O filme de Erickson Marinho narra a história de 4 garotos da periferia que mesmo tendo noção de todos os problemas sociais existentes na comunidade, preferem passar seus dias defendendo o bairro, lutando contra monstros imaginários e vivendo a infância.
“Poucas obras aproximam fantasia de periferia, elas geralmente focam na questão das lutas sociais. E os guerreiros têm ciência da ‘vida errada’, do tráfico, da realidade… Mas preferem curtir e viver a infância”, disse Erickson para o Jornal do comércio.
Erickson também contou que o filme foi inspirado em suas vivências e memórias pessoais da sua infância. Os atores — Glauber, Kivison, Vítor e Will — que dão vida aos personagens são moradores da própria comunidade e usam seus próprios nomes e figurinos no filme.
Erickson Marinho é um homem negro, periférico que se formou em cinema com a bolsa PROUNI, e em seu trabalho de conclusão da pós idealizou o filme “Os Guerreiros da Rua” que é situado na favela, mas a história passa longe do olhar estereotipado da periferia. É um leve filme infantil, onde crianças pretas e periféricas se divertem e fantasiam.
No dia 12 de outubro, dia das crianças o filme será disponibilizado no YouTube, para que mais crianças se sintam representadas e tenham acesso a este filme que nos permite fantasiar.
Levi Keniata, 27, natural de São Paulo, teve contato com a música desde muito cedo, quando criança a aproximação se deu através de sua mãe, cantora na Igreja, ainda na infância, a fanfarra da escola lhe deu a oportunidade de explorar seus estudos musicais. Já na adolescência. para o jovem do ABC paulista, a paixão pelo Funk passou a falar mais alto, foi quando descobriu que, mesmo fora da igreja e do ambiente escolar, novas possibilidades criativas o aguardavam em outros espaços.
Com o amadurecimento pessoal e a mudança no estilo de vida, Keniata conheceu o Samba e o Candomblé, ambos possibilitaram seu primeiro contato com instrumentos de percussão como o atabaque e o agogô, um universo que transformou sua cosmologia de mundo e suas referências. Desde então, a música preta brasileira ganhou outra proporção na vida do produtor.
E, durante um período sensível e em contexto de pandemia, Levi Keniata construiu de forma coletiva o disco CÉLULAS, que é um duplo panorama do presente, um registro da arte e da criatividade daqueles que não são vistos e ouvidos em diversas esferas da sociedade brasileira em tempos de pandemia, uma obra que materializa as expressões musicais e culturais da música preta local.
Todos os artistas e músicos convidados para o projeto encontraram na música o acalanto que precisavam. “Os convites seja aos cantores, músicos e técnicos foram feitos sentindo cada obra e ouvindo quem já soava ali antes mesmo de estar. Existe um outro lado do meu trabalho também, que é precisar de um entrosamento, contato orgânico, estar conectado por sentimentos, logo trabalhar a distância me quebra total, mas acredito que o sentimento de querer se conectar com todos, foi combustão para fazer um retrato dessas nossas sensações. Sou muito grato de ter sido convidado para trabalhar em músicas anteriores com artistas como Obigo, Marabu e Nayra Lays, as primeiras pessoas que confiaram em mim, convidar eles para o meu primeiro álbum também é retribuir e afirmar a nossa confiança mútua na arte. Os outros convites foram feitos praticamente em alfaiataria para cada um e quando não, aparecia como: isso precisa estar no disco. Fico contente pois compartilhamos todos de uma atmosfera semelhante e acredito que conseguimos entregar o que realmente a música pedia”
Foi durante a quarentena que o produtor percebeu a importância de construir um imaginário coletivo, contando e registrando as histórias, angústias, anseios e expectativas dos músicos independentes ligados à música brasileira feita da Zona Leste à Zona Sul de São Paulo. Levi Keniata explica como iniciou o processo de criação do disco: “Eu fiquei observando o movimento do mundo assim que adentramos numa situação de quarentena, percebi que pensar na possibilidade de conseguir passar por essa fase, minimamente sem grandes danos, precisaria ser de forma coletiva. Para isso, era necessário o mínimo de deslocamento e em alguns lugares do mundo, a impossibilidade concreta de não sair, vi alinhamentos de setores da saúde para buscar saídas e até mesmo governos para gerar alternativas econômicas. Fui pesquisar o significado semântico da palavra Célula e vi que era derivado do latin, Cela, pequeno espaço, em biologia, unidade básica e fundamental dos organismos, foi quando as coisas começaram a ganhar uma luz. Ser condicionado a ficar cada um em sua residência, diminuir a disseminação da Covid, colaborar com vizinhos com algo que necessitasse entre outras paradas, tudo isso já mostrava ser uma organização de todos, como algo no microscópio, para fazer sentido no macro, no mundo. Então mergulhei a fundo na Biologia e em tudo que se conecta-se artisticamente ao termo, assim fui conceituando o álbum e tornando o movimento das Células, literalmente no que já é na vida: ARTE”.
Perguntamos para Levi, qual seria o intuito ou objetivo do álbum que é o seu primeiro disco autoral onde o autor se inspirou na sonoridade do Samba-Rock mas sem negar sua raiz que é o Funk. O artista explica que a arte e a música são quase um serviço social:
“A arte, a música, cumpre quase um serviço social que é ser trilha sonora da vida das pessoas. Ela afeta e atravessa toda alma, depois que passa sempre fica algo. Independente da situação em que se esteja, de romance, de ódio, de festa, a música irá atravessar. Resolvi continuar o que sempre foi feito por tantos e tantos, continuar fazendo a trilha sonora das situações em que vivemos, e no ano de 2020, CÉLULAS e só mais um sintoma de tudo o que aconteceu“.
Te convidados para ouvir Células, disponível em todas as plataformas digitais
O Projeto Favela Mundo já atendeu 6.129 crianças nos últimos dez anos e este ano receberia 900 crianças em sua tradicional festa no dia 12 de outubro, mas devido à pandemia da COVID-19 o evento deste ano terá uma versão virtual.
A festa live conta com participação especial do ator David Junior e também de músicos, mágicos e cantores que levarão muita diversão para a criançada.
O evento começa a partir das 11h do dia 12 de outubro no Instagram da ONG Favela Mundo (@favela.mundo). A programação do evento envolve sorteio de presentes, apresentações de dança, contação de histórias e construção de brinquedos com material reciclado. O evento será aberto para todas as crianças do país e suas famílias.
“É uma oportunidade a mais para unir pais e filhos, diante de uma data tão importante e de preservar o lado lúdico dos pequenos em plena quarentena.”, afirma o fundador da ONG Favela Mundo, Marcello Andriotti.
A organização também contribuiu com diversas ações durante o isolamento social, com dicas para os pais aproveitarem o tempo extra com os filhos e videoaulas de teatro, música e dança.
Munida de habilidade e pronta para o combate, Drik Barbosa estreia no mundo dos games como personagem de Mayara & Annabelle : Idle Battles, jogo que estará disponível para Android e iOS a partir desta sexta-feira (9). Em parceria inédita entre a Laboratório Fantasma e a desenvolvedora Skullfish Studios, a rapper paulistana criou ainda uma música exclusiva para trilha sonora do mesmo. Trata-se da faixa “Infalível“, que já está disponível nos aplicativos de streaming (ouça aqui) e ganha ainda um videoclipe (assista aqui) ambientado no universo do game.
“No processo criativo desse música, eu tinha o grande desafio de unir o mundo do jogo com o meu mundo“, conta Drik. “Assuntos como união, representatividade e a força do poder feminino são, de certa forma, a minha marca. Falar sobre eles na letra é uma maneira de apresentar a minha identidade, mas também mostrar a importância de ter alguém como eu representada em um jogo“, completa.
A artista buscou inspiração para “Infalível”, que tem produção assinada por Grou, na música “My Power”, do poderoso disco The Gift, lançado por Beyoncé e de extrema importância para Drik. Na letra, ao incluir termos como “combo” e “katana” (espada da sua personagem no game), a rapper constrói uma ponte entre o universo do ficcional e o mundo real.
Inspirado na HQ brasileira Mayara & Annabelle, de Pablo Casado e Talles Rodrigues, o game Mayara & Annabelle : Idle Battles, se passa em um mundo onde os demônios e as criaturas sobrenaturais tentam atrapalhar o cotidiano das pessoas. Como parte de uma divisão pública especializada no combate desses dito cujos, o jogador deve montar um time de especialistas e impedir que estes inimigos infrinjam as leis humanas. Mayara e Annabelle, que são uma ninja e uma maga, respectivamente, contarão com a ajuda de Drik Barbosa nessa missão.
“Na maioria das vezes, as mulheres são apresentadas de formas estereotipadas. Quando eu apareço dentro de um game, represento meninas e mulheres pretas. Espero que elas possam se identificar com uma personagem pretinha que tem uma personalidade forte e parecida com a delas. É sobre lutar, ser guerreira, matar os monstros e quebrar barreiras“, avalia Drik Barbosa.
Até o fim do ano, a LAB Fantasma ainda lançará uma coleção de camisetas especiais sobre o jogo para selar a parceria com a Skullfish Studios.
A faixa PRO COMBATE foi produzida inicialmente em 2015 (numa versão diferente da versão atual) “Quis fazer essa nova versão dela porque o “combate” do qual ela fala se intensificou, e acredito que a luta antirracista está na base das várias mudanças importantes que precisamos fazer, porque não há democracia num estado racista”explica o compositor mineiro.
O artista presta homenagens às pessoas que lutaram antes de dele, os blacks que vieram antes, os Mcs que vieram antes. A música é um tributo atual considerando o contexto histórico do movimento negro nacional.
Reprodução/Youtube
“Pro Combate foi a primeira música solo que lancei, isso em 2015″explica do MC de Belo Horizonte. A produção da versão original ficou a cargo do meu amigo Daniel Saavedra e foi o início dessa caminhada. A versão de 2020 é como um Remix, um Soul Remix de fato e chega nas plataformas digitais dia 19 de outubro com direito a vídeo lyric no canal do youtube de Roger Deff (ocasião também em que faz aniversário).
Ficha Técnica Pro Combate (soul remix) Produção: Poliphonicos Feat e Scratches: DJ Hamilton Jr Letra e voz: Roger Deff Design e Lyric vídeo: Dokttor Bhu
A AfroSaúde é uma health tech de impacto social focada em desenvolver soluções tecnológicas em serviços de saúde para a comunidade negra. Pensando no problema do racismo estrutural, a empresa quer dar visibilidade ao profissional de saúde negro e conectá-los a pacientes que buscam representatividade e atendimento mais qualificado quanto às especificidades da população negra.
Na plataforma, além da funcionalidade do cadastro para profissionais, os pacientes podem buscar especialistas por estado e cidade, com a opção de filtrar a forma de pagamento e os convênios atendidos. Serão exibidos o nome, a profissão, as áreas de atuação, os locais de atendimento e contatos, sinalizando ainda se o profissional realiza atendimento online e/ou domiciliar.
Profissionais de saúde negros de diversos estados brasileiros já realizaram o cadastro na plataforma AfroSaúde, que liberou o acesso para que pacientes possam buscar médicos, dentistas, psicólogos, esteticistas e outras especialidades. A busca pode ser feita pelo endereço https://app.afrosaude.com.br/.
Combate à desigualdade
Dentre os pilares que norteiam a AfroSaúde está o combate ao racismo e à desigualdade no mercado de trabalho. Isso porque, embora a população negra seja a maioria no Brasil, ela ainda ocupa uma pequena parte dos cargos de gestão nas grandes empresas. Na área de saúde, os números são ainda mais preocupantes.
Para o dentista Arthur Lima, um dos fundadores da startup, a ideia surgiu a partir da própria experiência e de relatos de pacientes. “Atuando na área, percebemos o quanto o racismo consegue fazer com que a desigualdade seja latente com os profissionais de saúde negros e essa é uma percepção também dos pacientes que, quando veem um médico, dentista, fisioterapeuta e outro profissional de saúde negro atuando, se espantam positivamente, porque não é comum. Por isso, queremos contribuir para dar visibilidade a esses profissionais e fazer com que os afrodescendentes se sintam mais representados no atendimento em saúde”, completa.
Além da visibilidade, a startup pretende contribuir para a formação dos profissionais, ofertando workshops, cursos e outros conteúdos relacionados à área de saúde, gestão, finanças e acerca da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, instituída no Brasil em 2009.
A atriz, apresentadora e colunista da “Vogue Gente” Maria Gal procurou fazer a diferença durante a pandemia do Coronavírus. Convidada a ser embaixadora do Favela Sem Corona, iniciativa que nasceu no início da quarentena para diminuir o impacto da doença nas comunidades cariocas, Gal fechou parceria com o laboratório Hilab para realizar exames gratuitos para diagnóstico da Covid-19 nos moradores da favela da Rocinha. A ação acontece entre os dia 5 e 10 de outubro e deve contemplar, aproximadamente, 300 pessoas. Uma equipe de entrevistadores treinados vai fazer a triagem e o agendamento para evitar aglomeração.
“Chegamos, em setembro, à terrível marca de 1 milhão de mortos no mundo e a 150 mil mortos só no Brasil. Nas comunidades do Rio de Janeiro, 67% dos moradores são pretos. Pensar que os moradores das comunidades do Rio de Janeiro estão entregues à própria sorte, com pouca contribuição do poder público, me fez entender que, enquanto uma mulher preta privilegiada, eu precisava fazer algo para além de usar a minha imagem, e contribuir para que pessoas desfavorecidas economicamente pudessem fazer o teste de forma gratuita, me pareceu uma ação necessária e urgente“, conta Gal.
“Lembro que, quando me contactaram, relataram uma história de uma senhora da Rocinha que fez o teste pela manhã e à noite faleceu. Pensei que, se ela soubesse que estava com coronavírus antes, a possibilidade dela se tratar seria muito maior. Foi quando contactei, pessoalmente, algumas empresas pedindo apoio e, dentre elas, o Hilab que eu já acompanhava o trabalho. Afinal de contas, estamos passando por um momento extremamente delicado e, necessita que nós, da sociedade civil, possamos, de alguma forma, contribuir – principalmente -, em projetos que visam ajudar os mais vulneráveis. Estamos todos no mesmo mar revolto, mas não no mesmo barco. Isso é cidadania“, completa.
Idealizador do Favela Sem Corona, Pedro Berto reforça a necessidade de ampliar o alcance da testagem. “Através das nossas redes sociais, utilizamos linguagem informal, simples e objetiva, para mantermos os moradores das favelas informados sobre os cuidados que devem ser tomados em relação ao coronavírus. As doações financeiras que recebemos também são utilizadas para compra de sabonetes, álcool em gel e máscaras, que entregamos a entidades e organizações que trabalham nas comunidades”, explica.
Serviço O que: Favela sem Corona (Rocinha, RJ) Quando: de 05 a 10 de outubro
Na internet, tudo viraliza de forma muito rápida. Seja casa de famosos, memes ou aplicativos divertidos. Na ultima semana por exemplo, certamente você se deparou com uma enxurrada de ”avatares” dos seus amigos no Facebook. Muitos deles reclamando que não ficaram parecidos, o que pode ate ser verdade, mas ainda assim a rede social disponibilizou uma série de tons de pele, cabelos, e tipos de corpo para você montar o seu avatar o mais próximo possível da realidade.
Infelizmente, o mesmo não podemos dizer de outro app que virou febre na internet recentemente. ”PortraitAI- Avatar da Renascença” traz a promessa de te transformar em uma pintura do século XVIII, por meio de inteligência artificial. Entretanto, essa promessa só é cumprida com total satisfação para brancos. ”Pessoas de cor”, como eles disseram em nota, precisam se contentar com a lamentação dos desenvolvedores por seu aplicativo ter sido testado majoritariamente em europeus.
Para pessoas negras, uma tentativa de diversão acaba em frustração, com pele clareada, traços afinados e cabelos alisados. O aplicativo diz estar planejando arrumar isso em breve, todavia ele nem deveria ter sido lançado com um recurso tão limitado, e excludente. Uma breve pesquisa dos desenvolvedores sobre o assunto, mostraria que o Faceapp, aplicativo famoso por mostrar as pessoas em diferentes gêneros e idades, também por meio de IA, precisou se desculpar em 2017 por usar um filtro que tornava as pessoas brancas com a premissa de deixa-las mais atraentes. Entretanto, parece que a equipe do PortraitAI, não fez essa simples lição de casa e agora devem lidar com uma série de críticas negativas nas lojas de app. Confira o que disseram alguns usuários e também os resultados de algumas pessoas.
Algumas das avaliações negativas recebidas.
Os resultados frustrantes de alguns usuários. Fizemos teste com uma pessoa famosa, e Cynthia Erivo ganhou olhos azuis em uma das versões.
O atual cenário de covid-19 demanda um cuidado redobrado não só com a higiene, mas também com a alimentação. Nesse período de quarentena, é importante refletir sobre hábitos alimentares saudáveis, que vêm a ser um reforço para a imunidade. Assim, a dica é investir em produtos e alimentos que contenham ômegas e vitaminas naturais, provenientes de óleos vegetais.
“Eles são ricos em ácidos graxos essenciais, ômegas, vitaminas e fitoesteróis imprescindíveis para auxiliar na manutenção e fortalecimento do sistema imunológico”, explica Lilia Kawazoe, gerente comercial da Concepta Ingredients.
Então, é importante ficar de olho nos rótulos dos alimentos que pretende consumir para apostar naqueles que contenham em suas formulações os seguintes ingredientes:
Óleo de Amendoim: ricos em ácidos graxos insaturados e alto teor de vitamina E.
Óleo de Arroz: alto teor de ácido oleico e gama-orizanol.
Óleo de Borragem: a mais abundante fonte vegetal de ácido gama-linolênico (GLA).
Óleo de Cártamo: alto teor de ácidos graxos essenciais.
Óleo de Coco: contém ácidos graxos de cadeia média e ácido láurico.
Óleo de Girassol: contém tocoferóis e ômegas 6 e 9.
Óleo de Linhaça: uma das principais fontes vegetais de ômega 3.
Óleo de Gergelim: contém ômegas 6 e 9 e vitamina E.
Óleo de Groselha Negra: rico em ácidos y-linolênico e a-linolênico.
Óleo de Açai Orgânico: contém omêgas 6 e 9, fitoesteróis e presença natural de vitaminas.
Óleo de Castanha-do-Brasil Orgânico: contém ômegas 6 e 9, fitoesteróis e esqualeno, e presença natural de vitaminas.
Óleo Virgem de Coco Orgânico: contém ácido láurico e ácido mirístico, fonte natural de TCM e presença natural de vitaminas.
Nesse período de quarentena, em que as pessoas tiveram suas rotinas alteradas, o aumento da queda de cabelo tem sido uma queixa recorrente. Uma série de fatores contribuiu para esse aumento, com o stress e a ansiedade encabeçando a lista. Em uma rede de salões de beleza de São Paulo, não foram poucas as clientes que demonstraram preocupação com o problema. É o que conta a Especialista em Terapia Capilar Kammily Carvalho, do Shades Studio Jardim Pamplona: “Tenho recebido muitos questionamentos relacionados à queda de cabelo. Em grande parte dos casos, a queda acentuada está diretamente relacionada ao momento de isolamento social”, diz a profissional.
Com a sua experiência e formação em tratamento de dermatites de couro cabeludo e queda precoce, a especialista explica: “O nosso cabelo tem 3 fases três fases: o período durante o qual o cabelo cresce chama-se fase anagénica e dura cerca de 1 a 4 anos. A segunda fase chama-se catagênica, é quando a conclusão da produção de fibra ocorre e dura de 2 a 3 semanas. A última fase, conhecida como telogénea, é quando o fornecimento de nutrientes é interrompido, dessa forma, o cabelo cai, deixando espaço para o crescimento de um novo fio e o reinício do processo. É normal cair uma média de 100 a 120 fios diários. Em alguns casos, essa quantidade se multiplica, principalmente por fatores hormonais, pois o folículo piloso é sensível às alterações hormonais”. Além dos hormônios, os cabelos podem apresentar queda por fatores nutricionais, emocionais e doenças de base autoimune.
Outros indícios foram apontados pela cabeleireira, como Eflúvio Telógeno, fator reversível onde o cabelo cai depois de uma experiência estressante; Alopecia androgênica, que é a perda permanente de cabelo, causando a calvície; Seborreia – doença cutânea que provoca manchas descamativas e vermelhas na pele e no couro cabeludo; e Alopecia areata, queda repentina de cabelo que começa com uma ou mais áreas calvas circulares, que podem se sobrepor. A ansiedade causada pelo período pandêmico, o estresse e a má alimentação contribuem para a deficiência na ingestão vitaminas e proteínas que ajudam a fortalecer o folículo piloso.
Apesar desses diversos fatores, a especialista destaca alguns pontos que ajudam a evitar a queda excessiva dos fios:
É ideal lavar o couro cabeludo todos os dias ou dia sim, dia não, para evitar a oleosidade (fator que também estimula a queda excessiva e acentuada, podendo evoluir para outros agravantes, como a caspa);
Não deixar o cabelo tracionado por muito tempo;
Não dormir com o cabelo molhado;
Tentar diminuir o estresse;
Melhorar a alimentação e ingestão de vitaminas;
Ir sempre ao cabeleireiro ou profissional especializado em tratamento antiqueda e realizar um tratamento de limpeza do excesso de produtos na raiz do cabelo;
Atenção e cuidado com produtos de alisamento, relaxamento, progressivas ou qualquer química que venha a ser aplicada no couro cabeludo e podem provocar alergias e queimaduras;
Cuidado com os produtos finalizadores, para evitar o entupimento e a circulação sanguínea no couro cabeludo e poros;
Desembaraçar os cabelos no banho.
Em casos mais graves, o recomendado é buscar um Tricologista, especialista em queda de cabelo e calvície, que irá descobrir qual é a causa da queda e orientar sobre o tratamento. Alguns salões oferecem tratamentos nesse sentido, como Argiloterapia, Alta frequência, Ozonioterapia, Luz de led e Óleos essenciais. “Aqui no Shades Pamplona, a especialista Kammily Carvalho desenvolve tratamentos que aliam essas ferramentas e produtos de qualidade e confiabilidade, de marcas reconhecidas no mercado de tratamento para queda e dermatite”, finaliza Maria Eugênia Dickerhof, proprietária da rede.