Mãe, esposa, empresária, Youtuber, estilista, influenciadora, linda no seus dreads e a partir do dia 10 de agosto apresentadora de TV, do programa “Se Essa Roupa Fosse Minha”, no badalado canal da TV paga, GNT (do grupo Globosat).
Ana Paula Xongani é assim, ambiciosa, sem perder a doçura e muito conectada com sua comunidade, sua família e sua ancestralidade como uma boa pisciana.
Sua pele escura, seus dreads, sua dislexia e a carga mental das mães que empreendem, não impediram esse paulistana de vibe africana de correr atrás dos seus sonhos.
Nessa entrevista, Ana Paula nos ensina que tudo tem o seu tempo, que trabalhar é fundamental para o sucesso, mas que para se colher os bons frutos, uma rede de apoio é fundamental.
Ela ainda explica que sustentabilidade, tema do seu programa no canal GNT, é uma coisa que a comunidade negra já pratica há um tempão.
1. 2019 está sendo um ano incrível para você. Além de mais publicidade e parcerias agora você participa de um programa no GNT. Como está sendo essa nova fase profissional.
Eu traduziria o ano de 2019 como o ano da colheita, mas sempre gosto muito de falar dos processos, para além dos resultados. Então falar do Ateliê Xongani que é minha grande fonte de inspiração há 10 anos. Falar de todo esse conhecimento acumulado com esse trabalho. Falar que meu trabalho como criadora e produtora de conteúdo já tem 4 anos. Anos de muita dedicação, postando, produzindo vídeos, pesquisando, indo a eventos e tudo mais. Aí, chega o ano de 2019 e entendo que começo a colher com as realizações que começam a acontecer. Mas, falar do processo é muito importante para entender o tempo das coisas, os tempos de construir lugares. Mas, claro, tá tudo bem incrível. Considero que tá incrível desde meados de 2018, quando comecei as parcerias com grandes marcas. Parcerias estruturadas numa forma de criar que eu acredito, que é a co-criação. Os trabalhos que fiz existem também graças a processos criativos feitos por mim e pela minha equipe. Porque a gente entendeu que ser propositiva era o que fazia sentido para ter parcerias que tivessem a minha cara, a cara das pessoas que me acompanham e que também entregassem valor para as marcas, fizessem sentido para elas. Quando dá esse match é demais!
2. Quais são as dores e delícias de ser uma mulher preta em evidência.
Nas áreas que atuo, sobretudo marketing de influência, as dores têm sido mais relacionadas à percepção de que eu ainda digo mais não que sim. Eu sendo uma mulher preta ativista, antes de todas as coisas que eu sou, significa que eu parto desse lugar, sabe?E é desse lugar que eu reflito os conteúdos que fazem sentido pra mim, pra quem me acompanha, para as nossas existência pretas, pretas empreendedoras, entende?Eu de verdade tenho orgulho das marcas que trabalho. Porque são as marcas que estão ousando, em alguma medida. Pensando não apenas numa representatividade, mas numa representação positiva, marcas que estabelecem contato para a co-criação, para que a gente pense junto. Então, concluo que a dor é perceber que, em razão de poucas marcas terem entendido o produtor de conteúdo preto, eu ainda digo mais nãos que sins. EU QUERO DIZER MAIS SIM!
Agora, entre as delícias está me sentir vanguarda em alguns processos e saber que assim como outras mulheres negras construíram caminhos e abriram portas pra mim, neste exato momento eu também estou fazendo isso. E falo isso de forma bem ampla, desde escolher ter mulheres, sobretudo negras, trabalhando comigo nas duas empresas que hoje tenho, e também as delícias ligadas aos aspectos emocionais, né? De acessar lugares que nunca acessei, que não esperava acessar, que minha família está orgulhosa por me ver acessando, porque é construção deles também. Cada lugar que acesso, eu acredito que é um lugar que está se transformando, que está minimamente aberto pra se repensar, repensar as estruturas que tem mantido pessoas como eu fora destes espaços. Então, isso é algo que me deixa feliz e orgulhosa também.
3. A maternidade é uma das suas pautas frequentes. Como sua filha lida com a sua maior exposição e como você gerencia essa parte mãe, já que agora sua agenda é mais corrida?
Ela não lida. Para a Ayoluwá eu sou a mãe dela. Estar na TV não é exatamente uma novidade para ela. Porque o YouTube ela vê na TV. Ela e seus cinco anos já me viram na TV muitas vezes. Ela sente orgulho do meu trabalho, mas ainda não tem a exata dimensão do que isso significa, não de forma objetiva. No entanto, são signos né? Mensagens de beleza, auto-estima, de pertencimento a estes espaços. Costumo dizer que a gente não sonha com o que não conhece.Então, eu quero que ela, uma criança preta escura, veja a mãe dela, uma mulher preta escura, em todos os espaços mesmo.Fazendo o que quer da vida. E eu falo sobre isso com ela também, estimulo essa percepção positiva de forma proativa mesmo. Quero que ela valorize nossa estética, nossa criatividade, nossa potência.
Sobre gerenciar a parte mãe, é o seguinte. Eu abro mão da ideia de que nós, mulheres, temos super poderes. Abdico da ideia de que sou ou devo ser uma “super mãe”, uma “super mulher”. Entendo e aceito que não preciso e nem tenho que fazer tudo sozinha. Divido responsabilidades com meu companheiro, meus pais, meus amigos e as pessoas que trabalham comigo. Somos uma grande rede que se apoia no dia a dia. Não me sinto obrigada a fazer tudo, meu companheiro também não.
4. Fale um pouco sobre o seu canal no Youtube. De onde vem suas inspirações para pautas?
Da minha vivência, do meu dia a dia. O ateliê é minha grande fonte de inspiração, em primeiro lugar. Porque lá estou SEMPRE em contato com mulheres negras, conversando. Mas, qualquer diálogo me inspira. É meio cíclico, porque quanto mais meu canal e meus outros trabalhos alcança pessoas, mais gente eu conheço, mais papos eu tenho e, portanto, mais ideias pra vídeo. Todo e qualquer diálogo pode virar um vídeo. Esta entrevista inclusive!
5. O seu programa no GNT trata da questão do consumo consciente. Você chegou a refletir sobre esse assunto, dentro de uma perspectiva racial, de como a comunidade negra lida com essa questão?
Sim, refleti. E te digo uma coisa! A gente faz isso, de ser sustentável, há muito tempo. O Ateliê Xongani, por exemplo, sempre teve um “fazer” sustentável, especialmente se entendermos a sustentabilidade em toda sua capilaridade, social, econômica, ambiental. A forma como a gente distribui os ganhos lá, a forma como a gente contrata pessoas e serviços, quem são os nossos fornecedores, sabe? Mas, para além do Ateliê, uma coisa que eu venho batendo muito na tecla é que os saberes sustentáveis estão na periferia e nas comunidades negras há muito tempo. A reciclagem, o upcycling, que nada mais é que a “reutilização criativa”, criar uma peça a partir de outras que já existem, a moda brechó, uma perspectiva compartilhada de consumo e de vida mesmo, de responsabilidades… a gente faz isso desde sempre. O que a gente precisa estar atenta é aos códigos, no sentido de sabê-los e entender e valorizar que a gente já faz isso. Que já detemos esse saber. Pra saber real que nós já fazemos muitos destes movimentos essencialmente, de forma orgânica e cotidiana. Seja por oportunidade, por necessidade ou por criatividade.
Ana Paula nos bastidores do “Se essa roupa fosse minha”, ao lado das também apresentadoras Marina franco e Giovanna nader, e da diretora Isabel Nascimento, da Conspiração Filmes. (Foto:Igor Freitas)
7. Você é uma negra retinta e com dreads, a única do canal GNT com esse perfil. A TV, de forma geral, tem poucas pessoas com este perfil. Você sente mais pressionada ou privilegiada por essa representatividade?
Nem uma coisa nem outra. Me sinto desafiada. Me sinto desafiada a fazer um bom trabalho, a me qualificar nas coisas novas que tenho feito, a abrir novos caminhos. A palavra é essa. Me sinto desafiada.
“Se Essa Roupa Fosse Minha” estreia dia 10 de agosto às 19h30, no GNT.
O Centro Cultural São Paulo (CCSP) irá realizar durante todo o mês de agosto, a mostra Horror Noire, dedicada a representação negra no cinema de terror. Em parceria com a editora DarkSide Books, a mostra terá o lançamento do livro “Horror Noire: Blacks in American Horror Films from the 1890s to Present”, além de uma série de exibições de filmes citados na pesquisa da Dra. Robin Means, incluindo o documentário inédito inspirado no livro, produzido pela plataforma de streaming Shudder.
No dia 10 haverá uma conversa entre o crítico e curador de cinema Heitor Augusto, a pesquisadora Kênia Freitas e a escritora Cecília Floresta, que colaborou para edição brasileira do livro. A programação de cinema do CCSP faz parte do Circuito Spcine, que tem o intuito de ampliar a oferta de espaços para exibição de filmes, levando a experiência do cinema a todas as regiões da capital paulista.
Confira a programação:
Horror Noire – 8 a 17/8 – Sala Lima Barreto (99 lugares) – entrada gratuita – a bilheteria será aberta uma hora antes da primeira sessão do dia.
A pesquisadora e professora Robin R. Means Coleman, da Universidade de Michigan, afirma, ao realizar extensa pesquisa sobre a história de cinema de horror, que o gênero abre espaço como ferramenta criativa para a ocupação dos artistas negros tanto na tela quanto por trás das câmeras.
Exibições: 8/8 – quinta 16h O Mistério de Candyman
18h Assalto à 13ª DP
20h A Noite dos Mortos-Vivos
9/8 – sexta
16h Tales from the Hood
18h Bones – O Anjo das Trevas
20h Blacula, o Vampiro Negro
10/8 – sábado
15h15 Horror Noire: a História do Horror Negro
17h Debate
20h Nós
11/8 – domingo
15h O Nó do Diabo
18h O Mistério de Candyman
20h Corra!
15/8 – quinta
16h Horror Noire: a História do Horror Negro
18h Corra!
20h Nós
16/8 – sexta
15h O Nó do Diabo
18h Bones – O Anjo das Trevas
20h A Noite dos Mortos-Vivos
17/8 – sábado
16h Assalto à 13ª DP
18h Blacula, o Vampiro Negro
20h O Despertar dos Mortos
Os ingressos custam R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia). Consulte condições especiais na bilheteria do cinema. Confira os horários da bilheteria Spcine e a programação regular do Circuito Spcine no CCSP no site oficial: http://www.circuitospcine.com.br.
No ar na novela “Órfãos da terra” como o policial Tomás, Leandro Firmino, intérprete do inesquecível bandido Zé Pequeno, do filme “Cidade de Deus (2002)”, prepara um festão para se casar com a mulher, Letícia da Hora, mãe do seu filho caçula. A celebração acontece no dia 7 de setembro, e os preparativos estão a todo vapor. O ator e a mulher já vivem juntos há alguns anos e são casados no civil. Agora, eles preparam uma cerimônia no religioso com direito a vestido de noiva e festão. Antes de subirem ao altar, eles fizeram um ensaio sensual para celebrar o grande dia.
“Está chegando a hora de dizermos sim no altar. Já fizemos isso diante dos homens, agora será diante de Deus. Demorou um pouquinho, mas chegou. Por você e para você eu faria isso mil vezes meu amor”, escreveu Leandro, de 40 anos, numa rede social.
Atualmente morando em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, com a mulher e os dois filhos, de 7 e 2 anos, o ator vinha se dedicando ao cinema, séries e a projetos de direção. Ele também abriu recentemente uma loja virtual de semi jóias.
A paternidade despertou um senso de coletividade no professor de inglês e afro-empreendedor Humberto Baltar que já oferecia um serviço especial para os seus alunos negros por meio do seu negócio, a Humberto Baltar Consulting .
O Rei Humberto, a Rainha Thainá e o príncipe Apolo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Nesse texto eu farei como ele, que ao me conceder essa entrevista, se referia aos seus amigos negros e negras como reis e rainhas.
Apolo, de quatro meses, é o príncipe herdeiro de Humberto e sua esposa a engenheira e rainha Thainá Barbosa.
Antes do bebê nascer, o professor tornou um acontecimento familiar em algo a mais, conectando pais e mães negros de vários cantos do Brasil e do mundo para o que ele define como aquilombamento e assim nasceu o coletivo Pais Pretos Presentes.
Apesar de em um primeiro momento a Internet ser o meio de conexão desse grupo de pais e mães, o contato resultou em encontros off-line que discutem temas necessários como Abandono Parental, por exemplo.
Em sua condição de homem negro e pai de menino, nessa entrevista Humberto fala sobre medos, mas também sobre esperança e como a comunidade negra, do ponto de vista ancestral, só cresce na união, no acolhimento e empatia. “Essa ideia de vencer sozinho é um traço cultural branco”. Se deleite com essa entrevista que é uma aula sobre afetividade negra no aspecto familiar.
Mundo Negro – Como pai, o que você acha que tem de melhor na sua geração comparando-se com a geração do seu pai e avôs. Humberto Baltar – Sem sombra de dúvidas, a permissão social para reconhecer fraquezas, dúvidas e conflitos sem ser julgado por isso. Participo extasiado desta mudança e vejo que a saúde mental da comunidade negra como um todo vem melhorando muito em função desta abertura. O apoio das irmãs pretas do Mulherismo Africana, como a Morena Mariah, Anin Urasse e Aza Njeri, entre outras e os cursos Masculinidades Negras e Paternidade Preta, do professor Henrique Restier reforçaram em mim a ideia de que eu não só tenho o direito de sofrer, sentir e buscar apoio, como também é meu papel ser alicerce emocional e espiritual para os meus irmãos e irmãs. Isso é exercer minha ancestralidade. É viver a filosofia Ubuntu. No grupo Pais Pretos Presentes, já cresci muito ouvindo e sendo ouvido, apoiando e dando apoio. São dores que vão desde de alienação parental a casos de depressão e orientações nas mais diversas áreas como cuidados com o bebê, melhores opções de investimento financeiro, alimentação, etc. Isso é Aquilombamento. Não só virtual, mas também nos nossos encontros presenciais, principalmente.
https://www.instagram.com/p/B0tMwqypz0-/
O pai negro no geral, adquiriu uma reputação de ser aquele que faz o filho e abandona. Isso é um estereótipo? Até que ponto o racismo reforça essa imagem?
Com toda a certeza se trata de um estereótipo. O racismo é estrutural e estruturante. Isto significa que ele não só vê o negro de forma depreciativa, como leva o próprio negro a se ver da mesma forma. Eu mesmo, com formação em uma das melhores escolas públicas do Rio de Janeiro, o CAP UERJ, e formado na UERJ, ou seja com acesso a informação, até bem pouco tempo não me via digno e capaz de ter um casamento feliz e uma família plena. Não em termos materiais, mas em relação ao merecimento, condições de dar amor e criar um filho, honrar uma esposa e assim por diante. Mas quando a gente não é letrado racialmente, achamos que é tudo insegurança ou cisma da nossa cabeça e ignoramos a indústria cultural que massifica diuturnamente em nossas mentes a ideia de que o homem preto é malandro, preguiçoso, indigno, infiel, trapaceiro e assim por diante.
São diversos personagens em novelas, filmes, músicas e até desenhos animados reforçando essa imagem, de forma que inconscientemente assimilamos essa perspectiva e começamos a nos enxergar da mesma maneira. O teólogo, pastor e grande irmão Ronilso Pacheco foi e continua sendo importantíssimo na minha trajetória por ter me apresentado a Teologia Negra. Até conhecê-lo eu naturalizava o silêncio da igreja em torno do racismo institucional brasileiro. Hoje percebo que até na minha fé cristã devo exercer o auto-amor e não apenas exigir respeito como também representatividade nas mais diversas funções e ministérios, reconhecendo inclusive a luta antirracista no próprio evangelho de Jesus Cristo. Dou este exemplo para salientar que quanto mais inconscientes das opressões e micro-agressões que sofremos, mais reforçaremos o status quo e a permanência das mesmas. Com a paternidade preta não é diferente. São 5,5 milhões de crianças brasileiras sem o nome do pai no registro de nascimento de acordo com o Conselho Nacional de Justiça com base no censo escolar de 2011 e ainda assim, o sistema tenta propagar a ideia de que essa é uma questão racial, ignorando ainda o genocídio negro endossado pelo estado que mata um jovem negro a cada 23 minutos. Praticamente toda pessoa preta conhece alguém que perdeu o pai ou o filho assassinado. Considerando estes dados é fácil perceber que a imagem do pai preto ausente é uma narrativa que serve à ideologia racista.
O rei Rudson e seu príncipe Tom Zé de 1 ano e 3 meses (Foto – Reprodução Instagram)
Quando conversei com pais negros em uma roda de conversa que moderei no SESC, eles falaram sobre o medo em relação à paternidade. Dois eram os principais: serem mortos pela violência (visto os dados sobre Homicídio) ou terem seus filhos sendo vítimas da violência. O que você pensa sobre isso?
Esse medo é recorrente e compartilhamos dele. No nosso grupo de acolhimento já foi abordada esta questão e o cenário foi o mesmo. O medo de deixar os filhos órfãos ou perdê-los para o Estado genocida impera entre nós. Minha esposa nem sabe disso, mas apesar de estarmos 3 anos juntos eu nunca dirigi o carro dela mesmo sendo habilitado por receio de ser “confundido” com assaltante ou coisa do tipo. Carro preto, área atingida pela violência e homem preto dirigindo é considerado suspeito no Rio de Janeiro. Muitas vezes quis dirigir vendo o cansaço dela principalmente à noite após um filme ou jantar, mas prefiro não arriscar deixar meu filho sem pai, como aconteceu com aquele músico negro numa abordagem de militares nesta mesma cidade. Quase todo homem preto sabe como é sofrer uma abordagem policial. A gente se sente um nada. Humilhado. Como indigentes. Esse medo de morrer pelo crime ou pelo Estado é prudência e está longe de ser exagero ou mimimi, como pensam muitas pessoas. Outro medo que me persegue desde o nascimento do meu filho é o dia que terei que contar que o tom de pele dele não é bem visto por muitas pessoas e por isso ele terá que ser forte em muitas situações por causa do preconceito que vai sofrer. Ler Abdias do Nascimento me motivou a estar entre outros pretos atentos a estas problemáticas e isso tem sido muito importante pra mim. O grupo Pais Pretos Presentes tem sido um refúgio nesse sentido.
https://www.instagram.com/p/Bx7euLqpRx9/
Fale sobre o projeto do Pais Pretos Presentes. Ele é seu? Como surgiu e quais os principais objetivos?
O projeto Pais Pretos Presentes surgiu de uma angústia minha que nasceu do dia em que eu soube que seria pai: “Como ser o melhor pai para o meu filho dentro das minhas possibilidades? “Daí decidi fazer um post no Facebook, Twitter, Instagram e Stories do WhatsApp com um pedido: “Conhece um pai preto presente? Me apresente, por favor. Preciso conhecê-lo.”. Para a minha surpresa, vários pais surgiram não apenas do Rio de Janeiro, como também em outros estados e fora do Brasil, todos trazendo conselhos, sugestões recomendação. Pediam que eu fizesse um grupo para que as nossas trocas nos comentários dos posts não se perdesse. Alguns pediram até que nos encontrássemos. Ali eu percebi que o aquilombamento é uma necessidade real e ancestral nossa. Vi também que a vida da pessoa preta caminha muito melhor quando ela vive em consonância com princípios ancestrais africanos. O Ubuntu, ou ser junto, crescer coletivamente, é um deles. Essa ideia de vencer sozinho é um traço cultural branco. Quando me chamam pra falar do meu sucesso como afro-empreendedor, eu sempre reforço que se hoje o meu curso personalizado de inglês pelo WhatsApp tem sucesso, o mérito é de todas as pessoas que me ajudaram no caminho. Daí a ideia das bolsas de estudo e condições especiais para facilitar o acesso. Oportunidade é a chave. E o post à procura de pais pretos presentes me conformou isso. Muitos pais estão buscando oportunidades de se tornarem melhores para seus filhos e não encontram. A partir da criação do nosso grupo de acolhimento nas redes sociais, diariamente vemos pais sendo aconselhados, amparados, amados e também cobrados quando necessário, pois a desconstrução e o aprendizado são para a vida toda. Os objetivos principais do nosso grupo são ouvir os pais pretos, compartilhar experiências e resgatar uma vivência alinhada com a nossa ancestralidade, valorizando princípios africanos que nos proporcionam uma vida de qualidade com a nossa família. A mulher tem um papel central na cultura africana. Valorizá-la, ouví-la e respeitá-la é imprescindível. Nosso primeiro encontro presencial realizado na Casa Preta, na Cidade de Deus, teve como tema justamente o Abandono Parental, suas causas e como evitar posicionamentos e mentalidades que levam a ele, como a reprodução de comportamentos machistas, por exemplo. O segundo encontro, na Casa do Nando, teve como tema Ouvindo os Nossos Irmãos. As irmãs do Projeto Avança Nega abriram um dia inteiro de discussões conosco, homens pretos, sobre os mais diversos temas, inclusive a paternidade negra e seus desafios. O terceiro encontro, mais íntimo e pessoal, foi no Parque Madureira. Apenas pais e filhos estiveram presentes. Enquanto o outro moderador, Lucas Maciel, conduzimos as postagens nas rede sociais, nosso irmão Adriano Cipriano coordena os encontros presenciais. Nós três somos pais de bebês, o que nos coloca como os que mais precisam de aprender no grupo. A ideia não é ensinar nada a ninguém, mas aprender e crescer junto, como família preta que somos. A pedido das irmãs criamos também o grupo aberto às mães pretas e nossas trocas se tornaram ainda mais ricas. Seria loucura a ideia de que chegaríamos a algum lugar sem a troca e vivência com as nossas irmãs. Quem desejar nos conhecer ou fazer parte do nosso grupo de acolhimento, basta ser preto e buscar Pais Pretos Presentes nas redes sociais ou acessar o link bit.ly/PaisPretos
O Dia do Rap Nacional é celebrado nesta terça-feira (6) e muitas mulheres têm conquistado cada vez mais espaço na cena. Levando isso em conta, a Deezer, plataforma global de streaming, levantou dados de performance de 13 rappers brasileiras feras nos últimos 12 meses.
O público que mais ouve as minas do rap é de 18 a 35 anos, sendo São Paulo o cidade chave. Depois do Brasil, Irã e França são os países que mais ouvem rap brasileiro feminino na plataforma.
Confira o ranking:
13. Tasha e Tracie Okereke São gêmeas e conhecidas como “it favela”. Elas promovem a “auto-estima da mulher jovem, preta e favelada” através do movimento Expensive $hit, criado por elas. Suas músicas mais ouvidas na plataforma são ‘Pjl: Pelo Menos uma Vez’ e ‘Cachorra Kmikze’.
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília
– Países que mais ouvem: Brasil, Irã, África do Sul, Itália e EUA.
12. Preta Rara Joyce Ferreira, escritora, historiadora e rapper é artisticamente conhecida como Preta Rara. Suas músicas mais ouvidas na plataforma são ‘Filha de Dandara’, ‘Falsa Abolição’, ‘Não Desiste’, ‘Negra Sim’ e ‘Cabelo Bom (Ao Vivo)’. O público que mais abraça sua causa é o de 26-35 anos (48.82%), seguido pelo de 18-25 anos (37.8%).
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília.
– Países que mais ouvem: Brasil, França, Japão e EUA.
11. MC Soffia Com apenas 15 anos, quebra paradigmas e preconceitos, sobretudo os que dizem respeito ao machismo e racismo. Dentre as letras que enaltecem a mulher e o amor próprio, as faixas mais ouvidas mundialmente são ‘Money’, ‘Barbie Black’, ‘Menina Pretinha’, ‘Brincadeira de Menina’ e ‘Minha Rapunzel Tem Dread’. As faixas etárias que mais ouvem têm entre 18-25 anos (49.27%) e 26-35 (37.67%).
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.
– Países que mais ouvem: Brasil, Irã, EUA, França e Portugal.
10. Mariana Mello Mariana gravou seu primeiro clipe musical (‘Universo em Crise’) grávida. ‘Poetisas no Topo’ é a campeã de streaming, seguida de ‘Quem Te Viu Passar’, ‘Recato’, ‘Da Onde Eu Vim’ e a própria ‘Universo em Crise’. Seu público majoritário (60.87%) é o de 18-25 anos.
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.
– Países que mais ouvem: Brasil, Irã, EUA, França e Portugal.
09. Bivolt Bárbara, mais conhecida como Bivolt, começou sua carreira em batalhas de MC na capital paulista. Desde então, visa mostrar que a mulher não se encaixa nos estereótipos criados pelos homens – principalmente no rap. Suas top músicas mais ouvidas são prova disso: ‘Poetisas no Topo’, ‘Eu Avisei’, ‘Vista Loka’, ‘Música Vai Transmitir’ e ‘Olha pra Mim’. O público que mais ouve (61.24%) tem entre 18 e 25 anos.
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.
– Países que mais ouvem: Brasil, Irã, EUA, Portugal e França.
08. Tássia Reis Tássia acaba de voltar de sua primeira turnê internacional e, recentemente, lançou o álbum Próspera, que traz discussões sobre o feminismo negro e entre menções a Beyoncé e Shonda Rhimes. Não à toa, ‘Vício, Shonda’ é a mais ouvida. Logo atrás vem ‘Sinfonia da Revolução’, ‘No Seu Radinho’ e ‘Ouça-Me R M X’. As pessoas que mais ouvem a rapper tem entre 18-25 anos (48.25%) e 26-35 anos (40.76%).
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.
– Países que mais ouvem: Brasil, França, Irã, EUA e Portugal.
07. Linn da Quebrada A atriz e cantora travesti é ativista sobre os direitos LGBTQIA+ e da população negra no Brasil. ‘Coytada’, ‘Necomancia’, ‘Bixa Preta’, ‘mEnorme’ e ‘Bomba pra Caralho’ são as músicas mais ouvidas, principalmente aqueles com idade entre 18 e 25, que constituem 60.24% de seu público na plataforma.
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.
– Países que mais ouvem: Brasil, França, Irã, Portugal e Alemanha.
06. Clara Lima A mineira faz parte do coletivo paulista CEIA ENT. Seus sucessos que tocam com mais frequência na plataforma nessa ordem são: ‘Poetas no Topo 3.1: Prólogo’, ‘Inimigos’, ‘Último Dia’, ‘Máximo do Máximo’ e ‘Filha do Sol’. A idade do pessoal que mais ouve seu som (61.66%) é de 18 a 25 anos.
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.
– Países que mais ouvem: Brasil, Portugal, Irã, EUA e França.
05. Drik Barbosa Uma das protagonistas do coletivo Laboratório Fantasma, Drik começou a compor música aos 14 anos. Hoje, está no ranking de mulheres brasileiras do rap mais ouvidas no mundo como top cinco. ‘Quem Tem Joga’, ‘Poetas no Topo 3.1: Prólogo’, ‘Língua dos Campeões’, ‘Poetisas no Topo’ e ‘Inconsequente’ são suas músicas mais ouvidas. Seu público majoritário tem entre 18 a 25 (55.44%) e 26 a 35 anos (33.89%).
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador
– Países que mais ouvem: Brasil, Portugal, Irã, França e EUA.
04. Flora Matos
A música “Pretin, desse jeito cê me deixa louca” fez com que Flora Matos estourasse em 2014 e, desde então, ela emplacou vários sucessos. ‘Paradoxo Mítico’, ‘Preta da Quebrada’, ‘Pretin’, ‘Como Faz’ e ‘Piloto’ são suas músicas mais ouvidas. As pessoas que mais ouvem têm entre 18 e 25 anos (57.42%) e 26 e 35 anos (33.9%).
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte Salvador.
– Países que mais ouvem: Brasil, França, Irã, EUA e Portugal.
03. Karol Conka
A Rapper mais famosa no Instagram (tem 1,4M de seguidores), se lançou pro espaço em 2014 com ‘Tombei’, que é a quinta música da cantora mais ouvida no mundo. ‘Nossa Que Isso’, ‘Saudade’, ‘Todos os Olhos em Nóiz’ e ‘Kaça’ são as músicas mais ouvidas e seus maiores fãs têm entre 18 a 25 anos (50.72%) e 26 a 35 anos (37.52%).
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.
– Países que mais ouvem: Brasil, França, Irã, EUA e Portugal.
02. Negra Li Negra Li já fez feat. com Chorão na saudosa ‘Não é Sério’, sua terceira música mais ouvida mundialmente na plataforma, sendo que a versão acústica ocupa a quinta posição. No primeiro e segundo lugares, respectivamente, estão ‘Favela Vive 3’ e ‘Poesia Acústica #7: Céu Azul’. Já a quarta faixa de maior audiência é ‘Uma Dança’. Seu público majoritário se divide nas idades de 18-25 anos (51.36%) e 26-35 anos (33.02%).
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.
– Países que mais ouvem: Brasil, EUA, Irã, França e Portugal.
1. Cynthia Luz
É artista Deezer Next, projeto da plataforma que busca destacar artistas em início de carreira. Após o lançamento do seu primeiro álbum “Do Caos ao Nirvana”, no final de 2017, Cynthia se mantém ativa e lança singles frequentemente. ‘Me Negaram Amor’, ‘Praia do Rosa (Acústico)’, ‘Ela Tá Que Tá’, ‘Eu Não Valho Nada (feat. Cynthia Luz)’ e ‘Olhares’ são as músicas mais ouvidas da mineira na plataforma. A maioria de seu público (60.53%) tem entre 18 e 25 anos.
– Cidades que mais ouvem: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador.
– Países que mais ouvem: Brasil, Irã, EUA, Portugal e França.
A cantora Ellen Oléria, que ganhou reconhecimento nacional após vencer a primeira temporada do reality show “The Voice Brasil”, nesta sexta-feira (9) sobe ao palco do SESC Belenzinho, às 21h30, na Comedoria da unidade, em um show onde interpreta clássicos da cantora Beyoncé.
Com 15 anos de carreira e uma voz potente, durante o show Ellen apresenta novas versões para músicas clássicas da Bey, como “Say My Name”, “Survivor”, “Who Run the World”, Crazy in Love” e “Love on Top”.
A artista é acompanhada do vocal de Luana Jones e de Helô Ramos, além da banda, formada por Kauan Barbosa (piano), Vinícius Sampaio (guitarra), Léo Carvalho (bateria), Lana Ferreira (baixo), Diogo Duarte (trompete) e Cássio Ferreira (saxofone).
Ellen acumula prêmios em festivais e cinco discos lançados, dentre eles, Peça (2009), Ellen Oléria (2013) e Afrofuturista (2016). Com sua última turnê, alcançou cidades de norte a sul do Brasil e também o público de Espanha, França, Angola, Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Japão e Taiwan. A versatilidade de Ellen estende-se também ao seu ativismo político: a artista faz parte do programa Estação Plural, talk show criado pela TV Brasil para tratar de pautas de comportamento e temas do universo LGBTQIA+.
Os ingressos custam R$ 20 (inteira), R$ 10 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante) e R$ 6 (credencial plena do Sesc – trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes. Ingressos disponíveis pelo portal Sesc SP (www.sescsp.org.br) e nas bilheterias das unidades do Sesc.
Temos uma enorme carência de canais para crianças a adolescentes negros dentro do Youtube, maior plataforma de vídeos do planeta. Considerando que as crianças de hoje passam mais tempo assistindo vídeos na Internet do que vendo TV, a representatividade faz falta.
Amanda é uma adolescente que estuda e já se define como influencer, usando seu canal no Youtube para falar sobre sua vida. Infelizmente o racismo não diz onde e quando vai aparecer e um dos comentários do vídeo da jovem foi cruelmente racista.
“As pessoas têm mais o que fazer do que ficar vendo de uma garota preta igual a você. Tenho nojo de pessoas como vc”. Esse é o trecho do comentário de Julia Dias atacando Amanda.
Por meio do Twitter o ato racista no canal de Amanda virou um assunto e foi compartilhado milhares de vezes até que chegou no perfil da cantora Iza, que não esconde sua paixão pelas pretinhas e as atende sempre com carinho. A nossa Nala, da versão brasileira de O Rei Leão, convocou seus seguidores para postarem mensagens de amor e carinho para Amanda.
Além do acolhimento, a iniciativa fez com que o canal de Amanda, que tem poucos vídeos ainda, passasse a casa dos 100 mil inscritos. A jovem estudante logo receberá em casa uma placa prata do Youtube que presenteia canais com mais de 100 mil pessoas inscritos.
https://www.youtube.com/watch?v=tAp_1_aAHig
A Internet tem gente muito cruel, mas tem muita gente semeando o amor.
A fundadora do Movimento Black Money (MBM), Nina Silva, escritora, mentora e gestora de negócios em tecnologia, participa da “StartBlackUp Pocket 01 – Conectando a Comunidade ao Mercado“, para conversar sobre transformação digital. O evento acontece no dia 24 de agosto, das 16h às 22h, no bairro de Pinheiros, em São Paulo.
O encontro será aberto por da Nina, que vai falar sobre investimentos e transformação digital sobre a perspectiva do Black Money. “Meu objetivo é provocar uma reflexão sobre o poder que temos em nossas mãos para inovação e desenvolvimento enquanto comunidade negra, usando as novas ferramentas digitais para empreender e criar conexões profissionais“, explica.
Em seguida Alan Soares, cofundador do Movimento Black Money, irá falar sobre a diferença entre poupar e investir, profissões no mercado financeiro e veículos de investimentos, entre outros assuntos.
O evento será realizado no Velho45, hamburgueria de empreendedores pretos, e contará com as seguintes atrações musicais: Dj Gugu Reis, Dj Alex Black, Thais Ferreira e Mark MP & Banda. Os ingressos têm valores a partir de R$40 e todos os participantes terão 15% de desconto no cardápio da casa.
Com 11 indicações ao Emmy, Olhos que condenam é um divisor de águas na história dos seriados de temática negra. Ele foi um dos programas mais assistidos da Netflix.
A série resultou em muitos desdobramentos na vida real depois de sua exibição como o pedido de demissão da ex-promotora do caso Linda Fairstein.
Porém um fato que ninguém sabia, aconteceu no passado e foi revelado pela diretora do seriado Ava Durvernay ao responder a um seguidor no Twitter que questionou sobre o destino Lisa , namorada de Korey Wise, um dos acusados injustamente pela morte e assassinato de Trisha Meili em 1989.
“Korey nunca se reconectou com sua namorada desde o momento de sua prisão. Infelizmente, ela faleceu antes de ser libertado da prisão 13 anos depois. Sempre que Korey menciona Lisa até hoje, ele sempre acrescenta ‘Descanse em paz’. Eu realmente espero que ela esteja”, disse Ava em sua conta do Twitter sem revelar a causa da morte.
Lisa foi interpretada pela atriz Storm Reid que também trabalhou com Ava no belíssimo filme Uma Dobra no Tempo. Jharrel Jerome que que faz Korey no seriado, está concorrendo ao Emmy de melhor atuação.
Desde que saiu da prisão Wise se tornou em um palestrante e ativista pela reforma do sistema criminal.
A série Game of Thrones chegou ao fim após quase 10 anos com bons números de audiência e sucesso entre os fãs. Porém, um dos principais destaques da produção foi a atriz Nathalie Emmanuel, que interpretou a personagem Missandei. Com 30 anos e um futuro promissor, ela já começou a ganhar espaço em outras grandes produções de Hollywood e deve aparecer em breve nos cinemas.
Emmanuel participou de 38 episódios na série e ganhou algum protagonismo apenas nas três últimas temporadas. Porém, sempre como uma fiel escudeira de Daenerys Targaryen, que era interpretada pela atriz Emilia Clarke. Missandei apareceu pela primeira vez na história em 2013, mais especificamente no primeiro episódio da terceira temporada. Antes disso, o universo de Game of Thrones ainda pecava pela falta de personagens negros na história.
Mesmo com o final trágico, o papel de Nathalie Emmanuel foi marcante na história de Westeros. Os momentos em que dividia cena com Peter Dinklage e Jacob Anderson eram sempre elogiados pelos fãs de GoT. A atriz aproveitou todo esse destaque e se despediu da série com diferentes projetos para o futuro. O objetivo dela é conseguir cada vez mais papéis importantes e protagonistas nas produções.
Nathalie Emmanuel já foi confirmada em dois grandes lançamentos no futuro, um no cinema e outro na TV. Ela vai participar da franquia Velozes e Furiosos, que já conseguiu arrecadar mais de US$ 5 bilhões no cinema e vai ganhar o 9º filme em 2020. Além disso, Emmanuel também vai dublar uma das personagens principais da animação The Dark Crystal: Age of Resistance, que deve estrear ainda este ano na Netflix e terá 10 episódios.
Fora do Spin-off
Apesar de todo o sucesso que teve como Missandei, a atriz dá a entender que a participação dela no universo de Game of Thrones já acabou. Por isso, ela dificilmente deve participar de algumas das futuras produções da HBO envolvendo Westeros. Desde o início do ano, o primeiro spin-off da série foi anunciado. Ele vai se passar antes da história principal, e deve ter um custo de US$ 15 milhões por episódio. Naomi Ackie já foi confirmada no elenco. Com lucros que ultrapassam os US$ 5 bilhões, segundo consulta da revista IstoÉ Dinheiro, Game of Thrones sonha em conquistar cada vez mais espaço fora da TV. A expansão deste universo criado por George R. R. Martin se mostra cada vez mais fácil, principalmente pelo tema. É possível utilizar os personagens e a história de GoT em, praticamente, qualquer situação ou cenário. O apelo emocional que a produção conseguiu é algo raro e que deve ser bem aproveitado. É por isso que o seriado ganhou HQs, livros, desenhos, jogos de carta e outros diferentes tipos de produtos. Até mesmo um Banco Imobiliário, com Winterfell e tudo mais, Game of Thrones possui. Um exemplo diferente do alcance de mercado é no portal da Betway de caça-níqueis online. Uma das máquinas virtuais é temática de Jon Snow, Daenerys Targaryen e outros importantes personagens da história. Ou seja, é todo tipo de entretenimento. Todas essas oportunidades são méritos da série, já que ela possui números de audiência que nenhum programa de TV conseguiu. O jornal O Globo mostrou em reportagem que a 8ª temporada de GoT teve uma média de 44 milhões de espectadores. O último episódio, por exemplo, foi acompanhando por quase 20 milhões de pessoas. Números que devem ficar marcados por algum tempo.
O seriado também foi histórico para a HBO, que viu até mesmo o premiado Família Soprano ficar para trás. Game of Thrones quase que dobrou os números de audiência e se transformou no maior sucesso do canal. Além disso, as 32 indicações ao Emmy 2019 foram um registro único para todo o mundo do entretenimento, segundo reportagem feita pela revista Veja. É uma série que vai ficar para sempre na história, e sorte de quem teve a oportunidade de acompanhar.
A atriz Nathalie Emmanuel soube aproveitar, assim como os produtores da HBO, o sucesso de audiência de Game of Thrones. Afinal, ela ganhou uma projeção que chama a atenção de grandes produções. O reconhecimento do excelente trabalho como Missandei será recompensado pelos próximos anos, enquanto ela busca cada vez mais oportunidades e personagens fortes nos filmes e séries de Hollywood.