Um ato contra racismo foi realizado na noite desta quinta-feira (18), em frente ao prédio que Eddy Jr. foi vítima de ataques e ameaças racistas pela vizinha Elisabeth Morrone e seu filho. Segundo o Mídia Ninja, amanhã será realizado uma assembléia no condomínio United Home & Work para definir a expulsão da família.

Centenas de manifestantes foram ao ato, entre eles celebridades, advogados, deputados e vereadores. Um letreiro foi exposto no prédio com a frase “Agora Vai Ser Assim“, nova hashtag criada pelo movimento de hoje para redes sociais, além de também ter sido uma das frases mais gritadas nesta noite.

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O apresentador Paulo Vieira compareceu ao local e falou sobre o caso do Eddy e também relembrou do Seu Jorge, que também foi destaque na mídia por ter sido mais uma vítima de racismo durante show em Porto Alegre (RS), nesta semana.

“A gente teve uma semana com muitos casos que foram para mídia e caso contra pessoas públicas. Esses casos escancaram para nós a crueldade do racismo e cai de vez, para quem ainda acreditava em alguma mentira de meritocracia, que o racismo parava de te atravessar quando você ganha sucesso, dinheiro, fama. Se você é preto, o racismo sempre vai te atravessar. A gente sabe que um ato não muda as coisas, mas é mais um passo importante em busca desse ‘chega’ que a gente tanto espera”, afirma.

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O humorista Yuri Marçal, morador do Rio de Janeiro, viajou para São Paulo para marcar presença no ato e convocou a presença dos fãs da capital paulista nas redes sociais. “A gente tá se preparando para fazer esse barulho, fazer o que eu estou chamando de retaliação porque não vai mais ficar dessa forma. É como a gente está lutando. Porque agora vai ser assim. E sempre que acontecer esse caso – porque a gente sabe que o racismo não vai acabar, a gente vai agir dessa forma. Seja com cinco pessoas ou 50 mil”.

O advogado Ewerton Carvalho também esteve presente no ato e manifestou a indignação jurídica em manter os criminosos soltos. “A gente tá vivendo um momento onde o Chefe do Poder Executivo deu legitimidade para que as pessoas pudessem falar aquilo que elas pensam com a roupagem de liberdade de expressão. Esse crime aconteceu no começo da semana e eles não foram presos ainda. Segundo informações ela (Elisabeth) ainda foi malhar hoje de manhã. É o cúmulo da impunidade nesse Brasil”, destaca.

“Isso também é um ato Fora Bolsonaro porque nós temos um presidente abertamente racista. Foi depois dele que o racismo se tornou mais explícito também. Eu ainda sigo sendo perseguida no shopping quando estou passeando. Sendo perseguida pela polícia quando estou com a minha namorada. Agora vai ser olho por olho e dente por dente”, diz Carolina Iara, única deputada trans eleita em São Paulo, pela Bancada Feminista.

Na última segunda-feira (17), viralizou um vídeo na web do humorista Eddy Jr. sendo vítima de racismo pela vizinha Elisabeth Morrone, do condomínio United Home & Work, por se recusar em pegar o mesmo elevador que ele e o ofende com diversos xingamentos racistas: Macaco, Imundo, Feio, Urubu, Neguinho, entre outros.

Depois da repercussão, novas imagens das câmaras de segurança do prédio foram divulgadas, mostrando dois momentos ocorridos em setembro deste ano, onde o filho dela aparece segurando uma faca e uma garrafa na porta do apartamento do Eddy durante a madrugada e dando soco na parede.

Entretanto, apenas pela divulgação do caso da mídia, que o condomínio multou a Elisabeth em apenas R$ 8 mil e dise que só em caso de voltar as agressões, que ela poderá ser expulsa do edifício.

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