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É questão de tempo para os monumentos de escravagistas serem tombados

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Em novembro de 1844 o exército brasileiro promoveu a maior vergonha de sua história, traindo um grupo de negros que havia de aliado com a revolta farroupilha. Com uma carta, o barão de Caxias resolveu pacificar tudo assassinando todos os negros e resolvendo, assim  um impasse entre o Império e a revolução. Ele escreveu: “Poupe o sangue brasileiro o quanto puder, particularmente da gente branca da Província ou dos índios, pois bem se sabe que essa pobre gente ainda pode ser útil no futuro”

Fica evidente que, ao dizer “sangue brasileiro”, o barão não estava falando dos negros. Este homem, conhecido como pacificador recebeu posteriormente o título de Duque de Caxias, por conta de outro genocídio que promoveu para reprimir uma revolta no Maranhão. 

Estátuas de figuras como Duque de Caxias foram erguidas por esse “sangue brasileiro” que não representa os negros. Precisamos lembrar que esse projeto de exclusão não findou com a abolição da escravatura, mesmo após os descendentes de africanos eram chamados de “degenerados” pela elite que queria branquear a nacionalidade. Enquanto falavam de higienizar a raça brasileira eles ergueram estátuas e monumentos para quem interessava, escravagistas, comandantes de guerra que assassinaram índios e pretos e fundaram cidades com nomes de eugenistas. 

Mesmo que eles não queiram a sociedade mudou, pela luta dos próprios “selvagens” como eles chamavam. Temos mais negros nas universidades, mais negros como advogados, mais gente se educando e não apenas absorvendo conhecimento, mas criando conhecimento. Jornalistas negros estão ocupando espaço no dia-a-dia da população, professores negros estão ensinando nas escolas e o que tudo isso significa é que tomamos o espaço que nunca nos foi oferecido fácilmente e agora que estamos nessas posições o país vai ter que respeitar nossa intelectualidade e nossa memória. Somos a maioria da população, mais de 56% e cada vez mais gente está cansada de ver homenagens para quem, em vida, tratou pretos como animais desalmados. Não precisamos disso. 

É questão de tempo. Dias, semanas, décadas. Esses escravagistas serão derrubados e a nossa memória vai preencher também a história do Brasil. 

Meek Mill, Rihanna e Megan Thee Stallion assinam carta aberta pedindo reforma da polícia de Nova York

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Assinada por Meek Mill, Rihanna e Megan Thee Stallion e centenas de membros da indústria da música questiona o estatuto 50-A de 1976, que protege as ações disciplinares da polícia em Nova York.

O Estatuto 50-A foi aprovado em 1976, de acordo com a Nação em que foi criado para manter os registros disciplinares dos oficiais “confidenciais e não sujeitos a inspeção ou revisão” sem a permissão do oficial. O raciocínio original por trás do estatuto era que os advogados de defesa não podiam assediar oficiais no tribunal ou insultá-los com ofensas anteriores “sem fundamento”.

Segundo a Rolling Stone, a carta foi publicada na segunda-feira (8) juntamente com uma petição. Nas, Migos, Billie Eilish, Justin Bieber e Ariana Grande também assinam a carta que será enviada ao governador Andrew Cuomo.

“Lamentamos o assassinato de George Floyd e a perda desnecessária de tantas vidas negras antes da dele”, diz a carta. “Precisamos responsabilizar aqueles que violam o juramento de proteger e servir e encontrar justiça para aqueles que são vítimas de sua violência. Uma etapa indispensável é ter acesso a registros disciplinares dos policiais. O estatuto 50-A de Nova York bloqueia essa transparência total, protegendo o histórico de má conduta policial do escrutínio público, dificultando a busca de justiça e a realização de reformas. Deve ser revogado imediatamente.

Após a morte de Floyd nas mãos de quatro policiais, incluindo Derek Chauvin, registros públicos mostraram que Chauvin recebeu 18 queixas públicas. A disciplina que ele recebeu depois de duas incluiu cartas de repreensão. Os dados de detenção coletados pelas agências policiais estão disponíveis ao público em Minnesota.

Em 2014, o Departamento de Polícia de Nova York usou o estatuto 50-A após a morte de Eric Garner nas mãos do oficial Daniel Pantaleo. Um relatório da ThinkProgress divulgado em 2017 descobriu que a Pantaleo tinha 14 alegações individuais e sete queixas disciplinares.

Theatro Municipal do Rio fará live com o tema ‘Arte de Preto’

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O bate-papo será entre dois jovens artistas que se destacam nas artes do país: o ator e músico Jonathan Haagensen e o tenor do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Geilson Santos. 

A live acontece nesta quinta-feira (11) às 15h, no Instagram do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Que abordará o preconceito, como superar as dificuldades, o mercado de trabalho dos pretos no Brasil, os papéis de destaque na música clássica, no cinema e na televisão.  

“No momento em que acompanhamos tantas questões racistas no mundo todo, é hora de falar sobre a representatividade e o protagonismo que os blacks vivem no dia a dia”.

Os participantes da live são: Geilson Santos, tenor lírico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Bacharel em Canto pela UNI-RIO e findou os seus estudos no Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro. E o ator e cantor Jonathan Haagensen, nascido na comunidade do Vidigal, o carioca é fruto da companhia teatral “Nós do Morro”, onde estudou interpretação, canto, cenografia, artes plásticas e dança desde os 15 anos de idade.

Serviço:

Data: 11 de junho – quinta-feira

Live às 15h

Plataforma virtual: Instagram @theatromunicipalrj

MC Soffia lança clipe em que celebra sua ancestralidade

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MC Soffia fez uma parceria com a Head & Shoulders e lançou a faixa “Raízes”, que fala sobre a ancestralidade afro-brasileira, força, autocuidado e respeitar de onde veio.

A música se encaixa com o momento de protestos antirracistas que o Brasil e mundo enfrentam. É um chamado de resistência em meio a tanta dor e injustiça; Confira: 

Em quarentena, Soffia anunciou o projeto ‘Mostre Seu Talento’ que acontece toda sexta-feira, às 17h, em seu Instagram, que convida os fãs a mostrarem o próprio talento, a fim de incentivar as habilidades e os sonhos dos seguidores. 

Em nota, MC Soffia disse acreditar ser muito importante o incentivo às habilidades e sonhos dos seguidores, assim como foi feito com ela no passado. Além disso, a artista chamou a atenção pro papel do rap na transformação de vidas, incluindo a dela.

Rodrigo França assume as redes sociais de Marcelo Serrado com 1,7M de seguidores

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Inspirado pelas iniciativas de pessoas brancas em apoio ao movimento negro, o ator Marcelo Serrado cedeu o seu perfil no Instagram com 1,7 milhões de seguidores para Rodrigo França que “é Militante pelos direitos da população negra e vai contribuir aqui no meu Instagram nos provocando a refletir sobre o racismo que é tão estrutural no Brasil”, escreveu Serrado ao anunciar a ‘ocupação’ da sua rede.

A partir de quinta-feira (11), Rodrigo França abordará temas como racismo recreativo, estrutural e institucional por três semanas. “Serão abordados principalmente três eixos: história africana e cultura africana, a oralidade a questão do conceito do que que é racismo estrutural racismo institucional e racismo recreativo”, explicou Rodrigo França em entrevista ao Mundo Negro.

Na publicação de anúncio aos seus seguidores, Marcelo Serrano expôs o currículo de Rodrigo que além de militante pelos direitos da população negra é “articulador cultural, ator, diretor, dramaturgo e artista plástico.
Cientista social e filósofo político e jurídico, atuando como pesquisador, consultor e professor de direitos humanos fundamentais.
Ativista pelos direitos civis, sociais e políticos da população negra no Brasil.
Já expôs suas pinturas no Brasil, nos Estados Unidos e em Portugal; ganhou o Prêmio Shell de Teatro 2019, na categoria Inovação pelo Coletivo Segunda Black.
Escreveu sete espetáculos teatrais, entre eles: O Pequeno Príncipe Preto, Capiroto e Inimigo Oculto”.

https://www.instagram.com/p/CBJmiR3gWJz/

Após ofensas vindas do presidente da Fundação Palmares, Alcione recebe homenagem de artistas

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Foto: Divulgação.

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Carmago, ofendeu a cantora Alcione após a mesma manifestar seu desagrado com as posturas racistas dele em relação ao movimento negro. Ele, por sua vez, retrucou na manhã seguinte alegando que “desprezava suas declarações, assim como sua insuportável música”. 

No entanto, a classe artística por meio da 342Artes ofereceu a Marrom uma bela homenagem, demostrando sua importância para o cenário musical brasileiro bem como sua bela – e potente – voz. A homenagem contou com atores como Cris Vianna e Camila Pitanga e cantores como Gilberto Gil, Djavan, Seu Jorge e Emicida. 

Confira a mensagem de carinho à querida Alcione, a Marrom!

Discurso de Beyoncé no Dear Class of 2020 incentiva o empreendedorismo “ter o controle e ser dona da minha arte”

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Na tarde deste domingo (7), aconteceu o “Dear Class of 2020”, evento do YouTube em homenagem aos formandos deste ano. Sejam formandos de escolas ou faculdades, todos estão sendo celebrados no evento online que reuniu muitos artistas.

O line-up do evento traz Barack e Michelle Obama, Lady Gaga, Alicia Keys, BTS, Zendaya, Kelly Rowland, Beyoncé, Taylor Swift, Camila Cabello, Megan Thee Stallion, Maluma, Lizzo, Doja Cat e mais.

Após a mensagem dos Obamas, Beyoncé foi ao ar, além de parabenizar os formandos, Beyoncé incentivou e explicou a importância do empreendedorismo, “de ter o seu próprio negócio”. 

Bey trouxe exemplos claros de como o Black Money é importante. “Não havia mulheres negras o suficiente em mesas assim. Então eu tive que cortar a madeira e construir minha própria mesa”. Precisamos de representatividade em todas as áreas e no mundo consumidor não pode ser diferente. Todos consomem, todos gastam. Porque não fazer esse dinheiro girar entre os nossos?!

“A indústria do entretenimento ainda é muito sexista e como mulher, eu não vi exemplos femininos suficientes. Comandar minha gravadora e empresa de gestão, dirigir meus filmes e produzir minhas turnês. Isso significa ter o controle. Ser dona da minha arte e escrever minha própria história”; Confira o discurso completo:  

“Deu Match”: aplicativo gratuito quer facilitar a vida de quem quer comprar de mulheres negras

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Crédito da Imagem : Freepik

Incentivar o black money e ainda ajudar mulheres negras empreendedoras afetadas pela crise econômica por conta do coronavírus é um dos objetivos do aplicativo “Deu Match” .

O app  é para dar o Match, entre as empreendedoras negras que poderão cadastrar gratuitamente todo seu estoque para venda e o comprador dará o Match direto com a empreendedora. Facilitando e automatizando as vendas e facilitando aos consumidores a praticarem o giro econômico entre mulheres negras. Todos produtos para que sejam comercializados dentro do âmbito saúde tem obrigação de estarem dentro das regras da OMS.

Caroline Morais CEO  da rede Negras Plurais responsável aplicativo, dá mais detalhes sobre o projeto inédito no Brasil que está com uma campanha de financiamento coletivo para que se torne realidade.  

“Desde o plano de negócio das Negras Plurais a ideia sempre foi ser uma plataforma centralizadora de produtos e serviços. Enquanto não tínhamos recursos financeiros para entrar na tecnologia fizemos esse trabalho de forma orgânica e manual”, explica Caroline.

Outro ponto forte do projeto é que há mulheres negras envolvidas desde a parte de TI, de criação do aplicativo até a outra ponta, onde entram as empresárias negras. A CEO dos Negras plurais ressalta:

“Acreditamos que ter o primeiro aplicativo de mulheres negras realizado por uma equipe de protagonismo negro é revolucionário e potente. Sabemos onde devemos atuar e como devemos potencializar só faltava o meio que é a tecnologia. Para expandir mais ainda a rede e principalmente as participantes da rede”.

Ineditismo e madrinhas famosas

Caroline explica que uma  média 2000 mulheres já se inscreveram em projetos realizados da rede Negras Plurais. “O aplicativo pode ampliar para todo Brasil e América Latina e podendo chegar a números inimagináveis. O ineditismo desse projeto está na autonomia que ele entrega a cada mulher negra que participa e na conexão que é criada por todas elas juntas!”, explica.

E a ideia genial do projeto fez com que o “Deu Match” ganhasse aliadas importantes, como Cris Vianna, Isabel Fillardis, Nara Couto, Kenia Maria, Katiuscia Ribeiro, Dra Katleen Conceição e Dr. Fred Nicácio, Ale Garcia e Flávia Oliveira

A Rede Negras Plurais convocou a comunidade para ajudar a tirar esse projeto do papel e lançar o aplicativo. Por meio de uma campanha da plataforma Benfeitoria, quem quiser somar pode fazer doações a partir de R$ 25 reais . Quem participar da campanha ganha recompensas bem legais. Quem doar R$ 250 reais, por exemplo, ganha uma mentoria no mês de Junho.

Para ajudar esse aplicativo se tornar realidade contribua com a campanha clicando aqui:

https://benfeitoria.com/negrasplurais

“Quero que haja investimento em trabalhadores negros” discursa Michael B Jordan em ato antirracista

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Michael B Jordan participou neste sábado (06) de protestos em Los Angeles, cidade da Califórnia. Durante o ato, o ator que já interpretou o vilão Killmonger em ‘Pantera Negra’ e Adonis Creed em ‘Nascido para lutar’, relembrou seus trabalhos no cinema e a importância deles para a sua formação.

Um dos primeiros papéis que o fez entender e pensar sobre as dores interpretadas, considerando a injustiça e desigualdade racial foi o de Oscar Grant, em ‘Fruitvale Station: A Última Parada’. “Oscar Grant foi morto pela polícia numa estação de trem em Oakland, o papel me deu oportunidade de sentir a dor de sua família, sua filha e sua mãe”, relatou Michael. “Eu vivi com isso por muito tempo e isso me pesa”.

“A produção desse filme [fazendo referencia ao filme Fahrenheit 451] me fez realmente perceber o quanto o governo e os opressores fazem para tirar o conhecimento de suas mãos. E ao interpretar Bryan Stevenson em Just Mercy, aprendi suas táticas. Aprendi sua mentalidade. Aprendi sua abordagem das coisas. Você deve estar próximo das questões.” Completou o ator, que ainda pediu para que as empresas contratassem funcionários negros.

“Qual é o desafio de se comprometer a contratar pessoas negras? Conteúdo negro, liderado por executivos negros, com consultores negros.” Questionou, relembrando diversas cenas e atuações ao longo de sua carreira.  “Para todas as produções, para os estúdios, para todos os grandes negócios e parcerias que eu tenho, se você tem algum vínculo financeiro com a polícia, temos que reconsiderar nossos negócios. Temos que parar de contratar polícia. Temos que cortar o apoio deles.” Terminou o ator.

Michael B Jordan sempre se posiciona sobre representatividade e relações sociais. Em 2018, o ator afirmou que só faria filmes com cláusula de inclusão, para que tenham diversidade racial e de gênero.

“Temos que continuar agitando as coisas. Não podemos ser complacentes. Não podemos deixar esse momento passar por nós, temos que continuar a colocar o pé no pescoço deles”, fazendo menção a morte de George Floyd, que morreu após ser asfixiado por oito minutos e 46 segundos por um policial.

Confira o vídeo na íntegra:

“Quero que haja investimento em trabalhadores negros” discursa Michael B Jordan em ato antirracista

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Michael B Jordan participou neste sábado (06) de protestos em Los Angeles, cidade da Califórnia. Durante o ato, o ator que já interpretou o vilão Killmonger em ‘Pantera Negra’ e Adonis Creed em ‘Nascido para lutar’, relembrou seus trabalhos no cinema e a importância deles para a sua formação.

Um dos primeiros papéis que o fez entender e pensar sobre as dores interpretadas, considerando a injustiça e desigualdade racial foi o de Oscar Grant, em ‘Fruitvale Station: A Última Parada’. “Oscar Grant foi morto pela polícia numa estação de trem em Oakland, o papel me deu oportunidade de sentir a dor de sua família, sua filha e sua mãe”, relatou Michael. “Eu vivi com isso por muito tempo e isso me pesa”.

“A produção desse filme [fazendo referencia ao filme Fahrenheit 451] me fez realmente perceber o quanto o governo e os opressores fazem para tirar o conhecimento de suas mãos. E ao interpretar Bryan Stevenson em Just Mercy, aprendi suas táticas. Aprendi sua mentalidade. Aprendi sua abordagem das coisas. Você deve estar próximo das questões.” Completou o ator, que ainda pediu para que as empresas contratassem funcionários negros.

“Qual é o desafio de se comprometer a contratar pessoas negras? Conteúdo negro, liderado por executivos negros, com consultores negros.” Questionou, relembrando diversas cenas e atuações ao longo de sua carreira.  “Para todas as produções, para os estúdios, para todos os grandes negócios e parcerias que eu tenho, se você tem algum vínculo financeiro com a polícia, temos que reconsiderar nossos negócios. Temos que parar de contratar polícia. Temos que cortar o apoio deles.” Terminou o ator.

Michael B Jordan sempre se posiciona sobre representatividade e relações sociais. Em 2018, o ator afirmou que só faria filmes com cláusula de inclusão, para que tenham diversidade racial e de gênero.

“Temos que continuar agitando as coisas. Não podemos ser complacentes. Não podemos deixar esse momento passar por nós, temos que continuar a colocar o pé no pescoço deles”, fazendo menção a morte de George Floyd, que morreu após ser asfixiado por oito minutos e 46 segundos por um policial.

Confira o vídeo na íntegra:

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