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Conheça as primeiras eleitas comprometidas com a Agenda Marielle Franco

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Foto: Divulgação

Na primeira eleição municipal após o assassinato da vereadora Marielle Franco, o Instituto Marielle Franco criou a agenda que leva o nome da vereadora, na intenção de continuar o seu legado “Do ‘Falar Marielle’ ao ‘Fazer Marielle’.” é o slogan do projeto.

A intenção da Agenda Marielle Franco é encontrar candidatos dispostos a seguir os compromissos com práticas e pautas antirracistas, feministas e populares a partir do legado de Marielle para as eleições 2020

Conheça as primeiras eleitas da agenda:

Bia Caminha (PT) candidata a vereadora mais jovem da história Belem- PA
Tássia Castelli (PT) PR – Coronel Vivida
Coletiva Bem viver Floripa (PSOL) SC- Florianópolis
Duda Salabert (PDT) MG- Belo Horizonte
Carol Dartora (PT) PR – Curitiba
Vivi Reis (PSOL) PA- BELÉM

Através de análises da produção legislativa do mandato de Marielle realizadas nos últimos meses pela equipe do Instituto o projeto foi estudado e dividido em 4 etapas:

1-Estudo das falas de Marielle do plenário da Câmara de Vereadores e de outros discursos; 

2 – Entrevistas com assessoras de Marielle de diferentes áreas do gabinete; 

3-  Estudos das justificativas de Projetos de Lei e outros documentos produzidos por Marielle;

 4- Sistematização das observações colhidas em 7 práticas e 7 pautas, sendo elas:

7 Práticas Marielle Franco:

Diversificar, não uniformizar
Ampliar, não limitar 
Honrar, não apagar
Coletivizar, não individualizar
Puxar, não soltar
Escancarar, não se encastelar 
Cuidar, não abandonar

7 Pautas Marielle Franco:

Justiça Racial e Defesa da Vida
Gênero e Sexualidade 
Direito à Favela
Justiça Econômica
-Saúde Pública, Gratuita e de Qualidade 
Educação Pública, Gratuita e Transformadora 
Cultura, Lazer e Esporte

Para mais informações sobre a Agenda Marielle Franco clique aqui

Ex-presidente Barack Obama participa do Conversa com Bial

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O Conversa com Bial exibe, nesta segunda-feira (16), uma entrevista feita com o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Em conversa, realizada por videoconferência, com o jornalista e apresentador Pedro Bial, Obama fala sobre o novo livro “Uma terra prometida“, feito com base nas memórias à frente da Casa Branca. Obama também fala sobre as perspectivas de seu país e do mundo, inclusive aos olhos do Brasil, em relação a Joe Biden e Kamala Harris, recém-eleitos para o posto que ele ocupou por oito anos.

“Minha esperança é que, com a nova administração de Biden, há uma oportunidade de redefinir essa relação. Sei que ele vai enfatizar que a mudança climática é real, que Estados Unidos e Brasil têm um papel de liderança a desempenhar. Sei que ele vai valorizar a ciência sobre a Covid-19, e o fato de que o vírus é real.”

Flávia Barbosa, editora executiva do jornal O Globo que cobriu todo o segundo mandato de Obama, também participa da entrevista que vai ao ar depois do Jornal da Globo.

A obra, feita com base nas memórias de Obama à frente da Casa Branca no decorrer de oito anos, será publicado, nessa terça-feira (17), simultaneamente em 25 idiomas no mundo todo. Este é o primeiro de uma série de dois volumes.

Capa do livro 'Uma terra prometida' do ex-presidente Barack Obama

Desde a volta do Conversa com Bial, o programa tem sido mais curto e com entrevistas feitas remotamente. Na estreia com Gloria Maria, a jornalista falou sobre racismo e a história dela no telejornalismo brasileiro. Também falou pela primeira vez sobre a doença que enfrentou, criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro com a imprensa e disse que já teria dado um basta nisso.

Griot Assessoria conta a história do povo preto através de resgate ancestral

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Foto: Edmar Sodré

Nesta segunda-feira, 16 de novembro, chega ao mercado uma agência de Relações Públicas com foco em assessorar artistas, eventos e criadores de conteúdo negros. A partir de um resgate ancestral, a GRIOT Assessoria propõem perpetuar por meio da oralidade as histórias do povo preto por meio das mídias convencional e alternativa, e na internet. A especialidade da agência é trabalhar o posicionamento e a imagem com foco no empoderamento preto, e na Comunicação Integrada de acordo com os objetivos específicos de cada cliente. Os serviços que possibilitam essas estratégias são: assessoria de imprensa, social media, curadoria e consultoria estratégica. 

O nome GRIOT é uma menção aos contadores de histórias e perpetuadores da cultura africana, responsáveis por transmitir de forma oral todas as tradições, mitos, ritos e canções ao longo das gerações. Países como Mauritânia, Guiné, Moçambique, Congo e Mali, possuem essa tradição. Estes griots na contemporaneidade, são comunicadores, escritores, poetas, artistas, terapeutas holísticas, filósofas, entre outros, que mantém vivos o legado das filosofia e cultura africanas no continente de origem e pela diáspora.

A GRIOT é fundada por Cristhiane Faria, comunicadora social que iniciou sua carreira em Relações Públicas nos segmentos de tecnologia, empreendedorismo e beleza, conta que a GRIOT é fruto da união da consciência racial com a definição de propósitos para o trabalho. “Antigamente eu trabalhava apenas em troca de um salário e benefícios, o que é a realidade de grande parcela da população negra. Porém, a maioria não tem o mesmo acesso que eu tive para ocupar e se apropriar de determinados espaços. Por isso, com o amadurecimento pessoal e mais consciência social, e sobretudo racial e de gênero, entendi que poderia usar destes privilégios para me alimentar de trabalhos com propósito. E para além disso, retornar à comunidade negra estes conhecimentos e experiências adquiridas na minha trajetória enquanto profissional de Comunicação que pôde vivenciar diferentes segmentos e formatos de empresas no mercado de trabalho”, declara Cristhiane. 

A recém-afroempreendedora também questionou a falta de Assessorias de Comunicação lideradas por mulheres negras no mercado, e principalmente nas áreas de cultura e empreendedorismo. “Comecei a fazer um levantamento de indicações e percebi que entre artistas, produtores, ativistas, empreendedoras e criadores de conteúdo, o conhecimento de profissionais de Assessoria de Comunicação negras era escasso. E com isso, muitas personalidades negras que possuem discurso ativista e antirracista, trabalham com equipes de Comunicação não-negras”, pontua a fundadora da GRIOT. 

Sobre a GRIOT Assessoria:

Agência de Relações Públicas especializada em contar histórias de artistas, eventos e criadores de conteúdo negros. A GRIOT – assim como a tradição em África – tem como propósito perpetuar pela oralidade essas histórias para a mídia e na internet. Os serviços prestados são de Assessoria de Imprensa, Social Media, Curadoria e Consultoria Estratégica. É o Afrofuturismo em ação! É fundada por Cristhiane Faria, que iniciou sua trajetória no meio cultural e de influência digital em 2018, como Relações Públicas do selo musical MGoma, dirigido pelo MC e produtor musical Rincon Sapiência. Atualmente, tem em seu casting as cantoras Indy Naíse e Gabriellê, os cantores Dois Africanos e Leonardo Alan, as plataformas artísticas e culturais Academia Dancehall e Academia do Funk; os Festivais Periferia Preta e Encontro das Pretas; a plataforma de conteúdo Influência Negra e a plataforma de saúde holística afrekana Kiumbe.ixi. 

Em conversa com o Mundo Negro, a fundadora falou sobre a importância de uma agência preta no mercado e o papel da Griot Assessoria na luta antirracista:

MUNDO NEGRO:

Você falou sobre a baixa representatividade de mulheres negras à frente de Assessorias de Comunicação, pode falar um pouco sobre a importância da Griot nesse sentido?

Cristhiane Faria (Fundadora da GRIOT):
Sabemos que enquanto mulheres e negras as oportunidades quase nunca nos são oferecidas. Atualmente, vemos um maior movimento e presença de lideranças femininas negras no mercado de trabalho, seja dentro de empresas ou à frente de seus próprios negócios. Entretanto, assim como muito se tem noticiado sobre a baixa representatividade negra na publicidade, esse índice se reflete nas demais áreas, como Relações Públicas, Assessoria de Imprensa, Jornalismo, entre outras. Ou seja, temos um domínio da branquitude num lugar que diz respeito às nossas próprias vozes, identidades e posicionamento. Por isso, entendo a importância da GRIOT não só quanto mais uma referência dentre as poucas que temos, mas também de posicionar no mercado e principalmente nessa sociedade pós-George Floyd, que nós mulheres negras estamos resgatando e perpetuando nossa cultural ancestral do matriarcado e da gestão de comunidades, a exemplo das organizações quilombolas.

Mundo Negro: Em sua visão qual é a necessidade e importância de pessoas pretas serem assessoradas por uma agência preta?

Essa é uma questão que se desdobra em várias outras. A começar por todos os esforços em políticas afirmativas para aumento do ingresso de pessoas negras nas universidades, passando pela ínfima presença de negros nas agências, pela representatividade negra na mídia, até chegarmos ao movimento blackmoney e à consciência antirracista. O objetivo da GRIOT é de perpassar por todas essas questões, e principalmente fazer valer a produção de projetos e estratégias de Comunicação centradas no antirracismo. Cada vez mais profissionais negros da Comunicação e dos Negócios, têm sido procurados por marcas para consultorias e curadorias, pois estas compreenderam a necessidade de não tentarem compreender algo que não possuem vivência para tanto. Somente uma pessoa negra irá conseguir identificar determinadas oportunidades valiosas para a carreira de uma pessoa negra, valorar na mídia suas conquistas individuais que se projetam no coletivo, e consequentemente também evitar pautas e projetos que não condizem com nossas perspectivas.

Depois de fala racista de sócia, Nubank investe milhões para ter mais negros na empresa

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Cristina Junqueira do Nubank - Foto: Reprodução Roda Viva TV Cultura

Como diria a Rihanna, tem gente que só pede desculpa por que foi pego. O banco digital Nubank anunciou um investimento de 20 milhões de reais em uma série de ações que têm como objetivo incluir mais negros na empresa.

Obviamente nada disso teria acontecido se Cristina Junqueira não tivesse ofendido a comunidade negra durante o programa Roda Viva afirmando que contratar pessoas negras era difícil e ela não queria nivelar por baixo contratando profissionais despreparados.  “Não adianta colocar alguém pra dentro que depois não vai ter condições de trabalhar com as equipes que a gente tem”, disse a executiva no programa da TV Cultura.

O Nublack comitê étnico racial do NuBlacks ajudou a construir uma série de ações que incluem parcerias e capacitação.

Selecionamos algumas :

– Ampliação do time de diversidade e inclusão para 12 pessoas, 100% dedicadas na atração, seleção e desenvolvimento de grupos sub representados.

– Em 2021  a empresa criará um programa formal de mentoria e aceleração focado no desenvolvimento dos funcionários negros, negras e outros grupos sub-representados para valorizar ainda mais os talentos que já temos hoje no Nubank.

– Abertura do Nulab@Salvador, um hub de tecnologia e experiência do cliente em Salvador (BA), que vai nos ajudar tanto a trazer mais diversidade para o time do Nubank, como a entender melhor a realidade dos milhões de clientes que temos no Nordeste.

– Formação de 1.000 jovens negros e negras socialmente excluídos para o mercado de trabalho com foco em habilidades fundamentais de linguagem e matemática, inglês e programação;

– Formação de pelo menos 250 programadoras negras para contratação pelo Nubank ou por outras empresas de tecnologia.

A carta de compromisso da empresa pode ser lido na íntegra aqui.

E  que nas próximas ações de gestores brancos, a gente possa usufruir de ações reparatórias sem sermos moralmente agredidos.

A cozinha da diáspora africana pelas Américas

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Aline Chermoula: é a nova colunista do Mundo Negro. Ela é cozinheira e pesquisadora da culinária afrodiaspórica pelas Américas

A identidade cultural de um povo age como sustentação e manutenção de suas tradições, hábitos e costumes. Os traços peculiares permitem a produção, fomento e difusão do conhecimento, e a comida mantém ligação intrínseca aos significados atribuídos aos alimentos e ao ato alimentar, criando assim, símbolos que moldam os hábitos culturais de um grupo.

A diáspora carrega em si a ideia de dispersão, assim também como a possibilidade de regresso. Os africanos da diáspora buscaram, na criatividade e na organização, as formas de resistir mantendo suas culturas vivas, principalmente a culinária, que carregou muitas características de sua origem.

Uma das principais romantizações que se faz da história brasileira é a contribuição dos povos africanos escravizados para a gastronomia nacional. Importante lembrar que a população da diáspora executava trabalhos forçados nas colônias. Portanto, é impossível pensar que essa construção da cultura alimentar se deu de bom grado como uma troca de saberes.  Internamente, a cultura e a religiosidade de matriz africana, transmitidas com resiliência entre gerações, é um dos pilares da gastronomia do país – se não a principal influência, e era, infelizmente ainda é, uma religião que sofre ataques dos intolerantes.                                                                                

A imigração forçada dos africanos destruiu ainda nossas referências históricas com nossos antepassados. Os reinos devastados, sociedades desenvolvidas e com tecnologia desconhecida foram roubadas pelos europeus, que também levaram nossas riquezas. Mas a cultura viajou junto com as pessoas e a culinária é uma das maiores representações culturais de um povo. O comportamento relativo à comida liga-se diretamente ao sentido de nós mesmos  e à nossa identidade social.

Quando você come uma moqueca, por exemplo, sente que ali tem a mão de algum descendente do continente africano. A pamonha também tem um pouco de África em si, se aproxima muito dos acaçás e aberéns. Posso citar até mesmo a maniçoba é um prato indígena, mas que tem registro de preparos parecidos na mãe África.

A culinária possui significados e simbolismos diversos nas diferentes formas de cultura. A comida transcende seu significado para algo além do satisfazer-se biologicamente (nutrir o corpo com o essencial para sobrevivência), mas o ato de comer está entre o que é natural, social e cultural no homem. No processo de transformar o alimento em comida ocorre a introdução de crenças, costumes, saberes de um determinado grupo. A forma que os povos se alimentam está diretamente relacionada historicamente à sua cultura, às condições geográficas, recursos econômicos e até mesmo a religião. E foi em torno desta última que inicialmente os africanos recém chegados ao Brasil se organizaram e fortaleceram para resistir à escravização e perpetuar alguns saberes ancestrais africanos  E as religiões de matrizes africanas trazem consigo um arsenal de referências culturais pertencentes a nossos ancestrais.

Por isso, a cultura alimentar é  um aspecto importante para recuperação da humanidade de muitos indivíduos.

Foto: Reprodução Instagram Aline Chermoula

A culinária da diáspora africana pelas américas tem como principal objetivo promover e resgatar memória ancestrais, por meio da pesquisa sobre comida africana e suas representações em países do continente americano. Esse tipo de fazer é conhecido como culinária afrocontemporânea, uma cozinha que utiliza como principais ingredientes alimentos que fazem parte das dietas alimentares de vários países continente Africano.  Essa cozinha que chamo diaspórica pelas Américas, não é um conceito muito conhecido ainda. A defino a partir de minha visão e conhecimentos.

Receitas como Gumbo, prato da culinária cajun do Sul dos EUA, Ropa Vieja comida emblemático de Cuba, assim como Acarajé, comida que representa o povo de santo no Brasil, acredito que muitos outros são importantes e serão ainda revelados.

Esta culinária das Américas tem como principal característica a grande diversidade de origens, que se dão a partir das misturas de ingredientes, técnicas de preparo e conservação dos alimentos, além das influências dos nativos, exploradores, outros imigrantes escravizados e conquistadores.

A comida afro contemporânea se define pela utilização de ingredientes em comum como o inhame, a banana da terra, a pimenta malagueta, o coco, o tamarindo, os feijões, os camarões secos, as ervas frescas e as especiarias.

Com apenas 10 negros, o Prêmio Contigo 2020 revela a lista de indicados

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Foto: Divulgação

Em um ano tão problemático para a comunidade negra, marcado pelas manifestações e luta do movimento negro percebemos que pouca coisa mudou, e ainda ficamos de fora das grandes homenagens. O Prêmio Contigo que por muito tempo foi considerado o Oscar da TV brasileira divulgou a lista de indicados do ano de 2020 que tem o total de 9 pessoas negras

A redação da Contigo ao longo do último mês trabalhou na listagem de 5 pessoas ou programas de TV para cada uma das 28 categorias que serão premiadas, são no total, 20 categorias envolvendo premiações diretamente a pessoas, 100 pessoas foram indicadas e 10 são pretas. 

Confira a lista de pessoas negras indicadas e suas categorias:

1 -Iza foi indicada na categoria de Melhor Cantora

2-Thiaguinho indicado na categoria de Melhor Cantor

3- Jéssica Ellen indicada na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante

3 – Agnes Nunes na categoria Revelação Musical

4-Taís Araújo indicada na categoria Atriz de novela

5 – Lázaro Ramos indicado na categoria de Ator de Série

6 – Maju Coutinho na categoria de Âncora de Telejornalismo

7 – Roberta Rodrigues indicada na categoria de Atriz Coadjuvante

8 – Taís Araújo indicada na categoria Atriz de série

9 – Ludmilla indicada na categoria Melhor Cantora

10- Any Gabrielly indicada na categoria Revelação Musical

É claro, consideraremos a baixíssima representatividade de pessoas negras na televisão brasileira, o que é a problemática central, mas, além disso, muitos nomes de artistas e influenciadores negros nem sequer foram considerados pela redação da premiação que trabalhou em torno de um mês para selecionar uma lista 90% branca.

Abaixo listamos alguns artistas e influenciadores que marcaram o ano de 2020 e foram bem recebidos pelo público:

O ator mirim 

Pedro Guilherme, que emocionou o telespectador por diversas vezes em suas cenas com a Atriz Taís Araújo

TikToker do Ano

A influenciadora Camilla De Lucas que animou a quarentena dos brasileiros com os seus vídeos super originais e cômicos .

Atriz Revelação

A atriz e rapper Gabz que atuou em Malhação “Toda Forma de Amar” e protagonizou uma das cenas da novela que mais repercutiu

https://globoplay.globo.com/v/8050380/

Ator de Novela/Ator de série

O ator David Junior, que interpretou Ramon Bernardes em “Bom Sucesso” e Mauro em “Sob Pressão” e teve vários momentos inspiradores em ambas tramas, na novela das 7 as cenas do ator com a filha foi muito comentada nas redes sociais, e o papel de chefe da equipe em “Sob pressão” é de arrepiar e isso foi comprovado somente em 2 episódios especiais

Atriz Coadjuvante

Erika Januza que deu vida a tenista Marisa na novela “Amor de Mãe” e levou muita emoção ao público com as reviravoltas da sua personagem que enfrentou muitas dificuldades na busca por um sonho.

Atriz de Série

A atriz Paty de Jesus da série “Coisa Mais Linda” nos proporcionou um dos melhores diálogos sobre ser mãe solo, preta e periférica no Brasil, e na segunda temporada da trama a atriz se entregou com a mesma dedicação enquanto enfrentava o puerpério.

Melhor Cantor

O rapper Djonga, que fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a ser indicado à Premiação Americana de Rap no ano de 2020.

Casal do Ano

Taís Araújo e Lázaro Ramos, que durante o ano postam seus sutis momentos de amor e cuidado e dão um belo exemplo da leveza que traz um amor preto.

E poderíamos citar muitos outros artistas, influenciadores e profissionais… Em um país em que somos a maioria da população como é possível a comunidade negra ser sempre minoria em grandes momentos? Como afirmou a jornalista Maju Coutinho, “Somos ótimos em outras coisas também”, então por que somos lembrados somente quando o assunto é racismo? Queremos ser capa de revista, queremos ser referência, e receber grandes prêmios e homenagens.

Flávia Diniz e Marcelo Zig, fundadores do Quilombo PcD, ocupam Instagram de Rodrigo França

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Nesta segunda-feira (16) os fundadores do Quilombo PcD, Flávia Diniz e Marcelo Zig, ocupam o Instagram do dramaturgo Rodrigo França. “Estamos super felizes por fazermos está linda travessia por temas tão importantes para a sociedade“, celebram Flávia e Marcelo.

Flávia Diniz é produtora cultural e fundadora do Resenha das Pretas, já Marcelo Zig é filósofo e fundador do Projeto Mergulho Cidadão, ambos fundadores do Quilombo PcD. Na ocupação, eles abordaram assuntos como: Educação, moda, paternidade, maternidade, lazer, cultura e afetividade. Sempre trazendo a perspectiva da pessoa preta com deficiência.

Flávia explica por que esse recorte é tão importante: “Porque nós enquanto pessoas pretas com deficiência somos empurrados para a margem uma vez que nossos corpos pretos são expropriados pelo racismo única e exclusivamente como mão de obra porem somos ainda mais acachapados para a margem da margem quando o capacitismo diz que nem esta serventia nossos corpos com deficiência possuem”.

Tão importante quanto dar voz a pessoas PcD´s é também ouvi-las. Os fundadores do quilombo PcD fazem o convite mas lembram “não somos nossas deficiências somos pessoas“.

Serviço

Ocupação PcD
Onde: Instagram @rodrigofranca
Quando: Segunda-feira, 16 de novembro e terça-feira (17)
Venha sorrir, chorar, prosear, refletir, trocar, construir, nos conhecer, se conhecer, e juntas e juntos identificarmos saídas para questões históricas que nos distanciam a todos nós, sem distinção, da nossa própria humanidade”.

Mulher negra e suas versões: nossas histórias contadas pelos nossos cabelos

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Foto: Fatima Amaral

Não é novidade que a relação da mulher negra com seu cabelo raramente inicia sendo das melhores: a ditadura do liso como única alternativa, as piadas racistas, o bullying e a falsa ideia de um “cabelo ruim” ou “cabelo difícil”. Quantas de nós maltratamos nossos cabelos até que não sobre alternativa além da transição capilar seguido do big chop (grande corte)  – sem contar aquelas que passam por esse processo mais de uma vez. 

Aquela velha história do racismo que nos fez odiar nossos traços e o nosso crespo/cacheado está incluindo nisso. A falta de representatividade nas novelas, o padrão de beleza imposto de mulher branca, magra e lisa, bem como a ausência de produtos específicos para cabelos cacheados e crespos corroborou por anos a afiliação de possuir um cabelo afro. Nos fez acreditar que possuir um cabelo afro era sinônimo de desleixo, desarrumação ou dificuldade. Como se fosse inerente aos crespos e cachos estar sendo preso. Mentiram para nós por anos. E nós, infelizmente, acreditamos. 

Hoje em dia, para algumas mulheres negras, está mais fácil aceitar os cabelos de raízes e texturas mais grossas, mas houve um tempo em que corríamos para diversas soluções para simplesmente escondê-los.  

É claro que podemos usar nosso cabelo da forma que nos sentimentos mais confortáveis, box braids, lace, twists, nagô e até alisados, encontramos diversas versões e mantemos a que nos faz radiar. Mas, o ideal é entendermos o porquê de não nos sentimos confortável justamente com a forma original dele, o que está por trás disso já sabemos e o importante é que mesmo que indiretamente cada vez mais mulheres negras estão aceitando suas versões originais e ganhando confiança para aderir outras.

Porque cabelo de negro não é só resistente

É resistência. (2016, p.11). Mel Duarte

Enquanto mulheres negras, nosso cabelo fala mais por nós do que imaginamos, quando estamos acanhadas, ele mostra presença e deixa recados, através de algumas versões além de contar nossas histórias, ele conta a de nossos antepassados. Já passou a época em que nos envergonhávamos dele, hoje eu arrisco dizer, que o cabelo da mulher preta é o que mais lhe dá orgulho.

No mês de novembro, a nossa intenção é contemplar a beleza de mulheres negras, crespas, cacheadas, trançadas, em transição, carecas, das laces e quantas mais versões de nós existir. Porque a nossa beleza é plural, para isso conversamos com algumas seguidoras do Mundo Negro, para saber a atual relação com seus cabelos.

Para as crespas:
Por muito tempo o cabelo crespo foi diminuído “cabelo duro, cabelo ruim, bombril” eram apelidos usados pelos racistas para nos ridicularizar e fazer com que odiássemos nossos traços, porque eles sabiam que desde o momento que olhássemos nosso crespo com outros olhos e notássemos a potência dele, nada mais poderia nos ofender. O cabelo crespo é resistência, foi por muito tempo o caminho que guiava nossos ancestrais e a história que o cabelo crespo carrega é do trajeto para nossa liberdade! Por isso, devemos nos gabar dos nossos crespos, sim e ter muito orgulho dele!

“Tenho muito orgulho, por conta de todo preconceito que já enfrentei por conta do meu crespo. Hoje em dia aceitar ele do jeito dele é uma superação. Eu levei 30 anos para aceitar meu cabelo natural e hoje em dia não trocaria por nenhum outro cabelo do mundo” contou a seguidora Viviane @vivifragoso

Para as alisadas:

Há um mito de que a mulher negra precisa usar o seu cabelo natural, independente se prefere de outra forma ou não. Mas acontece que a mulher negra pode usar o seu cabelo como prefere e se sente bem, e não deixará de ser negra por isso, como já dito o importante é entender o que está por trás do “não gostar do natural” e trabalhar em cima disso. Mas nós não saímos da ditadura do liso há alguns anos para entrarmos na ditadura dos cachos a essa altura.

“Entendo que mesmo sendo negra meu cabelo pode ser uma referência mesmo não utilizando ele de maneira natural.” Contou nossa seguidora, Morgana Tays (@morganatays8)

Para as em transição:
Estamos juntas! Muitas mulheres negras se sujeitam as químicas desde cedo, e nós sabemos o quanto o processo de transição capilar pode mexer com a gente, o famoso dia de lutas e dias de glória. Um dia acordamos feliz com mais um cachinho que se formou e no outro estamos indignadas com uma parte que não cacheia de jeito nenhum, mas ainda assim, o processo é de muita descoberta!

“O processo de transição capilar me abriu portas para o autoconhecimento e aceitação. Eu vivia inserida na cultura branca, (…) a falta de representação negra com cabelos cacheados e crespos nesse mundo fazia com que eu não me aceitasse da forma que sou, principalmente na questão com meus cabelos. Foi quando decidi passar pelo processo de transição capilar, pesquisei muito, conversei com muitas pessoas e decidi iniciar essa caminhada. Certamente foi a melhor escolha que fiz, estou há quase um ano e pude me conhecer como nunca antes. Durante esse processo, conheci pessoas como eu que me inspiram e me interessei em buscar artistas e personagens que me representassem também. O processo de aceitação não é do dia para a noite, mas posso dizer que a transição tem me ajudado de forma diária a buscar o melhor de mim, a me olhar no espelho e aceitar os meus cachos cheios como são.” Contou nossa seguidora Nicolle Moraes (@transicaodanic)

Para as trançadas:

As tranças – de seus variados modelos – são um grande símbolo de resistência. É histórico e, sobretudo, cultural. Grande símbolo de nossos ancestrais que utilizavam das tranças para diversas situações.

“Usar trança pra mim sempre foi muito além de só um estilo, trança sempre foi identidade. Graças à elas, consegui me libertar do cabelo alisado, graças a elas recuperei minha autoestima e me empoderei. A minha relação com as tranças sempre foi algo além, é uma sensação de poder, de autoestima, de força… quando me vi de box braids pela primeira vez foi um misto de sensações que nem sei explicar. Botei na minha cabeça que ia aprender a trançar meu próprio cabelo, tentei, tentei até que consegui e hoje em dia trabalho com isso. É maravilhoso, ajudar mulheres negras, aumentar a autoestima delas como a minha foi aumentada, parece que eu volto em 2015 e me vejo em cada reação das minhas clientes ao se ver no espelho. Acredito que tenho um dom ancestral e me orgulho dele.”  Declarou a seguidora e trancista, Flávia Trindade (@ffflav) 

Para as carecas: 

A liberdade capilar também estar em não ter cabelos! Sim! Podemos raspar nossos cabelos e não seremos menos femininas, tampouco menos negras. A liberdade capilar de escolher ser e estar como queremos. Às vezes o ato de raspar o cabelo traz uma força inimaginável para a mulher preta. Além de ser super estiloso!

Ter meu cabelo curto para mim significa coragem, significa não me basear em padrões, significa acordar pronta, significa me ver no espelho (já que não tenho cabelo para “me esconder”), significa olhar para o meu rosto e pensar: “como sou linda”, significa mostrar às meninas que elas podem ter o cabelo que quiserem, significa mostrar que a beleza não se resume num cabelo.” Desabafou a seguidora, Jade Lima (@jadels100)

Muitas versões né, e tudo isso para mostrar que somos quem queremos ser e somos lindas de todas essas formas, por isso, abrace as suas versões e tire o melhor delas!

Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca apresenta ópera ‘O Morro Canta Canudos’ com participação de Toni Garrido

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Foto: Divulgação

A partir do dia 16 de novembro, segunda-feira, as orquestras do Programa Orquestra nas Escolas, se apresentam em locais públicos do Rio de Janeiro. Crianças e jovens do projeto, promovido pela Secretaria Municipal de Educação e com patrocínio da Uber, vão às ruas do Largo da Carioca, Central do Brasil, Praça Mauá e Cinelândia às 16h30; e em Cais do Valongo onde a apresentação acontece às 10h30.  

Nos dias 23 e 25 de novembro, a Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca vai executar a ópera ‘O Morro Canta Canudos’, às 19 horas, com a participação especial do cantor Toni Garrido, diretamente da Cidade das Artes (RJ), com transmissão ao vivo pelo Canal do YouTube do Programa Orquestra nas Escolas. Músicas como, Pelo telefone (Donga, 1917), Suíte Pixinguinha, 5º mov: Ainda me Recordo (Anderson Alves), O Morro Não Tem Vez (Tom Jobim), Alguém me avisou (Dona Ivone Lara) e O sol nascerá (Cartola), fazem parte do repertório do Concerto.

“A música e a arte são instrumentos potentes que nos ajudam a refletir e  transformar a nossa maneira de pensar e entender o mundo. Trouxemos, para exaltar a Semana de Consciência Negra, o musical “O Morra Canta Canudos”, para que de maneira poética possamos cantar e contar nossa história, memória e raízes ancestrais.”, reflete Moana Martins, Coordenadora Geral do Programa Orquestra nas Escolas

O Morro Canta Canudos reúne música de concerto e música popular, para contar parte da história da nossa ancestralidade, bem como a importância da matriz africana para a formação sociocultural do Brasil. A partir da relação entre a ambulante Dona Zilá e sua neta Dandara, que estuda para ser advogada, o espetáculo passeia por diferentes eventos históricos, tais como: a travessia dos navios negreiros; a criação do Morro da Favela pelos soldados de Canudos; a população do cortiço Cabeça de Porco; a apresentação do maxixe de Chiquinha Gonzaga no Palácio do Governo; o nascedouro do samba pela Gamboa e arredores (incluindo Tia Ciata e o samba de roda baiano).

Para finalizar, uma grande celebração carnavalesca. Contada por meio de esquetes, com fragmentos desses eventos, o espetáculo inclui também um grupo de dança, que acompanhará algumas das músicas da OSJC. Vídeos de alunos da rede pública carioca de ensino ao lado de seus professores e familiares, levando ao público mensagens de liberdade, igualdade e esperança no futuro.

SERVIÇO

Programa Orquestra nas Escolas exalta a Semana da Consciência Negra

Orquestra vai às ruas

16/11 (2af), 16h30: Largo da Carioca | OSJC Santa Cruz

17/11, 3af, 16h30: Central do Brasil | Jazz Sinfônica

18/11, 4af, 16h30: Praça Mauá | OSJC Rivadávia Corrêa

19/11, 5af, 16h30: Cinelândia | OSJC Carneiro Felipe

20/11, 6af, 10h30: Cais do Valongo   | Camerata de Choro Orsina da Fonseca

Concerto Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca, pat. Toni Garrido

23/11 (2af), 19h: Ópera O Morro Canta Canudos

25/11 (4af), 19h: Ópera O Morro Canta Canudos

Transmissão online: www.youtube.com/orquestranasescolas

REPERTÓRIO ÓPERA O MORRO CANTA CANUDOS

1.                 Sinfonieta Secconda “Samba” (Ernani Aguiar)

2.                 O Morro Não Tem Vez (Tom Jobim) + A Voz do Morro (Zé Keti) (1955)

3.                 Gaúcho, o Corta-Jaca (Chiquinha Gonzaga, 1914)

4.                 Tico-Tico no Fubá (Zequinha Abreu, 1917)

5.                 Navio negreiro (Moana Martins)

6.                 Sambas de roda (domínio público)

7.                 Pelo telefone (Donga, 1917)

8.                 Suíte Pixinguinha, 5º mov: “Ainda me Recordo” (Anderson Alves)

9.                 Alguém me avisou (Dona Ivone Lara)

10.              O sol nascerá (Cartola)

11.              Canta, canta minha gente (Martinho da Vila)

12.              Sinfonieta Secconda “Carnavale” (Ernani Aguiar)

No Mês da Consciência Negra o site Amazon.com.br destina parte das vendas para ONG Desabafo Social

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Foto: Divulgação

No Mês da Consciência Negra, a Amazon.com.br promove uma ação organizada pelo Black Employee Network (BEN). O grupo de afinidade de funcionários negros da empresa irá apoiar a luta pela igualdade racial com uma curadoria de produtos que terá 15% do valor das vendas destinados para a ONG Desabafo Social. 

A ONG Desabafo Social criou uma comunidade para resolução de problemas da sociedade, incluindo a desigualdade racial, em campos de tecnologia, comunicação e educação, com ações de geração de renda, projetos editoriais, treinamentos e consultoria criando possibilidades para novos negócios sociais. 

Para conferir todos os produtos incluídos na ação, os clientes podem acessar a página amazon.com.br/consciencia negra. 

Entre os livros e eBooks participando na ação estão: 

• Mulheres, raça e classe, de Angela Davis 

• Minha História, de Michele Obama 

• Pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro 

• Olhos d’água, de Conceição Evaristo 

• Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie 

• Torto arado, de Itamar Vieira Junior 

• Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak 

• Kindred : laços de sangue, de Octavia E. Butler 

• De bala em prosa: Vozes da resistência ao genocídio negro, vários autores 

• Sulwe, de Lupita Nyong’o 

• Sinto o que sinto: e a incrível história de Asta e Jaser, de Lázaro Ramos 

Os títulos acima estão disponíveis na Amazon.com.br em livro físico e na versão em eBook Kindle.

Além desses, há diversos eBooks gratuitos sobre diversidade e com temáticas raciais para o público jovem e infantil. Também é possível encontrar itens de beleza para a pele negra e os cabelos crespos e cacheados; álbuns e uma playlist da Amazon Music valorizando artistas negros; brinquedos com representatividade; filmes com protagonistas negros e outras formas de contemplação da cultura negra; como camisetas com personagens negros e lápis de cor com seis tons de pele disponíveis. 

O período da campanha com a doação para a Desabafo Social será até o dia 30 de novembro. 

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