Em 2ª edição, o Slam de Poesia, que movimentou a internet no início da quarentena, ganha proporção e vira Festival Pandemia Poética. Agora, além de batalha de poesia com prêmio em dinheiro, o projeto terá oficinas, seminário e lives com apresentações poéticas.
As inscrições para as poetas que pretendem competir pelos prêmios de R$500,00, R$300,00 e R$200,00 podem ser feitas através do link (https://bit.ly/3pBaN3A). As poetas finalistas também terão a oportunidade de se apresentar ao vivo na live final do Festival. O público poderá votar para ajudar a decidir qual poesia merece ganhar e poderá assistir o resultado ao vivo, se emocionando junto com as slammers (poetas de batalha).
Serão 12 classificadas para a disputa, exclusivamente poetas mulheres e LGBTQIA+ da Bahia, e a curadoria será feita pelas artistas e poetas Amanda Rosa, Sued Hosaná e Fabiana Lima, co-idealizadora do Slam das Minas BA. A divulgação das competidoras selecionadas será feita ao vivo na primeira live poética do Festival, dia 21 de março. A live que será exibida pelo canal Selo Nsabas terá apresentação das finalistas da 1ª Edição do Slam Pandemia Poética, Bruna MC, Lara Nunes, Rool Cerqueira e Carine Narciso.
O Pandemia Poética é uma realização do Selo Nsabas e teve sua primeira edição em 2020, apenas como Slam (batalha de poesia), gerando renda para 12 agentes culturais, entre competidores e produtoras. Na 2ª edição, o projeto tem suporte da Giro Planejamento Cultural e apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. Esse investimento vai permitir que quase o dobro de pessoas sejam remuneradas nesta edição, que também traz novidades.
O ‘Summit Potências Negras’ vai trazer na terça-feira, 30 de março, um dia inteiro de aulas e palestras para empoderar pessoas e provocar discussão proativa no mercado, com o objetivo de mostrar que a diversidade nas empresas vai além de respeitar e aceitar as diferenças.
O curso será dividido em módulos e vai trazer temas como, trajetória negra no mercado de trabalho, entendendo o mundo corporativo, gestão do tempo e produtividade, introdução ao branding pessoal, entre outros, sempre com palestrantes especializados sobre o assunto.
Contando com 10 horas de conteúdo totalmente sem custo para os participantes e trazendo convidados como Lisiane Lemos, Business Development Manager no Google, Vítor Martins, Especialista em Diversidade no NuBank, a especialista em Diversidade e Inclusão e LinkedIn Top Voice, entre outros.
“A falta de representatividade nas empresas é, entre outros fatores, um dos motivos para tornar a disparidade entre brancos e pretos em cargos altos tão grande. Um exemplo disso, é que, de acordo com os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), mesmo quando possuem as mesmas competências, trabalhadores negros recebem salário até 31% menor do que brancos que ocupam o mesmo cargo.”
“É fundamental entender que uma equipe diversa é mais rica, melhora os resultados da empresa e contribui para o sucesso empresarial. No evento, é importante e necessário que participantes e palestrantes fortaleçam a ideia de que todos, juntos pela educação que empodera, formaremos protagonistas e quebraremos a barreira da desigualdade de uma vez por todas”, destaca Victor Lambertucci, CEO da Escola Profissas, realizadora do Potências Negras Summit.
O projeto é uma idealiação de Ana Minuto que atua, há 12 anos, com treinamento e desenvolvimento humano, acumulando 50 mil horas e 1200 coaches atendidos. Além disso, a profissional tem ampla experiência na capacitação de lideranças e vasto repertório em cenários de transformação cultural e digital.
Horário: 9h às 12h30 / 14h30 às 20h30
Link de inscrição: https://ebanxbeep.com/potencias-negras/potencias-negras
Link de transmissão: será enviado por e-mail ou WhatsApp, após a inscrição.
Após quase 1 ano de pausa devido à pandemia, ‘Amor de Mãe’ volta à programação da TV Globo. A novela reestreia dia 1º de março e a pandemia da covid-19 será abordada na trama.
Durante duas semanas, os capítulos que relembram as histórias dos personagens vão ao ar antes dos capítulos finais de ‘A Força do Querer’. E a partir do dia 15, os telespectadores vão poder acompanhar os desfechos de Lurdes (Regina Casé), Erica (Nanda Costa), Camila (Jéssica Ellen), Ryan (Thiago Martins), Vitória (Taís Araújo)), Sandro (Humberto Carrão) e muitos outros com os episódios inéditos da trama. Autora e elenco comemoram a volta da novela.
A história será invadida pela pandemia em sua segunda fase, e a narrativa continuará a mesma, embora agora com os personagens enfrentando todos os desafios causados pela pandemia.
“Quando a novela foi interrompida, fiquei preocupada com o mundo, com tudo que estava acontecendo com a humanidade. A preocupação com a novela veio depois. No início, pensei em não colocar a Covid na trama, mas logo ficou claro que a experiência ia ser muito mais intensa com ela. Comecei a pensar como cada personagem reagiria à essa nova realidade que todos nós estávamos sendo submetidos. E eles, assim como nós, vão se adaptando à pandemia. A gente continua tentando realizar nossos sonhos pessoais e a Lurdes também: ela continua buscando os meios para encontrar Domênico. É um momento em que é preciso ter muita força e isso acontece na dramaturgia também”, revela Manuela Dias, reforçando que ‘Amor de Mãe’ é uma novela extremamente realista e naturalista. “A novela não resolve a realidade que ainda não está definida, mas mostra a força dessa doença, que atinge qualquer pessoa, sem nenhuma distinção. Nessa nova fase, a gente se uniu muito, transformou todas as adversidades em força. A resiliência foi um fator superimportante no processo. Tenho certeza que o público vai ficar muito feliz”, comentou a autora.
E o elenco também falou sobre o retorno da novela e o que os telespectadores podem aguardar para a próxima fase:
“Acredito que o mais importante na trajetória da Vitória é a reconstrução de seus valores. A coragem de reconhecer, assumir seus erros e partir para uma nova vida. A próxima fase virá cheia de gás. Estamos com saudade, então tenho certeza que vamos voltar todos com mais gás ainda”, diz Taís Araujo sobre a volta de Amor de Mãe.
Se divertir trabalhando sempre foi um ponto importante para Thiago Martins. “E acho que ‘Amor de Mãe’ foi a que eu mais me diverti fazendo. Mas a pandemia chegou e desconstruiu isso. Voltar foi como uma luz no fim do túnel. Todos nós – elenco, produção, equipe técnica – fomos muito bem cuidados em todas as etapas”, afirma, lembrando que para algumas gravações, era necessário ficar um período isolado em quarentena, hospedado em um hotel no Rio de Janeiro.
Já Jessica Ellen conta que mesmo com a pausa de quase seis meses, “tinha a sensação de dormir com a Camila todos os dias”, revela.
“Quando voltamos, foi um turbilhão de emoções. O figurino e o cenário da Camila me ajudaram muito, o retorno e a adaptação aconteceram de uma maneira bem natural. Acredito que tenha sido fácil reconectar porque nossos personagens já estavam todos bem definidos”, analisa. Ela conta que na nova fase, Camila, que é professora, passa a dar aulas online. “Foram jogadas de muita maestria para que a gente não perdesse esse ‘amor de mãe’. A trama não foi afetada, fomos conseguindo resolver”.
A novela, criada e escrita por Manuela Dias, conta com a colaboração de Roberto Vitorino, Mariana Mesquita e Walter Daguerre, e supervisão de Ricardo Linhares. A direção artística é de José Luiz Villamarim, com direção de Walter Carvalho, Noa Bressane, Philippe Barcinski, Isabella Teixeira, Fellipe Barbosa e Kiko Marques.
Muitos de nós ficamos animados e declaramos assumidamente a nossa torcida para Karol Conká desde o momento do anúncio de sua participação no Big Brother Brasil 21. Uma mulher, preta, retinta, cantora de rap e militante poderia representar milhões de outras brasileiras como ela. Mas infelizmente as coisas não ocorreram como esperávamos, Karol pessoa se mostrou bem diferente da Karol artista que o público conhecia, e suas atitudes decepcionaram e surpreenderam milhões de telespectadores.
Não precisamos relembrar toda a passagem de Karol pela casa, é impossível esquecer todas as cenas pesadas que a rapper protagonizou. Sua eliminação está sendo muito esperada há pelo menos 3 semanas. Conforme o jogo rolava, Karol conseguiu escapar umas 2x do destino de rejeição que o público quer para ela no jogo, mas será que é só no jogo?
O Big Brother Brasil está crescendo cada vez mais, o programa consegue ser comentado por artistas, jogadores de futebol e até políticos nas redes sociais. Mas alguns telespectadores não conseguem separar o reality da realidade, a família de Karol Conká já foi ameaçada, shows cancelados e a artista pode sair do BBB21 com um prejuízo de 5 milhões de reais (por conta de shows e contratos cancelados) além da possível alta rejeição.
Sua possível eliminação além de estar sendo comentada nas redes sociais, já está sendo comentada em programas de TV:
Será que veremos anos de carreira sendo destruídos por conta de 1 mês de programa? Nas redes sociais a rejeição de Karol Conká está sendo fonte de apostas. Restaurantes e lojas oferecem descontos e até sorteiam produtos para quem acertar a % que a cantora será eliminada.
É impossível não racializar as coisas, a grande mobilização em prol da rejeição de uma mulher negra é muito simbólica. Estudo realizado por brasileiro doutorando em sociologia pela Universidade de Southampton, na Inglaterra mostra que nas redes sociais, mulheres negras representam 81% das vítimas de discursos de ódio.
Participando de realities ou não, mulheres negras já sofrem frequentemente com a rejeição dos internautas. Brasileiras muito amadas como Thelminha, Ludmilla e Jojo Toddynho já sofreram muito racismo e rejeição na internet.
Como já foi mencionado em outros textos, o perdão e o acolhimento não é entregue fácil para pessoas pretas. Karol foi uma das grandes vilãs do programa, mas em todas as edições temos um vilão, por que somente nessa, quando a vilã é uma mulher preta a resposta do público está sendo mais severa? Hoje, em dia de eliminação, os internautas apresentam Karol Conká como a maior inimiga do Brasil.
Uma onda de ódio que vai além do jogo, que envolve ameaças à família, xingamentos e humilhação. Esse cenário envolvendo o BBB nunca foi visto antes, tantas pessoas alimentando o ódio de forma tão intensa não foi visto nem em época de eleição. As pessoas justificam a antipatia pela Karol pelas atitudes da rapper na casa, mas do lado de fora, estão tendo atitudes tão execráveis quanto. Nas últimas semanas, Jorge, filho da cantora veio a público falar das ameças e ofensas que tem sofrido dos internautas:
No BBB19 a mobilização não foi grande para resultar na eliminação com rejeição de Paula -uma racista-, na verdade, ela saiu de lá milionária.
Para entender a reação diferente do público, precisamos questioná-los diretamente. Porque um possível recorde de rejeição para Karol Conká está sendo tão esperado?
Diretora de “Olhos Que Condenam“, Ava Duvernay anunciou nesta segunda-feira (22) um podcast em parceria com o Spotify durante um evento virtual da plataforma. O projeto se chama “LEAP Files”, em referência ao nome de um fundo dedicado a ajudar ativistas que lutam contra abusos policiais.
Ava Marie DuVernay é uma diretora, roteirista, publicitária de filmes e distribuidora de filmes americana. No Festival Sundance de Cinema de 2012, DuVernay ganhou o Prêmio de Melhor Direção por seu segundo longa-metragem, Middle of Nowhere, tornando-se a primeira mulher afro-americana para ganhar o prêmio.
De acordo com a cineasta, o podcast, não tem roteiro e apresenta histórias de policiais que cometeram assassinatos, revelando o alarmante cenário que protege essas pessoas depois de tirarem a vida de alguém. Um novo caso deve ser apresentado toda semana, focando na falta de repercussão e responsabilização dos criminosos.
Ainda sem data prevista para estreia, a novidade vem logo após um contrato de vários anos que Duvernay fechou com o Spotify em janeiro deste ano.
Confira um trecho do anúncio:
“This is my non-scripted project called ‘The LEAP Files’. -Ava DuVernay on the upcoming podcast partnering with Spotify! #WeLoveToSeeItpic.twitter.com/boM77yWfuS
No final do ano passado, a Associação de Música Afro-Americana e a Convenção Política de Entretenimento da Georgia , anunciaram a criação da Calçada da Fama Negra, que ficará no centro histórico de Atlanta, o berço da Black Music.
Quincy Jones (87), James Brown e Otis Redding foram escolhidos para serem induzidos na Calçada da Fama como fundadores essenciais, em uma cerimônia que ocorrerá em junho, o mês da música negra. Ao todo, 35 artistas concorrem em sete categorias onde serão homenageados indivíduos e organizações que impactaram positivamente a nossa cultura e comunidade. Alguns dos indicados são por exemplo: Beyoncé, Lionel Richie, Mariah Carey e Lauryn Hill.
Confira a lista completa com todos os indicados:
Mainstream male: Charlie Wilson, Pharrell Williams, Usher, Maxwell, Babyface
Mainstream female: Beyoncé, Janet Jackson, Mariah Carey, Mary J. Blige, Anita Baker
Hip-hop male: Nas, OutKast, Run-D.M.C., LL Cool J, Public Enemy
Hip-hop female: Lauryn Hill, Missy Elliott, MC Lyte, Lil’ Kim, Da Brat
Apesar da população negra compor 50,7% da população brasileira (IBGE, 2010), os pretos representam apenas 20% dos atores que atuaram em papel de destaque no cinema até 2012 e esses dados mostram a exclusão de vivências e perspectivas das minorias, a falta de referências positivas através de role-models, e o esteriótipos que caem sobre determinados grupos, entre outros tantos problemas.
“Elenco Negro” quer atuar na contramão desses números e estereótipos e também fortalecer nomes de projetos recentes.
O escopo do projeto visa fortalecer atores negros, maiores de 18 anos, nos mais variados estágios da carreira, residentes no estado do Rio de Janeiro, que estão procurando se inserir e/ou se fortalecer no mercado audiovisual e criar uma rede de apoio e suporte para os artistas no mercado de trabalho.
Além dessas contribuições, esse formato de cadastramento para os artistas dará mais visibilidade aos profissionais independentes e aos que ainda não são reconhecidos no mercado audiovisual do país.
Idealizado por Fabrício Boliveira e Gabriel Bortolini, o projeto tem o objetivo de potencializar, dar visibilidade e suporte a atores negros e da periferia do Rio de Janeiro. Com o cadastramento online para banco de dados de elenco, assim como o trabalho exercido, há mais de três décadas, pela fundadora e presidente Zezé Motta no Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro (CIDAN), que exerce papel fundamental para a expansão do mercado para atores pretos, “Elenco Negro” traz a inquietação em forma de continuidade. Através de um cadastramento no perfil do Instagram @elenconegro, o projeto busca potencializar profissionais negros e de locais periféricos do estado do Rio de Janeiro.
“A união da minha trajetória de ator e diretor com a do Gabriel de produtor executivo e de elenco na criação desse projeto é motivada pela inquietação de algumas falas como “não tem ator preto bom nesse perfil” / “precisa ter pelo menos um ator preto” / “é sempre mais difícil achar ator preto, é mais limitado” / “essa cena deveria ter mais preto, mas não tem, esses foram todos os que achamos”. Nosso objetivo é acabar com essa falácia e entender como melhor dar suporte e fortalecer o setor.” Afirma Fabrício Boliveira, idealizador do projeto.
Os primeiros a se inscreverem terão acesso a serviços imediatos, de acordo com suas áreas de interesse, como edição de vídeos, atuação de textos elaborados por dramaturgos convidados, oficina jurídica com foco no auxílio de resolução de burocracias, lives mentorias com profissionais negros dos mais variados seguimentos, ensaios fotográficos para produção de material de divulgação e apadrinhamentos para favorecer e fortalecer as trocas de experiências e o crescimento pessoal e profissional.
“Entendemos que muitas iniciativas vieram antes de nós, seja o CIDAN de Zezé Motta e “Coletivo Preto” do Drayson Menezes e Orlando Caldeira, e possíveis outros que não entramos em contato. Temos que agradecer pelo passado, o que estamos fazendo agora no nosso presente, mas também na continuidade do projeto no futuro, com novas articulações podendo atender mais e mais e de outros estados. É sobre nós fazermos pelos nossos”. Afirma Gabriel Bortolini, idealizador do projeto.
O ator Reinaldo Júnior, de 29 anos, que interpretou ‘Baquaqua’ – herói africano que foi sequestrado escravizado por traficantes – na série global “Falas negras”, e foi vencedor do Prêmio Ubuntu de Melhor Ator pela peça “Oboró: Masculinidades negras”, vai estrear no longa “O Faixa-Preta: A verdadeira história de Fernando Tererê”.
O filme narra a trajetória de um dos maiores nomes brasileiros do jiu-jítsu, Fernando Tererê. Reinaldo atua no filme com o personagem Humberto, com o apelido de Rei, uma similaridade entre o ator e o personagem, que na trama é tido como o rei da rua, e é o responsável por levar Fernando Tererê para treinar jiu jitsu pela primeira vez.
Tererê se denomina um pai de Família, faixa Preta de Jiu-jitsu, trabalhador simples, que mesmo não se tornando um lutador profissional, foi um amante e um apaixonado pela luta e chegou a ganhar competições.
Entendendo as demandas da comunidade e enxergando a invisibilidade da população negra e conhecendo o poder de transformação por meio da arte, Reinaldo também atua em trabalhos voluntários na periferia e ressalta a importância dos projetos que fundou e atua voltados para a Baixada.
“Entre os meses de fevereiro e março existem dois projetos para Mesquita. O primeiro é a ação ‘Ubuntu’, uma iniciativa de emancipação cultural de protagonismo preto, realizado pelo Coletivo ‘Nós por nós – Chatuba’, que acelera o processo de informação, empoderamento, formação cultural e emancipação de raça, através do engajamento político, capital cultural e social de artistas locais que buscaram formações externas e almejam compartilhar suas habilidades com a comunidade”, contou.
De acordo com Reinaldo Júnior, arte significa experiência o mundo cruel e duro com lentes mais lúdicas para a projeção de um futuro e mundo melhores. “Para mim, a arte foi uma válvula de escape de emancipação cultural e de conhecimento ancestral, me proporcionando atravessar os corações das pessoas e ajudá-las a mudar suas perspectivas, sob novos olhares”, frisa.
Com 15 anos de trajetória, o ator ainda comemora seu primeiro personagem na TV, o africano sequestrado e escravizado ‘Mahommah Gardo Baquaqua’, em ‘Falas Negras’, série que ainda repercute por conta das atuações de todo o elenco.
“Esse projeto foi fundamental na ampliação do meu trabalho que vem sendo feito ao longo dos anos entre o teatro e o cinema. Por ser um produto popular em rede nacional, foi muito importante para que a minha imagem chegasse em lugares em que não conseguia por meio dos palcos. Foi importante também para o atravessamento de fronteiras e geografias dentro da nossa própria cidade e, dentro da minha bolha, que é fazer minha arte chegar no lugar de onde venho, que é a Baixada Fluminense, no coração de pessoas que normalmente não tem condições de ir ao teatro”, disse.
Jeanette Epps, astronauta da NASA fará história no próximo ano, quando se tornar a primeira mulher negra a viver a bordo da Estação Espacial Internacional por um longo tempo. Em setembro de 2020 foi anunciado que Jeanette Epps foi designada para a missão Boeing Starliner-1 da NASA.
Epps ficará ao lado dos astronautas, Sunita Williams e Josh Cassada durante a expedição de seis meses, liderando o primeiro voo operacional da espaçonave CST-100 Starliner da Boeing para a ISS, anunciou a NASA .
“Jeanette Epps é o acréscimo natural à missão Boeing Starliner-1 da NASA”, disse Kathy Lueders, administradora associada para exploração e operações humanas na sede da NASA, à CNBC . “Ela complementa totalmente os outros membros da primeira missão tripulada de duração total da Boeing.” Publicou o administrador da NASA
Em resposta, Jeanette agradeceu ao administrador e disse estar ansiosa com a missão.
De acordo com o USA Today, Jeanette Epps estava programada para voar no foguete russo Soyuz para a ISS há dois anos. Porém, de última hora a NASA substituiu Epps e outro astronauta foi cumpriu missão.
“Parecia uma grande responsabilidade. Três afro-americanos visitaram a ISS, mas não cumpriram a missão de longa duração que estou empreendendo”, disse Epps ao The Cut em 2017, antes de ser retirada da missão. “Quero me dar bem com esta honra. Quero ter certeza de que os jovens saibam que isso não aconteceu da noite para o dia.” contou Epps
O irmão da astronauta, Henry Epps, acusou a NASA de racismo após a substituição repentina de Epps, e informou a CNBC. A agência denunciou a acusação.
Segundo a Verge, a NASA disse que havia vários “fatores” que levaram à reversão do curso.
“Vários fatores são considerados ao fazer as atribuições de vôo”, disse Brandi Dean, porta-voz da NASA. “Essas decisões são questões de pessoal para as quais a NASA não fornece informações.”
Em 2021 Epps fará história, e será a primeira mulher negra a realizar longa missão a ISS. Além disso Victor Glover também marcará um momento monumental. Glover se tornará o primeiro homem negro a visitar o espaço por um longo tempo quando se juntar a uma missão de seis meses da ISS no final deste ano.
Outros 6 negros americanos visitaram a estação espacial, mas Epps e Glover se tornarão os primeiros a embarcar em uma missão estendida, de acordo com a NASA.
A representatividade pode até caminhar em passos lentos, mas já podemos colher os frutos das pequenas mudanças! O Prêmio Mulheres que Transformam, da XP Inc. está em sua primeira edição e já entregou o que esperamos: mulheres pretas no topo! Das 31 mulheres indicadas, divididas entre 8 categorias, 13 são mulheres negras. Das oito categorias citadas, apenas uma não possui nenhuma negra indicada.
Segundo a empresa, o prêmio é dedicado à equidade de gênero e tem como objetivo reconhecer as “Mulheres que Transformam” em diversas áreas da sociedade, como tecnologia, finanças, educação e empreendedorismo.
Confira as categorias e as pretinhas indicadas:
Inovação em Finanças:
Bia Santos (nossa colunista) e Fernanda Ribeiro
(2 de 4 indicadas)
Empreendedora Social do Ano:
Geovana Conti
(1 de 4 indicadas)
Empreendedora Cultural do Ano:
Juliana Vicente, Eliane Dias e Ana Flávia Cavalcanti
(3 de 5 indicadas)
Empreendedora do Ano:
Sauanne Bispo (nossa colunista) e Karine Oliveira
(2 de 4 indicadas)
Autora do Ano:
Monique Evelle e Djamila Ribeiro (2 de 4 indicadas)