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AFROPUNK Bahia anuncia programação completa da sua primeira edição

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Foto: Jef Delgado/Divulgação.

Evento faz de sua estreia no Brasil um aquilombamento histórico, com shows de Mano Brown a Margareth Menezes

Direto de Salvador, o AFROPUNK Bahia faz a sua estreia fomentando uma celebração à negritude com nomes consagrados da música nacional unidos a expoentes da nova geração. “Exaltar o encontro e toda a diversidade de ritmos, vivências e saberes, em uma experiência única para quem se permitir sentir o elo  sensorial da Cultura Afro Contemporânea” é o que guia a direção musical do evento, assinada por Ênio Nogueira.

A partir disso, alguns caminhos são propositalmente cruzados, o rapper Mano Brown divide o palco com  Duquesa, aposta do R&B; Tássia Reis se une ao Ilê Aiyê; enquanto a baiana Luedji Luna se apresenta com o Duo Yoún; a carioca Malia  soma ao lado da Margareth Menezes; e, por fim, Urias com  Vírus.

No dia 27 de novembro (sábado), a primeira edição do festival internacional no Brasil ecoa a potência musical, política e poética da negritude brasileira no Centro de Convenções Salvador, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube (acesse aqui) e também no site do AFROPUNK (acesse aqui). Vale lembrar que, neste ano, a participação presencial será feita de forma reduzida e limitada. A plateia dará ainda mais energia à transmissão do evento. Assim, o AFROPUNK Bahia marca um momento de transição para que, em 2022, o evento chegue ao seu formato com 100% de conteúdos presenciais. Para 2021, a parcela de ingressos disponibilizados terão a sua renda totalmente revertida para o projeto cultural Quabales. Acesse o link de vendas aqui.

“Estamos propondo uma linha que contemple a continuidade e coexistência dos tempos, legados e construções no Brasil a partir da exaltação da cultura brasileira e elevando o debate para o legado da comunidade negra”, sintetiza Monique Lemos, pesquisadora e curadora de conteúdo, sobre o fio condutor pensado para a edição de estreia, que apresenta o AFROPUNK BAHIA para o mundo. 

O princípio do encontro rege também a direção criativa do festival, que é pensada por Bruno Zambelli e Gil Alves: “Nos inspiramos nessa nova geração de artistas multi-talentosos, que – a cada dia – vêm ocupando as plataformas, abrindo espaço e potencializando a voz de autênticas manifestações, junto à fé ancestral existente na Bahia, terra onde nasceu o Brasil e reúne um legado de preservação cultural, história de luta e resistência”, resume Gil. Para a programação, o AFROPUNK BAHIA ainda prepara performances de Jadsa e Giovani Cidreira, além de Deekapz (que convida Melly e Cronista do Morro) e Batekoo (que recebe Deize Tigrona, Tícia e Afrobapho).

Pedindo agô e bênção, a chegada desse movimento global de pertencimento e afeto é feita na base da calma e do respeito. A partir da coletividade, o evento é construído para possibilitar novos futuros: “Por muitos anos, e até hoje, somos cotas em festivais, editais e universidades, o AFROPUNK vem como um convite e lembrete de que podemos construir nossos espaços e celebrar nossas existências ao assumir a potência de nossa imaginação”, enfatiza Monique Lemos, que é também antropóloga. Ela mira as inspirações para o evento no próprio povo brasileiro, nas rodas de samba, capoeira, jongo e nos rituais indígenas. 

No dia 27 de novembro, o AFROPUNK Bahia terá transmissão ao vivo pelo canal do YouTube (acesse aqui) e também no site do AFROPUNK. Para celebrar esse movimento Brasil afora, bares de várias capitais passarão o festival em sua programação.  – a curadoria de locais foi feita pelo Guia Negro (confira a lista aqui). No Centro de Convenções Salvador, a plateia será formada por pessoas que precisam marcar presença na histórica primeira edição do AFROPUNK Bahia. À frente da ação de relações públicas do evento, a jornalista Val Benvindo conduzirá essa seleção. “Eu enxergo muito o movimento que o AFROPUNK faz para o mundo e como é essencial a conexão entre as pessoas que fazem a cena cultural da Bahia ser o que ela é”, Val afirma. “Nós queremos aproximar as potencialidades pretas, a gente quer trazer o mesmo público do festival mundial, mas na realidade das comunidades de Salvador”, ela completa.

A seleção de Val será complementada por pessoas que comprarem ingressos da parcela disponibilizada pelo festival, sendo que o lucro das vendas será integralmente destinado para o Quabales, um projeto socioeducativo cultural do Nordeste de Amaralina, idealizado pelo multi-instrumentista, compositor, produtor e performer Marivaldo dos Santos. O músico faz parte de um dos grupos percussivos mais importantes do mundo, o STOMP. “Quando você está ligado à uma marca como o AFROPUNK Bahia, isso fortalece o nosso nome, além de dar visibilidade e investimento para gente. O Quabales atinge 400 pessoas do Nordeste de Amaralina, então essa atenção do festival reflete na vida de toda essa comunidade”, avalia Marivaldo dos Santos.

A ocasião será dedicada ao maestro Letieres Leite, que fez a sua passagem em outubro de 2021, deixando um legado que se confunde com a história da música brasileira. À frente da Orkestra Rumpilezz e também nos bastidores, o mestre dos sopros e da percussão deixou melodias e arranjos que tocam diretamente na alma, o que faz dele um afropunk do nosso país – Letieres sempre ressoará em nosso meio.

PROGRAMAÇÃO:
Apresentação: Larissa Luz

Shows ao vivo:
Mano Brown & Duquesa
Tássia Reis & Ilê Aiyê
Luedji Luna & Yoún
Malia & Margareth Menezes
Urias & Vírus
Deekapz convida Melly e Cronista do Morro
Batekoo convida Deize Tigrona , Tícia e Afrobapho

Serviço:
Data: 27 de novembro de 2021 (sábado)
Horário: A partir das 17h30
Transmissão: YouTube (link aqui) e site (link aqui) do AFROPUNK.
Ingressos aqui

Vereadora Paolla Miguel (PT) é alvo de xingamentos racistas na Câmara Municipal de Campinas

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Foto: Câmara de Campinas.

De acordo com parlamentares, manifestantes antivacina chamaram a parlamentar de “preta lixo”.

A vereadora Paolla Miguel (PT) foi alvo de xingamentos racistas enquanto discursava na sessão plenária da Câmara Municipal de Campinas na noite desta segunda-feira (8). A parlamentar foi ofendida enquanto falava sobre um projeto que trata do Conselho de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra e um Fundo Municipal de Valorização da Comunidade Negra. Os colegas vereadores denunciaram o crime ao presidente da Casa, Zé Carlos (PSB).

“Alguém na plateia disse uma besteira e a gente está gravando a sessão. Quem falou, vai pagar. Três vereadores já me procuraram para falar do racismo”, afirmou ele, após pedir o tempo a Paolla.

Em seguida, a deputada prosseguiu:”É mais do que necessário que a gente tenha uma cidade antirracista, que combata, inclusive, as expressões que estão sendo citadas no plenário, porque as pessoas acham que isso não é racismo. Campinas foi uma das últimas a abolir a escravatura”, lembrou.

Um grupo de manifestantes com bandeiras do Brasil e de Israel e roupas verdes e amarelas estava no plenário desde o início da sessão para apoiar uma proposta feita pelo vereador Nelson Hossri que pede a proibição da exigência do comprovante de vacinação na cidade. 

Nas redes sociais, o mandato da vereadora informou que vai tomar as medidas cabíveis sobre o caso. “Agradecemos a solidariedade dos e das vereadores e vereadoras que prontamente denunciaram o crime racial e o Presidente da Câmara Vereador Zé Carlos que solicitou a identificação dos criminosos. Faremos também o Boletim de Ocorrência para que seja tomada as devidas medidas”, diz a postagem.

Zezé Motta estrela novo documentário ‘Vozes’, que mostra um resgate histórico da mulher na TV

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Atuando com assiduidade na televisão, no cinema e nos shows, uma das mais importante atrizes do país, Zezé Motta durante seus mais de 50 anos de carreira, rompe barreiras e coloca no centro da cena artística nacional as múltiplas dimensões do protagonismo feminino e negro em tela. 

O seu imenso talento e carreira inspiram atuais e futuras gerações de mulheres que lutam por expressão, espaço e oportunidade. Justamente por isso, a artista é a estrela do documentário ‘Vozes’, uma produção do canal E! da NBCUniversal, que estreia neste novembro, o Mês da Consciência Negra. O documentário é um resgate histórico sobre o espaço que a mulher ocupou ao longo dos anos nas telas (tv e cinema sobretudo).

O filme-experimento parte da ideia de questionar esses estereótipos ao fotografar mulheres em posições e situações que raramente vemos na mídia: uma negra como CEO de uma empresa; uma loira boxeadora; uma mulher de mais de 60 anos com lingerie sexy; uma princesa oriental de cabelos ondulados; uma transexual astronauta; uma miss gorda e uma jovem negra como presidente do Brasil.

Participam ainda do filme-experimento Luana Tanaka (atriz), Mafoane Odara (psicóloga e executiva de RH), Natallia Rodrigues (atriz, publicitária e psicóloga), e Neon Cunha (publicitária e ativista). Toda a conversa é permeada por depoimentos de personalidades como a drag queen, professora e  apresentadora Rita Von Hunty, a atriz Maria Bopp, a apresentadora e cineasta Marina Person, a modelo Miranda Luz e a cantora e compositora Elza Soares. VOZES DO E! estreia terça-feira, 16 de novembro, às 22h, no E! Entertainment.

“Eu estou nessa luta há mais de 50 anos e toda vez que meu telefone toca e me convidam para participar de algum evento para falar de racismo, eu penso: Meu Deus! Até quando ainda teremos que nos reunir para discutirmos sobre isso? Desde que entrei para o movimento negro, lá pelo final dos anos 70, diziam que não existia racismo no Brasil e que estávamos importando um problema que era dos EUA, lutei e dei muita cotovelada pra mostrar que o racismo existia por aqui. Hoje, a minha luta é antirracista, continuo lutando e denunciando, mas na Consciência Negra, uma data necessária para essa reflexão, foco nas conquistas e não apenas em falar de cicatrizes.” Afirma Zezé Motta.

Mc Soffia será premiada com o ‘Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo’

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Foto: Reprodução.

Artista celebra 10 anos de carreira e ganha reconhecimento pela relevância de seu trabalho artístico e social.

A deputada estadual por São Paulo, Erica Malunguinho vai conceder o ‘Colar de Honra ao Mérito Lesgislativo do Estado de São Paulo’ para a rapper MC Soffia. O prêmio é conferido a pessoas ou instituições que tenham atuado de maneira a contribuir para o seu desenvolvimento social, cultural e econômico. A sessão solene ocorrerá no próximo dia 12/11, às 10h, no auditório Juscelino Kubitschek.

Para além da criação de projetos de lei, da fiscalização do Executivo e da destinação de verbas por meio de emendas parlamentares para comunidades LGBTQIA+, de matriz africana e quilombolas, Malunguinho busca incentivar que jovens estejam em movimento para dar segmento à luta em benefício desses grupos.

A jovem Soffia, que este ano celebra 10 anos de carreira artística, chegou ao estrelato aos 7 com o hit ‘Menina Pretinha’. Assim como em seu sucesso de estreia, sua obra retoma temas que remetem às grandes distorções sociais do país e do mundo, sobretudo racismo, machismo e desigualdade social. Desta forma, a artista ganhou o mundo, sendo reconhecida, inclusive, com tributo pela World Woman Foundation como exemplo de mulher forte e inspiradora por sua história e sua luta pelo empoderamento feminino.

Envolvida com causas sociais desde pequena, MC Soffia já participou de conferência da ONU e mantém uma sessão chamada “Ocupa Preteenha” em suas redes sociais, onde, aos domingos, ela publica material sobre jovens artistas negras. Seu perfil está alinhado ao pensamento de Erica Malunguinho para aproximação de jovens com à política, principalmente à sua prática em favor das comunidades vulneráveis, o que justifica sua indicação à honraria pelo parlamento.

Homem ferido em show de Travis Scott processa o rapper e organização do evento

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Foto: Getty Images.

Tumulto durante apresentação do artista no Festival Astroworld deixou 8 mortos e 300 feridos.

Uma das pessoas que se feriu durante show do rapper Travis Scott na última sexta-feira (5), entrou com um processo contra o cantor e a organização do evento. Manuel Souza pede US$ 1 milhão (R$ 5,54 milhões, na cotação atual). Ele afirma que sofreu ferimentos graves ao ser jogado pela multidão no chão e ter sido pisoteado. As informações são do G1.

Oito pessoas com idades entre 14 e 27 anos morreram na abertura do Festival Astroworld em Houston, no Texas. O evento reuniu aproximadamente 50 mil pessoas e houve vários momentos de confusão, especialmente quando muitas pessoas tentaram subir ao palco durante a apresentação de Travis.

“A multidão ficou cada vez mais apertada e, naquele ponto, era difícil respirar. Quando Travis apareceu cantando sua primeira música, eu testemunhei pessoas desmaiando ao meu lado”, disse TK Tellez, que estava no show, à CNN.

Outra participante do show, Selena Beltran, descreveu os momentos de terror que viveu. “Eu caí para trás e parecia que era o meu fim. Pensar que é assim que vou morrer, fiquei com tanto medo”, disse ela à CNN. “Eu não sabia o que fazer. Tudo estava acontecendo tão rápido, mas tão lento e eu não pude reagir. Eu só gritei.”

Travis Scott chegou a parar a música algumas vezes e pediu para seguranças ajudarem algumas pessoas, mas o show, que teve mais de 70 minutos, continuou até o final. O cantor usou as redes sociais para se manifestar sobre o ocorrido e disse que está “comprometido em trabalhar juntamente com a comunidade de Houston para dar suporte às famílias que precisem”. Scott também agradeceu aos bombeiros e à polícia de Houston pelo socorro imediato.

TikTok e Youpix criam programa de educação para capacitar criadores negros na plataforma

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Tiktokers negros em capacitação com a plataforma no Mês da História Negra em 2020, nos EUA. Foto: Reprodução.

Iniciativa vai contribuir para descoberta e desenvolvimento dos usuários. Inscrições vão até dia 10/11.

Com o objetivo de desenvolver competências, oportunidades e aumentar a representatividade de criadores negros dentro da plataforma, o TikTok convidou a YOUPIX, por meio do YOUPIX Educa, para desenvolver uma iniciativa de educação que contribua para a descoberta, capacitação e crescimento de criadores negros.

Usando toda a expertise da consultoria de comunicação YOUPIX, em mais de 15 anos atuando na profissionalização e capacitação de criadores, o programa de capacitação online atenderá criadores negros de diferentes realidades e conhecimentos sobre o cenário digital. As inscrições podem ser feitas através do link que será disponibilizado dentro do TikTok até o dia 10. O programa será realizado de novembro a janeiro, e dividido em três fases.

Na primeira fase do programa, Foundation, serão 12 horas distribuídas em quatro dias de aulas e workshops, com até 400 criadores selecionados a partir do processo de inscrição. Ao longo do curso, com foco no ensino das melhores práticas sobre planejamento de conteúdo e na preparação para o desenvolvimento de um negócio sustentável a partir de suas criações, os participantes serão estimulados a preencher o ‘Profile Kit, que, ao final da primeira fase, servirá como um media kit para ser apresentado para marcas e futuros parceiros.

A partir da 2a fase, Engagement, os 50 criadores de conteúdo que mais se destacarem participarão de uma experiência mais aprofundada com mentorias em grupo, onde serão aconselhados por executivos com experiência no mercado sobre conteúdo e estratégia de negócios. Eles ainda terão a oportunidade de participar de reuniões coletivas com as marcas parceiras do projeto, no ‘Speed Dating’. Com o ‘Profile Kit’ em mãos, poderão se apresentar, fazer network e gerar oportunidades reais de negócios. Já na terceira e última fase do projeto, Partner, a partir dos resultados da fase anterior, dez criadores participarão de um aulão de aprofundamento sobre negócios e relações com as marcas e, por fim, colocarão seus aprendizados em prática no ‘Brand Challenge’, o workshop de co-criação com o TikTok. Encerrando o ciclo, o time estará capacitado para crescer no ambiente digital e continuar seu desenvolvimento com o time de parcerias do aplicativo.

O projeto faz parte das iniciativas do TikTok para promover a equidade e também integra o conjunto de ações da plataforma para o Mês da Consciência Negra . “A capacitação de pessoas negras é uma agenda urgente para a nossa sociedade e, pensando nisso, convidamos a YOUPIX, que dirige o único programa de aceleração de criadores da América Latina, para nos ajudar a construir esse projeto, que será um conjunto de ações e formações ativas capazes de mudar o rumo da história dos participantes. Estamos orgulhosos do projeto que construímos e esperamos ampliar ainda mais o ecossistema diverso e educativo da plataforma, democratizando o aprendizado na comunidade digital, apoiando os nossos usuários e fornecendo acesso a conteúdo de alta qualidade, com alcance de milhões de outros usuários ávidos em aprender”, afirma Kim Farrell, diretora de marketing do TikTok para a América Latina.

“Adoramos receber esse convite do TikTok e temos certeza que essa iniciativa será um sucesso! Do nosso lado dos creators, sempre procuramos promover programas de aceleração e bolsas para diversidade. Além disso, também desenvolvemos diversas pesquisas, entre elas a “Black Influence: um retrato dos creators pretos do Brasil”, da qual mostrou que influencers brancos recebem 12% mais que os pretes, já a “Creators e Negócios 2021″, revelou que influencers brancos fecham 30% mais contratos do que os não brancos. São esses dados impactantes, de maneira negativa, é claro, que dão o gatilho para provocarmos e sempre puxarmos discussões sobre o tema! Portanto, essa parceria com o TikTok é super bem vinda para nos ajudar a reforçar o nosso posicionamento e tentar mudar esse cenário”, conta Bia Granja, maior especialista em influência digital do país e Co-fundadora da YOUPIX

Woman King: Longa de Viola Davis como guerreira africana chega aos cinemas em 2022

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Foto: Reprodução Instagram

Uma história épica, africana e inspirada em fatos reais. The ‘Woman King’ é um filme sobre batalhas e conquistas onde Viola Davis da vida a Nanisca, uma comandante do exército do Reino de Daomé, um dos locais mais poderosos da África nos séculos XVII e XIX.

Dirigido por Gina Prince-Bythewood o filme teve a estreia confirmada para o dia 16 setembro de 2022.

Nanisca lidera uma unidade onde todas as guerreiras são mulheres e juntamente com um recruta ( Thuso Mbedu) ela iria lutar contra os inimigos que feriram sua hora e também escravizaram o seu povo. É a primeira vez que uma unidade militar feminina ganha destaque no cinema.

Lashana Lynch, a (007 negra) e John Boyega ( Guerras nas Estrelas), também estão no elenco do filme que promete valorizar a contribuição das mulheres negras como força militar no território africano nos períodos de exploração e escravidão, mas que foram apagadas pela história escrita pelo colonizador.

“Mal posso esperar que o público receba esta história. Ela foi impulsionada pela necessidade de contarmos histórias complicadas, profundas e grandiosas com mulheres negras no centro da narrativa”, explicou Viola.

Com informações da revista Variety.

Negros no topo: Inteligência emocional e processos seletivo são temas de evento voltado para jovens

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Crédito: McKinsey

Gratuito e com inscrições limitadas o evento “Negros no Topo” chega a sua segunda edição com o objetivo de empoderar jovens negros que ainda estão na universidade ou têm até dois anos de formação. A ideia do evento promovido pela Grupo Cia de Talentos é que os participantes troquem com profissionais de recursos humanos, informações sobre mercado de trabalho tendo em vista que esse público tem conteúdo da faculdade fresquinho na cabeça, mas não sabe o que virá pela frente.

“Ano passado realizamos a primeira edição do Negros no Topo e recebemos feedbacks positivos de jovens do Brasil que puderam se desenvolver sem sair de casa e gratuitamente. A interação com as empresas também é muito bacana porque conecta as pessoas com os RHs. Acreditamos que é através do desenvolvimento que promovemos mais diversidade e inclusão no mercado de trabalho e é por isso que estamos caminhando para a segunda edição”, comenta Giovanna Mazzeo, head de comunicação e marketing do Grupo Cia de Talentos. 

evento é 100% online e gratuito, exclusivo para pessoas pretas e pardas que estão na universidade ou têm até 2 anos de formados

Os bate-papos deste ano serão sobre inteligência emocional processo seletivo, os temas mais votados em uma enquete feita nas redes sociais.  

A consultora de carreira Tati Venâncio irá tirar dúvidas e dar dicas sobre como se destacar na hora de concorrer a uma vaga. Já a especialista em desenvolvimento Polyana Freitas irá conduzir um workshop sobre inteligência emocional – competência cada vez mais requisitada pelo mercado de trabalho.  

Também participam do evento as especialistas em Recursos Humanos Kioma Lelis, da Anbima, e Jéssica Ferreira, da General Eletric. 

O evento que acontece no dia 20 de novembro, a partir das 10h, será fechado para que as pessoas selecionadas possam fazer perguntas e interagir com as painelistas.  As inscrições estão abertas: https://bit.ly/3pLGIly

“Faça planos, mas viva o agora”, diz Tia Má sobre morte de Marília Mendonça

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A morte precoce da cantora Marília Mendonça , vítima de um acidente aéreo na cidade de Piedade de Caratinga (MG), nessa tarde sexta (5) deixou o Brasil em choque. De acordo com o G1, a Polícia Civil informou que os cinco ocupantes da aeronave morreram –além de Marília, o piloto, o copiloto, o seu produtor Henrique Ribeiro e o seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho.

Nas redes sociais vários artistas lamentam a morte da artista que deixa um filho de 2 anos e uma legião de fãs inconsoláveis. A jornalista Maíra Azevedo, a Tia Má, fez uma reflexão sobre as imprevisibilidade da vida.

“Em instantes tudo pode mudar! Faça planos, mas viva o agora! A partida de Marília Mendonça, no auge, nos deixa com a sensação de que nunca sabemos quando será a nossa despedida”, lamentou Tia Má que complementou: “A sua última imagem foi sorrindo, agradecendo pelos shows que iria fazer”.

Outros artistas negros também postaram sobre a tragédia.

https://twitter.com/Ludmilla/status/1456730828403322882
https://twitter.com/Karolconka/status/1456726078861549573

“Sou uma pessoa que tenta melhorar a vida das pessoas”: conheça Hawk, o influenciador digital criador do PixDay

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Foto: Divulgação.

Nascido em Ipiaú, no interior da Bahia, o criador de conteúdo Hawk Andrade, ou apenas Hawk, como é conhecido nas redes sociais, inovou a forma dos criadores se relacionarem com sua comunidade aqui no Brasil, criando o PixDay. Este dia, nada mais é do que um dia de pagamento, onde os seguidores depositam R$ 0,50 para pagar pelos serviços prestados por Hawk.

Apesar de ter um alcance de mais de um milhão de pessoas, é pouquíssimo procurado pelas empresas para as famosas “publis”, aquelas propagandas feitas por influenciadores. Em pouco mais de um ano, só fechou um pacote publicitário com uma empresa. “Eu tenho recortes sociais bem específicos”, explica Hawk, que apesar de ter números que impressionam e uma presença digital forte em múltiplas plataformas, é um homem negro e deficiente físico. Hoje, o PixDay é 60% da renda dele com a internet, o restante vem da plataforma de financiamento coletivo, venda de produtos  e monetização do Youtube.

Mas além de criador do PixDay, Hawk tem uma série de outras facetas menos conhecidas do público, como a infância religiosa, quando se converteu ao Cristianismo e levou até a mãe para a Igreja, a construção de uma masculinidade forjada por figuras femininas e pelo avô, e até o assédio e a diferença entre a visibilidade que recebe na internet e na vida offline.

Conversando com o MUNDO NEGRO, ele abriu esses e outros detalhes de sua vida. Confira!

Como começou a sua carreira de influenciador?

Sou uma pessoa que tenta melhorar em algum nível a vida das pessoas. Esse é o objetivo de 100% do meu trabalho. Deixar a vida das pessoas mais leve e trazer entretenimento. Isso foi o que eu sempre quis fazer, desde sempre. Acompanho o Youtube desde os meus 12 anos e lembro que quando eu vi pela primeira vez eu disse: “é isso que eu quero fazer da minha vida”. Estudei Comunicação Social, não concluí, mas cheguei bem perto e fiz o curso todo com a intenção de trabalhar com o Youtube. Quando meu canal atingiu mil inscritos, eu larguei tudo, larguei meu emprego de editor de vídeos em eventos sociais, larguei a faculdade e fui viver disso.

Como você criou o PixDay e decidiu que não ia trabalhar com marcas?

Eu tenho uma campanha de financiamento coletivo desde os primórdios do canal. É uma parada que no Brasil ainda não é muito difundida, mas lá fora é, dos seguidores apoiarem o criador de conteúdo e pagarem o salário dele. A criação de conteúdo que eu faço é para o público. Eu não gosto de fazer publi, eu acho que, na maioria das vezes, são coisas genéricas, principalmente quando você tem recortes sociais bem específicos, como é o meu caso. Então,  receber o apoio da comunidade que é para quem eu produzo, é uma coisa que eu sempre busquei, desde o começo. 

Aconteceu que ano passado eu sofri um golpe, o golpe do iPhone, e aí, quando a pessoa que me deu o golpe devolveu o dinheiro, a galera começou uma vaquinha para me dar um iPhone. E foi aí que eu vi que dava para fazer uma coisa maior e criei um evento, no estilo Criança Esperança, com live, comigo atendendo as pessoas, e nesse evento arrecadamos R$ 16 mil, que foi um valor muito absurdo em três dias de campanha, só com a minha comunidade.  

Quando chegou este ano, eu recebi numa caixinha de perguntas, uma pessoa se desculpando porque não conseguiria manter o apoio mensal que ela me dava, que era de R$ 10. E eu fiz uma conta mostrando que se todas as pessoas que assistem os meus stories mandassem R$ 0,50 eu ia ter R$ 15 mil por mês.  Eu postei essa conta e o meu PIX e desafiei as pessoas a postarem para mostrar que eu estava certo. 

Da primeira vez, deu R$ 5 mil. E agora estamos no sétimo mês, e é uma loucura. É uma parada muito surreal. É muito bom saber que hoje em dia eu não estou preso a amarras publicitárias e posso falar, literalmente, sobre o que eu quiser.

As pessoas te cobram alguma coisa por serem seus “acionistas”? Você ouve muita coisa?

Geralmente, quando alguém me cobra alguma coisa, eu pergunto se ele quer os R$ 0,50 de volta (risos). É um processo também de educação dos meus seguidores. Na internet, por não ter esse limite físico, as pessoas são muito doidas e saem falando todo tipo de coisa umas para as outras. E nessa relação entre criador de conteúdo e consumidor de conteúdo é muito estreita. As pessoas chegam até mim falando que elas se sentem minhas amigas, então acaba perdendo um pouco do limite. Educar e mostrar que existem os limites é muito importante, até para a minha saúde mental.

Falando em saúde mental, como você lida com a sua e a pressão da produção de conteúdo?

Eu acho que hoje em dia eu lido melhor. Não tem curso que ensine a ser criador de conteúdo, então, é apenas experiência. Tentativa e erro. Hoje eu me sinto bem tranquilo, tanto com críticas, quanto elogios. Sobre essa pressão, eu não sinto nenhuma. O fato de criar conteúdo para a minha comunidade me tirou o peso dos números. Eu não ligo para o meu engajamento mais, eu não ligo para crescer, bater meta de números. Geralmente a gente se preocupa com isso porque a gente tem que mandar esses relatórios para as marcas, para ser atraente para elas. Mas se sou só eu e a minha própria comunidade, eu quero que ela seja feliz. Se eu passar um dia todo sem postar stories, quando eu voltar, quem gosta, gosta, quem não se sentir confortável, sai. É também sobre deixar essas pessoas livres e conscientes de que se elas não estiverem mais gostando dos conteúdos, elas podem deixar de seguir, seguir outras pessoas, a gente não tem um casamento. 

Uma das coisas que a exposição na internet traz é um pouco desse assédio, de pessoas querendo ter um relacionamento, um encontro sexual. Como é, para você, a afetividade de homem negro deficiente na internet x vida real

Eu acho muito doido a diferença. Da porta para fora, é outra vida. Eu, enquanto pessoa na internet, recebo elogios, mas eu sei que se eu sair na rua, os olhares não são de elogio, de desejo, de nada. São dois extremos. Porque num lugar, você teoricamente é seguido, é desejado e está tudo bem, mas quando isso vai para vida real, até as pessoas que elogiam e dão em cima concretizarem esse passo na vida real é muito difícil de acontecer. Já é uma coisa que eu abstraí completamente. 

Quando eu falo que eu realmente aprendi a lidar com críticas e com elogios também é sobre isso. No início eu ficava feliz, era uma coisa que mexia comigo, que me deixava melhor. Com o passar do tempo, quando eu fui vendo a realidade, e, hoje em dia, ignoro os dois. Tanto as críticas quanto os elogios. Eu sei que, por mais que a pessoa ache alguma coisa, ela está achando baseado em um recorte muito pequeno que ela está vendo pela tela do celular, ela não está me vendo realmente. Eu tenho certeza que se ela não me conhecesse na internet, na rua ela viraria a cara ou me olharia com um olhar de curiosidade. 

E os ensaios sensuais que você publicou recentemente? De onde surgiu essa vontade?

Eu sigo Paulina, que é a pessoa que fez as fotos e sempre acompanhei o trabalho dela fotografando pessoas gordas. E aí, chegou um momento em que deu certo de a gente fazer essas fotos e foi muito tranquilo de fazer. Eu não fiquei constrangido em momento nenhum, fiquei muito mais constrangido para postar as fotos depois. Tem bastante foto que ainda não postei, inclusive. É uma parada que quando eu falo, as pessoas não acreditam, mas eu sou relativamente tímido, para uma pessoa que trabalha com a própria imagem, e hoje eu entendo porque essa timidez existe.

No começo dos meus vídeos no Youtube eu nem aparecia. Esse era o nível de quanto eu tinha problemas com a minha própria imagem. Mas deixei para fazer quando estava preparado. Foi um processo. Quando eu me senti bem, quando senti: Ok, posso fazer isso, eu fiz.  Eu acho importante no sentido de corpos como o meu não existem, apesar de sermos a maior minoria no mundo, eles não são vistos e não ocupam espaço em nenhum lugar de destaque. Então, eu faço também porque eu sinto que eu tenho a oportunidade de fazer, é maior do que eu , maior do que as minhas questões pessoais. Eu sinto que é necessário que eu faça isso, já que eu tenho essa voz. São coisas que eu digo que eu faço “pela empresa” (risos).

Já observei que você recebe muitos questionamentos de pessoas que não acreditam que você é um homem hétero. Como você lida com os questionamentos das pessoas sobre a sua orientação sexual?

É uma parada que escuto muito e eu realmente entendo, porque eu não tenho nada a ver… Eu tenho minhas questões com homens em geral, e eu não tenho muita coisa de masculino dentro de mim, então, eu acho muito natural que as pessoas fiquem com essa dúvida. Porém, gente, eu já tentei, mais de uma vez, mais de duas e não consigo. Não sou bi, sou, infelizmente, hétero. 

Eu sinto que o fato de eu ter nascido com a minha deficiência e ter ela durante toda a minha vida, o nível de invisibilidade de uma pessoa com deficiência é tão grande que é tirado inclusive o gênero, inclusive coisas tão delicadas quanto essa. 

Eu não me aproximava dos caras no colégio porque eu não jogava bola. Teve uma época que eu joguei bola só porque eu dizia que eu tinha que ser parecido com aqueles caras de algum jeito. Mas eu não podia fazer muitas coisas que eles faziam. A demonstração de masculinidade é pela força, pela brutalidade, por fazer esporte, coisas que eu nunca fiz. Então, eu não me via neles.

Minha criação foi com duas mulheres, que eram a minha mãe e a minha avó. Tinha o meu avô, que fazia ali o papel masculino, mas já era um avô. Não tinha aquela vitalidade, eu via que ele era um cara mais velho e ele tinha outras prioridades. As minhas coisas com o meu avô não eram sobre jogar bola ou brincadeira de menino. A gente sentava e ele ficava me mostrando os sambas que ele ouvia. Ele sentava e me ensinava a escolher frutas. Foi uma outra noção de masculinidades que eu aprendi dentro da minha casa, e era totalmente diferente da noção dos meninos que eu conhecia de maneira geral. Por muito tempo eu fui o macho escroto valendo, na adolescência, porque eu queria me encaixar em alguma coisa. 

Qual é a sua relação com a espiritualidade?

Eu já fui mais negligente a respeito disso, dizia que não queria saber de nada, não acreditava mais em nada, só que hoje eu simplesmente não ligo. Eu me colocaria como não praticante de nada. Não é algo sobre o que eu penso, mas ao mesmo tempo eu entendo a importância disso para muitas pessoas, e entendo o fato de minha mãe ser evangélica e tal. Eu entendo que para ela é muito importante e faz muito sentido estar naquele meio.

Fui quem levou minha mãe para a igreja. Quando criança, eu li a Bíblia e falei: é isso, vou procurar uma igreja pois tenho que ir atrás desse rolê. Lá dentro, eu fiquei acho que quatro anos, e chegou um momento que eu vi que não fazia mais sentido para mim. Apesar de entender o conceito e achar válido, eu não me via mais como parte daquela comunidade. E foi muito mais pela comunidade no começo, sentindo que eu não tinha nada a ver com aquelas pessoas, e depois foi uma questão ideológica, por entender que Deus não é esse homem branco sentado esperando para enfiar um espeto na minha bunda. E aí eu só me desliguei completamente dessas coisas. 

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