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Cynthia Erivo dará vida à Fada Azul em live action de Pinóquio

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Imagem: divulgação

Depois de uma Cinderela, Sininho e Ariel negras, os racistas terão mais um motivo de choro: De acordo com a Variety Magazine, a atriz e cantora Cynthia Erivo foi escalada para viver a personagem Fada Azul no longa metragem que conta com outros atores confirmados como Tom Hanks e Luke Evans. Na trama, a Fada Azul é quem transforma o boneco em um menino de madeira. A produção dos estúdios Disney começará a ser filmado no Reino Unido ainda esse mês, e será lançado diretamente na plataforma de streaming oficial da empresa, o Disney Plus, mas ainda não há uma data definida para isso.

O orçamento do filme está estimado em cerca de 150 milhões de dólares. Apesar de Cynthia ser a única pessoa negra confirmada no elenco até agora, na internet houve quem não gostou muito do anúncio, sob a justificativa que a Fada Azul é originalmente branca e de olhos azuis. Em contrapartida, também houveram aqueles que comemoraram a novidade e justificaram que o papel deveria ir para quem tivesse talento para interpreta-lo, independentemente das características físicas.

Jornalista transforma dissertação em livro sobre religiões afro-brasileiras e escolas de samba

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O livro é uma narrativa sobre duas manifestações que sempre dialogaram: religiões afro-brasileiras e escolas de samba, segundo a jornalista e autora, Claudia Alexandre. A obra sugere um “olhar desfragmentado” sobre a presença das tradições de matrizes africanas em expressões culturais, que ajudaram a construir o que chamamos de identidade nacional. Vemos que, ao longo do tempo, o que era uma forma de perceber o mundo foi sofrendo rupturas provocadas por interpretações e ações hegemônicas. O que inclui o assombro da indústria cultural e as violências da intolerância religiosa. De qualquer forma, religar esses universos, tensionando o ambiente acadêmico e revisitando acervos das experiências negro- -africanas em diáspora, também nos revela novos caminhos para (re) escrever a História do Brasil a partir da história dos sambas e das escolas de samba.

 A autora, “devidamente” autorizada, adentrou a encruzilhada da Vai-Vai, um território negro paulistano onde reinam Exu, o orixá mensageiro, e Ogum, o guerreiro. Lá, encontrou um terreiro que as telas das televisões não são capazes de registrar. O carnaval negro não pode ser concebido sem os cultos ancestrais, porque há uma ardidura que os mantém em uma potente ligação. 

A Escola de Samba Vai-Vai foi fundada em 1930 por um grupo de negros e, apesar das transformações inerentes ao tempo, ainda mantém um sistema religioso que ultrapassa os limites do sagrado-profano, em total conexão com os valores ancestrais. Nesse terreiro nada está separado: é o pavilhão preto e branco, com seus ramos de café e a coroa de rei; é o surdo de primeira, a divindade que dá o ritmo na avenida; mas é também o toque para os orixás, as procissões que embalam as ruas do bairro; são os altares para os santos das macumbas; é o pai de santo e é o quarto de Exu e Ogum. A africanidade se compõe para continuar desafiando as narrativas que insistem em colocar samba de um lado e orixás de outro. 

Orixás no terreiro sagrado do samba – Exu e Ogum no Candomblé da Vai-Vai também evoca a ancestralidade para mostrar como outras linguagens e outras expressões foram reinventadas em redes de pensares, saberes, fazeres e negociações, que driblaram todas as tentativas cruéis de se fazer esquecer um passado ou para eliminar sujeitos de sua própria história.

O terreiro sagrado da Vai-Vai é lugar de reverenciar nomes de gente que reza e continua sambando entre os seus. É o encontro constante do passado com o presente, na trajetória de Pé Rachado, Geraldo Filme, Chiclé, Dona Nenê, Dona Marcinha, que ainda estão ali em todos os altares que são acesos por Fernando Penteado, Osvaldinho da Cuíca, Thobias da Vai-Vai e Sandrinha, que cuidam do quarto de Exu e Ogum. 

O que eu encontrei na escola de samba Vai-Vai foi uma tradição que revive a matriz africana e surpreende porque está ali na encruzilhada de Exu, não apenas dando sentido identitário à comunidade, mas político e de resistência também. Os símbolos do Candomblé, envolvidos na rotina da festa, o calendário religioso, embalados pelos sambas formam um verdadeiro terreiro sagrado do samba em plena São Paulo”, disse Claudia Alexandre. 

Sobre a Obra 

O livro é fruto da dissertação de mestrado em Ciência da Religião (puc-sp/2017) da jornalista e pesquisadora Claudia Alexandre. A autora, que tem vivências e trânsitos nos universos das religiões de matrizes africanas e nos sambas, apresenta, a partir de seu trabalho acadêmico, uma investigação sobre as origens das manifestações afro-brasileiras, desde os primeiros batuques, onde as práticas dos povos negros se confundiam entre o profano e o sagrado, até as passarelas do samba, onde destaca a experiência da comunidade negra que ocupou o famoso bairro do Bexiga, em São Paulo, e deu origem à Escola de Samba Vai-Vai. É nesse terreiro de samba que ela vai encontrar uma complexa relação entre os sambistas e os cultos do Candomblé. A Vai-Vai mantém um sistema religioso próprio, que possibilita em seu espaço de festa o culto aos orixás patronos da comunidade: Exu e Ogum.

A autora explica: “Acho importante destacar que encontrei uma religiosidade na escola de samba Vai-Vai para além do resultado estético do espetáculo apresentado nos desfiles carnavalescos, algo que não se vê na tela da televisão. O olhar fragmentado, reproduzido pelos meios de comunicação será incapaz de revelar o que sustenta a devoção daqueles sambistas no momento máximo da festa. Com certeza, ali a paixão transcende o componente e a escola de samba na passarela parece se transformar em um templo religioso”. É exatamente o que nos traz Edmilson de Almeida Pereira: “no decorrer dos desfiles das grandes agremiações, quando os meios de comunicação captam, em plano geral, a massa de anônimos e, em close, os personagens famosos do mundo do espetáculo, estão de fato captando uma fração do carnaval”. 

Após eliminação, Lumena Aleluia fala sobre sua passagem no BBB e aprendizados

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Foto: Reprodução/TV Globo

A psicóloga Lumena Aleluia foi a 5º eliminada do BBB21, com 61,31% dos votos a baiana deixou a casa cheia de arrependimentos. Em entrevista ao Gshow, Lumena avaliou sua performance na casa, revelou onde acha que errou e comentou sobre os memes que protagonizou

“Eu fui com a intenção de dançar de um jeito e dancei de outro. Até o meu jeito de expressar questões vem junto com o corpo, com a voz. É tudo muito grandão, literalmente (risos). Eu poderia ter dançado de uma forma mais leve no jogo”, acredita. Contou Lumena assumindo mais uma vez que gostaria de ter mostrado seu lado mais leve no programa.

Lumena foi convidada a fazer uma avaliação da sua jornada no programa e alegou que foi vítima de algumas ciladas emocionais: 

“O sentimento é de que eu caí em algumas ciladas emocionais que eu nunca imaginei que pudesse cair. Eu só comecei a retomar meu proposito principal, que era o de levar a minha jornada com leveza, alegria, entrega e pesar muito menos as questões identitária, quando eu fui para o paredão. Só que os encontros e os gatilhos com algumas pessoas lá foram muito profundos. Eu não sou uma pessoa rasa, não consigo lidar com nada na minha vida de maneira superficial. Eu tentei estudar possibilidades de questões que poderiam surgir, me preparar para isso, mas jamais imaginei que pudessem ser tão profundas com pessoas também muito profundas. Por isso eu acho que foi uma jornada um pouco desastrosa. Eu me distraí com questões muito sérias lá dentro. E o meu foco de ser uma mulher competidora, alegre e que gosta de desafios acabou ficando em segundo plano, assim como minha subjetividade, baianidade e “gastação de onda”. Isso acabou me afastando do meu propósito real. Eu queria comprar meu trio elétrico, quero ser mãe, fazer minha inseminação… Me atrapalhei toda no “rolê” (risos).” 

Lumena foi eliminada em seu primeiro paredão, com a saída de seus aliados Karol Conká e Nego Di a baiana contou que esperava que “a bomba caísse no seu colo” e contou o que pode ter atrapalhado ela no jogo:

“Eu não me calei em horas que eu poderia ter calado e me posicionei de maneiras que eu não curto me posicionar mais. Eu deixei parte da minha dinâmica de vida, que é tratar de questões que são duras para mim de forma leve, e liguei o modo “dedo na cara”.”

No início do confinamento a psicóloga foi escolhida pelo público para entrar já imune, seus vídeos no pré confinamento e sua apresentação conquistaram os telespectadores no primeiro momento, mas com o passar do tempo Lumena não conseguiu resgatar a pessoa do pré confinamento:

“Eu acho que a minha sinceridade pode ter levado a isso. Eu fui mostrar a minha criança no reality, a Lumena “gastação”. Só que junto com ela vieram as feridas. Eu fico muito triste por ter reverberado muito mais as minhas feridas do que o meu lado lúdico. No primeiro momento, eu acho que prevaleceu a minha ludicidade. E também não tinha ninguém lá engatilhando nada, eu estava sozinha. Sozinha eu sou do “corre”, é outra parada.”

“Eu entrei como Pipoca, participei de um processo seletivo com milhares de pessoas. Queria aproveitar!” desabafou Lumena

A ex-sister também comentou sobre um dos maiores acontecimentos dessa edição a desistência do ator Lucas Penteado:

“Na saída do Lucas, aquele choro foi uma catarse de reconhecer que tanto a saída dele quanto a minha postura transcendiam o que agente viveu ali dentro. Eram matrizes que vêm da história dele e da minha história. A imagem dele me lembrava os meus primos, pessoas com quem eu me relacionei na vida, pessoas que eu acolhi, a quem eu me doei. Eu confundi muita coisa lá dentro. Ele projetou em mim um acolhimento que, em dado momento, eu desejei e me anulei no jogo para me doar. Quando ele me feriu, eu decidi ligar o modo contra-ataque, o que foi muito prejudicial para o meu jogo. Me senti atacada pelo que ele me causou, e eu não levo desaforo para casa de homem nenhum. Pensei: “se me atacar, vou atacar também”. Só que eu esqueci que eu estava num reality, não num campo de batalha.”

Em um papo mais descontraído a baiana falou sobre os memes que foram criados aqui fora a partir de suas falas e atitudes na casa:

“É real essa parada? Nem Twitter eu tinha, não estou ligada nesse corre. Eu estudei tanto para virar meme (risos)! Mas é isso, meu primeiro cancelamento. Vou levar para o meu Currículo Lattes e está tudo certo. Vou elaborar o que é ser cancelada na internet, o que é virar meme. Vou levar para a minha análise, vou beber cerveja dando risada com as minhas amigas. Porque, gente, o que eu vou fazer? Fui cancelada.”

Além do meme “Não autorizou” Lumena também ficou conhecida pelo seu vocabulário extenso, vídeos de influencers pegando o dicionário para traduzir falas da psicóloga viralizaram nas redes sociais, a ex-sister comentou o que achou de toda essa repercussão:

“Eu estou muito chocada (risos)! Eu sou uma mistura: cresci na periferia de Salvador, aí fui fazer um corre acadêmico. E sou DJ de pagode, então pesquiso muito a subjetividade pagodeira baiana – é gíria atrás de gíria. Eu sou apaixonada pela minha terra, pela maneira com que a gente lida com questões sérias na Bahia. É uma forma leve, gastona. Eu gosto do “sincerão” e o meu mistura academia, o corre do Lattes. Eu gosto dessa performance acadêmica e lá era o que tinha para “tocar”. Um monte de influencers e eu pensei: “Gente, que mundo é esse? Milhões de seguidores, uau”. A única coisa que eu tinha para compartilhar eram minha pesquisa, meus termos, que eram muito naturais; eu falo assim. E a minha verdade: sou uma mulher baiana, migrante, do corre. Usei “fenótipo”, minha orientadora deve estar doida (risos).” 

Sobre suas atitudes mais “ríspidas” Lumena falou sobre profundidade e a forma como reagiu a certas questões:

“Eu liguei um modo muito profundo lá dentro, que era totalmente contrário ao meu propósito no BBB. Eu já lido com essas questões de maneira profunda em agendas muito específicas aqui fora. É uma coisa que eu criei na minha rotina: só vou falar disso em momentos que eu me organizar para falar disso. Envolve projetos, agenda da militância. Minha vida não se resume a militância. Se eu tenho uma reunião com tal pessoa, eu vou falar sobre essas questões e tudo certo. Início, meio e fim. No resto do tempo, eu vou me divertir, curtir. E lá parece que eu liguei um outro modo. Eu tenho o sentimento de que gostaria de ter feito de outras formas, mas com o que chegou para mim, com a minha história de vida, não consegui fazer outro cálculo. Foram basicamente reações. E lá dentro só quem vive aquelas contingências sabe.” 

Embora tenha sido eliminada do jogo, o BBB21 impactou bastante na vida da psicóloga, que pretende estudar sobre internet, cancelamento e afins:

Eu quero estudar melhor sobre o impacto da internet nas nossas vidas. O comportamento de internautas, a comunicação nesse mundo. Lá na casa, pela primeira vez, eu pude entender o processo de sofrimento de influencers. Eu sou pesquisadora, gosto de entender tudo sobre comportamento. Até então, eu pesquiso muito questões de raça, gênero e território. E saí de lá com muita vontade de pesquisar e contribuir de algum modo com o que é esse comportamento na internet. É minha primeira experiência de cancelamento. Eu pesquiso o que eu vivo na minha história. Se essa pauta chegou para mim como experiência do que eu vivi lá dentro, agora o doutorado vai ser sobre isso. Eu gosto de estudar, de entregar informações para as áreas com as quais eu me comprometo.

E finalizando a entrevista, Lumena contou quais são os seus planos daqui pra frente:

Eu tenho muita sorte de ter pessoas que me amam muito e me entendem do jeitinho que eu sou. E a minha companheira, Fernanda, é uma delas. Eu quero ter filho. Minha prioridade agora também é viajar, mergulhar numa cachoeira, comer um acarajé, voltar minha cabeça para a minha religião, que é o que cuida da minha mente. Me reconectar, voltar para a minha leveza, cuidar da minha espiritualidade. Quero me fortalecer. Ouvir as músicas que minha mulher já fez para mim. E vou me dar prazeres porque isso alimenta minha alma. Vou voltar para o meu eixo de sanidade, organização e ludicidade. Vou tentar estudar um pouco esse mecanismo das redes sociais e ver o que posso oferecer para essas pessoas que estão me seguindo também.

Entrevista: Gshow

Criada por um jovem negro, nova marca de calçados vira tendência entre as Cariocas

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Imagem: Divulgação

Lançada durante a pandemia, a marca “Soul Calçados” se reinventou e tornou-se um sucesso no Rio de Janeiro. Idealizada pelo administrador Filipi Sant’Anna, a marca nasce de um projeto que ele tem desde adolescente: empreender no ramo da moda. 

Desde os 14 anos, Filipe já vendia bolsas e sandálias de porta em porta nas residências de Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste onde viveu por alguns anos, sempre envolvido no ramo da moda e com esse mercado que movimenta, anualmente, uma média de R$ 140 bilhões de reais no Brasil.

Trabalhando em Londres, Filipi se viu forçado a voltar ao Brasil quando o coronavírus atingiu a Europa, no início de 2020, e no meio da crise, lembrou de seu sonho de atuar no mercado fashion como empresário.

As vendas da Soul Calçados começaram online e deram tão certo que, em menos de um ano, a empresa já conquistou duas lojas físicas em shoppings centers – uma no Rio, no Norte Shopping, e outra em São Paulo.

Imagem: Divulgação

Além de vender modelos de calçados confortáveis, como sandálias, scarpins, sapatilhas e tênis, a Soul Calçados investe em sapatos com numeração especial, trabalhando desde o número 33 até o 42. A partir dessa ação, alcança um nicho que tem dificuldades de encontrar calçados diversificados com preço acessível. 

Outra grande sacada da marca é a produção de coleções focadas na relação entre mãe e filha. Criando modelos para usarem juntas, com a mesma estampa e estilo, a marca ganhou um público fiel.

Ao crescer em passos largos durante uma das maiores recessões econômicas atravessadas pelo país, vale a pena ficar de olho nas próximas novidades da marca Soul Calçados, que pretende conquistar de vez o coração dos cariocas.

Imagem: Divulgação

Nego Di quebra contrato de sigilo da Globo e leva block do Boninho

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Foto: Reprodução/Globo

2 semanas após a sua eliminação com 98,76% dos votos o comediante Nego Di quebrou o contrato de sigilo com a Globo e falou sobre sua participação e saída do reality para coluna do Léo Dias.

“Não vieram atrás de mim, não entraram em contato nem nada. Só continuam se isentando de qualquer coisa. Estou indo nas paradas porque, já que eles não me dão espaço para falar, vou no espaço que outras emissoras e outros canais de YouTube estão me dando. Mostrar meu trabalho e mostrar meu ponto de vista” contou o humorista

Desde a saída da rapper Karol Conká, o humorista se mostrou indignado nas suas redes sociais com o acolhimento da emissora em relação à cantora, segundo Nego Di, eles estão tentando “limpar a imagem” de Karol Conká após a rejeição com 99,17% dos votos enquanto ele não foi nem mesmo procurado pela emissora e ainda foi bloqueado por Boninho (Diretor do programa).

Em entrevista ao podcast “Flow” o comediante justificou a quebra de contrato com a emissora “A Globo cagou grandão pra mim”, Nego Di comentou que desde a sua saída não foi procurado pela emissora, não recebeu nenhuma assistência para lidar com a rejeição do público e ameaças a sua família.

O humorista também comentou sobre o block que levou do diretor do Big Brother Brasil, o Boninho “O Tiago postou uma parada, fui clicar no Boninho e não consegui. Procurei, e deu usuário não encontrado. Acho muito engraçado e levo na esportiva.  Porque, se não fizesse sentido as coisas que estou falando, ele não ia me bloquear”

Após sua saída o humorista gravou um vídeo para as redes sociais analisando seu comportamento durante o programa e se desculpando pelas atitudes erradas.

Novo livro infantil que fala sobre amor entre crianças negras e suas famílias será lançado esse mês

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Imagem/Divulgação

A escritora Taís Espírito Santo vai lançar no próximo sábado (06), o livro infantil “Ashanti: nossa pretinha” pela Editora Malê. O evento acontece às 19 horas, no canal do YouTube da editora, e contará com a presença da escritora e do ilustrador do livro, Cau Luis.

 A obra narra a história do nascimento de Ashanti, uma menina muito esperada e amada pelos seus familiares. A escritora contou que decidiu criar uma história sobre o nascimento de uma menina negra, destacando a atuação de um pai presente, carinhoso e atencioso como forma de homenagear o próprio pai, Francisco, assim como todos os pais que participam deste momento tão especial e tão surpreendente.

 “A família de Ashanti também é a minha, o livro é uma narrativa sobre amor e ancestralidade. É a representatividade de famílias pretas em comunhão, o que quase não vemos nos livros”, relata.

Cau Luís é cartunista, ilustrador, escritor e professor de história na rede pública de ensino. Taís estreou na cena literária ao participar da coletânea “Olhos de azeviche: dez escritoras que estão renovando a literatura brasileira” e atualmente é produtora cultural da Casa Poema, iniciativa voltada para o incentivo à leitura de poesia e do espaço cultural Josefinas Colab – de inovação social de mulheres da periferia carioca.

Publicado pelo selo Malê Mirim, “Ashanti: nossa pretinha” se apresenta como um material que pode colaborar com a autoestima das crianças, para que elas se sintam amadas ao se imaginarem em uma história em que o nascimento é repleto de afeto e cuidado.

O livro conta com 24 páginas de uma história contagiante e cheia de amor e representatividade para as crianças pretas, e será vendido por R$ 42,00.

MC Carol lança mini-doc “Amor Próprio É o Nosso Rolê”

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Foto: Divulgação/Afroafeto

Aproveitando o embalo da recém-lançada “Levanta Mina”, uma faixa sobre amor-próprio, diversidade e respeito que questiona os padrões estéticos impostos pela sociedade, MC Carol lança “Amor Próprio É o Nosso Rolê”, um documentário curta-metragem que conta um pouco da história e vivências destas mulheres e que foi registrado nos bastidores do clipe.

Foto: Divulgação

Além do sucesso dos seus últimos lançamentos no mundo da música, a funkeira está em outros grandes projetos, Carol é uma das comentaristas da segunda temporada do reality show “Soltos em Floripa” e foi anunciada como uma das integrantes da turma inaugural de artistas do #YouTubeBlack Voices / Fundo Vozes Negras – iniciativa idealizada pelo YouTube para potencializar artistas e criadores negros, munindo-os de recursos para terem sucesso e visibilidade na plataforma e fora dela.

“Levanta Mina” foi a primeira amostra do novo álbum de MC Carol, “Borogodó”. O disco, a ser lançado ainda no primeiro semestre de 2021, tratá a veia cômica – que é característica da artista – ao lado de músicas que vão abordar temas como a sexualidade do ponto de vista feminino, além da gordofobia e o machismo, questões que a MC combate no dia a dia.  Mc Carol leva debates importantes como feminismo, racismo, transexualidade, travestilidade e gordofobia através de suas músicas, em um formato que alcança diversos públicos, desde os periféricos as classes mais altas

O mini-documentário “Amor Próprio É o Nosso Rolê”já  pode ser visto no canal do YouTube de MC Carol. 

Ativismo, Crítica Social e Protagonismo Feminino em países africanos será abordado em edição da “Mostra de Cinemas Africanos”

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Foto: Divulgação/ Anthony Nti (Gana)

A programação que abordará diversos temas da atualidade por meio de filmes africanos contemporâneos e inéditos no Brasil ocorrerá em formato online e é 100% gratuita 

A edição especial da Mostra de Cinemas Africanos ocorre entre os dias 12 e 22 de março de 2021 e será realizado em parceria com o Cineclube Mário Gusmão, projeto de extensão da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 

Composta por filmes africanos contemporâneos, muitos inéditos no Brasil, a programação inclui a exibição de 7 documentários em longa-metragem e 14 curtas de ficção, todos legendados em português e disponíveis apenas em território brasileiro. 

A exibição dos filmes acontece de forma online e gratuita, em parceria com a Spcine Play, (plataforma pública de streaming do brasileira)

Cada filme fica disponível por 72h na plataforma da Spcine Play a partir da data de sua estreia e há limites de visualizações específicos para cada filme (ver programação).

A realização da Mostra pretende promover o contato com as estéticas e narrativas presentes na cinematografia africana atual ainda pouco conhecida pelo público brasileiro. 

Além dos filmes, a programação conta com comentários de especialistas nos três programas de curtas, uma mesa redonda sobre o documentário nos cinemas africanos contemporâneos e a produção de um catálogo com apresentações dos filmes e textos de convidados.

Confira a programação:

Documentários: Ativismo, crítica social e protagonismo feminino

A curadoria de longas é assinada por Ana Camila Esteves e Beatriz Leal Riesco, idealizadoras da Mostra de Cinema Africanos, e tem foco absoluto em documentários da cinematografia africana contemporânea, todos inéditos no Brasil e produzidos em países como Quênia, Marrocos, Gana, Egito, Etiópia e República Democrática do Congo. 

Os documentários giram em torno da ideia de ativismos africanos, traçando um breve panorama das formas contemporâneas de luta e resistência em diversos territórios do continente. Tanto no âmbito macro como no micro, as narrativas apresentadas oferecem ao público brasileiro um repertório atual sobre exercícios diários de lutas cotidianas, que vão desde enfrentamentos corpo a corpo na rua até investigações íntimas sobre o passado e a relação com diferentes gerações de uma família.

O filme de abertura, Pare de nos filmar (2020) é um dos destaques da programação, com coprodução entre a República Democrática do Congo e Países Baixos.

Dirigido por Joris Postema, o documentário apresenta uma sofisticada autocrítica do exercício de filmar a África e os africanos, colocando em perspectiva diferentes olhares que ao final se perguntam: quem pode (nos) filmar? Outro destaque é Softie (2020), um dos filmes mais exibidos e celebrados em festivais internacionais em 2020, que segue a trajetória do jovem ativista queniano Boniface Mwangi a partir da relação com a sua família.

Narrativas íntimas e de mulheres potentes norteiam dois dos filmes da Mostra. Em Descobrindo Sally (2020), a diretora Tamara Dawit decide descobrir a história de sua tia Sally, que morreu durante a revolução etíope após ter se tornado ativista em uma viagem de férias ao país.

Já em Vamos Conversar (2019) a diretora Marianne Khoury explora com sua filha quatro gerações da sua família e reflete sobre como é ser mulher nesse micro espaço da sociedade egípcia contemporânea.

Um Lugar sob o Sol (2019) joga luz sobre os vendedores ambulantes no Marrocos, apresentando de forma sutil e sugestiva suas existências complexas e suas relações familiares, a dureza da vida na rua e o impacto do progresso em grandes cidades sobre esta parcela da população.

Também em Sakawa (2018) observamos um questionamento sobre a forma de sobreviver na África contemporânea, através do longa dirigido pelo ganês Ben Asamoah, que desvenda e acompanha de perto um esquema de golpes via internet.

O longa que encerra a Mostra é o documentário queniano Me Chamo Samuel (2020), que retrata o romance homoafetivo protagonizado por dois homens e as adversidades encontradas num país como o Quênia, cujas leis criminalizam qualquer um que se identifique como LGBTQI+.

Programas de curtas: memórias, vivências e corpo-território

Serão exibidos 14 curtas-metragens organizados em três programas que ficam disponíveis até o final da Mostra de Cinemas Africanos, sem limite de visualizações. Cada programa estará disponível na plataforma da Spcine Play às 19h do seu dia de estreia.

 A curadoria dos curtas é assinada por Jamille Cazumbá, Ema Ribeiro e Álex Antônio, todos integrantes do Cineclube Mário Gusmão, e é resultado de um processo prático de formação em curadoria no âmbito do projeto.

O primeiro programa de curtas, intitulado “Memória: performatividades entre-tempos”, reúne cinco filmes que exploram linguagens experimentais em torno de nuances da memória. 

O segundo, “Vivências do novo e perspectivas do agora”, explora a diversidade de experiências das infâncias e juventudes africanas contemporâneas. 

Já o terceiro, “Corpo-território: transversalizando os espaços”, apresenta narrativas que colocam em disputa diferentes noções de territorialidades quando falamos de África. 

Os filmes que compõem a programação de curtas são todos de ficção, incluindo quatro inéditos no Brasil: Ward e a Festa da Henna (Egito), Tab (África do Sul), Encrenqueiro (Nigéria) e Boa Noite (Gana) – este último integra a shortlist para indicação ao Oscar 2021.

Os programas de curtas estreiam respectivamente nos dias 13, 15 e 17 de março, e cada sessão contará com comentários de especialistas.

Para assistir aos filmes é preciso entrar no site SpcinePlay e fazer um rápido cadastro na plataforma parceira Looke. Em seguida é só clicar na aba do site referente à Mostra de Cinemas Africanos e escolher o título desejado. 

Os filmes ficam disponíveis na plataforma exclusivamente durante o período da Mostra, dentro da programação, e somente em território brasileiro.

PROGRAMAÇÃO:

12/03 (sexta): Pare de nos filmar (República Democrática do Congo, 2020) – 600 views

13/03 (sábado): Programa de curtas 1: Memória: performatividades entre-tempos. Filmes: Um cemitério de pombos (Nigéria), Invisíveis (Namíbia), Treino Periférico (Guiné Bissau), Bablinga (Burkina Faso), A lutadora de boxe (Senegal) – sem limite de views

14/03 (domingo): Softie (Quênia, 2020) – 600 views

15/03 (segunda)  Programa de curtas 2: Vivências do novo e perspectivas do agora. Filmes: Encrenqueiro (Nigéria), Perdendo  Minha Fé (Nigéria), Tab (África do Sul), Cabelo com Balanço (África do Sul), Boa Noite (Gana) – sem limite de views

Dia 16/03 (terça): Um Lugar sob o Sol (Marrocos, 2019) – 600 views

Dia 17/03 (quarta): Programa de curtas 3: Corpo-território: transversalizando os espaços. Filmes: Ethereality (Ruanda), Ward e a Festa da Henna (Egito), O Azul Branco Vermelho do meu Cabelo (França), Gagarine (França) – sem limite de views

Dia 19/03 (sexta): Sakawa (Gana, 2018) – 500 views

Dia 20/03 (sábado): Descobrindo Sally (Etiópia, 2020) – 500 views

Dia 21 (domingo): Vamos Conversar (Egito, 2019) – 400 views

Dia 22 (segunda): Me Chamo Samuel (Quênia, 2020) – 600 views

Articulação de Mulheres Negras Brasileiras cria agenda “Março de lutas” contra o racismo e o patriarcado

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A AMNB – Articulação de Mulheres Negras Brasileiras amplia a mobilização do dia 08 de março, um marco internacional de luta contra o patriarcado e o racismo, para o mês inteiro. A agenda de #MarçoDeLutas em 2021 é um conjunto de ações coletivas para reafirmar a resistência negra no Brasil. O objetivo é que as mulheres negras brasileiras protagonizem uma chamada para compartilhar práticas, experiências, viabilizar denúncias para potencializar o enfrentamento ao racismo, o sexismo e a lesbitransfobia que impactam a vida das pessoas negras, especialmente as mulheres.

Ao vivo, acontecem dois encontros on-line. O primeiro é a Live “Mulheres Negras Contra a Violência Política”, com a participação de parlamentares brasileiras que sofreram ataques recentes, no dia 05 de março, às 19h. O segundo é o “Diálogo Internacional – 20 anos da Conferência de Durban e a luta global contra o Racismo”, com a presença de mulheres negras das Américas, em 19 de março, às 15h.

No dia 08 de março será lançada uma revista eletrônica sobre o protagonismo das mulheres negras numa das maiores mobilizações brasileiras, em termos de articulação e engajamento. “Marcha das Mulheres Negras – Da ancestralidade ao futuro” é o nome da revista eletrônica, resultado de parceria da AMNB com o Cultne – Maior acervo digital de cultura negra da América Latina, que também é parceiro na exibição de materiais de audiovisual do acervo e produção de materiais inéditos sobre o legado da luta das mulheres negras no Brasil.

O Março de Lutas vai reafirmar a denúncia contra as violações de direitos humanos, protagonizadas pelo Estado brasileiro, bem como, visa reforçar os debates sobre a importância da vida das mulheres negras no que diz respeito ao enfrentamento a violência doméstica, o feminicídio, o racismo religioso e a violência política”, comenta Valdecir Nascimento, coordenadora executiva da AMNB.

O conjunto de ações honra legados e trajetórias de pessoas e organizações negras com marcos históricos no mês de março como: os 3 anos do assassinato da militante negra parlamentar Marielle Franco, no dia 14 de março de 2018, ainda sem justiça; Neste mesmo dia homenageamos o nascimento de duas estrelas negras que tiveram grande contribuição para a luta negra brasileira: Carolina Maria de Jesus e Abdias Nascimento – ambos nascidos em 14 de março de 1914. 

Já no dia 16 de março de 2021 faz sete anos que a trabalhadora Claúdia Ferreira foi assassinada por Policiais Militares (PMs) do Rio de Janeiro e arrastada do lado de fora da viatura, fato que será lembrado. É também em março, dia 21, que celebramos o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. Em 27 de março celebramos o nascimento de outra estrela negra brasileira, Luiza Bairros, que tem inspirado homens e mulheres negras com seu legado.

Continuaremos em marcha até que todas as Marielles, Claudias, Carolinas, Abdias e Luizas tenham direito à vida e ao Bem Viver”, ressalta a coordenadora executiva da AMNB, Valdecir Nascimento. A primeira edição do Março de Lutas foi criada em 2019, em Salvador (BA), pelo Odara – Instituto da Mulher Negra. Nas edições anteriores foram realizadas ações de comunicação em alusão às datas que fazem parte da agenda. Confira a agenda completa no quadro abaixo.

A Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) é constituída por 49 organizações de mulheres negras, distribuídas nas cinco regiões do Brasil. São 20 anos atuando com a missão institucional de promover a ação política articulada de grupos e organizações integrantes, com enfrentamento ao racismo, sexismo, lesbofobia e todas as formas de discriminação. 

Serviço – Março de Lutas / Agenda AMNB

Site com Programação detalhada: http://amnb.org.br/marcodelutas

Fotos de Divulgação: http://bit.ly/FotosAMNBImprensa

Redes: https://www.instagram.com/amnboficial/ 

Local das Lives: http://bit.ly/YoutubeAMNB 

Assessoria de imprensa – Paó Comunicação/Cultne: 61 98179-9316 

Data/HoraPROGRAMAÇÃO – Março de Lutas 2021
01/03 Lançamento do hotsite da campanha nas redes sociais
05/03 – 19hLive “Mulheres Negras Contra a Violência Política”Participantes: Ana Lúcia Martins (Vereadora PT \ Joinville); Vereadora Carol Dartora (Vereadora PT / Curitiba); Vereadora Dandara (Vereadora PT / Uberlândia);  Lívia Duarte  (Vereadora PSOL/ Belém); Erica Hilton (Vereadora PSOL / SP). Mediação: Terlúcia Silva (AMNB)Transmissão – Canais do Youtube e Facebook da AMNB 
08/03 – 19h30Lançamento da Revista Eletrônica “Marcha das Mulheres Negras – Da ancestralidade ao futuro” Transmissão: Canais do Youtube e Facebook – AMNB
14/03 – 19h3019h30 – Re-exibição de curta-metragens produzidos pelo acervo Cultne: “Marielle Presente – Eu sou porque nós somos”; “Teatro Experimental do Negro – Abdias Nascimento”; “Quarto de Despejo – Carolina Maria de Jesus”, estrelando Ruth de Souza.Transmissão: Canais do Youtube e Facebook – AMNB
16/03 – 19h30Re-exibição do documentário “Somos tod@s Claudia!!”, ato público registrado pelo acervo Cultne em 2014.
Transmissão: Canais do Youtube e Facebook – AMNB
19/03 – 15hDiálogo Internacional – 20 anos da Conferência de Durban e a luta global contra o Racismo.
21/03Mobilização nas redes sociais da AMNB: Publicação de materiais da campanha em alusão ao Dia de Eliminação da Discriminação Racial
27/03 – 19h30Lançamento do documentário “Tributo à Luiza Bairros” produzido pelo acervo Cultne.Transmissão: Canais do Youtube e Facebook – AMNB
31/03Mobilização nas redes sociais da AMNB: Publicação de materiais da campanha para referenciar a participação da população negra na luta pela democracia e contra a ditadura militar.

Facebook lança “Latam Season” série com Liniker, Vivi Duarte e Emicida sobre diversidade e inclusão

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Estreia no dia 11 de março a primeira série documental totalmente produzida pelo Facebook na América Latina. ‘Latam Season’ tem seis episódios e trata da “importância crucial da diversidade e da inclusão para o sucesso dos negócios”.

Cada capítulo é apresentado por um especialista. Na lista estão o músico, escritor, compositor, apresentador e empresário Emicida; a atriz, cantora e compositora Liniker; a blogueira mexicana de moda plus size Priscila Arias; a locutora chilena Caterina Moretti, que tem síndrome de Down; a jornalista e empreendedora social Viviane Duarte, e a cantora, compositora, produtora, antropóloga e ativista mexicana Lila Downs.

Os filmes abordam temas como representatividade e identidade, comunidades, democratização digital, criatividade coletiva e tecnologia. Cada episódio será liberado individualmente. A agenda será publicada na página oficial da produção.

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