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Medida Provisória se torna o filme brasileiro com mais semanas em exibição em 2022

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Foto: Divulgação

Gravado em 2022 e lançado esse ano, o drama/ficção cientifica dirigido por Lázaro Ramos e estrelado por Alfred Enocch, Taís Araújo e grande elenco, segue sendo um sucesso de bilheteria. Apesar das controversas antes do lançamento por polêmicas com a Ancine que atrasou o lançamento do longa, ele estreou em 15 de dezembro de 2021 no Festival do Rio e em 14 de abril de 2022 nas salas de cinema de todo o Brasil, onde está sendo exibido até então- já são 18 semanas em cartaz, mais do que qualquer outro filme nacional lançado esse ano.

Mesmo com as tentativas irrisórias de boicote, Medida Provisória teve um público de 80 mil pessoas em seus dois primeiros dias de exibição, e em sua segunda semana ultrapassou a marca de 237 mil espectadores. Além do gosto do público, o longa também foi muito elogiado pela critica especializada, com 92% de aprovação no Rotten Tomatoes. Ao todo, a produção já venceu 7 prêmios nacionais e internacionais.

Em seu Instagram, o diretor Lázaro Ramos compartilhou a notícia entusiasmado e disse: ”Tudo isso é resultado da turma incrivel que fez o filme e de vocês, que abraçaram essa história”.

Além dos cinemas, também é possível assistir ao longa pelo Globoplay ou por aluguel nas plataformas e operadoras Claro, Sky, Oi, Vivo, Google e iTunes.

Na Bahia, ACM Neto e candidata à vice-governadora se autodeclaram pardos para o TSE

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Candidatos ao governo da Bahia, ACM Neto e Ana Coelho fizeram o registro do perfil racial como candidatos negros no TSE

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto e a candidata à vice-governadora Ana Coelho se autodeclararam pardos no registro de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). ACM já havia se autodeclarado pardo nas eleições municipais de 2016, quando tentava reeleição para a prefeitura da capital baiana.

CEO da TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia, e candidata à vice-governadora ao lado de ACM Neto, Ana Coelho também registrou sua autodeclaração racial no TSE como parda, levantando a bandeira da representatividade feminina durante a campanha. Assim como ACM Neto, Ana Coelho também tem parentesco com políticos, ela é sobrinha do ex-governador da Bahia, Nilo Coelho.

A autodeclaração de ambos acontece em um contexto de mudanças na distribuição de recursos do Fundo Eleitoral, já que no ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou a reforma eleitoral (Emenda Constitucional 111), que estabeleceu novas regras para incentivar a candidatura de mulheres e pessoas negras. Agora, os votos em candidatos com esse perfil contarão em dobro para a distribuição dos recursos do fundo entre partidos políticos.

No Brasil, Estatuto da Igualdade Racial entende que a população negra é formada pelo conjunto de pessoas que se declaram pretas ou pardas.

Coletivo Ação Zumbi realiza espetáculo “Amor, Negro Amor” sobre a solidão da mulher negra, em Santa Catarina

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Espetáculo "Era uma vez no outro lado de cá da ponte" realizado pelo coletivo Ação Zumbi (Foto: Divulgação)

“Amor, Negro Amor”, um espetáculo teatral musicado realizado pelo coletivo Ação Zumbi, aborda como principal questão a solidão da mulher negra. Nele, a espectadora e o espectador são convidados a atravessar localidades e épocas distintas, conhecendo realidades de mulheres e homens negros que vivenciam diferentes formas de amor e desamor.

As questões sociais expostas são de extrema relevância e perduram até os dias atuais, como a desigualdade, o abuso de poder, o racismo, o machismo, o sexismo e a violência contra a mulher. As cenas são costuradas por músicas e danças de origem africana e revelam a importância da nossa ancestralidade diaspórica. Nessa narrativa do passado até os dias atuais, o coro ancestral é quem conduz o público como um contador de histórias através dos tempos. E a pergunta que fica é: como o amor conseguiu sobreviver a tanta e tamanha dor?

A proposta consiste no fomento da cultura afro-brasileira através da finalização e circulação do espetáculo teatral “Amor, Negro Amor”.
O espetáculo chegará em 4 cidades de Santa Catarina: Criciúma, Joinville, Blumenau e Florianópolis. Nele, os espectadores serão convidados a atravessar localidades e épocas distintas, conhecendo realidades de mulheres e homens negros que vivenciam diferentes formas de amor e desamor, a narrativa traz a cena da ancestralidade aos dias atuais, contando a histórias através do tempo.

Nesta proposta serão realizadas um total de 16 apresentações, distribuídas em duas sessões por dia, sendo duas no sábado e duas no domingo em cada cidade; onde o público estimado é de 12.448 espectadores, os ingressos terão distribuição gratuita. As apresentações deverão atender a disponibilidade de pauta nos espaços. As apresentações deverão acontecer nos seguintes teatros: Florianópolis (Teatro Ademir Rosa, CIC); Criciúma (Teatro Elias Angeloni); Blumenau (Teatro Carlos Gomes); Joinville (Teatro Juarez Machado).

Espetáculo “Era uma vez no outro lado de cá da ponte” realizado pelo coletivo Ação Zumbi (Foto: Divulgação)

O coletivo

A Associação Cultural Ação Zumbi nasceu em Florianópolis (SC) e desde 2003 dedica-se ao fomento de atividades artísticas, educativas e culturais com especial enfoque na cultura negra, sempre possuiu em seu corpo mais de 16 integrantes, artistas das mais variadas áreas (atores, músicos, cantores, cineastas, produtores, iluminadores etc.), e atualmente possuí cerca de 40 membros, ao longo desses anos o coletivo vem desenvolvendo projetos nas áreas de teatro, cinema, dança, vídeo, entre outras, que incluem na montagem de espetáculos, oficinas, organização de eventos e ações sociais.

Dentre essas ações, o coletivo tem em seu repertório espetáculos como Era uma Vez no Lado de Cá da Ponte (2004), esta peça o coletivo realizou a inauguração do Teatro Hermelinda Izabel Merize do Centro Multiuso de São José, e Ludo Real (2006); tais espetáculos circularam pelo estado de Santa Catarina e realizaram apresentações no Uruguai.

Em 2019 o Coletivo Ação Zumbi inicia a montagem da peça “Amor, Negro Amor”, realizando leitura da peça e algumas apresentações no CEART UDESC e na sala da escola de atores Aktoro, apos realização das leituras o grupo iniciou a montagem do espetáculo, que resitiu as barreiras da pandemia de Covid-19 iniciada em março de 2020; no mesmo ano o coletivo foi contemplado pela Fundação Catarinense de Cultura através da Lei emergencial Aldir Blanc com o prêmio Trajetória, tal reconhecimento possibilitou a primeira etapa de montagem da peça; mesmo diante da pandemia o coletivo seguiu realizando ensaios remotos, leituras online, preparação do elenco, pesquisa teatral para desenvolvimento e aprimoramento do espetáculo.

A questão da negritude tem se tornado cada vez mais presente e valorizada nas expressões artísticas e nos diversos contextos sociais.
No entanto, ainda há muito o que se discutir e compreender sobre a nossa ancestralidade africana.

O coletivo Ação Zumbi marca presença e traz para a cena catarinense as tradições, a história e a força da cultura africana e, sobretudo, sua influência e resistência na cultura afro-brasileira.

“Amor, negro amor” surgiu da necessidade de contar um pouco dessa história através do amor. Do ponto de vista de mulheres e
homens negros que resistiram a tanto sofrimento. A pesquisa desenvolvida pelo autor e pelos demais integrantes do espetáculo ressalta fatos históricos ocorridos pelo mundo, mas que são facilmente identificáveis ainda hoje em diversos locais onde a diáspora africana se fez presente. Há uma grande mensagem que as culturas do continente africano podem nos enviar nestes tempos tão insanos de extrema virtualidade, de progresso material e tecnológico, mas de corações despedaçados, de solidões avassaladoras, de medos insondáveis, de egoísmo cataclísmico

Helio de La Peña anuncia o retorno do projeto “Risadas pretas importam” nas periferias de São Paulo

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Foto: Ana Quintella

O comediante Helio de La Peña anunciou nesta terça-feira (16), no programa Conecta da Rádio Super 91,7 FM, o retorno do projeto “Risadas pretas importam”, em novembro, em quatro lugares diferentes, nas periferias de São Paulo. O projeto reúne comediantes negros do cenário de stand up brasileiro e promete apresentar ao público, um humor “temperado pelo afrofuturismo”.

No ano passado, Helio se reuniu com Yuri Marçal, Niny Magalhães, Paloma Santos, Kedny Silva, Gui Preto e Zete Brito em um grande show de stand up no Theatro Municipal com uma plateia de 1.500 pessoas, no Dia da Consciência Negra, e eles realizaram uma homenagem aos ídolos negros do humor Jorge Lafond, Paulo Silvino e Mussum.

“O público na sua maioria da periferia de São Paulo. No ano passado, eles tiveram que se deslocar pro centro da cidade. A gente achava importante fazer no Theatro Municipal, com aquela gradiosidade, um lugar bastante simbólico e no momento representativo porque estávamos ali completando 99 anos da Semana de Arte Moderna, e estávamos finalmente ocupando da forma que Mário de Andrade imaginou, com artistas negros e com uma plateia de pessoas de baixa renda”, disse em entrevista na rádio.

Neste ano, a ideia é rodar pelo país, permitindo que cada vez mais pessoas possam assistir aos espetáculos. “Espero que esteja aí algum patrocinador nos ouvindo e a gente vai levar”, avisou o comediante, animado com a proposta.

O encontro de apenas comediantes negros fica sob a curadoria do ex-Casseta e Planeta, que propõe uma diversidade de sotaques, abrindo espaço para vivências e para a vasta riqueza da cultura humorística dos pretos e pretas, se apresentando a um público de todas as cores.

O nome do projeto foi uma criação da humorista Paloma Santos.Ela propôs o trocadilho em relação ao movimento Black Lives Matter, tornando-se entãoBlack Laughs Matter. Traduzido para Risadas Pretas Importam.

Thales Alves, ex-Masterchef, viraliza calculando os preços reais de receitas da internet

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Foto: Arquivo pessoal

O jovem gastrônomo, Thales Alves, ganhou a internet ao revelar os preços reais de ingredientes de receitas compartilhadas nas redes sociais, chegando a 6 milhões de views em seus vídeos

Entrevista: Raio Gomes / Texto: Isadora Santos

Sabe aquelas receitas que a gente ama ver na internet, mas não faz ideia de quanto custa? Thales Alves, gastrônomo especialista e consultor, viralizou nas redes sociais ao postar vídeos comentando os custos de cada produto utilizado e sugerindo o preço final do prato com base no quanto custou cada ingrediente.

Em entrevista para nossa editora, Raio Gomes, o gastrônomo compartilhou um pouco da sua história e contou como teve a ideia de reagir aos vídeos de receita mostrando os preços reais.

O trabalho do Thales tem chamado a atenção porque muitas pessoas já caíram naquele papo de “preparei esse prato com apenas 5 reais e 3 ingredientes” quando, na verdade, o custo acaba sendo maior porque mais produtos estão atrelados à receita. “Essa precificação e custos é algo que é da minha convivência e dentro das plataformas digitais a gente vê muitos vídeos fora da realidade. Algumas pessoas falando sobre receitas serem de centavos, alguma receita que é super fácil e super acessível e que na realidade nunca foram e nunca serão”, explica o especialista.

Atualmente, Thales Alves trabalha como chefe executivo e consultor em estabelecimentos de alimentação e bebidas. Ele explica como surgiu a ideia de criar o quadro “Quanto custa, Thales?” em suas redes sociais: “Minha ideia com o “Quanto custa, Thales?” surgiu através de uma necessidade da própria rede. A gente vê que muitos estabelecimentos de alimentação e bebida e até pessoas comuns, pessoas físicas que frequentam esses estabelecimentos, não têm noção de quanto custa cada ingrediente e cada item para que você tenha um estabelecimento e acabam se perdendo em relação aos preços, em relação ao estabelecimento de metas e gasto mensal”.

Alves produz conteúdo para a internet há 4 anos e também trouxe para suas redes temas que fazem parte de sua existência, como raça, gênero e cozinha afetiva, mas afirma que nenhum deles fez tanto sucesso como o quadro que revela os preços dos alimentos. “Tentei emplacar alguns programas, fiz o ‘Trans Cozinha’, fiz alguns quadros falando sobre gênero, sobre racialidade, sobre cozinha, cozinha afetiva e etc. e nada chegou perto desse estouro que foi o Quanto custa, Thales?”, detalhou.

“Eu acho que as pessoas ficam menos perdidas quando elas sabem a precificação. A gente vê alguns canais já colocando preço nessas comidas, mas a grande parte não faz essa precificação. Para mim é algo muito simples. Toda semana eu recebo dos maiores fornecedores de alimentação do meu estado o preço médio e coloco o preço médio da minha região, que é a região do litoral de Santa Catarina”, explica o consultor.

Ele também conta que tem recebido boas respostas do público e que ao revelar os preços percebe o quanto os custos de alimentos e bebidas podem ser muito diferentes em cada região do Brasil. “A gente está recebendo respostas muito boas do público. Recebendo notícias muito boas em relação ao “Quanto custa, Thales?”, com pessoas se identificando e pessoas achando muito absurdo alguns preços e a gente consegue entender o quão gigantesco é o Brasil. A gente tem uma forma continental de ser. Então a gente vê que alguns preços são muito baixos e muito caros em relação ao restante do Brasil e vai se envolvendo com o público”.

Thales Alves confessa ter se surpreendido com o alcance que conquistou nas redes sociais e conta como tem sido lidar com a visibilidade: “Eu fiquei muito surpreso depois que os vídeos estouraram. Nos últimos sete dias eu tive em média 6 milhões de views se a gente juntar todos os vídeos que eu tenho em relação ao “Quanto custa, Thales?” e foi uma coisa absurda. Nunca imaginei que chegaria a esse nível. É muito difícil ver gente preta alcançando grandes patamares”. Sobre as dificuldades de produzir conteúdo para a internet, ainda complementa: “A dificuldade é de conseguir filtrar um pouquinho. As pessoas se sentem um pouco confortáveis para fazerem comentários bem maldosos em relação a muitas coisas. Comentários racistas, comentários homofóbicos já rolaram, mas eu sempre excluo ou tento deixar passar de uma forma um pouco mais tranquila. Existem os frutos bons e os frutos ruins em qualquer lugar”, finaliza.

Espetáculo “A Menina do Meio do Mundo – Elza Soares para Crianças” é destaque na agenda cultural gratuita no Rio

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Foto: Divulgação

Com apresentação única no bairro natal da saudosa Elza Soares, Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, o espetáculo musical infantil “A Menina do Meio do Mundo – Elza Soares para Crianças” – referência ao álbum “A Mulher do Fim do Mundo” – leva à Areninha Carioca Hermeto Pascoal, neste domingo (20), às 16h, o repertório feminista e antirracista da cantora, com clássicos como “A Carne” e “Meu Guri”, para contar a história de uma menina forte que cresce na favela sonhando em se tornar cantora, após ouvir o rádio, a relação afetuosa entre Elza e sua mãe Rosária e a valorização da mulher negra em uma sociedade regida por homens brancos.

A peça, gratuita e livre para todos os públicos, faz parte da série “Grande Músicos para Pequenos” e estará em cartaz no Rio até o dia 28 de agosto.

https://twitter.com/ElzaSoares/status/1554893772592398341

Nesta segunda-feira (15), o Rock in Rio emitiu uma nota para informar que a sambista Alcione não estará mais na homenagem à Elza Soares, que será realizado no dia 11 de setembro, devido a uma cirurgia realizado em julho na coluna vertebral: “Entendendo a relevância da artista, ela não será substituída e o show seguirá com Majur, Agnes Nunes, Caio Prado, Mart’nália, Gaby Amarantos e Larissa Luz”.

Além da peça teatral e do show no grande festival, o Instagram oficial da Elza, publicou na semana passada, o vídeo de um ensaio rolando com a banda e avisou que tem novidades: “Nossa rainha Elza Soares está sempre presente e mais viva do que nunca. Vamos celebrar Elza com um tributo a sua vida e sua história. Acompanhem!!”.

Khaby Lame, o criador de conteúdo com maior número de seguidores no TikTok, recebe cidadania italiana

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Fotos: Reprodução/Tik Tok

Nascido no Senegal, o criador de conteúdo Khaby Lame, se mudou para a Itália quando tinha um ano de idade, para morar na cidade de Chivasso e hoje, aos 22, tornou-se cidadão italiano, de acordo com o jornal Corriere della Sera. “É uma grande responsabilidade. Estou orgulhoso, mas me senti italiano antes mesmo de hoje”, disse durante a cerimônia.

Ele foi notificado de sua cidadania pelo Ministério do Interior italiano em 8 de junho, semanas antes de se tornar o criador de conteúdo com maior número de seguidores no TikTok, hoje somando mais de 148 milhões.

A concessão de cidadania para crianças nascidas na Itália, mas com pais estrangeiros, tem sido um longo debate político no país. Atualmente, essas crianças só poderão se inscrever para tornar-se italiana a partir dos 18 anos. “Não é certo que alguém que vive e cresce com a cultura italiana por tantos anos e é limpo, ainda não tenha direito à cidadania. E não falo só por mim”, revelou o humorista em uma entrevista ao jornal La Repubblica, anteriormente. 

A estrela da internet publicou o primeiro vídeo na rede social em março de 2020, depois de ser demitido no começo da pandemia de Covid-19. Os vídeos rapidamente viralizaram, onde ele aparece reagindo a outros vídeos ou resolvendo diferentes problemas diários de forma simples, sem falar nada, apenas se expressando de forma engraçada e gesticulando com as mãos. O criador de conteúdo ganhou popularidade, rendendo também muitos memes entre os brasileiros.

Fã declarado da seleção brasileira, o humorista aparece vestido com a camisa da seleção, como no último publicado nesta semana. Os fãs do Brasil sempre ficam muito empolgados. “Ele é o melhor TikToker brasileiro que não é brasileiro do mundo”, comentou um internauta.

https://www.tiktok.com/@khaby.lame/video/7132133587255577862?is_copy_url=1&is_from_webapp=v1

Plataforma oferece oportunidade para jovens negros e indígenas que querem iniciar carreira na moda

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Foto: Divulgação Instituto C&A

Intitulada Minha Carreira na Moda, a plataforma foi criada pelo Instituto C&A e deve fomentar oportunidades para jovens de 16 a 29 anos

No dia 24 de agosto o Instituto C&A lançará a plataforma Minha Carreira na Moda, com o objetivo de fomentar oportunidades para jovens negros e indígenas, de 16 a 29 anos, que almejam construir ou desenvolver sua carreia no segmento. Por meio da parceria com empresas e instituições de ensino, o programa irá conectar interessados a oportunidades como experimentação profissional cursos, além de possibilitar que os estudantes se cadastrem em um banco de talentos do segmento.

Inicialmente, o programa contará com um edital dividido em três categorias. Com foco em encontros para falar a respeito de carreira no segmento, a categoria Meu Futuro na Moda irá possibilitar trocas entre pessoas que já atuam na área e os jovens que querem iniciar sua carreira. Já em Meu Produto Sustentável, em parceria com a Faculdade Santa Marcelina, irá possibilitar formação em cursos livres, com certificação, com professores da instituição, que irão contemplar desde desenvolvimento do produto e coleção até o planejamento. E na categoria Meu Primeiro Corre na Moda(Experimentação Profissional), sete estudantes de moda que nunca trabalharam no segmento serão contemplados com bolsa auxílio de R$ 1.300 e auxílio alimentação custeado pelo Instituto C&A, durante três meses, para que possam aproveitar a oportunidade de se conectar com sete marcas, em curso livre com carga horária de 30 horas semanais, sendo parte desse tempo dedicado ao desenvolvimento intelectual destes jovens.

Pela plataforma, os interessados também poderão acessar conteúdos gratuitos de preparação para o mercado de trabalho, desde informações básicas até as mais gerais como depoimentos de profissionais do segmento. Também haverá uma seção destinada especialmente ao tema carreira, que irá reunir todas as possibilidades dentro do mundo da moda, pré-requisitos necessários para o ingresso em cada segmento e vídeos explicativos sobre as atividades.

Tracklist do “Numanice 2” vaza na web e Ludmilla lamenta: “Paciência”

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Foto: Reprodução/Instagram

Na noite desta terça-feira (16), vazou nas redes sociais a foto de um papel com toda a tracklist do show “Numanice #2” da Ludmilla. A cantora ficou chateada. Primeiro ela tweetou “É SÉRIO QUE VAZOU???????? 😭”, e em seguida, outro tweet com mais emojis chorando. Os portais começaram a publicar a foto da tracklist vazada e Ludmilla compartilhou na sua página: “Vazou, vazou. Paciência!”

https://twitter.com/Ludmilla/status/1559677104509304835

As músicas da tracklist foram tocadas na gravação do show “Numanice #2”, que aconteceu no dia 21 de julho, no Museu do Amanhã (RJ). O lançamento está marcado para o dia 23 nas plataformas de áudio e dia 24 no Youtube.

Os fãs logo reagiram com memes para descontrair a situação. Um internauta postou “DEIXA BAIXO, DEIXA BAIXO.. eu não vi nada mãezinha”. Outra postou: “foi tacar papel no chão e deu nisso, tá vendo?”.

No último domingo (14), Ludmilla realizou o Numanice em Belo Horizonte (MG), e se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter. Com ingressos esgotados antes do dia do show, a cantora entrou no palco com o rapper Djonga e roubaram a cena. O projeto de pagode da Lud está bombando pelo Brasil, considerando um dos mais requisitados no momento. Já foram realizados shows em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo.

https://twitter.com/sitemundonegro/status/1559003033471782912

Além dos projetos autorais, nesta terça-feira (17), Ludmilla foi anunciada como a próxima convidada para duetos e gravações no projeto da cantora Sandy “Nós, Voz, Eles 2”.

Contra os privilégios, defenda a Lei de Cotas!

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Foto: Drazen Zigic / Freepik

O racismo desaparecerá quando não for mais lucrativo e psicologicamente útil. (Toni Morrison)

Por Ricardo Corrêa

A Lei n° 12.711 (Lei de Cotas) − sancionada no dia 29 de agosto de 2012 − completará 10 anos. Ela estabeleceu regras para a implantação da política de cotas, resultando no ingresso de grupos marginalizados nas universidades e institutos técnicos federais e, consequentemente, na redução da desigualdade racial e social nesses espaços. Neste texto alerto para a necessidade de vigilância da população negra, visto que a qualquer momento a Lei de Cotas poderá ser submetida à revisão conforme o seu Art. 7º. A preocupação que devemos ter é com os possíveis retrocessos, já que nestes tempos de política reacionária muitos dos direitos da população estão sendo atacados. E, em se tratando de medidas que beneficiam a população negra, os racistas estão de prontidão para atrasar o nosso lado. 

Compreendo que há muita coisa a ser melhorada no mecanismo de ingresso e permanência dos estudantes nas universidades e institutos federais, mas, a revisão  da lei deve ser no sentido de aprimoramento e não o contrário. A Lei reserva 50% das vagas aos estudantes de escolas públicas e estabelece regras dentro desse grupo para os negros, indígenas, pessoas com baixa renda e deficientes; perceba que os brancos também são beneficiados, entretanto, a enxurrada de críticas mira somente os negros e os indígenas. Se não reconhecermos a existência do racismo nessas discordâncias, estaremos perdendo tempo justificando as políticas de ação afirmativa para quem não se preocupa com a justiça racial.

As cotas protagonizaram importante mudança na sociedade, pois potencializaram a autoestima das pessoas negras e ampliaram o campo de atuação profissional dos marginalizados, socialmente, de forma que não ficassem restritos a atividades de baixo status social. Além do mais, as áreas do conhecimento foram enriquecidas com a diversidade presente nos espaços de construção do conhecimento; são novos olhares fazendo ciência, rompendo com o padrão branco e rico. Hoje, há mulheres negras e homens negros arquitetos, cientistas, engenheiros, médicos, entre outras profissões que, tradicionalmente, eram exercidas por pessoas brancas. É bem verdade que o número de negros com essas formações é ainda pequeno, se compararmos com os brancos, mas o avanço está em construção. Também vemos negros se profissionalizando em cursos técnicos (automação industrial, administração, edificações, química etc.) e cursando o ensino médio − de qualidade reconhecida nacionalmente − nos cursos dos institutos federais. 

Os racistas utilizam argumentos infundados e preconceituosos, muitos até refutados através de pesquisas, como “os cotistas não acompanharão intelectualmente os não-cotistas nas aulas”, “cotas são racismo reverso”, “haverá diminuição da qualidade dos cursos”, “cotas dividem a sociedade e criam ressentimentos”, entre outras. Mas as críticas recorrentes remetem à meritocracia. Eles defendem que  o esforço individual é o suficiente para a ascensão social das pessoas, e que a responsabilidade pelo próprio destino está nas costas de cada um de nós. Em outras palavras, a pobreza e a miséria arruinando a maioria das famílias negras é ausência de esforço delas mesmas. Sob essa ótica, se os negros não têm arcabouço intelectual que possibilite disputar uma vaga na universidade pública com os brancos, é falta de esforço deles. Portanto, essas ideias demonstram que a defesa da meritocracia negligencia as questões históricas, biológicas e sociológicas que atravessam as pessoas individualmente e na relação com a sociedade, ademais, como comentou a doutora em psicologia Cida Bento “não existe meritocracia num país racista”.

Não somos ingênuos, sabemos que a sobrevivência do sistema capitalista depende das desigualdades sociais. Sendo assim, as conquistas dos negros na educação não garantem a inserção no mercado de trabalho, nem o salário igual aos brancos que exercem a mesma atividade profissional. Nesta sociedade o racismo desempenha o papel de arrimo na manutenção da desigualdade; ele consagra a exigência da desigualdade feita pelo capitalismo, diria a investigadora e abolicionista Ruth W. Gilmore. Todavia, com todas as limitações que o sistema produz, o caminho para a emancipação política e econômica dos negros exige, incondicionalmente, a defesa das ações afirmativas. Isto posto, defendamos a Lei de Cotas contra qualquer movimento que cheire a retrocesso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm>. Acesso em: 14 ago. 22

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