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Akon anuncia a própria criptomoeda, Akoin, uma promessa revolucionária para as finanças dos africanos

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Depois de anunciar a captação de aproximadamente R$32 bilhões com investidores, o cantor e empresário Akon, de origem senegalesa, oficializou a criação da “Wakanda da vida real”, inspirada no filme Pantera Negra.

Chamada de Akon City, a cidade futurista será localizada perto de Dacar, capital de Senegal, e está sendo construída para ser a primeira cidade 100% movida a energia renovável e com uma economia baseada 100% em moeda digital, a Akoin. Akon anunciou a criação da moeda criptografada, que tem o potencial de revolucionar as finanças não só da nova cidade, mas de todos os africanos.

Muitos países africanos ainda sofrem com o difícil acesso a serviços financeiros, baixa taxa de bancarização, alta inflação e graves casos de corrupção dos governos e bancos. De acordo com o cantor e empresário, a Akoin pode democratizar o acesso ao sistema financeiro para os africanos, estabelecendo uma moeda estável que conecta todo o continente, diminuindo a dificuldade de comercialização entre as pessoas e possibilitando maior liberdade financeira.

As criptomoedas são moedas virtuais que utilizam blockchain e criptografia para assegurar e validar suas transações financeiras. Com sua tecnologia inovadora, além de serem seguras, diminuem o custo por transações, que acontecem de forma mais rápida, e podem ser negociadas por todo o mundo, diminuindo as barreiras geográficas e de capital. Akon afirma que as criptomoedas podem ser a salvação para a África porque dão ao povo o poder de utilizar a moeda da forma que bem entendem, sem intermediários, com menor inflação e menos controle governamental.

O conceito de criptomoeda descentralizada foi apresentado em estudos pela primeira vez em 1998 e, apenas em 2009, o Bitcoin, uma das criptomoedas mais conhecidas do mercado, conquistou seu primeiro cliente. Ou seja, as criptomoedas ainda são bastante recentes. Por isso, há certa especulação sobre seu verdadeiro poder no futuro. O próprio Bitcoin sofre com especulações, volatidade de preços, ataques cibernéticos e problemas de regulamentação, já que as trocas podem ser realizadas entre pessoas e empresas diretamente. Nos resta continuar acompanhando o desenvolvimento das criptomoedas e dos avanços de sua tecnologia e torcer para que a Akoin dê certo, afinal a população africana se beneficiaria com a concretização do projeto de “Wakanda em Senegal”. É isso que nós queremos.

“A criatividade de Kanye é uma saída para sua insanidade” Marlon Wayans pede apoio por Kanye West

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Marlon Wayans pede apoio pela saúde de Kanye West

O ator, roteirista e comediante Marlon Wayans fez um post em seu instagram e twitter pedindo para que a população parasse de rir ou criticar os problemas mentais do rapper Kanye West.

Marlon afirmou que a linha entre insanidade e genialidade é tênue e que Kanye mergulha nos dois, porque sente e é os dois. Dizendo ainda que não deve ignorar uma doença mental e que, se toda família tivesse uma pessoa que sofre disso, o respeito aconteceria.

“Espero que todos vocês rezem por @KanyeWest também”, escreveu o comediante no Twitter. “Ele não é só um artista, mas também é um pai, um filho, um marido e, acima de tudo, um ser humano. Fique bem logo”. Continuou ele.

O comediante pediu para que seus fãs não virassem as costas para doenças mentais e disse que ele utiliza da comédia para lidar com sua própria insanidade. Kanye, que é extremamente talentoso, está totalmente imerso nos dois.

Nesta semana, Kanye West foi muito comentado nas redes sociais por falas contra a esposa, ter entrado na candidatura da presidência dos EUA e ter chorado após retirar sua candidatura do ar.

https://www.instagram.com/p/CC73FzMnazX/

“Kardec era racista? Eu diria mais etnocentrista, como Darwin” diz cineasta Karim Akadiri

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Conversamos com o cineasta francês, Karim Akadiri Soumaïla, na qual é o protagonista, diretor, corroteirista e narrador da série investigativa ‘Em Busca de Kardec’. Karim mergulha pelo espiritismo para ressignificar o luto pela morte da filha, Ifa. Ele parte da Europa para o Brasil, onde tem contato com a sua primogênita por meio de pintura mediúnica e descobre escritos inéditos do codificador da doutrina. Toda experiência foi documentada e será exibida no canal de TV por assinatura Prime Box Brazil.

Leia também: ‘Em Busca de Kardec’: Série mergulha no espiritismo e ressignifica o luto

Karim, é um homem preto e muitos estudiosos sobre o tema do espiritismo acusam Allan Kardec de ter sido um homem racista.

Quem foi Allan Kardec:

Saiba mais sobre Allan Kardec e o Espiritismo | Rádio Boa Nova

Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 1804 – 1869) foi um educador, escritor e tradutor francês. Nascido numa antiga família católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia. O pseudônimo de Allan Kardec o notabilizou como codificador do Espiritismo (neologismo por ele criado) também denominado de Doutrina Espírita.

Embasado na frenologia (craniologia), considerada hoje como pseudociência, fundada pelo médico alemão Franz Joseph Gall (1758-1828), segundo o qual as formas anatômicas do crânio humanos teriam relação com o caráter, personalidade, moralidade e com a espiritualidade. Ele foi membro ativo por vários anos da Sociedade Frenológica de Paris.

Kardec assume que o aspecto físico, morfológico e biotípico do negro expressa inferioridade intelecto-moral em comparação com a raça caucasiana. De acordo com ele, a raça branca seria mais evoluída espiritualmente, conforme vemos nos trechos da sua obra:

“Os negros, pois, como organização física, serão sempre os mesmos; como Espíritos, sem dúvida, são uma raça inferior, quer dizer, primitiva; são verdadeiras crianças às quais pode-se ensinar muita coisa.”

“São seres tão brutos, tão pouco inteligentes, que seria trabalho perdido procurar instruí-los; é uma raça inferior, incorrigível e profundamente incapaz.”

Karim Akadiri Soumaïla, diz que no decorrer do documentário encontrou “dois textos que me incomodaram, um na Gênese e outro na Revista Espírita datado de 1862, sobre a ‘perfectibilidade do negro…’.  Nesse texto, Kardec,se assim posso dizer, reconhece “a faculdade de aperfeiçoamento do negro, podendo passar do estado de selvagem a um ser educado”.”

Isso fez com que o diretor se aprofunda-se em suas pesquisas “mergulhar no pensamento e no contexto intelectual e científico da segunda metade do século XIX. Esse movimento que se inspirava em linha reta nas teorias de Darwin e sua escala comparativa de raças. Um século dominado pelo suprematismo branco. Assim, Kardec era racista? Eu diria mais etnocentrista, como Darwin.”

“Mas a doutrina espírita propõe uma igualdade entre todos os seres humanos, sendo que o espírito pode se encarnar ora como pobre ou rico, ora como homem ou mulher, ora como negro ou branco. Então, há aí quase uma contradição. Mas é o contexto da época.

Discutimos esse tema de um suposto “racismo de Kardec” no episódio 5, da série Em busca de Kardec. Também mergulhamos nesse episódio em minha origem Yorubá e falamos do Candomblé e da Umbanda”.

MN: Os escritos de Kardec sobre a “a raça inferior” não te incomodou a ponto de você querer fazer uma série sobre ele?

Karim: Como cineasta não me coloco no lugar de ensinar moral e nem distribuo pontos de boa conduta. Não sou espírita, mas me tornei simpatizante, sobretudo pela forma que o espiritismo tomou no Brasil, no plano da educação e da beneficência.

Anália Franco e Eurípedes Barsanulfo foram os primeiros educadores que incluíram em suas escolas, filhos de ex-escravos, dando-lhes educação, e isso pouco tempo depois da abolição da escravidão, quando havia no Brasil um projeto de branqueamento da nação.

Em suma, um certo kardecismo europeu morreu com Kardec na França do século XIX e de alguma maneira renasceu desempoeirado no Brasil.

Portanto, como diretor, devo manter uma certa distância diante do meu objeto, justamente para ter a liberdade de debater ou não este ou aquele tema, e no caso de Kardec, evocar a questão racial ou seu suposto racismo. Esse não é o objeto do documentário. Mas não nos esquivamos de tocar no assunto, na medida em que foi possível.

Assista ao trailer de ‘Em Busca de Kardec’:

7 Monumentos negros incríveis que você precisa conhecer

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Muito se tem discutido sobre a derrubada de monumentos escravagistas e que referenciam algumas das figuras mais tenebrosas na história do nosso país e do mundo, por outro lado, os diversos movimentos negros ao longo dos anos tem lutado para difundir narrativas pretas sempre tão invisibilizadas, deturpadas e silenciadas. Pensando nisso separei alguns monumentos grandiosos e pouco conhecidos que valorizam e enfatizam a trajetória de luta e resistência do povo preto e nos conectam com a nossa memória. Segue a lista:

Monumento da Renascença Africana, em Dacar, Senegal

Com 49 metros de altura, este é um dos mais visitados na África. Foi erguido para homenagear os 50 anos da independências do Senegal em 2010. Maior que o Cristo Redentor (38 metros), custou 27 milhões de dólares e é um dos maiores do monumentos do mundo perdendo apenas para estátuas como o Buda Chinês e a Estátua da Liberdade. A obra africana de bronze foi desenhada pelo arquiteto senegalês Pierre Goudiaby, mas sua construção também gerou algumas controvérsias, muitos consideraram o custo da estátua um exagero em um país com muitas demandas importantes, já outros senegaleses apoiaram a empreitada, defendendo que ela simboliza a ascensão da África em meio “à intolerância e ao racismo”.

Estátua de Gaspar Yanga, Yanga, México

El Yanga' – Yanga, Mexico - Atlas Obscura

A Estátua é uma homenagem a Gaspar Yanga, líder de uma revolta contra a Espanha colonial, ele se rebelou contra a escravidão e fundou uma comunidade agrícola em 1570, após uma série de batalhas a cidade de San Lorenzo de Los Negros (mais tarde renomeada para Yanga) foi reconhecida oficialmente pela Espanha em 1618. Todos os anos, em agosto, os habitantes de Yanga realizam uma celebração em comemoração a derrota da Espanha e criação da primeira cidade para negros livres nas Américas.

Museu Memorial ACTe , Point à Pitre, Ilhas Guadalupe

Memorial ACTe, o dever da memória

Inaugurado em maio de 2015, o Centro Caribenho de expressões e de memória do comércio escravagista é o edifício referência de Pointe à Pitre, e o maior do mundo. O Complexo não é apenas um memorial em lembrança do tráfico de negros entre África e Caribe, mas um Centro de Estudos sobe a história da escravidão e dos direitos humanos. Sua fachada é recoberta por placas de quartzo negro, representando os milhões de almas que foram vítimas da escravidão.

Memorial Nelson Mandela, Howick, África do Sul

O artista sul-africano Marco Cianfanelli desenvolveu um memorial para reconhecer o aniversário de 50 anos do ativista, político e líder histórico da África do Sul, Nelson Madela. O Monumento é composto de 50 colunas de aço com 9 metros de altura, ancoradas em concreto. As 50 colunas representam os 50 anos desde que Mandela foi preso político por se opor ao apartheid.

Desenkadena (Tula Monument), Curaçao

O Monumento foi feito pelo artista visual Nel Simon, “Desenkadena” significa desacorrentado. Ele está instalado em homenagem a Tula Regard, lider de uma Revolução de Escravos na ilha em 1795.

Zumbi dos palmares, Salvador, Brasil

Uma homenagem ao líder do Quilombo dos Palmares, líder da fuga de escravos em direção a Serra da Barriga, em Alagoas. Construído pela artista plástica Márcia Magno, a estátua de bronze de 2,2 metros de altura pesa cerca de 300 quilos, e fica localizada na Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador, sendo a primeira estátua a retratar Zumbi de corpo inteiro. Em 2019 parte da lança da estátua foi furtada e segundo a prefeitura o restauro da peça custou cerca de 38 mil reais.

Canção da Redenção, Kingston, Jamaica

Inspirado pela composição de Bob Marley, está localizado na capital da Jamaica, Kingston, na área central do Parque da Emancipação inaugurado em 2013, mostra um casal negro olhando para o céu representando a emancipação negra frente aos horrores da escravidão. A artista se baseou nas palavras contidas na música: “Emancipem-se da escravidão mental, ninguém além de nós mesmos pode libertar nossas mentes”.

Dois artigos serviram de inspiração para essa curadoria, você pode conferir aqui e aqui

A importância e o orgulho de trabalhar em uma mídia preta

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(Foto: Marina M Mendonça)

Eu, Thais Prado atualmente sou a redatora aqui do site Mundo Negro e vou contar um pouco da minha experiência em trabalhar só com negros. A ideia desse artigo surgiu não afim de fazer uma auto propaganda do Mundo Negro mas sim de mostrar o mundo branco em que eu “me meti”.

No começo do mês de julho uma amiga de faculdade iniciou um projeto em seu Instagram com uma série de lives com o tema ‘Pretos em Pauta’ e me convidou para gravar um vídeo falando um pouco sobre como é trabalhar no Mundo Negro e qual a importância da representatividade na mídia.

Ao assistir o meu vídeo entendi mais ainda qual é o meu papel na “mídia preta”. Vamos voltar algumas casinhas e me acompanhem para entender a importância de se ter representatividade dentro de todos os campos mas principalmente nas grandes mídias.

Voltemos às origens rapidamente:

Não posso falar de quem eu sou sem antes falar dos meus antecessores, então “voltemos às origens rapidamente”: Sou neta de quilombolas do quilombo da Caçandoca onde nos denominamos como ‘Gabrieis’, pois somos descendentes de um homem escravizado chamado Gabriel, afirmo todos os dias o meu local de fala lembrando sempre dos meus antecessores. Sabendo quem veio antes, eu sei quem sou hoje e pra onde devo ir amanhã. E sim, quilombos ainda existem!

Como estudamos na escola, o mais emblemático dos quilombos formados no período colonial foi o Quilombo dos Palmares. Palmares existiu por mais de um século, e se transformou em símbolo da resistência do africano à escravatura. Como vocês verão abaixo, ainda hoje ser quilombola é ser resistência.

No século XIX, onde existe ainda hoje o Quilombo da Caçandoca, havia uma fazenda cafeicultora e escravagista, que em 1858 foi adquirida por José Antunes de Sá. Ela abrangia as localidades de Praia do Pulso, Caçandoca e Caçandoquinha, Bairro Alto, Saco da Raposa, São Lourenço, Saco do Morcego, Saco da Banana e Praia do Simão. E o  fazendeiro por anos aproveitou a localização afastada e rodeada pelo mar para trazer negros da África e explorá-los.

José de Sá teve três filhos e concedeu a cada um uma parte da fazenda e um grupo de escravos. Na época, tanto o fazendeiro como seus herdeiros tiveram filhos com mulheres escravizadas. O mais comum era logo após o nascimento vendê-los.

Em 1888, com a abolição da escravatura, alguns ex-escravizados foram embora, enquanto outros permaneceram como posseiros, donos do seu próprio trabalho. Ficaram também os poucos filhos e netos de José Antunes de Sá reconhecidos como legítimos. A comunidade foi sendo formada a partir de três núcleos familiares: filhos e netos de José de Sá e descendentes de dois escravizados, Gabriel de Oliveira dos Santos e Rosária Vitória. Nascendo, ali, os chamados “Gabrieis”.

Voltemos para o presente:

Além de jornalista sou arte educadora, colunista em dois outros sites e trabalhei cerca de um ano e meio em outro grande portal de notícias. 

Ao ser contratada como redatora do MN fiquei, literalmente, chocada ao ver que todos os funcionários são pretxs. Pela linha do site e nome talvez fosse obvio que todos os funcionários fossem pretos. Mas eu já estava tão acostumada a ser a única negra de tantos lugares que aquilo pra mim parecia ser um Oásis. 

Vamos ao check-list rápido:

Única negra da sala na universidade (Bolsista, amém); 

A primeira da família a ter um curso superior (Infelizmente a única até agora);

Já trabalhei em N lugares onde eu era a única negra;

Uma das minhas últimas experiências antes de começar no Mundo Negro, foi em um portal de notícias prestigiado onde as únicas negras era eu e a senhora que cuidava da limpeza. Todo o resto em sua maioria eram homens brancos cheios de comentários e atos racistas, tantos que daria até mais um checklist, mas seguimos. 

Estou aqui, falando tudo isso, pra deixar de forma mais escura, o quanto é importante ter representatividade na mídia negra. Além de ser espelho para os que estão ao nosso redor, é de extrema importância para nós, negros, ocuparmos nossos espaços e locais de fala. Para que não seja um espanto uma empresa ter em sua maioria ou totalidade, funcionários negros. 

Sem falar da narrativa branca ao abordar assuntos envolvendo a comunidade negra. Onde por exemplo a mídia representa um garoto branco traficante como jovem apreendido e o negro já é logo taxado de ladrão isso é, quando sobrevive e chega a entrar no noticiário como traficante e não como óbito de mais um jovem negro. 

De forma sucinta, essa é a diferença entre trabalhar em uma empresa branca e uma empresa preta. Eu falo para os meus na linguagem dos meus e cresço com os meus. Dando visibilidade, suporte, relatando casos que muitas vezes a grande mídia branca não se interessa.

Esse artigo é sobre ocupar espaços e fazer com que seja comum ter negros ocupando todos os espaços dentro de uma empresa, principalmente na mídia. Nossas crianças precisam se ver e ter a quem se espelhar. 

“Negras que Movem”: Inspiradas por Tais Araujo, movimento reúne profissionais de todo o Brasil em busca de representatividade

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Nas últimas semanas, uma ação iniciada por Tais Araujo mobilizou famosas e fez surgir, também, um movimento que reúne profissionais de todo o Brasil em busca de um único objetivo: representatividade.

Leia também: Atrizes homenageiam Tais Araujo com Hashtag #AtrizQueInspira

Por meio da campanha “Negras que Movem”, um grupo de aproximadamente 30 mulheres de diferentes estados e carreiras se uniram para divulgar seus projetos, fazer negócios entre si e influenciar mais profissionais a fazerem o mesmo.

“Nós vimos a publicação que Taís Araujo fez nas redes sociais homenageando a atriz Isabel Fillardis e percebemos como isso ganhou força. Muitas atrizes negras entraram na campanha e também falaram sobre a importância de Isabel e da própria Taís em suas trajetórias. Então, pensamos: por que não criarmos essa rede e mostramos mulheres negras que estão por aí movendo diversas áreas profissionais, desde o Direito à Economia, da Tecnologia à Aviação?”, explica a publicitária Luciane Reis, criadora do canal “MercAfro” e uma das integrantes do projeto. Ao lado da designer Taís Nascimento e da marketeira digital Vitorí da Silva, ela organiza o primeiro mês de ações do grupo.

No perfil do Instagram, que leva o mesmo nome da campanha, são compartilhadas as histórias dessas profissionais. Além disso, também é disponibilizada uma forma de contato, para viabilizar as possíveis parcerias que venham a surgir. “No grupo há mulheres das mais diferentes carreiras, então é muito provável que você se identifique com alguma delas ou que necessite de algum serviço oferecido. É muito importante também mostrar essas histórias, de profissionais negras que estão fazendo sucesso pelo país, para que cada vez mais mulheres negras saibam que o local delas também é naqueles espaços”, comenta a jornalista Jaqueline Fraga, autora do livro “Negra Sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho” e que ao lado da educadora física Jéssica Remédios apoia as ações de comunicação do grupo.

As profissionais que fazem parte do projeto se conheceram por meio do Programa Marielle Franco, promovido pelo Fundo Baobá para a Equidade Racial. “O programa busca acelerar o desenvolvimento de lideranças femininas negras. Muitas de nós não nos conhecemos pessoalmente, já que é um grupo nacional, mas sentimos a necessidade de compartilhar nossas histórias e assim incentivar mais mulheres a se enxergarem em profissões que muitas vezes ainda são mais ocupadas por pessoas brancas”, comenta Taís Nascimento.

O “Negras que Movem”, aliás, nasce em meio ao movimento “Julho das Pretas”, que celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado no próximo dia 25. Segundo as organizadoras, o objetivo é que no futuro mais mulheres integrem a equipe e tenham seus trabalhos divulgados na plataforma.

BAFTA TV Awards 2020: Idris Elba receberá prêmio por contribuição criativa para a televisão

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O BAFTA TV Awards 2020, anunciou nesta terça-feira (21) que o ator, diretor, produtor e DJ Idris Elba receberá um prêmio na edição deste ano.

O British Academy Television Awards, também conhecido como BAFTA TV Awards, é um prestigioso conjunto de prêmios concedidos pela indústria televisiva do Reino Unido, similar ao Emmy dos Estados Unidos. Apresentado pela British Academy of Film and Television Arts, têm sido entregue anualmente desde 1955.

Leia também: Idris Elba fecha acordo para produzir filmes e séries da Apple TV+

Durante o BAFTA TV Awards 2020, que acontecerá no dia 31 de julho, Elba será honrado com o BAFTA Special Award por toda contribuição criativa dele para a televisão. Em comunicado, a premiação aclamou a carreira de Idris:

“Em reconhecimento à sua carreira excepcional e seu compromisso em defender a diversidade e os novos talentos do setor. O impacto de Elba no cenário da televisão internacional vai além de suas realizações: um feroz defensor da diversidade e de novos talentos, ele fundou a produtora Green Door Pictures em 2013, com foco na inclusão e na oportunidade de talentos desconhecidos no cinema.”

No Instagram, a cerimônia divulgou a novidade com uma foto do ator:

“Temos o prazer de anunciar que Idris Elba receberá o BAFTA Special Award por contribuição criativa à televisão nos BAFTAs em 31 de julho!”

https://www.instagram.com/p/CC5owBHDgiF/

“Percebi que eu tinha uma força que nem imaginava”, confira o relato de Aline Barbosa no #JulhodasPretas

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No dia 25 de julho é celebrado o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Teresa de Benguela, líder quilombola do século 18 que lutou contra a escravidão da comunidade negra e indígena.

Para celebrar a data, iniciamos o movimento #JulhoDasPretas e vamos publicar histórias de mulheres da nossa comunidade que inspirem outras pessoas por meio de narrativas positivas. Não importa se as conquistas são pessoais ou profissionais , queremos contar boas histórias.

Dessa vez, o #JulhoDasPretas é com Aline Barbosa, 31 anos e mãe solo de quatro crianças.⁣⁣

Aline se formou aos 18 anos e junto descobriu uma gravidez não planejada.

“Descobri que estava grávida quando já estava com 30 semanas! Isso mesmo, 30 semanas! Sim fui mãe aos 19 anos, mãe solteira”. 

As dificuldades:

“Meu sonho de ir em busca de uma vida melhor, me impulsionava em seguir em frente. Quando minha filha tinha 6 meses eu entrei na faculdade de Pedagogia”.

“Comecei a trabalhar aos meus 16 anos em uma empresa de recreação em um shopping, pois eu precisava ajudar meus pais a custear meus gastos para estudar.⁣

Eu cursei magistério, onde eu estudava até as 18:30 e as 19:00 começa a trabalhar no shopping. Foi um período difícil, mas consegui.

Trabalhava o dia todo em uma escola, ia direto para a faculdade, usava quatro ônibus diários e só via minha filha às 23:30 da noite quando já estava dormindo.⁣

Muitas vezes pensei em desistir, mas a lembrança da minha infância onde minha avó dizia que eu sendo uma mulher negra deveria sempre mostrar duas vezes mais que era melhor, não saia da minha cabeça.

Aos poucos percebi que não era essa a profissão eu que queria seguir. Me casei e com a chegada do meu segundo filho, decidi empreender. Vendi docinhos, fiz decoração de festa, abri um salão de festas. Sempre em busca de ter o meu dinheiro e ser “alguém” na vida.⁣

Meu terceiro filho chegou e com ele muitas incertezas na minha vida, muitas dúvidas em qual caminho seguir. Continuei fazendo decorações em festas, mas a cada dia as dificuldades foram aumentando.⁣

Quando engravidei pela quarta vez, me senti envergonhada, triste, sozinha e entrei em um buraco profundo. Não sentia vontade de viver. Foi quando comecei a utilizar o Instagram, e nesta rede social conheci outras mães que passavam pelas mesmas angústias que eu.

Conclusão:

Minha filha nasceu e eu renasci! Percebi que eu tinha uma força que nem imaginava.

E desde então, comecei a trabalhar como criadora de conteúdo digital. Onde me encontrei profissionalmente e tenho o propósito de representar todas mães e mulheres negras, através do meu ig @maecrespa. ⁣⁣

Hoje faço faculdade de marketing digital e estou sempre em uma busca incessante por conhecimento, pois se tem algo que ninguém nos tira é ele.

https://www.instagram.com/p/B_UtQQSl1Hk/

Movimento cultural ‘Criolice’ fará live solidária em prol de músicos

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O movimento cultural oriundo da Zona Oeste, Projeto Criolice, está preparando uma live solidária para arrecadar recursos em prol de músicos, em seu canal do youtube. A contribuição, que tem valor inicial de R$ 10 pretende garantir ajuda financeira para esses profissionais que estão sendo bastante afetados pela pandemia. “A ideia é fortalecer e incentivar a classe”.

Iniciado numa localidade conhecida como Ponto Chic no bairro de Padre Miguel em fevereiro de 2010, o Criolice, que começou na rua para minimizar a carência de acesso a eventos culturais, em pouco tempo se tornou uma das rodas de samba mais importantes do calendário da cidade. O evento se tornou o mais esperado e comentado da região, reunindo mais de 3.000 mil pessoas todas as semanas, consagrando-se assim, a manifestação cultural e popular de maior expressão na Zona Oeste.

O objetivo do projeto é a valorização da cultura de matriz africana e consiste na implementação de várias atividades sócio culturais através de uma “sensacional viagem ao mundo do samba”, que é o grande foco desse movimento.

Serviço:
Dia 02 de agosto – às 14:00
Grupo: Projeto Criolice
Canal Youtube: Projeto Criolice
Valor para doação: a partir de R$ 10,00

Emicida será o próximo entrevistado no programa Roda Viva

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Considerado uma das revelações do hip hop na década de 2000, Leandro Roque de Oliveira é cantor, compositor, desenhista, poeta, escritor e produtor musical. Nasceu na Zona Norte de São Paulo e começou a ganhar destaque no meio musical por sua participação em batalhas de improvisação. A repercussão de seu trabalho já o levou a se apresentar em eventos internacionais como o Festival Coachella, nos Estados Unidos, e Back2Black Festival, em Londres. Com grande influência entre jovens, Emicida não deixa de expor também sua opinião sobre o cenário político brasileiro atual.

O rapper Emicida será o próximo entrevistado do Roda Viva, o tradicional programa exibido pela TV Cultura de São Paulo desde 1986 às segundas-feiras. O convite chama a atenção por serem poucos os músicos que já se sentaram para conversar com a banca de convidados. Apesar de já ter recebido importantes nomes para nossa cultura como: Elza Soares, Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre eles, além de cineastas, atores, fotógrafos e escritores. No mundo do hip-hop, apenas Mano Brown, dos Racionais MC’s, já esteve lá, em 2007.

Veja a vinheta criada para divulgar a participação do paulistano de 34 anos no programa que será exibido ao vivo na segunda-feira (27), às 22h, na TV Cultura e através dos canais digitais da emissora.

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