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Maxi Weber, que já maquiou Naomi, é pioneira em técnicas de make para pele negra no Brasil

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Foto: Acervo pessoal

“De quem é a técnica que você usa para maquiar?”, a pergunta é também uma provocação feita pela maquiadora e cabeleireira Maxi Weber. Aos 49 anos, ela celebra as três décadas de carreira como referência no mundo da beleza, acumulando um portfólio que inclui trabalhos de maquiagem e cabelo realizados para grandes nomes do mundo da moda, como Naomi Campbell, de quem sempre foi fã.

A primeira maquiagem feita na modelo Naomi Campbell – Foto: Acervo pessoal

Antes mesmo da chegada das blogueiras que questionavam a falta de tons de base que atendessem aos diferentes tons de pele negra, ela fazia a alquimia das sombras, do blush, das bases e pincéis. Inicialmente, de maneira intuitiva e com o passar do tempo, Maxi desenvolveu uma técnica que ajudava a valorizar o rosto das modelos, negras e brancas, que maquiou pelo mundo, usando a luz e a sombra como recursos para, como ela mesmo diz, “criar beleza”.

Para compartilhar conhecimento, ela também criou a Maxi Academy e se prepara para a sua primeira master class do ano. A Maxi Master Class of MAKE DE MODA, em que ensina a técnica de maquiagem que desenvolveu e que a tornou uma referência.

Maxi Weber – foto: Arquivo Pessoal

Em conversa com o Mundo Negro, uma das maiores maquiadoras negras do país, mulher trans e pioneira no segmento, Maxi Weber compartilhou sua experiência e contou como saiu da Cohab 2, no Jardim José Bonifácio, Zona Leste de São Paulo, para assinar a maquiagem de estrelas mundiais.

“Com 14 anos comecei a trabalhar de office boy na Serasa e minha mente expandiu. A Serasa era sediada na frente do Hilton, que era o melhor hotel de São Paulo e todos os artistas que iam se apresentar no Rock in Rio daquela edição, em 87, se hospedaram lá. Então veio o clipe do George Michael com as supermodels, veio o Rock in Rio, veio Serasa, veio muita coisa, minha mente expandiu e eu comecei a pensar na moda, em conhecer a Naomi [Campbell]. Eu achava que não ia conhecer, mas tinha alguma coisa lá no fundo que estava sempre apontando. Era um insight”, comentou.

Como moradora da periferia de São Paulo, Maxi teve que enfrentar alguns obstáculos para conseguir trabalhar com a profissão que tinha mais aptidão. Desde cedo ela já gostava de maquiagem e começou a carreira maquiando pessoas trans, travestis e gays

“Eu trabalhei de office boy, de auxiliar de escritório, aí veio o exército, me alistei, foi uma fase difícil, eu saí. Sendo gay naquela época, na Cohab era muito difícil e eu sempre fui uma pessoa pra frente, então as pessoas não entendiam muito isso. Com 21 anos eu fiz um curso de cabeleireiro e vi que eu tinha facilidade para cortar. No começo minha mãe me deu um pente, uma escova e uma capa e eu falei ‘E o secador?’, ela falou, ‘olha, não tenho dinheiro para o secador, vai com isso e se der certo compra um secador para você’. Ela liberou o meu quarto para eu atender lá e aconteceu essa história de todo mundo lotar a casa. Nisso eu fui para um salão, mas não deu certo porque as pessoas queriam ir em casa”, contou.

Do começo no quarto da casa da mãe para a primeira capa na Vogue Espanha

A trajetória que Maxi percorreu até chegar à sua primeira capa parece simples quando contada rapidamente em uma conversa de menos de uma hora, mas existiu um longo caminho que a maquiadora teve que fazer enquanto aprimorava seu trabalho na maquiagem, construindo uma carreira consolidada e um nome no universo da beleza pela maestria na técnica do visagismo.

A primeira capa da Vogue que Maxi fez foi com a modelo Isabeli Fontana, que ela considera uma madrinha. Foi ela quem pediu que Maxi fizesse a maquiagem e cabelo que saíram nas fotos de capa e nas páginas internas da Vogue Espanha, publicada em julho de 2004, no país europeu.

Primeira capa da Vogue Espanha com a modelo Isabeli Fontana – Foto: Arquivo Pessoal

“O Marcelo Gomes, dono da Glloss, a agência, mudou minha vida. Ele me apresentou o Giovanni Praton, que era editor da Vogue. Eu já trabalhava há dez anos fazendo book, criando imagem. Eu já tinha um book, tinha conhecido a Isabeli Fontana, fiz uma capa de Vogue Espanha, foi minha primeira capa de Vogue. Isabeli Fontana foi minha madrinha, ela me conheceu, eu fiz uma maquiagem nela. A Isabeli era a mulher mais linda que eu já tinha visto na vida, sem maquiagem, né. E ela falou que eu era bom. Quando ela falou eu era muito insegura, não tinha escola, não existia faculdade de maquiagem e eu também não poderia pagar. O único curso que existia era do Senac. Mas isso foi muito bom porque eu descobri que eu conseguia fazer. Ela já tinha maquiado com os melhores do mundo, então ela não estaria mentindo pra mim”, detalha.

A partir daí, o encontro com Naomi Campbell veio e o número de capas com personalidades nacionais e internacionais maquiadas por Maxi, que antes da transição de gênero ficou conhecido como Max Weber, cresceu. Hoje ela acumula mais de 300 capas de revistas reconhecidas no Brasil como Elle, Marie Claire, Bazaar e Vogue, e fora do país, como Vogue America, L’officiel Paris, Numéro Tokyo, Vanity Fair Italia, entre outras.

Além das capas, Maxi Weber já foi considerada uma das cinco melhores profissionais de beleza do Brasil e ganhou 2 Prêmios Avon, 2 Moda Brasil, 3 Cool Awards, 2 Editora Abril e 3 Editora Globo.

Foto: Acervo pessoal

Da alquimia dos pincéis aos produtos prontos para os diferentes tons de pele negra

Foto: Acervo pessoal

Maxi relembra que quando começou a maquiar profissionalmente, em meados dos anos 80, no Brasil não existiam produtos voltados exclusivamente para a pele negra. “Na verdade existiam os produtos, mas não no Brasil, porque a gente está atrasado nisso. Como eu tinha que mexer na minha pele, eu fui em busca dos produtos que eram para a minha pele”, explicou a maquiadora.

Hoje em dia e para quem não é profissional pode ser difícil pensar como maquiar com poucas opções de tonalidades de base, mas Maxi entendia bem como usar as cores nos mais variados tipos de pele. “A alquimia nunca deixou de existir em várias artes, a arte de cozinhar, a arte de pintar, a arte de maquiar. Então existem cores primárias que você pode criar outras cores, mas aí você precisa de um estudo mais profundo ou de um profissional que entenda disso. Mas eu tinha muita facilidade porque eu já era negra, então eu busquei produtos para essas cores. Nós temos mais de 220 tonalidades de pele preta no Brasil. Você não vai ter tudo isso na sua nécessaire, você vai misturar. Para mim não era difícil porque eu nunca fiz a separação entre cor branca e cor preta. Para mim tem a cor branca que é a 1 e a 10 que é a preta. Aí você vai passar pela amarela, vai passar pela vermelha e você vai ter que usar alguns truques para neutralizar as vermelhas, muito vermelhas e etc.. Então isso eu já tinha em mim, então não foi muito difícil”, continuou ela.

Em um período onde o número de seguidores chama mais a atenção do que os números da experiência, Maxi, que também já assinou makes em 20 edições da São Paulo Fashion Week, reforça a importância da valorização de profissionais que já estavam no mercado. “Eu tenho esse processo de uma pessoa mais velha, de olhar para essa geração com mais amor. Eles vão valorizar quando entenderem que o processo nasceu antes e [nasceu] para resolver o processo que eles estão vivendo agora. Eles precisam da técnica e eu pergunto na minha academia, ‘de quem é a técnica que você usa para maquiar?'”, pontua.

Ao ser questionada sobre as barreiras que precisou enfrentar por ser uma pessoa negra, ela afirma: “Vou falar a verdade para você, eu nunca foquei nisso e não era uma discussão aberta. Mas eu já era preta. Então que diferença ia fazer? Eu tinha que ser a melhor. Eu acho que existe isso sim. Tem uma barreira pessoal, porque eu já era adotada, era a sexta filha numa família de brancas, e eu tinha que ser a melhor”, relembra.

Para participar do Maxi Master Class of MAKE DE MODA, os interessados podem se inscrever no site: maxiacademy.com.br/maximasterclass2023/

Luana Génot celebra segunda gravidez: “Alice está sendo muito cuidadosa comigo”

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Foto: Arquivo pessoal

“Como sou filha única e sempre achei isso muito chato. Eu queria que Alice tivesse uma pessoa para compartilhar a jornada”. A publicitária e diretora executiva do ID_BR (Instituto Identidades do Brasil) Luana Génot, e seu marido, o jornalista Louis Génot estão grávidos pela segunda vez. A notícia foi revelada com exclusividade ao Mundo Negro. O casal já é pai de Alice, de 4 anos. A mamãe está no quinto mês de gestação.

Luana que anunciou a chegada do novo bebê na família para a filha por meio de contação de história, reflete como era a correria da sua vida como mãe e profissional na primeira experiência entre tentar equilibrar a carreira e maternidade. “É a vida da empreendedora brasileira, né? Especialmente quando você está lançando um negócio. Você tem que acabar conciliando tudo, movendo vários pratinhos, o que também pode ser muito cansativo. Eu lembro que tive uma jornada bastante intensa, não tinha muito com quem compartilhar e hoje me sinto amparada pelo nosso time e isso me fortalece ainda mais”, comenta a executiva que enxerga a maternidade como uma ‘piscina gelada, onde você começa a nadar e está sempre aprendendo a dar novas braçadas’ “.

Luana e a filha Alice (Foto: Reprodução)

Ela detalha o crescimento do ID_BR, que hoje, não precisa dela em todos os detalhes, um alívio para uma líder com uma família em crescimento. “Quando Alice nasceu, o ID_BR ainda era muito dependente de mim, hoje nós somos 50 funcionários. Quando tive a Alice ainda estava num estágio muito inicial e muito dependente de mim, então eu tive basicamente poucos dias de licença maternidade. Antes disso, já dá um treinamento, enfim, e dessa vez eu pretendo ter um pouco mais de recuo para conseguir no período do puerpério, ficar mais próxima das crianças e curtir esse momento”.

Alice está curtindo esse novo momento da família e a barriga crescente da Luana. “Alice está sendo extremamente cuidadosa comigo, fala para eu não fazer muita força para bebê não cair no vaso (risos). Ela massageia minha barriga para fazer carinho no bebê para, enfim, ela disse que o bebê é dela. Ela está tratando isso com muito carinho, muito cuidado, me sentindo muito cuidada por ela e pelo Louis.

Foto: Arquivo pessoal

A família cresce junto com negócio repleto de propósito e Luana se sente estimulada. “Sou alguém que sonha com um mundo melhor, não só obviamente, para os meus filhos, mas para para toda a sociedade em que eu estou inserida, que é aquilo pelo qual vivo. Para que haja cada vez menos desperdício de talentos, de possibilidades de sonhos para que o nosso país avance e o mundo também”.

Grammy: relembre a trajetória de Beyoncé, a artista com mais indicações na história da premiação

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Foto: Getty Images

Está chegando um dos eventos mais esperados do ano: o Grammy Awards 2023! A premiação será realizada em Los Angeles neste domingo (5), a partir das 21h, no horário de Brasília.

Beyoncé, 41, novamente é a artista que mais se destacou nesta 65º edição. Isso porque, em 2022, o ano em que a cantora marcou o seu retorno na carreira musical após seis anos, superou o recorde de seu marido Jay-Z, se tornando a pessoa com mais indicações ao Grammy na história, além de já ser a artista feminina que mais venceu.

Ao longo da carreira, a cantora recebeu 88 indicações e levou 28 estatuetas. Se levar novos troféus amanhã, ela pode se igualar ou superar o maestro Georg Solti, dono de 31 estatuetas.

Foto: Kevin Winter/Getty Images

Só com o álbum “Renaissance“, a Queen Bey também se tornou a artista com o maior número de indicações neste ano, contabilizando nove no total, incluindo as categorias de “Melhor Álbum” e “Melhor Canção”, por “Break My Soul“.

Há seis anos, a diva perdeu a categoria de “Melhor Álbum” com o revolucionário “Lemonade” para a Adele. A derrota da Bey foi considerado um dos momentos mais polêmicos da premiação, já que ela foi considerada favorita por grande parte da imprensa e nem a britânica considerou justa a vitória. Amanhã, elas disputam novamente pelo prêmio. Um momento super esperado!

Neste mesmo ano, Beyoncé estava grávida e fez uma performance espetacular, aparecendo primeiro em holograma, e depois fisicamente, exibindo a sua barriga grávida dos gêmeos Rumi e Sir Carter. A Queen vestia um look todo dourado e ousado. Na época, adeptos a religiões de matrizes africanas, a compararam com a imagem e energia da orixá Oxum.

Foto: Getty Images

Nascida para o sucesso, o primeiro álbum da carreira solo de Beyoncé, “Dangerously in Love“, garantiu cinco premiações no Grammy Awards de 2004. Anteriormente, a artista levou três premiações com o grupo Destiny’s Child, formado com Kelly Rowland e Michelle Williams.

Em 2010, Beyoncé foi premiada em seis categorias e se tornou a artista feminina que mais recebeu prêmios em apenas uma edição do Grammy. Poderosa demais! Agora os fãs tem poucas horas para acompanhar mais um momento de espetáculo da artista na premiação.

O Grammy Awards 2023 será transmitido ao vivo pela HBO Max e no canal TNT.

“O poder de se ver através de uma história ou um personagem é muito potente”, diz Rita Oliveira da Disney BR 

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Rita Oliveira - Head de Diversidade, Equidade & Inclusão da TWDC Brasil

Quem nunca terminou de ler um livro ou ver um filme/série com aquela sensação de pertencimento, de aumento de autoestima e sensação de que o mundo também é seu. 

As histórias ou storytelling , tem esse poder. O filme Pantera Negra, da Marvel,  é um exemplo global do impacto da história e de um personagem ( nesse caso, vários) no amor próprio dos indivíduos e de uma comunidade carente de representatividade. 

A The Walt Disney Company (TWDC)  lançou uma campanha que traz essa reflexão sobre o impacto das histórias na vida das pessoas, mas tendo como cerne a diversidade, afinal, essa conexão com personagens nem sempre fez parte do mundo dos filmes e dos cinemas.

O projeto “Vozes da Diversidade” reúne 10 histórias de pessoas reais que escolhem um personagem da Disney o qual se identificam. Os depoimentos são apresentados no Youtube, em formato de curtas, com 1 minuto cada, incluindo grupos sub-representados como pessoas com deficiência, LGBTQIA+, negras e neurodivergentes. 

“O grande poder da Disney é o storytelling, e nesse caso usar o poder do storytelling para transformar a história de pessoas através da representatividade faz todo sentido. O poder de se ver, de se imaginar através de uma história ou de um personagem é muito potente,  porque apresenta uma possibilidade normalmente pouco acessada por pessoas de grupos sub-representados. E esse é o objetivo do Vozes da Diversidade”, explica Rita Oliveira, Head de Diversidade, Equidade & Inclusão na TWDC Brasil.

Para ela esse tipo de apelo para se olhar para o diferente serve para todo mundo. “E não apenas trazer a representatividade através de histórias de pessoas reais que se identificaram com as nossas histórias e personagens, mas também oferecer a possibilidade de um novo olhar para aquelas pessoas que não estão diretamente conectadas a nenhuma causa, estimulando a empatia”.

Relembre Glória: entrevistas da jornalista estão disponíveis em especial da Globoplay

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Ao longo de cinco décadas, Gloria Maria marcou a história da televisão brasileira, com reportagens marcantes, entrevistas exclusivas e viagens por centenas de países. No dia da morte da jornalista, na última quinta-feira (2), todos os telejornais da TV Globo e da GloboNews relembraram momentos importantes da sua trajetória.

O pioneirismo, o legado e o jeito único de fazer jornalismo fizeram Gloria Maria extrapolar os limites dos telejornais. A vivência adquirida em reportagens no Brasil e mundo afora pela jornalista com rodinhas nas pernas, como costumavam chamá-la por conta de sua paixão por viagens, a transformou também em uma personagem cobiçada pelos programas de entrevistas. Para realizar uma homenagem que represente um pouco da grandeza de Glória, a Rede Globo prepara uma série de homenagens à jornalista na programação da TV Globo, GloboNews, GNT, Multishow, VIVA, Globoplay, g1 e Canal Brasil.

As homenagens iniciaram já no dia do falecimento de Glória, a programação da TV Globo foi reestruturada para homenagear a jornalista. No ‘Lady Night’, foi ao ar a entrevista em que Gloria não fugiu das perguntas desconcertantes de Tatá Wernerck, o mesmo episódio foi reprisado no mesmo dia pelo Multishow e irá ao ar novamente no domingo, às 18h30.

O canal VIVA exibiu no dia 2, antes do capítulo de “Caminho das Índias”, uma edição especial da entrevista de Gloria Maria no remake do TV Mulher. No episódio, Marília Gabriela conversa com a jornalista sobre vida profissional, viagens e questões raciais.

O Canal Brasil exibiu nessa madrugada, à 0h30, a entrevista de Lázaro Ramos com Gloria Maria no programa ‘Espelho’, gravada há 10 anos, em que a jornalista fala sobre o início da carreira, família, preconceito e representatividade.

Na sexta-feira, dia 3, no horário da Sessão da Tarde, a TV Globo reexibiu duas reportagens de Gloria Maria no ‘Globo Repórter’ em viagem pela costa da China. Na atração, foi possível rever a jornalista saltando do maior bungee jump do mundo, em Macau, e se divertindo ao alimentar um urso panda em Hong Kong. E, após o ‘Jornal da Globo’, o ‘Conversa com Bial’ reprisa a entrevista concedida por Gloria Maria e exibida no aniversário da TV brasileira, dia 18 de maio de 2020. A Pedro Bial, seu amigo pessoal e com quem ancorou o ‘Fantástico’ por quase 10 anos, Gloria relembrou momentos importantes de sua carreira e falou sobre o racismo sofrido no exercício de seu ofício em uma entrevista por vídeo, feita durante a pandemia. A entrevista também será exibida pela GloboNews no próximo sábado, dia 4, às 23h.

Outras homenagens

Em sua homenagem, o GNT reapresenta hoje (3), às 22h50, o ‘Papo de Segunda’, exibido pela primeira vez em março de 2021, com a presença da jornalista como convidada. No episódio, Glória fala sobre etarismo e sapiossexualidade com Emicida, Fábio Porchat, João Vicente de Castro e Chico Bosco. Em seguida, à 0h20, no ‘Que História é Essa, Porchat?’, será possível relembrar uma experiência curiosa de Gloria Maria em uma viagem ao Himalaia.

No sábado, dia 3, a partir das 22h30, o GNT também exibe um episódio do ‘Saia Justa’ no qual a jornalista conversa com as Saias sobre autoestima, o sagrado de cada um e a informalidade do carioca. Já meia-noite, o canal reexibe a entrevista de Gloria no ‘Marília Gabriela Entrevista’. Por fim, no dia 4, às 22h30, é reprisada a conversa de Karol Conka com Glória Maria e Palloma Maremoto sobre sentir-se bem na própria pele no ‘Superbonita’.

A viagem de Gloria Maria durante o inverno congelante da Noruega, um dos países mais frios do mundo, será reexibida pela GloboNews no próximo sábado, dia 4, às 9h e no domingo, dia 5, às 17h. Neste Globo Repórter, a jornalista mostrou como é viver em um lugar onde o branco da neve domina as paisagens durante metade do ano e a luz do dia dura apenas três horas. Dormiu em um hotel de gelo, onde as temperaturas chegam a 40º negativos, mergulhou num fiorde congelante e andou de trenó em uma pista de dois quilômetros de extensão e pura adrenalina, os pequenos veículos não têm freio e podem chegar a 20 quilômetros por hora. Um clipe com momentos marcantes da carreira da jornalista também será exibido pelo Especial de Domingo da GloboNews, que vai ao ar a partir das 18h.

O g1 também prepara uma série de matérias e vídeos para homenagear e relembrar a carreira de Gloria Maria, como reportagens marcantes pelo ‘Globo Repórter’, algumas das viagens para mais de 160 países, o pioneirismo na profissão, além de uma lista com cinco momentos em que Gloria Maria foi transgressora e quebrou barreiras no jornalismo. Dentre os inúmeros grandes momentos, um resgate de matérias feita por ela em diversos estados brasileiros, os memes históricos protagonizados e a comoção da despedida, a partir de depoimentos de famosos, políticos e autoridades. O especial também reúne conteúdo em vídeo, a partir de uma seleção de playlists que trazem reportagens do ‘Fantástico’ e ‘Globo Repórter’, as homenagens dos jornalistas e a trajetória completa de Glória Maria.

No Globoplay, toda a cobertura jornalística e as homenagens da TV Globo e da Globo News à Gloria estão em destaque. No trilho “Relembre Gloria Maria”, estão disponíveis programas e reportagens marcantes dela ou com ela em atrações como ‘Programa do Jô’, ‘Lady Night’ e ‘Conversa com Bial’, assim como suas emblemáticas entrevistas com Michael Jackson, Madonna, Elton John, entre outros.

Crianças pretas têm menos acesso à primeira etapa da educação básica

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Foto: Freepik

Texto: Kelly baptista

Especialistas apontam que atualmente mais de 330 mil crianças brasileiras de 4 e 5 anos, não estão frequentando a pré-escola como deveriam. De acordo com o Relatório divulgado na última terça-feira (31), pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com o Unicef e a União dos Dirigentes Municipais de Educação, a frequência escolar se distribui de maneira desigual no país. No Nordeste, 96,7% das crianças estão na pré-escola; no Sudeste, 95%; no Sul, 93,6%; no Centro-Oeste, 89,2% e, no Norte, 88,5%.

Para Bianca Dantas, professora e responsável pelos conteúdos da plataforma e do chatbot AprendiZAP, a fase da primeira infância é fundamental para o desenvolvimento da criança. É neste momento que ela é estimulada a desenvolver suas habilidades e a sua sociabilidade, aprendendo a ter responsabilidade sobre si, sua comunidade, e sua relação com o meio ambiente. “Negligenciar o acesso à educação nos primeiros anos impede que os estudantes cheguem mais preparados para o Ensino Fundamental (a partir dos 6 anos), podendo interferir no seu processo de alfabetização e por consequência na sua permanência na escola. Quanto antes inserimos as crianças no ambiente escolar, maiores são as chances delas permanecerem e de combatermos a evasão”, afirma a professora.

Raça e renda

A pesquisa também aponta que crianças pretas, pardas e indígenas são as que possuem menos acesso à educação, 91,9% delas estavam na pré-escola, contra 93,5% das crianças brancas e amarelas. Além disso, foi visto que a condição da mãe é outro ponto determinante: entre as mães com ensino fundamental, 95,3% dos filhos frequentaram a pré-escola, esse número cai para 91,1% quando a mãe possui o ensino fundamental incompleto. 

Em relação à renda das famílias das crianças fora da pré-escola no Brasil, enquanto a taxa de frequência das crianças em situação de pobreza era de 92% em 2019, a de crianças que não estavam nesta situação era de 94,8%. Ao analisar os dados por regiões brasileiras, Sul e Norte se destacam negativamente, com as maiores desigualdades na frequência escolar, com uma diferença de 8,8% e 8,2%, respectivamente.

“Crianças pretas e pobres são, historicamente, mais vulnerabilizadas no Brasil e essa desigualdade no acesso à educação infantil privilegia alguns grupos em detrimento de outros, afinal as crianças pretas e pobres que não frequentam a pré-escola têm menos acesso a estímulos, interações, alimentação e segurança. Isso pode comprometer o desenvolvimento, impactar a progressão e a transição para as etapas de ensino sequentes, além de reproduzir desigualdades que atrasam o nosso país”, explica Maíra Souza, Oficial de Primeira Infância do UNICEF no Brasil.

Estratégias de atuação

O cenário precisa ser mudado e avaliado urgentemente, precisamos estruturar ações concretas como sociedade e governo para reduzir a evasão escolar, sabemos que a  Educação Infantil é ofertada, prioritariamente, nas redes municipais de ensino, sendo assim capacitar gestores municipais é primordial:

  • Planejar e acompanhar a expansão de vagas, observando que os grupos minorizados precisam de mais atenção para não evadirem;
  • Identificar e localizar as crianças que não estão matriculadas na pré-escola, utilizando estratégias como a Busca Ativa Escolar;
  • Ter estratégias de atuação com os cuidadores atentando-os para a importância;
  • Articular ações intersetoriais, integrando saúde, assistência social e educação para a promoção do direito à pré-escola às crianças;

Segundo o novo ministro da educação, Camilo Santana, a educação brasileira foi tratada como ‘subproduto’, “apenas uma em cada três crianças é alfabetizada na idade certa neste País, ou seja: a maioria é analfabeta dentro da própria escola, o que provoca graves repercussões na sequência da vida dessas crianças”.

*Kelly Baptista Gestora Pública, diretora executiva da Fundação 1Bi, mentora, membro da Rede de Líderes Fundação Lemann e Conselheira Fiscal do Instituto Djeanne Firmino. 

Fonte de auxílio do conteúdo:  G1 | Diário do Litoral

2023 também vai ser dela: Ludmilla estampa sua primeira capa na Vogue Brasil

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Ludmilla para a Vogue de fevereiro de 2023 — Foto: Fernando Tomaz

Desde o início de sua vida musical, Ludmilla mostrou um estilo único e inovador em suas canções e método de expressão – do vestir ao falar – e conversou sobre o assunto para a revista de moda Vogue.

“Quando vi o DVD Experience pela primeira vez, me encontrei. Era tudo o que eu queria fazer: cantar, dançar e ter aquela liberdade em cima do palco”. Sobre seu estilo pessoal, Ludmila fez questão de falar que gosta de transmitir seu estilo de forma pessoal e único.

“Sempre tive uma ligação com a moda, mas do meu jeito. Quando não tinha grana, gostava de ousar na roupa, no cabelo, no make. A moda tem muito mais a ver com a maneira como queremos nos mostrar do que com dinheiro. Depois de famosa, pude ter acesso às melhores marcas de roupas e acessórios, e hoje vejo como meu estilo mudou”, reflete.

A mãe da cantora também falou sobre o ocorrido e explicou que o “gostar da música” vem desde a infância. Silvana lembrou que, nos momentos de lazer, Lud estava sempre escutando música em seu quarto. “Quando pequena, ela era muito levada, mas sempre foi autêntica e com um espírito de liderança e uma criatividade muito grandes”, conta a mãe.

Hoje tem se realizado sendo cada vez mais ela, a Ludmilla do funk, do pop e também do pagode. Foi a primeira cantora negra da América Latina a alcançar a marca de 1 bilhão de streams no Spotify – número que atualmente ultrapassa os 2 bilhões – e acaba de ser consagrada pelo Grammy Latino com o projeto “Numanice”. E o que Lud diria à MC Beyoncé? “Continua firme garota. O mundo é seu.”

Na prática, Ludmilla estourou com o álbum de estreia, Hoje, de 2013. O segundo trabalho, A Danada Sou Eu (2016), ganhou as rádios chamando a atenção para um gênero popular que é a cara do Rio (e do Brasil), mas que ainda carrega uma boa dose de preconceito. Todo o impacto lhe rendeu, naquele ano, uma indicação ao Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa.

O maior legado que a Glória Maria deixa para as pessoas negras é: dane-se a opinião dos outros

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Foto: Reprodução

“Eu sou essa mulher louca, rebelde que não aceita viver sem liberdade”. Glória Maria nunca viveu para agradar alguém que não seja ela mesma. Falar sobre questões raciais, não era o assunto preferido dela. Não foram poucas  as vezes que ela foi criticada, inclusive, pela comunidade negra. Um exemplo foi quando durante uma entrevista em ao Glamurama, em 2020 ela disse “Eu acho tudo isso um saco. Hoje tudo é racismo, preconceito e assédio”. Concordando com ela ou não o fato, é que ela colocou luz a um fato que as pessoas brancas desconhecem: nós negros não pensamos de maneira uniforme sobre tudo. 

Durante sua participação no programa Roda Viva mais uma vez, indagada sobre as cobranças da militância negra que esperava a jornalista falasse mais sobre racismo, ela responde com firmeza: “Só de ser quem eu sou… não tem posicionamento maior do que esse”, disse ela ao explicar que foi a primeira pessoa a usar a “Lei Afonso Arinos“, no Brasil. 

Foto: Reprodução/Instagram

Padrão estético, mesmo para ela que começou há 50 anos, nunca foi uma opção. “No começo da minha carreira, eu usava o cabelo black power porque eu queria usar. Não porque ninguém me falou que era um movimento negro. Usei anos, de várias maneiras. Depois, deu, não quero mais. Porque eu faço da minha vida e do meu corpo o que eu quero, e não o que as pessoas querem que eu faça”, comentou a jornalista em entrevista ao Mano Brown.

É indescritivelmente satisfatório ter vivido na mesma época que ela viveu. Em 1977, Glória Maria foi a primeira repórter a entrar no ar ao vivo e a cores no ‘Jornal Nacional’ e desde lá ela só cresceu na TV e na vida pessoal. Namorou muito e, de acordo com ela, chegaram a ser três homens simultaneamente.  Ela  conheceu 80% do planeta e foi ela mesma o tempo todo. “A minha vida é única e intrasferível”. 

Foto: Reprodução/Instagram

A mente livre de Glória foi fundamental para que ela entrasse para história do jornalismo brasileiro. “Sou movida pela curiosidade e pelo susto. Tenho que perder a racionalidade, deixar a curiosidade e o medo me levarem. Aí faço qualquer coisa”.

Poder ir para onde quiser e falar o que quer, para quem é negro, não é sempre confortável. Por isso é lastimável que ela tenha ido tão cedo. Ainda tínhamos tanto para aprender com Glória, mas como mulheres como ela são eternas, que possamos aprender a lição de que somos livres e precisamos usar mais desse direito, assim como ela, sem medo de ser feliz. 

Show de Rihanna no Super Bowl 2023 será exibido pela RedeTV

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Foto: Apple Music

O Super Bowl 2023 e o show do intervalo com a Rihanna, 34, serão exibidos ao vivo pela RedeTV, no dia 12 de fevereiro, a partir das 20h30, no horário de Brasília, informou a emissora. Esta é a primeira vez que o show na final do maior campeonato de futebol americano dos Estados Unidos será transmitido na TV aberta brasileira. 

O show marca o retorno de Rihanna aos palcos após hiato de cinco anos e é um dos momentos mais esperados pelos fãs. Sua última aparição em show público foi em 2018, durante a apresentação no Grammy Awards, junto com o DJ Khaled

Na última terça-feira, 31 de janeiro, a atriz e cantora Sheryl Lee Ralph, 66, anunciou em seu Instagram que vai abrir o show da Rihanna no Super Bowl. “Alguém me acorde desse sonho! Nunca desista de você, baby! Cantarei Lift Every Voice and Sing no Super Bowl LVII – Vejo vocês lá”, comemorou.

O show de intervalo dura no máximo 15 minutos e é um dos eventos musicais mais aguardados no mundo, assistido por centenas de milhões de pessoas. Em 2022, o público contou com a presença dos rappers Dr. Dre, Snoop Dogg, Mary J. Blige, Kendrick Lamar e Eminem.

O Super Bowl deste ano será realizado em Phoenix, Arizona. A arena é a casa do time de futebol americano Arizona Cardinals.

O retorno da festa de Iemanjá no ano do seu centenário

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Foto: AFP

Janaína, Inaé, Mucunã, Iara, Rainha do Mar, Iemanjá com seus diversos nomes, mas com a mesma força vital, com o mesmo axé relacionado às águas. Ela controla e ao mesmo tempo é o mar. O mar também é a sua morada. O azul e o branco são suas cores. Com a mitologia dos orixás aprendemos que Iemanjá junto com seu esposo Olodumare criou o mundo e os orixás. Conhecida pela beleza, sedução, amor e maternidade (mãe dos orixás). 

Diversas cidades brasileiras em diferentes dias do ano celebram a divindade das águas. Aqui, neste texto, falarei especificamente da importância da festa que ocorre, ano após ano, em Salvador, no dia 02 de fevereiro. Em 2023, o festejo no Rio Vermelho comemora 100 anos. O bairro onde a festa acontece começa a receber devotos e foliões ainda na noite do dia primeiro de fevereiro. Entre um samba de roda e uma roda de capoeira, as pessoas se encontram para celebrar a dona das águas. Tem início aí a sociabilidade festiva, que abarca tanto o sagrado quanto o profano. A fila para visitar a casa de Iemanjá, localizada ao lado da Igreja Católica de Sant’Ana, começa também na madrugada e se estende durante todo o dia 02. É possível ver, a cada instante os grupos chegarem, são adeptos do candomblé com seus presentes, atabaques preparados para abrirem uma roda. São muitas as rodas na faixa de areia. Muitas são as embarcações que levam os devotos e seus presentes ao mar. O ápice da festa acontece de tarde, no momento em que o presente principal, feito pelos pescadores locais deixam a casa em direção ao mar. 

Após esta breve descrição, fica a pergunta quando começaram as homenagens a Iemanjá na Bahia? Em Salvador, as homenagens à Rainha do Mar tiveram início em fevereiro de 1923, na época um grupo de cerca de 25 pescadores deram a orixá oferendas e junto com os presentes um pedido: o fim da escassez na pesca e por conseguinte abundância de peixes. 

Iemanjá como todos os orixás são heranças dos nossos antepassados africanos que vieram para cá no processo de exploração colonial. No Brasil, o culto aos orixás foi modificado e é símbolo de resistência negra. O mar tem diversos sentidos, é por ele que antigos reis e rainhas africanas são transformadas em cativos, é no mar que muitos dos nossos foram quando não aguentaram a violência da travessia transatlântica, mas é também esse mar que nos sustentou provendo peixes e outros frutos. Entre o amor e a resistência Iemanjá continua sendo, ao menos em Salvador, a única divindade do panteão das religiões afro brasileiras que têm uma festa popular para si, comemorada no dia 02 de fevereiro. Em 2020, foi reconhecida como patrimônio cultural imaterial de Salvador demonstrando assim a importância dessa manifestação cultural e religiosa para a construção da identidade soteropolitana. 

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