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GOMA: EmpregueAfro e Facebook lançam programa para impulsionar carreiras de pessoas negras

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Foto: Nappy Co.

Programa com foco em empresas e profissionais ensina a implementar mentorias dentro das companhias

O Conselho de Clientes do Facebook e a EmpregueAfro vão oferecer um programa de mentoria profissional gratuito para pessoas negras. A ideia é aumentar a participação de pessoas negras nos cargos de decisão no mercado de trabalho brasileiro. O projeto recebeu o nome de Goma e será lançado de forma virtual nesta terça-feira (24).

O Goma é uma plataforma digital para apoiar as empresas a terem mais negros na liderança. O programa de mentoria tem o objetivo de fornecer as ferramentas necessárias para que empresas de todos os portes possam criar seus próprios programas, aumentando as ofertas de oportunidades iguais no Brasil.

Patrícia Santos, criadora do EmpregueAfro. Foto: Alex Silva.

“A EmpregueAfro é pioneira na consultoria para empresas que querem valorizar a diversidade étnico-racial, estamos no mercado há 16 anos. É a primeira vez que tantas empresas se unem de uma só vez para proporcionar algo não só para dentro das próprias empresas, como para o mercado em geral. A minha esperança é que a gente consiga impulsionar a próxima geração de executivos negros e negras. Espero que em dez anos a gente consiga chegar a pelo menos 20% do total”, afirma Patrícia Santos, fundadora e CEO da EmpregueAfro.

O Conselho de Clientes do Facebook, envolvido na iniciativa, é composto por empresas como Ambev, Coca-Cola, General Motors, Johnson & Johnson, Magazine Luiza, Natura, Nestlé, Netflix, PepsiCo, Unilever, Wieden + Kennedy, Wunderman e outras.

Saiba mais em: https://goma.splashthat.com/

DJ Rennan da Penha hiperssexualiza homem preto em música sobre relação interracial

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O DJ Rennan da Penha divulgou ontem uma música falando sobre o que seria o medo de mulheres brancas em transarem com homens pretos, em uma letra que mistura hiperssexualização do homem preto e o desejo de miscigenação racial. No vídeo, postado em seu Instagram, ele direciona  um “recado para as branquinhas”, que “não estão acostumadas a se envolverem com homens com descendência africana, angolana” e durante as batidas e versos iniciais da música ele completou: “Me desculpa, mano, é um bagulho mais pra frente”, concluiu enquanto tocava para centenas de pessoas aglomeradas e sem máscara.

Imagem: Felipe Braga Vasconcellos

Até janeiro deste ano, Rennan era noivo da empresária negra Lorena Vieira, que anunciou o fim do relacionamento em janeiro através de um stories nas redes sociais.”Você sempre acha que a pessoa vai mudar, até acontecer o pior”, disse na época.

Ainda na onda de enaltecimento a relações entre homens negros e mulheres brancas, um vídeo circulou no Twitter onde o DJ diz ser contra uma “rivalidade criada” entre pretos e brancos na internet. “Muitas pessoas que falam não praticam.Uma situação muito chata na internet onde as pessoas querem rivalizar umas às outras pela cor da pele. Entendeu? Criar uma rivalidade. Essas pessoas acabam fazendo a mente de várias e várias pessoas e isso já está chato. Está ridículo.Algo que não é bom pra mim, não é bom para você que está do outro lado, não é bom para ninguém. Se a gente quer igualdade, a gente não pode ficar lá criando rivalidade por causa da cor”, disse o produtor.

O perfil que divulgou o vídeo ironizou as falas, supondo que em breve Rennan da Penha assumirá um relacionamento interracial e estaria preparando terreno.

Iza e Ludmilla cantarão “Gueto” e “Rainha da Favela” em performance conjunta no Criança Esperança

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Foto: Instagram.

O Criança Esperança chega  em sua 36° edição com o tema educação e o  show desta segunda-feira (23) contará com feat entre Iza e Ludmilla performando “Gueto” e “Rainha da Favela”. O programa será exibido após a novela “Império”, com apresentação de Ivete Sangalo, Maju Coutinho, a própria  Iza e Luciano Huck.

Além das duas cantoras, estão entre as atrações musicais Emicida, Drik Barbosa, Majur, entre outros. O programa, como de praxe, exibirá vídeos com beneficiados do projeto. 

O encerramento do show ficará por conta da mãe do falecido ator Paulo Gustavo, Déa Lucia. Ela homenageará o filho e todas as vítimas da pandemia de Covid_19. Paulo Gustavo morreu em maio, aos 42 anos, após lutar por mais de 50 dias contra as complicações da doença. Déa vai se juntar a Iza e a Ivete Sangalo para um número musical, cantando “O Sol Nascerá”.

Como participar

Há 36 anos, o Criança Esperança cria oportunidades de desenvolvimento para crianças e jovens em todo o país. Você pode fazer doações pelo site www.criancaesperanca.com.br ou pelo PIX esperanca@unesco.org.

Os recursos arrecadados são depositados diretamente na conta da Unesco, que é responsável pela seleção de projetos, por meio de edital público, realizado anualmente, além de monitorar e fazer o acompanhamento técnico e financeiro das instituições apoiadas.

André Dias lança álbum visual “Das Mais Belas Tristezas às Mais Doces Levezas”

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Foto: Thiago Dias

O projeto possui quatro faixas, com doses de amor, desapego e protagonismo do homem negro.

Gravado em Salvador, o álbum visual “Das Mais Belas Tristezas às Mais Doces Levezas”, do cantor, compositor e guitarrista André Dias, será lançado nesta quinta-feira (26). Com destaque para quatro faixas, “Mar de Desejos”, “O Véu”, “Lembro” e “Eu Sou”, que trazem um contraponto ao retratar o protagonismo de um homem negro, preso a estereótipos racistas e machistas.

A direção, filmagem e finalização é de Glauco Neves, com produção executiva assinada por Heverton, still por Josué Dias e direção artística de Thiago Dias. A produção musical é de André T e traz as participações de Antenor Cardoso, Cadinho Almeida, Morotó Slim, entre outros artistas.

O ponto de partida para o conceito do projeto foi o próprio nome do disco: “Das Mais Belas Tristezas às Mais Doces Levezas”. Surgiu a ideia de contar a história de que, para se alcançar a beleza – o artista entende a beleza como calmaria e bons momentos –, é preciso trilhar um caminho que perpassa pela tristeza.

“Com a ajuda dos meus irmãos, Thiago e Josué Dias, buscamos referências para dar sustento ao argumento. Depois disso, ficou muito fácil escrever o roteiro. Em seguida, Glauco lapidou tudo com os conceitos e macetes que só um filmaker pode oferecer”, explica.

Realizar todo o trabalho durante a pandemia exigiu de André, acima de tudo, paciência. Ele e equipe enfrentaram um período de incertezas, devido às restrições de acesso e decreto aplicados pela Prefeitura. Uma das locações foi alterada de última hora por causa disso

O roteiro do álbum visual foi escrito pelo próprio André, que se viu em meio a um desafio ao tirar as ideias do papel e colocá-las em prática no meio de uma pandemia. Seguindo os protocolos de segurança e distanciamento, as gravações foram realizadas em quatro dias, entre a Praia da Penha, na Ribeira, as Dunas de Stella Maris, o Dique do Tororó e, por fim, o Teatro Sesi, no Rio Vermelho.

“É preciso dizer que senti na pele as decisões do roteirista. Duas locações apresentaram alguns desafios físicos para mim, na hora de rodar e as frases mais recorrentes na equipe eram: “Você que escreveu isso” ou “Tudo em nome da arte”. Da próxima vez, pensarei em um roteiro no qual eu não “sofra” tanto. rs Na praia, o grande desafio foi ter que entrar na água gelada às 5h da manhã e fazer inúmeros takes nadando, mergulhando. Passamos mais seis horas gravando”, diz o músico.

O diretor artístico e figurinista do projeto, Thiago Dias, conta que tudo ocorreu de forma bem orgânica, já que acompanha a trajetória de carreira de André desde o começo, até a confecção de seu primeiro projeto solo. Ele conseguiu traduzir visualmente a essência que permeia o álbum, através de objetos, cores, entre outros elementos.

“Um traço marcante do projeto são os seus figurinos, com seus formatos e cores que se destacam nos ambientes escolhidos. Cada um deles foi idealizado e projetado almejando a fluidez e movimentação das roupas, sendo eles idealizados por mim e confeccionados pela brilhante costureira Rita Ferreira”, comenta Thiago.

No futuro, o objetivo de André é expandir e consolidar sua veia de compositor. “Escrevo desde os 14 anos e tenho músicas de todo o tipo e ritmos. Então, espero que o desenrolar do meu trabalho seja cada vez mais plural musicalmente”, finaliza.

O Álbum Visual “Das Mais Belas Tristezas às Mais Doces Levezas” tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Serviço: Lançamento do álbum visual “Das Mais Belas Tristezas às Mais Doces Levezas”
Data: 26 de agosto de 2021
Onde: https://www.youtube.com/watch?v=wCeX2Bpgk-4

Ao lado de Jay-Z, Beyoncé posa com colar de R$ 161 milhões

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Foto: Mason Poole

Cantora é a primeira mulher negra a usar o Diamante Amarelo da Tiffany & Co.

Beyoncé e Jay-Z posaram juntos para uma sessão de fotos poderosa. No ensaio, Beyoncé exibiu o famoso Diamante Amarelo Tiffany & Co. de 128,54 quilates, marcando a primeira vez que ela foi apresentada em uma campanha e também vestida por uma mulher negra. O ensaio faz parte da nova campanha publicitária da joalheria, marcada para estrear no dia 15 de setembro.

Foto: Mason Poole.

A campanha será lançada em forma de curta-metragem e terá como trilha a canção “Moon River” na voz de Beyoncé. Na decoração do set, a joalheria ainda exibirá uma pintura nunca antes vista de Jean-Michel Basquiat, um dos artistas prefeitos de Jay-Z, em quem ele parece ter se inspirado para deixar os cabelos crescerem com free form locs, desde o início da pandemia.

Originalmente descoberto na África do Sul em 1877 e avaliado US $ 30 milhões, o colar geralmente fica guardado na loja principal da Tiffany em Manhattan, Nova York.

Confira trecho da campanha:

Mostra cultural, online e gratuita, promove 13 filmes sobre biografias de resistência negras

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Imagem: Divulgação

De 27 de agosto a 05 de setembro, o NICHO 54, instituto que trabalha pela promoção e valorização dos negros brasileiros no audiovisual, apresenta a mostra Insurreição!

A seleção traz ficções e documentários produzidos ao longo de seis décadas no Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Argélia, Cuba e Gana, divididos em três eixos temáticos ou campos de resistência à opressão: Não Me Curvarei!, Formas de Existir Negro e Nem Tudo Cabe na Representatividade.

Com produções de horror, comédia e obras experimentais que buscam a reflexão do público para temas como processos coloniais, resistência à escravização e formação da sociedade brasileira. Destaque para o curta-metragem “Entenda o processo colonial em 5 minutos”, de Ana Julia Travia, narrado pela atriz e poeta Roberta Estrela D’Alva. 

“Quando pensamos em resistência negra, qual forma ela toma? Com quais corpos a associamos? A nossa abordagem curatorial em “Insurreição!” convida o público a repensar pré-concepções e ir além da imagem do homem negro como símbolo único da militância. Priorizamos um entendimento amplo de luta negra, trazendo para destaque também os corpos dissidentes que constroem espaços divergentes da cisheteronormatividade”, afirma Heitor Augusto, programador-chefe do NICHO 54 e curador da mostra.

“Insurreição!” é a segunda mostra promovida pelo Eixo Curatorial do NICHO 54 neste ano. A primeira delas foi a “América Negra: Conversas Entre as Negritudes Latino-americanas”, que exibiu 35 filmes, produzidos em 10 países diferentes, entre os dias 04 e 13 de junho. 

Contando com grande audiência internacional, a mostra foi vista em mais de 20 países, entre eles Brasil, Estados Unidos, Colômbia, Equador e México.

A programação da mostra “Insurreição!” será exibida pela plataforma de streaming exclusiva SALA 54 (www.sala54.com.br), que abriga todas as mostras online de filmes do NICHO 54. Cada título ficará disponível para acesso por um período de 47 horas a partir da data de estreia no site, que será sempre às 19h.

Saudade do que não foi: Oito vezes em que o Chris perdeu a chance de ter uma namoradinha

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Quem acompanhou “Todo Mundo Odeia o Chris” sabe que uma das grandes frustrações de Chris (Tyler James Williams) é não ter sucesso com as garotas. Em alguns momentos ele chegou perto de conseguir a tão sonhada namorada mas metia os pés pelas mãos e estragava tudo. Em outros momentos o personagem foi ofuscado pelo charme de seu irmão, Drew (Tequan Richmond).

Nós listamos aqui algumas das vezes em que Chris chegou perto de se dar bem no amor, mas por um motivo ou outro acabaou se dando mal (as vezes escapando de uma enrascada).

Lisa:

Jazz Raycole como Lisa (Imagem: Reprodução)

Chris foi rejeitado na noite do baile por Keisha, então  Lisa  (Jazz Raycole) ficou com pena, dançando com o garoto enquanto ele imaginava uma perfomance ao som do clássico “Ebony Eyes” de Rick James e Smokey Robinson. Quem aí não se lembra da frase: “Até hoje eu adoro uma peninha?” Infelizmente nada mais aconteceu entre os dois e a personagem desaparece da série.

Susan

Imagem: Reprodução

Depois de descobrir que seu amor maior, Tasha, está participando do jogo da garrafa, Chris faz de tudo para participar e finalmente consegue, dando assim um beijo em uma das participantes. Susan elogia o beijo do Chris e isso causa ciúme em Tasha que quase se rende aos encantos do protagonista, mas além de não beijar a garota, tem que prometer segredo do beijo para Susan. Que fase!

Carrie

Imagem: Reprodução

Em um dos episódios mais hilários, Chris consegue um par para o baile, mas com uma garota branca. Apesar disso, a garota parece não se importar com a cor de Chris e demonstra ter verdadeiro interesse nele. Provavelmente ela namoraria o rapaz se não fosse o vacilo dele desistir de ir ao baile e deixá-la sozinha.

Ao fim da noite os dois ainda dançam, mas a menina com cara de psicopata já está bem chateada. Provavelmente a única mulher branca não racista da série. Cara, ela estava tão na sua.

Keisha

Imagem: Reprodução

Keisha não parece ter coração. Em diversos episódios a mocinha quebra o coração de Chris com certa crueldade, incluindo o dia em que beija Drew. No mesmo episódio o pai dos garotos, Julius tenta fugir da atração que sente por Sheila, mãe de Keisha.De todas as garotas por quem Chris se apaixonou, essa é de longe a mais maldosa e sem coração. Foi um livramento para o garoto. Posteriormente a família de Keisha e Sheila se mudam para um bairro supostamente menos violento (Compton). A vingança.

Tangee

Imagem; Reprodução

Chris presenciou uma briga de um casal dentro do ônibus e quis confortar  a menina, chegando até a confrontar o namorado truculento. Chamada Tangee Brown (Raven Goodwin) os dois passaram a ter um namorico e ele até ganha um beijo na bochecha, mas Tangee tinha mais o perfil que espancaria nosso herói e diante das constantes cobranças os dois se separam e ela volta para o antigo namorado.

Garibalda (Kelly)

Lembra dela? Veja como está Garibalda de 'Todo Mundo Odeia o Chris'
Imagem: Reprodução

Apelidada maldosamente de Garibalda pelos colegas de escola, Kelly era apaixonada por Chris, mas ele sentia vergonha dela apesar de também retribuir o carinho. O jovem sempre arrumava desculpas para ficar com Garibalda de forma oculta. Quando descobre que está sendo escondida, Kelly fica muito magoada, mas dá a volta por cima e aparece com aparência de uma modelo de elite e dá o fora no rapaz em “quinze línguas diferentes”. Kelly era inteligente e tinha gostos parecidos com os de Chris. Se não fosse a imaturidade da adolescência de agir baseado em aparências  ele poderia ter se dado bem.

Denise

Imagem: Reprodução

Paquera armada pela senhorita Morello, a estudante Denise Huckstable foi a escolhida para Chris levar ao baile da escola. Apesar do encontro armado, ela acaba gostando de verdade e vai conhecer a família de Denise que se mostram no mínimo excêntricos. A cena com as risadas ensaiadas como numa sitcom são impagáveis. Desse amor não restou nem o suéter feio e nem o sorvete de batata doce.

Tasha

Lembra da Tasha? Veja por onde andam todas as namoradinhas de Chris ·  Notícias da TV
Saudade do que não foi (Imagem: Reprodução)

De longe o maior amor do Chris. Em diversas vezes ela já deu um mole, mas o jovem é um tanto distraído e com zero talento para entender os sinais femininos. Os dois já ficaram sozinhos em alguns momentos e a garota já demonstrou ter ciúme de Chris, mas ela já deu para trás em algumas investidas, de modo que não dá para culpar o zero a zero somente pela falta de tato do garoto. Mas o que atrapalhou mesmo foi a inocência excessiva de Chris.

Em um dos episódios, Chris banca o malvadão para conquistar Tasha (Paige Hurd). Dá certo até certo ponto. Ele passa dos limites num jantar e faz Rochelle passar vergonha ao destratar os funcionários do lugar. Em vez de um beijo ele ganha um salto alto da mãe enfiado você sabe onde.

Atualmente o programa tem todas as suas temporadas disponibilizadas pelo Amazon Prime Video.

Roger Cipó vai comandar programa sobre cultura e cotidiano da população negra no Brasil

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O apresentador, escritor e influenciador digital Roger Cipó vai comandar a apresentação do próximo programa “Preto à Porter“, criado e dirigido por Rodrigo Pitta, que será exibido no canal do Youtube do Uol. A atração está prevista  para estrear nesta terça-feira (24). O paulistano, de 30 anos, integra o time de apresentadores que vão trazer para o centro da conversa, assuntos relacionados à arte, cultura e ao cotidiano da população negra no Brasil.  “O programa coloca, no centro das narrativas, questões do universo negro por meio da música, entretenimento, família, herança, trabalho, ancestralidade, economia, cultura, entre outras temáticas”, ressaltou Cipó, que foi convidado no fim do ano passado pela direção do programa.

Imagem: Instagram/Roger Cipó

Ao lado de Hélio de La Peña, Caroline Sodré e Loo Nascimento, o apresentador pretende com o programa alcançar novos lugares na comunicação. “É fundamental naturalizar as nossas presenças nas plataformas de streaming e na comunicação em geral. Estar na apresentação do ‘Preto à Porter’ me traz a possibilidade de trocar e dialogar, a partir de nossos lugares para o mundo, fazendo com que as pessoas se vejam no nosso sofá, como diz o trecho ‘Eu me vejo sempre em você’, da música de abertura do programa, composta pelo grupo musical ‘Os Gilsons’, formado por filhos e netos do cantor e compositor Gilberto Gil, que é um dos convidados”, pontua. 

Por meio de suas redes sociais, o influenciador  pauta assuntos sobre as experiências de pessoas negras, mobilizando ações de fortalecimentos e compartilhando, dicas de cuidado, beleza e moda. No ano passado, Cipó foi considerado pela revista internacional ‘Wired’ como uma das 50 pessoas que transformaram a criatividade no Brasil. 

Sobre o que esperar de si mesmo neste projeto, Roger Cipó declara. “É uma possibilidade de conhecer um comunicador para além das redes sociais, que também fala sobre anseios e pautas importantes do nosso cotidiano. Pretendo marcar mesmo esse lugar do entretenimento e de uma série documental, falando da importância e naturalização da estética, beleza e visibilidade negra, mudando esse cenário para que outros jovens negros, também sonhem com a comunicação. Em busca de novos sonhos de pessoas negras a serem realizados”, revela. 

Sobre a importância de ocupar espaços na área de comunicação, Cipó diz: “A gente precisa obviamente de mais apresentadores, diretores, roteiristas e comunicadores negros em todos os lugares. Estou aqui, hoje, como mais um pertencente a um movimento que luta para reelaborar, readequar e organizar essa sociedade, redistribuindo os papéis e lugares que são importantes. Eu já me movimento dessa forma na internet há anos e, assim, seguirá sendo, só que agora, por uma outra escala”, conclui.

O “Preto à Porter” estreia no dia 23/08.

“Vozes Negras”: TAG lança box com sete livros de autores negros

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Foto: Divulgação.

Projeto é composto de box com livros de autores diversos e plataforma digital com conteúdos que promovem experiência imersiva

A TAG – Experiências Literárias está lançando um novo produto literário focado na produção de autores negros. O Vozes Negras, um box com sete livros em edição exclusiva, revista e plataforma multimídia online que se complementam e ampliam as abordagens das obras.

Produzidos em diferentes épocas, de temáticas e nacionalidades diversas, os sete títulos são: “Úrsula”, de Maria Firmina dos Reis; “Amada”, de Toni Morrison; “Clara dos Anjos”, de Lima Barreto; “A autobiografia de minha mãe”, de Jamaica Kincaid; “No seu pescoço”, de Chimamanda Ngozi Adichie; “Dentes brancos”, de Zadie Smith e “O avesso da pele”, de Jeferson Tenório. Já o conteúdo online apresenta playlists de leitura, textos complementares e debates com grandes nomes dos cenários nacional e internacional, como Criolo, Conceição Evaristo e Grada Kilomba

No TAG Trilhas Vozes Negras, as obras são apresentadas em ordem cronológica a partir do contexto histórico dos seus enredos, e estão conectadas a macroabordagens. Para isso, um gráfico ilustrado que lembra o mapa de uma rede de metrô acompanha o material, ‘conduzindo’ o leitor através de uma sugestão de ordem de leitura das obras associada ao conteúdo online da plataforma, onde é aprofundada a interseccionalidade dos títulos.

As tramas, mesmo distantes no tempo e na geografia, são perpassadas por temáticas comuns, como as de gênero, feminismo e raça presentes em “Amada”, cuja história se passa em 1863, e “No seu pescoço”, que acontece nos anos 2000; ou por questões de masculinidade e negritude presentes em “Dentes brancos”, da britânica Zadie Smith e “O avesso da pele”, do brasileiro Jeferson Tenório.

Os títulos foram escolhidos por um comitê de curadoria composto por Fernando Baldraia, editor de diversidade da Companhia das Letras, editora a cujo catálogo pertencem as obras, e Fernanda Bastos e Luiz Mauricio Azevedo, idealizadores da editora independente Figura de Linguagem e colaboradores da TAG, e que estão envolvidos com a TAG Trilhas Vozes Negras desde suas etapas iniciais. Longe de esgotar o universo de autoria negra na literatura, e tampouco de esgotar o tema da vivência negra, a seleção das obras se propõe a ressaltar a criatividade negra na escrita, celebrando a pluralidade das diversas vozes negras que escreveram — e escrevem — ao longo dos tempos, além de deslocar os olhares do leitor para o entendimento do passado, analisar o contemporâneo e a projetar um futuro que é diverso, empático e com equidade.

“Quando a TAG me convidou para idealizar essa coleção eu pensei que seria uma grande oportunidade de desmistificar e retirar o véu de preconceito sobre o conceito de literatura negra. Porque as pessoas acham natural você ter curiosidade de conhecer a literatura francesa ou alemã, mas criam uma barreira sobre o resultado da transformação da experiência da diáspora negra, que é tão valiosa para a arte em tantas linguagens e claro a literatura incluída. Muitas autoras e autores poderiam ser mencionados nessa coleção, mas, para além do fato de que as obras escolhidas têm muita qualidade, elas possibilitam que o público se engaje com a iniciativa ininterrupta de ler mais autores negros, enriquecendo sua própria cultura literária”, afirma Fernanda Bastos.

As obras escolhidas para o projeto não são ao acaso, unidas apenas pela autoria negra, mas foram selecionadas para compor um mosaico diverso e amplo da produção literária de autores negros e trazer diferentes épocas, temáticas e nacionalidades concatenadas para formar uma verdadeira imersão na vivência negra através da literatura. “Estética e raça são dois conceitos que venho estudando e relacionando sem qualquer receio, porque são essenciais para a teoria literária que pratico. A matéria-prima da literatura é a vivência social, que é condicionada pelas materialidades que nos constroem. A pauta do racismo tem ajudado a potencializar diversas vozes negras, dando-lhes o status que merecem ou ao menos lhes tirando da total invisibilidade. A TAG, com essa coleção, dá uma amostra de como o mercado editorial pode contribuir para essa luta”, completa Luiz Mauricio Azevedo.

Além da experiência multimídia e da coleção contendo os sete livros, a TAG Trilhas Vozes Negras é acompanhado de uma revista exclusiva com detalhes sobre o contexto histórico das obras e dados sobre cada autor, além de mimos como ecobag e caneca temática. Interessados também poderão adquirir somente o acesso à plataforma online. A TAG Trilhas está em pré-venda no site da TAG, no link: http://taglivros.com/trilhas/vozesnegras, com entrega prevista para outubro.

O projeto também irá distribuir assentos sociais à plataforma virtual mediante autodeclaração em formulário, e fazer a doação de edições do box para coleções de bibliotecas e instituições públicas e comunitárias do Brasil.

Por que celebrar o Dia do Folclore?

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Imagem: Reprodução/Google fotos

Nesse domingo (22) Dia do Folclore brasileiro. A data não é considerada um feriado nacional, mas seu significado nos alerta sobre a importância da valorização e da preservação de manifestações folclóricas do país, como Saci pererê, mula sem cabeça, Curupira e boto cor de rosa, lendas seculares e passadas de geração em geração.

Para o professor de Cultura Brasileira e Jornalismo Cultural, Fernando Pereira, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a importância de celebrar a data se dá pela representatividade do folclore na cultura popular, tendo em vista que toda sociedade tem sua cultura, suas tradições, crenças e costumes. “O folclore é o saber popular que se valoriza e que se perpetua ao longo das gerações. Toda sociedade humana tem sua própria forma, seus propósitos, seus próprios significados. Quem se interessa por isso com certeza sai enriquecido por inúmeros elementos que deram origem ao modo de pensar, agir e sentir do povo de quem descende. A expressão disso tudo se dá nas instituições, nas artes e no conhecimento”, diz Pereira.

Segundo o professor, os mitos folclóricos devem ser abordados no dia a dia da sala de aula no ensino infantil, pois repassar os contos é uma forma de respeitar a história vivida e contada em diversas épocas. “Isso vai permitir à criança um equilíbrio no aprendizado, um equilíbrio entre o velho e o novo, entre o real e o imaginário, entre o que é tradição e o que é produto comercial e principalmente, demonstrar que é possível fazer do passado um referencial de vida”, explica Pereira

O jornalista acredita ainda que algumas escolas não abordam o folclore com a devida importância. “Infelizmente notamos que muitas escolas e professores ignoram o significado do folclore na criação da identidade cultural do país e com isso o tema acaba sendo abordado de maneira superficial. Há que se abordar cada tema com sensibilidade suficiente para estimular a inteligência, a curiosidade e as emoções”, ressalta.

Fernando Pereira analisa que um dos aspectos da cultura, sendo a dimensão criativa, caso não seja estimulada, tende a ser esquecida. “Se termos como folclore e cultura popular forem descartados, as peculiaridades de uma miríade de mitos e crenças, artes, folguedos, festas e práticas cotidianas acabarão sendo deixadas de lado. Meu bordão em sala de aula é: Não se pode construir um futuro sem ter tido um passado. Povo sem história é povo sem futuro”.

Dada a relevância histórica da data, apesar das histórias seculares, muitas pessoas acreditam nas lendas de seres folclóricos por se tratar de narrativas utilizadas pelos povos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza que não eram compreendidos por eles. “Muitas pessoas acreditam em mitos e lendas porque buscam explicações para o que não entendem. Sendo assim, mitos e lendas se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Também temos o imaginário popular juntando todos estes componentes a fatos reais, características humanas e de pessoas que realmente existiram”, explica.

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