um valor muito especial, que deixou marcas e por isso que hoje ela é tão abraçada, tão assistida, tão amada. Quem assistiu, guarda alguma história ou memória afetiva; e quem não assistiu, como é o caso do meu enteado que tem 19 anos, vejo ele super encantado, acreditando naquela história daquela mulher que vira onça, no Velho do Rio, gostando de se encantar. Isso é muita rico porque os nossos jovens hoje só querem saber de internet, eu nunca tinha visto meu enteado ver televisão, novela principalmente. Pantanal é realmente pra todas as idades, não tem uma faixa etária. Ela pega as pessoas sensíveis, que estão abertas e querem se emocionar com a simplicidade da vida.

O autor, Bruno Luperi, disse em entrevista que quis aproveitar a história de Zuleica na obra de seu avô para dar voz às questões de racismo e preconceito nesta adaptação. Como você, atriz, mulher, negra, enxerga essa mudança?

É uma benção ter um dramaturgo como ele, um homem branco que tem esse olhar afinado, apurado para questões raciais, de entendimento para as necessidades de discutir essas questões. Para descontruir a gente precisa discutir, colocar uma lupa para olhar para o racismo, que segue excluindo, oprimindo e matando o povo negro todos os dias. Então, é maravilhoso ter a oportunidade de dar vida à essa personagem, que é uma mulher negra, com uma família preta, numa relação inter-racial, que é até complicado falar sobre isso no Brasil, existe tanto preconceito, tanto julgamento… Acho importante ele ter a coragem e peitar, trazer essa mudança. Porque esse papel foi vivido pela Rosa Maria Murtinho lá atrás, brilhantemente vivido por ela, uma mulher branca. Bruno fazer essa mudança para que a Zuleica seja uma mulher preta e trazer essas questões raciais é de um valor primoroso, muito especial e a gente precisa olhar para isso. Abraçar isso com todas as forças. Não é uma tarefa fácil, mas a gente está caminhando junto. E é lindo observar o quanto o Bruno tem a escuta aberta para essa transformação.

Quem é Zuleica?

A Zuleica é uma mulher como tantas e tantas mulheres, cheia de conflitos, dualidade permeando a vida dela o tempo todo. É uma mulher íntegra, criou os três filhos praticamente sozinha. Muita coisa vai acontecer ao longo do caminho, no arco dramático dela. Ela é uma mulher muito forte, que reconhece suas dificuldades, seus limites, mas que não entrega o jogo. Segue na resistência. E é bonito de ver, diante de toda a situação que vai acontecer nesse trio, de Maria Bruaca, ela e Tenório, que ela não larga a mão da Maria Bruaca. A sororidade, a empatia estão na frente. E é bonito o Bruno não ter ido para o caminho da rivalidade entre essas mulheres. Porque a gente vive num Brasil e num mundo onde a mulher foi ensinada a rivalizar. Neste caso, essa história tem dor, mas tem também respeito, empatia, entendimento de que é muito mais importante a integridade dessas mulheres do que conquistar um espaço na vida desse homem. Principalmente pra Zuleica, que está nessa relação por diversas razões que ainda vão ser reveladas. Ela tem uma dívida de gratidão com esse homem. O que fica pra mim, de bonito, é ver a integridade dela, sua força, e o fato de ela não ser uma mocinha. Ela também erra porque é humana.

Como foram as gravações no Pantanal? Você já conhecia o local? O que achou?

Não conhecia o Pantanal e quando fui na primeira viagem para gravar, tive uma crise de pânico antes do avião decolar, no Rio de Janeiro. Eu nunca havia tido nada parecido. Não entendi bem na hora, mas hoje, olhando o que aconteceu, entendo que não se tratava apenas de estar sozinha, viajando de avião, mas sim de tudo que esse momento significa. Estou dando um grande passo na minha carreira, fazer parte dessa novela é um marco que vai ficar para sempre. Então, entendo que foi um somatório de coisas. O medo desse passo novo, o uso das máscaras, a gente veio de uma pandemia muito traumática, enfim, foram vários fatores. Cheguei a sair do avião, chorei muito lá fora, mas decidi voltar. Olhei pra ele e decidi que seguiria meu caminho. A gente tem medo de crescer na vida, então olhar para esse medo, colocar luz nele, já foi o início da cura. Não é só sobre o medo de andar de avião, mas o medo do novo passo. Isso bate em todos nós, em todo mundo que é humano.

Agora estou aqui (no Pantanal) pela segunda vez e é um lugar que me deixa muito sensível, num bom sentido. Choro ouvindo uma arara, choro vendo um pássaro bebendo água. Onde estou, antes estava cheio, e agora está seco. A gente se conecta com a origem tudo, com a mãe terra, com os animais, a gente silencia a mente e reconstrói nosso olhar pro mundo. Ressignificar tudo. É uma oportunidade imensa, de cura e de expansão de consciência estar no Pantanal.

Alguma impressão especial sobre os bastidores da novela?

A gente entende o sucesso estrondoso que é Pantanal quando vê os bastidores. Ontem eu fui gravar numa fazenda e fiquei vendo as duas outras cenas que tinham, fiquei vendo a raça, o amor, a dedicação da equipe, entrando no rio, levando câmera, para que aquilo ficasse bonito. A entrega do diretor, todos eles têm um olhar muito sensível para tudo, eles querem captar o melhor da gente.

Outro fato interessante é que uma das minhas primeiras novelas na TV Globo foi Celebridade, eu interpretava a empregada do personagem de Marquinhos Palmeira. Fiquei emocionada de ver esse lugar que a minha atriz está hoje. Em 2003 eu fiz essa empregada dessa casa e hoje estou aqui fazendo a mesma novela que Marquinho num outro lugar. Essa personagem é uma mulher forte, que tem uma casa, uma história, não é uma coadjuvante. Trabalhei esses anos todos para conquistar esse espaço que me chega agora. Porque antes de eu me reconhecer como mulher preta, não entendia por que não me chegavam papeis onde eu tinha uma casa, uma vida, era sempre a copeira, a empregada, nesses lugares. Eu não questionava, não entendia. Depois eu entendi que os papeis destinados às mulheres pretas eram esses, onde as mulheres não tinha história. E quando entendi fui trabalhando para que isso mudasse. No teatro ou na TV, quando eu era convidada para papeis assim, falava que não queria mais fazer aquele papel. Então, hoje, estar no Pantanal, dando vida à Zuleica, para mim é um avanço enorme. É grandioso demais e diz muito sobre toda a minha trajetória e sobre o quanto isso mudou. Hoje estou dando vida a uma personagem que um dia foi de uma mulher branca, que esse autor decidiu mudar para uma mulher preta, para dar voz à ela. Isso é representatividade e dá sentido ao nosso ofício. Isso me engrandece também, eu olho para trás e vejo que tudo valeu a pena.

Justiça decreta prisão de 4 suspeitos pela morte da influenciadora Aline Borel

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Foto: Reprodução.

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato da blogueira Aline Borel, que foi encontrada morta com marcas de tiros na Praia do Dentinho, em Araruama, na Região dos Lagos do Rio, no dia 21 de abril de 2022. Quatro suspeitos de serem os assassinos foram identificados e já estão presos por tráfico de drogas. A informação é do G1.

Segundo a polícia, o crime foi motivado pela amizade de Aline com pessoas que seriam ligadas a uma suposta milícia que estaria tentando se implantar no bairro do Corte. Os suspeitos do homicídio desconfiavam que Aline seria uma informante da suposta milícia, o que as investigações apontaram que não era verdade.

Nesta quinta-feira (9), policiais da delegacia de Araruama (118ª DP) realizaram uma operação para cumprir seis mandados de busca e apreensão nos endereços dos suspeitos. Uma das motos usadas para levar a vítima até o local do crime foi apreendida.

Sobre o crime

De acordo com a Polícia Civil, os autores do crime abordaram Aline e mostraram a foto de um dos homens da suposta milícia e ela disse que o conhecia. Os criminosos informaram que ele teria que pagar pelo resgate dela e Aline aceitou subir na moto dos executores, segundo a polícia, porque afirmou que conhecia todas as pessoas no bairro pelo jeito dela alegre e extrovertido.

A arma utilizada no crime foi um revolver calibre 38. A polícia informou que a arma é a mesma que foi apreendida em uma operação da Policia Militar no local após o crime.

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