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Fundo Baobá recebe doação milionária para Programa Marielle Franco de Aceleração de Lideranças Femininas Negras

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O Fundo Baobá , por meio do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Negras Femininas: Marielle Franco fará o investimento em 120 mulheres líderes negras e 20 grupos, coletivos, movimentos e organizações lideradas por mulheres negras no prazo de 5 anos.

“Conseguir construir ferramentas e instrumentos para que mais mulheres negras ocupem espaços de poder, inspirando e atuando em diversos espaços, para construir uma sociedade antirracista, mais justa e que promova justiça social e justiça racial”, afirmou Selma Moreira,  diretora-executiva do Fundo Baobá, ao jornal Bom doa Brasil, da Rede Globo. 

O investimento se dará por meio de apoio financeiro e institucional para organizações da sociedade civil, grupos e coletivos liderados por mulheres negras.

“Das mulheres negras apoiadas pelo Programa espera-se que a busca pela equidade racial seja primazia em todo e qualquer lugar que venham ocupar, sendo o Programa não um formador, mas sim um otimizador na aceleração do desenvolvimento e ampliação de suas capacidades. Em suas comunidades, organizações, coletivos, grupos, movimentos e instituições, estas mulheres já lideram. Nosso esforço é para e que elas possam ir além”, destaca Fernanda Lopes, Diretora de Programa do Fundo Baobá.

Em parceria, o Instituto IbirapitangaFord Foundation  e Open Society Foundation doaram o total de recursos financeiros  que correspondem a U$ 3,000,000,00 para a realização do Programa Marielle Franco de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras. Este recurso foi potencializado em função da nossa parceria estabelecida com a W.K. Kellogg Foundation, que prevê a obtenção de contrapartidas para recursos arrecadados pelo Fundo Baobá, onde haverá contrapartida conhecida como matchfunding(3 para 1 em caso de doações nacionais e 2 para 1 em caso de doações internacionais). Neste caso a alavancagem total foi de U$ 7.000,00, sendo que, 50% ou seja U$ 3,500,000, serão aplicados no desenvolvimento do Programa e operacionalização institucional e  a outra metade dos recursos doados pela W.K. Kellogg Foundation que correspondem a U$ 3,500,000, irão compor o fundo patrimonial da instituição, visando a formação de um mecanismo financeiro que gere sustentabilidade em médio e longo prazos.

Interessou? Mais informações clicando aqui. 

Diretor de cinema denuncia : “Fui chamado de “Macaco”​ na empresa!”

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O dia em que fui chamado de macaco na produtora de filmes onde eu trabalhava!

Foi nesse dia que me dei conta de uma maneira apavorante que SIM, a minha cor era aval para que chances fossem negadas.

Meu nome é Valter Rege, sou criador de conteúdo e cineasta, 35 anos, gay, negro, periférico, formado pelo Centro Universitário Belas Artes em Rádio e Tv, e estudante de cinema, autodidata aos 14 anos e posteriormente frequentei oficinas de cinema até chegar na graduação.

Sempre acreditei na meritocracia, e aos 14 anos, sem prever que a chance de uma pessoa negra chegar ao cargo de roteirista ou diretor no cinema nacional era de apenas 2%, elaborei um plano de carreira minucioso para alcançar os objetivos, conto sobre essa trajetória na minha palestra chamada “Da Favela Para As Telas”.

Nesse artigo, quero escrever especificamente sobre o dia em que fui chamado de macaco dentro do ambiente de trabalho e como essa vivência me afetou moralmente e psicologicamente.

As empresas precisam aprender a lidar com o racismo estrutural que se manifesta de maneira naturalizada.

Em 2012, comecei a prestar serviços para uma produtora de filmes que está há muitos anos no mercado. Exercia a função de assistente de finalização, que é o setor responsável pela montagem, pós-produção, e entrega dos filmes publicitários e de conteúdo.

Adorava me sentir útil naquela empresa, pois, fazia parte de uma equipe super humanizada e uma chefia muito motivadora que atendia as nossas demandas estruturais e psicológicas de maneira surpreendente. Tínhamos boa interação, momentos de bate papo, cafézinhos e vivências que nos faziam querer dar o melhor a cada trabalho.

Cresci e aprendi muito com essa equipe.

Porém, existiam alguns excessos por parte de alguns diretores de cena. Cargo esse demasiadamente glamourizado, e alguns diretores usam seus “poderes” de forma irresponsável e pouco acolhedora.

Acho uma direção inclusiva muito mais agregadora para os Jobs.

Motivar uma equipe e fazer com que pessoas trabalhem com otimismo e vontade é extremamente eficaz, lembro quando ainda na faculdade motivei quase 60 pessoas a embarcarem em um média-metragem universitário, e a minha felicidade era saber que nem todos estavam ali para seguir a carreira no audiovisual, e sim, porque estavam inspirados pelo projeto.

Nessa empresa havia um diretor extremamente infantilizado, ele era sobrinho de um grande diretor de filmes, e creio que seu nome pesava mais do que suas habilidades como tal. Ele gritava, era assediador e constantemente perguntava para mim sobre as minhas preferências sexuais, até onde sei não era um homem gay, mas adorava expor gays na frente dos demais funcionários.

O diretor, inclusive tinha uma assistente a quem denominavam como: A babá!

Durante algum tempo, aceitamos e relevamos algumas atitudes extremante abusivas porque as “brincadeiras” eram vistas como “normais” (?), ou até mesmo como personalidade geniosa. Embora incomodasse, muitas vezes preferi focar na entrega de um trabalho realizado com excelência.

Porém, certa noite, com a correria publicitária cotidiana, eu estava na produtora até tarde, aguardando a alteração de um filme que estava em processo de aprovação. Para o meu desespero o diretor havia sumido, e o montador, que era amigo pessoal do diretor, também havia desaparecido, os dois estavam juntos, porém eu como responsável pela pós-produção deveria solicitar o retorno imediato do montador, o que não agradou muito o diretor.

O cliente cobrava a alteração, e eu precisava resolver o problema o mais rápido possível. Chamei um assistente da casa e fiz a alteração na montagem. Porém, com a minha ética inabalável só enviaria depois da aprovação do diretor, nem que fosse via celular.

O montador chegou, e solicitei que o mesmo assumisse o controle de suas funções. De-repente, o montador me entrega o telefone e informa que o diretor queria falar comigo.

Sem dar a chance de explicar, ele solta vários palavrões. Começa a dizer que sou péssimo profissional, que sou moleque, que meu departamento é uma “merda” que meu chefe é um “c***”, que não deveria deixar um assistente tocar o filme dele … enfim… delicadamente, e com a paciência que trago desde a época em que servi o quartel, informei ao diretor que o mesmo estava se excedendo e que iria desligar o telefone.

Foi o que fiz.

Ele continuou ligando e quando atendi novamente ele não parava de gritar palavras de baixo calão. Sem pensar, gritei o mais alto que pude. Lembro das minhas palavras: – Eu não sou moleque, são quase meia noite, e estou trabalhando. CHEGA!

O meu grito foi tão alto que lembro da minha cabeça doer. Sentei no chão, aos prantos e o assistente da casa veio me acalmar. Eu chorava sem parar!

O meu coração estava acelerado, os gritos ecoavam em minha mente, porém, o meu profissionalismo é imensamente maior que qualquer barreira que impeça de entregar um bom trabalho, então, me recompus e voltei a minha sala.

O telefone não parava de tocar. Resolvi focar apenas na entrega e não atendi mais nenhuma ligação, pois estava ultrapassando a meia noite.

Lembro dos meus dedos trêmulos digitando o e-mail para enviar o filme para aprovação. Segurava a imensa vontade de chorar.

Depois de alguns minutos, eis que aparece o diretor. Ele me cobrava o motivo pelo qual desliguei o telefone, dizia que em 17 anos nenhum assistente havia gritado com ele e com uma voz suave, bem diferente do telefone, dizia que eu era um péssimo profissional.

Ele encostava o rosto no meu e eu tentava evitá-lo olhando apenas para o computador. Dava para sentir o cheiro de álcool e seu descontrole emocional.

Ele falava que meu setor não gostava dele e que falávamos mal dele para os donos da produtora, parecia um pesadelo!

Por um segundo, tive a clareza de que aquilo era um caso de assédio moral. Estava com medo dele. E, instintivamente comecei a gravar o áudio da nossa conversa pelo celular. Em nenhum momento pensei em usá-lo de má fé, só queria enviar ao meu chefe para que ele tomasse as devidas providências, pois aquilo era algo muito sério.

Com o áudio ligado tomei coragem para discutir com o diretor, de alguma forma me senti protegido caso algo acontecesse. Resolvi expor toda a situação, e cobrar respeito, porém, ele não parava de falar, até que em um momento ele sorriu e soltou um sonoro: Vai o seu MACACO… interrompido por um lampejo de sobriedade em meio ao caos. Obviamente ele se deu conta da gravidade de suas palavras.

Fiquei trêmulo, ele rapidamente tentou se esquivar do que havia dito. Olhei para o celular e soltei o botão. Não queria acreditar que aquilo era verdade. Apenas decidi não discutir mais.

Ele saiu da sala.

Logo após voltou e ordenou que eu apagasse a gravação. O assistente dele havia visto eu gravando.

Uma coragem tomou conta de mim e toda vez que ele se aproximava eu apertava o “rec” e enviava direto para o grupo da pós-produção.

De alguma forma, a tecnologia me salvou. Tenho certeza que se não tivesse um aparelho em mãos não conseguiria agir cautelosamente. Muito provavelmente poderia perder a razão e virar o negro raivoso que não aguentou a pressão do mercado publicitário. Mas respirei fundo e resolvi não me comunicar mais. Ele dizia que eu tinha invadido sua privacidade, que ia ligar para seu advogado, inclusive pediu para seu assistente tirar o celular da minha mão.

Sem sucesso, foi embora.

A aprovação saiu quase as três horas da manhã e após isso pedi um Uber e fui para o último trabalho da noite, levar um HD na portaria de uma montadora. O meu horário de sair era as 22 horas, e quase 4 horas da manhã cheguei em casa.

Ao ouvir a gravação, chorei compulsivamente. Me senti violentado, humilhado, desvalorizado.

Era como se todas as minhas qualificações não valessem nada. Era como se eu tivesse que ser submisso a coisas sem fundamentos e não tivesse o poder para questioná-las. Caso eu tentasse questionar alguém me lembraria o quanto SOU MACACO.

Será que uma pessoa branca ouviria esse termo?

Lembrei o quanto as empresas defendem a importância da meritocracia, mas como são negligentes com as qualificações de profissionais negros.

Algumas reflexões só chegam quando há acontecimentos extremos.

Passei o pior final de semana da minha vida, chorava compulsivamente, até que um amigo ativista, Samuel Gomes, me visitou e orientou-me a fazer um B.O.

É impressionante como quando a nossa saúde mental está abalada não temos força para fazer o óbvio.

Fiz o B.O e notifiquei o meu chefe que queria a formalização de um pedido de desculpas e uma reunião com todos os sócios, em uma sala de reuniões, para discutirmos sobre preconceito racial. Eu não aceitaria uma conversa de corredor, o que havia ocorrido era um crime!

A minha intenção sempre foi ser didático, jamais agiria de má fé dentro da empresa que trabalhava há quase 4 anos. Queria ter a oportunidade de falar, e resolver o assunto de forma ética e profissional. Mas, a resposta não vinha, o silêncio me sufocava, perguntei ao meu chefe e ele disse que estava aguardando o sócio e o diretor retornarem.

Desde o início o meu chefe foi presente, mas sei que muitas coisas não dependiam dele, então, após uma semana de silêncio procurei a secretaria da igualdade racial, e posteriormente o Ministério do Trabalho.

Em 3 dias chegou a intimação, e assim o departamento jurídico me procurou para saber se eu gostaria de conversar com o diretor, naquele momento, o meu psicológico já estava abalado, eu não conseguia acreditar que realmente tive que procurar a justiça para ser ouvido! Cada vez mais sentia o peso de ser um negro dentro de uma empresa com poucos negros, em um ramo com poucos negros.

Resolvi ir até o fim, marcamos uma conciliação no Ministério do Trabalho.

Eu já tinha certeza que queria conciliar uma palestra interna para dialogar com o diretor e todos os funcionários. Pesei o fato de trabalhar com esse diretor há algum tempo e o fato de gostar de trabalhar na produtora, eu ainda tinha um pensamento quase utópico que um dia chegaria a valorização.

Porém, na conciliação, o diretor já chegou “armado”, queria ouvir o áudio e disse que não lembrava de ter me chamado de macaco. Senti hostilidade em sua abordagem então deixei claro que estava ali para fazer a conciliação. Caso ele quisesse ouvir o áudio iríamos sem problemas para o criminal. Ele, obviamente baixou a guarda.

Durante a conversa, ouvi tentativas ultrapassadas de provar que não era racista como: – Tenho muitos amigos negros, tenho um afilhado negro, já dei abrigo a um negro.

Ele até disse que era humilde porque gostava de ficar com a “ralé”, referindo-se aos funcionários do meu setor.

O coração doía, eu não conseguia ver reflexões ou arrependimentos, apenas o medo que ele tinha de levá-lo ao criminal. Pelo menos tive a oportunidade de fala, disse o quanto aquilo era prejudicial para empresa e o quanto o racismo fere milhões de negros nas instituições.

Saímos do ministério do trabalho com a conciliação de que faríamos uma movimentação com atividades e palestras para conscientizar a empresa sobre os malefícios do preconceito racial.

A empresa nunca se pronunciou, eu procurei várias vezes o dono da produtora, mas ele me evitava e o diretor que me chamou de macaco foi afastado, ou se afastou, pois ele sabia que se voltasse a acontecer eu não seria tão didático.

O silencio retornou.

Todas as tentativas de diálogo foram interrompidas, todas as minhas propostas de mudança de setor, negadas, então, em fevereiro de 2018 resolvi sair da produtora e comecei a analisar as minhas qualificações. Percebi que era muito mais ativo que os diretores da casa, pois eu filmo, monto e finalizo vídeos para o meu canal todas as semanas. Percebi que o setor audiovisual não dá oportunidades a negros e tudo isso era desmotivador.

Em 2016, no mesmo ano do ocorrido, graças a um edital de cotas do MINC, consegui produzir um filme curta-metragem, que foi selecionado para alguns festivais de cinema. Isso me motivou a continuar otimista. A oportunidade que o mercado audiovisual não me dava viria por conta de ações afirmativas. Resolvi falar sobre racismo e escrevi e dirigi o “Preto No Branco”.

Comecei a estudar todas as possibilidades de fazer uma boa carreira para o filme, e o mesmo foi selecionado para alguns festivais internacionais como InterFilm de Berlin, Festival de cinema da Índia, e dois festivais de cinema negro no Canadá. Eu queria provar para mim mesmo que era capaz, então, sem o apoio da produtora onde eu prestava serviços, fiz uma vaquinha, viajei para o Toronto Black Film Festival, exibi o filme e durante a viagem captei todas as vivências dessa experiência inspiradora.

Filmei toda a viagem, e resolvi transformar a experiência em um documentário a fim de percorrer favelas e escolas, e incentivar negros e periféricos a não desistir dos objetivos.

Intitulei o filme de “ O Cinema Me Trouxe Aqui”, e lancei o mesmo em um cinema da periferia.

A oportunidade a mim negada de palestrar na produtora onde ocorreu o racismo se transformou em motivação para levar reflexão a outros lugares então resolvi palestrar “ Da Favela Para As Telas” onde percorro Ongs, escolas, Fundação Casa e até o MAM (Museu de Arte Moderna).

A palestra também fez parte da programação do Social Media Week 2017.

Após voltar do Canadá pedi demissão da empresa que não soube lidar com o grave caso de racismo que ocorreu em suas dependências.

Fico pensando quantos negros estão sendo sugados pela falsa ideia da democracia racial / meritocracia e apenas são enganados por um sistema que suga suas energias e nunca lhes dão oportunidades.

Resolvi me dar o aval.

A partir da autoanálise das minhas qualificações compreendi que sou amplamente capacitado para fazer o que gosto, e a partir dessa autovalorização tive em um ano uma evolução profissional que em 10 anos não cheguei perto.

Atualmente faço palestras, monto vídeos, gerencio o meu Canal no Youtube que fala sobre racismo, periferia e homossexualidade e estou desenvolvendo dois curtas-metragens, um documentário, um longa-metragem, preparando um livro sobre a minha trajetória e presto serviços para uma agência de Creators Negros, a “Côrtes Assessoria”, gerenciada por uma empresaria negra, Egnalda Côrtes, onde cuido da parte audiovisual.

No final das contas, o grande recado que dou para os negros que convivem diariamente com o racismo estrutural e institucional é que antes de aceitar uma crítica negativa examinem as próprias qualificações e as qualificações do emissor, as vezes o aval tem que vir de si!

Infelizmente, no caso de injuria / racismo a conciliação não foi viável, então, se for preciso vá para o criminal.

Quanto as empresas, a grande lição desse caso é que as vezes vocês estão perdendo grandes talentos porque antes das qualificações vocês analisam a cor, a classe social e a sexualidade. Estamos em uma era em que a diversidade faz toda a diferença e em um país de 54% de afrodescendentes, será um grande erro não acompanhar a nova era da representatividade.

No final de tudo, não quero expor nomes da pessoa ou empresa, só quero usar a minha trajetória para causar uma real transformação na sociedade.

Meritocracia? Infelizmente para negros e periféricos não existe, mas sou otimista com a nova era que surge, afinal, se não me vejo , não consumo!

Como diz Viola Davis, só precisamos de oportunidades.

Valter Rege / Criador de Conteúdo – Cineasta

Turbantes, camisetas, sapatos: Estilo Afro oferece mais de 20 marcas para comprar sem sair de casa

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A excelência negra chegou ao mundo dos negócios para ficar. Já imaginou encontrar todos aqueles produtos afro-centrados como turbantes, colares, objetos de decoração e roupas sem ter que sair de casa? O Estilo Afro é um marketplace online que disponibiliza mais de 20 marcas de afro-empreendedores de todo o Brasil que trabalham, sobretudo, com produtos para comunidade negra e seus admiradores. 

O preço é o mesmo que você encontra em lojas off-line com a vantagem de poder escolher com calma, comparar preços e modelos e receber em sua residência ou ainda enviar um produto como presente para casa de alguém, por meio do site.

“O Estilo Afro tem a responsabilidade de criar todas as estratégias e informações para o cliente chegar aos produtos, assim como usufruir de todas as ferramentas até a finalização da compra. Nesse item, o vendedor recebe os detalhes da peça por e-mail e inicia o processo de envio com as devidas e prazos para o cliente”, explica Anderson Ferreira, sócio proprietário do Estilo Afro. 

Essas iniciativas são muito positivas quando falamos de Black Money.  De acordo com o G1, estudos de 2017 do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostraram que o Brasil possui 11 milhões de empreendedores afrodescendentes. Pesquisa do  Instituto Locomotiva garantem que os negros movimentam mais de R$1 trilhão de reais por ano na economia.

E para garantir uma experiência satisfatória para o consumidor, Anderson explica que trabalha junto com os vendedores da plataforma. “Nós entendemos as dificuldades e necessidades de quem vendia com a gente e nos estruturamos com um estúdio fotográfico com todo o equipamento profissional para podermos atender cada vendedor que a gente tem, para que elas possam apresentar fotografias de qualidade. Nosso estúdio fica na Vila Matilde, temos uma parceria com modelos e fazemos a sessão de fotos e depois de prontas, elas sobem para lojinha desse vendedor”, detalha Ferreira. 

Essa estrutura de apoio aos parceiros, foi possível graças ao aporte  que a Vai Tec, programa de aceleração de empresas de tecnologia da periferia de São Paulo, que investiu no marketplace Estilo Afro.  

Aqueles produtos que a gente procura, mas nunca acha 

No Estilo Afro você encontra produtos específicos para comunidade negra e que usualmente não achamos nas lojas e nem em eventos para esse público. Apesar de super indicado pelas blogueiras, a toca de cabelo de cetim, que não amassa os cachos, é uma das raridades que você encontra no site. Outra preciosidade é a luminária do Pantera Negra. 

O sistema de busca é bem simples, lhe dando todas as informações sobre de quem você está buscando.

https://www.instagram.com/p/Bs3J54sliyH/

E o mais importante, o cliente não paga muito mais por isso, visto que o valor do frete do produto muitas vezes é menor do que você pagaria pelo transporte ou estacionamento.  

A gama de produtos do site atende a toda a família, inclusive crianças. 

Para saber mais acesse o site: www.estiloafro.com.br 

A Marielle Ancestral e sua dignidade ferida

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No Marielle Presente, onde está a iya agbá Marielle?

Por Roger Cipó Creator-Youtube
Arte: @evermontt

Agora, não falarei sobre a branquitude que está ai monetizando com o cruel assassinato de uma das mulheres negras mais importantes da história do Brasil. Foi Sueli Carneiro (bota a mão no chão e na cabeça! – Já conto isso) que ensinou que entre a esquerda e direita, continuamos pretos, logo, é comum que setores da esquerda usem do assassinato para vender. Nada novo. Mas, gente, aqui em casa, na nossa comunidade Preta, onde está Marielle, ou é só no grito que já figura camisas e canecas, pelo mundo?

Quando eu falo que nos falta candomblé, nos falta empretecer nossa permanência nesse mundo, falo que se atenção e cuidado ao nosso legado ancestral fosse premissa, Marielle não estaria na boca de qualquer um. Não evocaríamos uma ancestral para qualquer discurso que precise surtir efeito diante da branquitude que a matou.

Quando uma pessoa preta importante falece, se torna ancestral, e Marielle é nossa Mãe Ancestral (Iya Agba), é a força que mantém viva seu povo. Evocamos ancestral somente em momentos sérios, que precisamos de ajuda, uma consulta para melhor caminhar, para solucionar problemas das nossas comunidades.

Ancestral é força poderosa, por isso, ao dizer o nome de alguém muito importante, levamos a mão no chão (saudemos Onile, a Terra) e na cabeça, em reverência e pedido de licença. São valores que aprendemos com a própria ancestralidade. E depois de ancestral, nós não temos dimensão da força que aquela vida ganha. Talvez, por isso a @xeniafrancacantou: por que tu me chamas se não me conhece?

Fôssemos alinhados, as escolas de samba,   “tão” fechadas com o terreiro, faria cada um seu jogo de Búzios, com a presença da família de Marielle e perguntaria a ancestral se a homenagem poderia acontecer. Isso impediria, por exemplo, que o vice da mangueira respondesse que “família é quem morava com ela”, ao ser questionado da ausência do pai, mãe, irmã e filha, no desfile. Mas é que, ainda, nos falta empretecer, nos falta cuidado aos símbolos, nos falta responsabilidade com ancestralidade. E nessas faltas todas, a branquitude segue monetizando com nosso extermínio.

A revolução é ancestral. Bota fé

SOMA talentos : programa busca estudantes de direito para vagas em um dos maiores escritórios do país

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O Programa SOMA talentos é a oportunidade para jovens estudantes do primeiro ano do curso de direito que aspiram uma carreira de sucesso em um grande escritório de advocacia como o Mattos Filho.

Por meio da parceria com a EmpregueAfro, serão selecionados talentos para o cargo de auxiliar jurídico, que, durante dois anos, além de atuar nas áreas técnicas do escritório, receberão capacitação em inglês, desenvolvimento de competências comportamentais, mentoria e coaching para aprimoramento profissional.

A primeira edição do programa, com início em abril de 2019, contará com 8 vagas em SP e 2 no RJ.

Top 100 da Diversidade : Liliane Rocha recebe prêmio na Índia sendo a única representante brasileira

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CEO e Fundadora da Gestão Kairós, consultoria especializada em Sustentabilidade e Diversidade, Liliane Rocha, foi a única brasileira entre 101 líderes de diversas partes do mundo a receber o prêmio 101 Top Global Diversity&Inclusion, no dia 17 de fevereiro, no 3º World Diversity & Inclusion Congress, realizado em Mumbai, Índia.

A premiação foi durante o World HRD Congress, evento que acontece há 27 anos e é reconhecido por reunir lideranças de todo o mundo para debater o futuro do trabalho. Os especialistas apresentaram perspectivas para a área de RH orientando os profissionais sobre como lidar com as demandas da atualidade e contribuírem para que as empresas estejam alinhadas às tendências globais no que se refere ao mundo do trabalho.

E por estar à frente da Gestão Kairós sendo protagonista na luta por mais valorização da diversidade, Liliane foi indicada ao Prêmio por diversos profissionais da área, e foi eleita juntamente com outros 100 líderes de diversidade.

De origem humilde Liliane Rocha muito cedo sentiu na pele os desafios de ser mulher e negra no Brasil, trabalhou em grandes empresas, e em alguns casos sofreu discriminação, e por buscar uma sociedade mais justa e equânime, em 2015 decidiu abrir sua consultoria de diversidade e sustentabilidade, a Gestão Kairós.

E nos dois últimos anos capacitou mais de 8000 pessoas, em 500 eventos realizados em diversas cidades do Brasil. Seu livro “Como ser um líder inclusivo” foi vendido e entregue para mais de 2000 profissionais da alta liderança das empresas, que passaram a entender a importância de contar com mais diversidade em seus quadros funcionais e conhecer os benefícios dessa valorização não apenas para tornar a sociedade mais igualitária, mas também como estratégia de sucesso para os negócios.

Não é a primeira vez que Liliane representa o Brasil em eventos no exterior. A especialista compartilhou sua experiência sobre diversidade em no 1º Inclusive Leadership de Londres (evento online), e mais recentemente, foi convidada pela Comissão Europeia a fazer a abertura do Fórum Nacional de Diversidade de Portugal, em novembro de 2018, que contou com a presença de representantes de grandes empresas da Europa.

E agora, além de ter seu trabalho reconhecido será uma das palestrantes do 3º World Diversity & Inclusion Congress.

Orgulhosa de sua negritude, Fabiana Oliveira criou método inovador em fisioterapia

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Fabiana Oliveira é fisioterapeuta, especialista em disfunções temporomandibulares, desenvolvedora de método exclusivo para tratamento de pacientes. Após se especializar na área, Fabiana investiu para ter uma clínica e se tornou referência no ramo. Hoje, além dos atendimentos, ela ministra um curso para capacitar fisioterapeutas em todo o país com seu método inovador.

Durante a infância no ABC Paulista Fabiana estudou em um bom colégio particular onde a educação era bem forte, porém relata que haviam poucas crianças negras. “Eu me lembro que na minha sala tinha apenas eu e a Fabiola, que é minha amiga até hoje”, afirma.

Ela se apaixonou pela fisioterapia ainda quando era atleta de vôlei e acompanhava de perto o trabalho que possibilitava a recuperação dos jogadores. Após cursar a faculdade em Mogi das Cruzes ela iniciou a careira trabalhando em clínicas esportivas e de ortopedia e times de base.

Mulher negra e cursando fisioterapia, Fabiana não encontrava representatividade nem nos colegas, nem nos professores. “Na Universidade de Mogi eu tive uma única professora negra, professora Cássia que lecionava a matéria Farmácia. Eu achava a postura dela e ela como mulher um exemplo a ser seguido”, explica.

Durante a faculdade, Fabiana aprendeu pouco sobre DTM (disfunções temporomandibulares), mas depois de começar a trabalhar viu a necessidade de buscar cursos na área para um melhor atendimento. Ao mesmo tempo, que percebeu a possibilidade de se diferenciar no segmento.

O resultado de apostar nessa especialização foi bastante satisfatório já que hoje ela conquistou sua estabilidade, é reconhecida no mercado e tem o apoio de outros profissionais que a indicam para seus pacientes. “Meu trabalho no geral é reabilitar e devolver a função total ou parcial daquilo que foi comprometido. Fazer isso é algo que, para mim, não tem preço.”, comenta Fabiana.

Porém Fabiana relata que já sofreu preconceito de alguns pacientes, principalmente anos atrás quando as redes sociais não eram tão presentes no dia a dia e não era possível ver uma foto da fisioterapeuta antes de chegar ao consultório. “Com isso, algumas vezes quando os pacientes me conheciam eles falavam: “nossa estava esperando uma outra pessoa, eu imaginava você completamente diferente”. É aquele preconceito velado, a pessoa não fala que imaginava uma mulher branca, alta, loira, magra, mas diz “nossa eu falei com você por telefone, imaginei diferente” ou se não “você é negra, mas você tem os traços tão finos”.

Atualmente ela tem uma rotina de contato com vários profissionais da saúde: bucomaxilos, cirurgiões e otorrinos, e percebe que não tem visto outros profissionais negros, muito menos mulheres negras. “Infelizmente as oportunidade de trabalho para os negros no Brasil são muito restritas devido ao nosso país ainda carregar um estereótipo preconceituoso e racista de que pessoas negras são mal vistas. Negros esses que são extremamente capazes para ocupar qualquer cargo. Por isso eu mostro todos os dias que sou intelectualmente capaz de realizar o meu trabalho e foi assim que eu conquistei o respeito que tenho hoje. Infelizmente só entende o que é racismo quem é negro. Isso dói, não só uma pessoa, mas todo um povo”, afirma.

Para formar outros fisioterapeutas nessa especialidade, Dra. Fabiana desenvolveu o curso New Smile, que acompanha os pacientes antes, durante e após a cirurgia com uma equipe de 15 médicos de diferentes especialidades, diminuindo o tempo de recuperação e aumentando a qualidade de vida de quem precisa passar pelas cirurgias de ATM e ortognáticas. Hoje, Fabiana é reconhecida como referência no mercado e está ministrando aulas com seus métodos em todo o país.

Para a Dra. Fabiana o curso é uma grande realização profissional. “É muito gratificante saber que o conhecimento está se propagando e ajudando mais pessoas. Melhorar a qualidade de vida do paciente, tirar a dor e o desconforto de quem não consegue abrir a boca, mastigar ou falar é algo que faz meu coração se encher de orgulho da minha profissão”, completa.

Mulheres em situação de migração e refúgio no Brasil realizam sarau no Sesc Consolação

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Sarau vozes femininas refugiadas - Ft Dani Sandrini

Angola, Uganda, Moçambique, Congo, Nigéria, Síria, Senegal, Paquistão, Iraque, Irã, Colômbia e Venezuela, esses são os países que, no dia 12 de março, às 19h, no Espaço de Convivência do Sesc Consolação, serão representados por suas mulheres, por meio de poemas, contos e canções. O evento é aberto a todos os públicos e tem entrada franca.

O Sarau Vozes Femininas é um encontro com mulheres em situação de migração e refúgio no Brasil, que por meio da arte provoca um momento de reflexão sobre o universo das refugiadas. A proposta cria um espaço de diálogo sobre cultura, valores e os desafios que elas enfrentam estando distantes de seus países.

A atividade visa ampliar e valorizar a representatividade da cultura de diversas nacionalidades, por meio da integração das mais variadas linguagens artísticas e ações culturais, produzidas e interpretadas por refugiados.

SERVIÇO 

Sarau Vozes Femininas
Dia 12 de março, terça-feira, às 19h
Local: Espaço de Convivência (Térreo)
Livre
Grátis

Com:

Ayesha Saeed – Paquitão
Florenze Nigozi Okoyeigwe – Nigéria
Jessica Ruth Ebaku – Uganda
Lara Elizabeth Baptista S. Lopes – Moçambique
Leonor Solano Gonzalez – Colômbia
Luvambu Ntondele Nkuansambo – Angola
Mama Diop – Senegal
Marifer Del Carmen Vargas – Venezuela
Monir Nadim – Irã
Nisreen Khalid Dibdulahi – Iraque
Prudence Kalambay Libonza – Congo
Yara Osman – Síria

Sesc Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo
Informações: (11) 3234-3000
Transporte Público: Estação Mackenzie do Metrô – Linha 4 – Amarela
sescsp.org.br/consolacao
Facebook, Twitter e Instagram: /sescconcolacao

História e pertencimento: Projeto oferece uma caminhada pela São Paulo Negra

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As histórias negras de São Paulo estão por toda a cidade, no centro e em todas as esquinas (inclusive na Ipiranga com São João, a mais famosa delas), apesar de muitas vezes não serem contadas.

O Diáspora Black oferece uma caminhada coletiva e afro-centrada, para se conhecer  lugares importantes da história dos negros na cidade, como é o caso da Igreja Nossa Senhora Rosário dos Pretos, a estátua da mãe preta, a Igreja Nossa Senhora dos Enforcados, do antigo Pelourinho e do antigo Morro da Forca, no bairro da Liberdade.

A caminhada começa no Bairro da Liberdade, um reduto negro nos séculos XVIII e XIX e termina no Largo do Arouche. Os personagens negros importantes da história — invisibilizados em vários espaços — são destacados, é o caso da escritora Carolina Maria de Jesus, do jornalista, advogado, poeta e patrono da abolição Luiz Gama e o arquiteto Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas. Também fazem parte das histórias a migração africana atual, a música e movimentos negros modernos.

O percurso é conduzido pelo jornalista Guilherme Soares Dias, pela relações públicas Luciana Paulino e também pelo fotógrafo e produtor cultural Heitor Salatiel.

O passeio, no dia 17 de março, tem um tempo estimado de 2:30h e tem nível moderado de dificuldade. O valor do evento é de R$ 50.

Mais informações: clique aqui

O Enigma Ashanti: Romance afro-centrado conecta personagens entre Brasil, África e EUA

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Durval Arantes é professor de inglês e o fundador de um dos maiores grupos da comunidade negra dentro do Facebook, o Intelectualidade Afro-Brasileira com mais de 20 mil membros. Em 2017 ele publicou seu primeiro livro, O Último Negro que chegou a ser citado até ator Lázaro Ramos que se referiu à obra, como um “Ótimo livro da nova geração de escritores negros”. 

No mês da consciência negra desde ano, Arantes brindará a comunidade negra com uma nova obra: O Enigma Ashanti.

“Em relação ao meu livro de estreia, “O Enigma Ashanti” oferece uma narrativa mais fluída e mais focada nos dramas e conflitos de cada personagem. Se em “O Último Negro”, a evolução da trama era mais descritiva, neste segundo trabalho as pessoas determinam os rumos do livro. Uma outra observação que eu acho que vale a pena conferir é o grande número de personagens femininas negras, todas de extrema importância para o desfecho do suspense e cada uma com um perfil e uma carga dramática completamente diferente, umas das outras. Acho que o resultado final ficou muito interessante e fica a expectativa pra análise final de quem ler este volume”, explica Durval. 
Com lançamento previsto para o dia 23 de novembro, o livro tem prefácio meu, Silvia Nascimento, do professor, escritor e Mestre Carlos Machado e do escritor Nei Lopes que diz que o livro tem” o  DNA das grandes narrativas literárias”.
O autor vai interagir com eleitores e compartilhar informações sobre a obra eu seu perfil no Facebook: clique aqui e confira a sinopse abaixo:

 

O ENIGMA ASHANTI: 
“Nova Iorque. 11 de Setembro de 2001.

Um objeto africano misterioso é encontrado e retirado de uma das Torres Gêmeas, por um sobrevivente ao ataque.

O artefato se torna o centro de uma investigação frenética envolvendo um segredo da África que pode revolucionar a ordem científica global.

Uma jovem advogada negra do Brasil, talentosa e detentora de uma característica excepcional e rara, se torna o centro de uma conspiração internacional, fundamentalista e obscura.

Tensão, intrigas, romance e reviravoltas em uma trama robusta e eletrizante.

O Enigma Ashanti ilustra uma narrativa que propõe a afirmação do legado e da herança das matrizes das culturas vindas da África para uma compreensão mais altruísta e digna da saga da Humanidade no enredo da História do mundo, com a qual o continente negro resilientemente contribui, no grande concerto das civilizações humanas.”

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