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Fazendo história: Mundo Negro celebra mulheres negras dentro da maior empresa de beleza do mundo

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Foto: Carlos Junior.

Dez mulheres que fazem a diferença em suas áreas de atuação foram agraciadas pela Power List Mulheres Negras Transformando Histórias. Um evento realizado na sede da L’Oréal, no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (25) coroou a celebração do Dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha.

Realizado pelo Site Mundo Negro, com idealização e curadoria da CEO Silvia Nascimento e parceria da L’Oréal e do MOVER, o encontro proporcionou um momento intenso de trocas de experiências, vivências e um momento de celebração e confraternização das conquistas destas mulheres.

Com um momento de entrevistas, muita black music, com as pickups comandada pela DJ Solyma e cardápio do almoço assinado pela chef Andressa Cabral, a Power List Mundo Negro 2022 com certeza já se tornou um marco no reconhecimento dos feitos de mulheres negras do Brasil, valorizando aquelas que nem sempre estão nas áreas que recebem mais visibilidade na mídia.

Confira a lista completa das contempladas.

“Meu trabalho como jornalista é garimpar e descobrir nomes de mulheres negras que estão fazendo história e a gente nem conhece, porque tem muitas de nós ainda muito anônimas. Às vezes tenho a impressão de que são sempre os mesmos nomes nos eventos, nas matérias e nos prêmios”, disse Silvia Nascimento durante a abertura do evento.

Patríca Santos, Ana K Melo, Luciene Rodrigues, Rita Oliveira, Juliana Oliveira, Silvia Nascimento, Márcia Silveira, Katleen Conceição, Mônica Anjos e Michele Salles. Foto: Carlos Junior/ CULTNE

Momentos de entrevistas com algumas convidadas do evento, abordando temas como suas experiências profissionais, desafios e perspectivas para mulheres negras em cargos de liderança e até vivências pessoais e familiares deram um tom intimista ao encontro, que reuniu cerca de 40 mulheres negras das mais diversas áreas de atuação.

Marcinha Silveira, uma das premiadas na PowerList e head de Diversidade e Inclusão da L’Oréal destacou a importância do momento em que estamos vivendo, onde mulheres negras em posição de liderança começam a não serem mais figuras únicas em algumas empresas. “Quando pensamos que a gente poderia ter uma mulher negra em cargo de liderança em uma miltiancional e em que hoje em dia não estou em um lugar de figura única? Eu entro em reuniões onde tenho colegas que são mulheres negras como eu. Isso é um conforto”, disse ela.

Cada uma das dez mulheres contempladas pela lista recebeu um troféu ilustrado por Bruna Bandeira, do Imagine e Desenhe. Após a entrega dos troféus, cada uma delas respondeu a perguntas relacionadas a suas trajetórias.

Michele Salles, head de saúde mental e diversidade da Ambev, destacou a necessidade de que mulheres negras possam olhar com cuidado para si mesmas e para sua saúde mental. “Muitas vezes, as pessoas negras não percebem que estão passando por um sofrimento mental, porque não fomos ensinados a nos cuidarmos. Então, muitas vezes, quando percebemos alguma situação este tipo, já estamos em um estado avançado”, disse a psicóloga, que atua para melhorar processos relacionados à saúde mental das pessosas na Ambev e se tornou diretora com 8 meses na empresa.

Atuante na área de inclusão de pessoas negras no mercado de trabalho, Patrícia Santos, CEO da EmpregueAfro avalia que existe ainda existe muita resistência para que empresas entendam a importância de contratarem profissionais negros. “Tem lugares onde a gente chega que às vezes os gerentes de RH chegam a externalizar isso pra gente: ‘Ah, a gente tem que contratar negros?'”, exemplificou.

Ana K Melo, sócia e head de diversidade da XP Inc. destacou que é um grande desafio se posicionar enquanto mulher negra dentro do mercado financeiro. “Eu sou uma mulher negra, com deficiência, de origem periférica e sou sócia da maior empresa do mercado financeiro desse país. Cada novo espaço que eu acesso, não é pra mim, é para que meninas que estudam hoje na escola que eu estudei sonhem em estarem lá também”, disse.

Durante o evento, a jornalista Basília Rodrigues anunciou que Silvia Nascimento é finalista do Troféu Mulher Imprensa 2022.

Jornalista que integrava bancada do DF Record é indiciada por injúria racial

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Foto: Divulgação

A jornalista Lívia Braz foi indiciada pela Polícia Civil (PCDF) por injúria racial contra uma colega negra de trabalho entre os anos de 2019 e 2020, quando integrava a bancada do DF Record. Após o Site Mundo Negro denunciar as mensagens racistas enviadas no grupo de Whatsapp chamado “Resistência”, em 2020, Lívia e outras três jornalistas foram demitidas da emissora por justa causa.

Neste grupo, Lívia fazia piadas contra a colega, a chamava de “Patolino”, o pato preto da animação “Looney Tunes” da Warner Bros e disse que ela parecia “carvão” em uma foto.

A delegada Scheyla Cristina Costa Santos, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) e responsável por conduzir a investigação, disse no inquérito que o portal Metrópoles teve acesso, que o comportamento de Lívia era “muito indigno” no trabalho.

“Costumava dizer que não gostava de pobre, chegando a dizer que tinha horror a Águas Claras, pois lá só tinha pobre. Em outra oportunidade a declarante testemunhou Lívia maltratando uma estagiária, que chegou a chorar. Diante disso, apesar de Lívia nunca ter se referido diretamente a declarante com esse conteúdo que corria pelo WhatsApp. Diz que Lívia costumava falar também mal de pessoas gordas e das roupas das outras pessoas. Atitudes sempre reprováveis de convívio”, diz em um trecho do documento.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) agora analisará o inquérito para o caso ser denunciado ou não para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Caso Miguel: Justiça de Pernambuco nega pedido de prisão de Sarí Corte Real

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Foto: Reprodução.

A Justiça de Pernambuco negou o pedido de prisão de Sarí Corte Real, condenada a 8 anos e 6 meses de prisão por abandono de incapaz, que resultou na morte do menino Miguel Otávio de Santana, de cinco anos de idade, após ele cair do nono andar do prédio onde sua mãe, Mirtes Santana, trabalhava como empregada doméstica.

Sarí Corte Real foi condenada em maio deste ano, na primeira instância, mas o juiz permitiu que ela recorresse da decisão em liberdade. A assistência de acusação entrou com um pedido de prisão para Sarí, alegando que ela desrespeitou medidas impostas pela Justiça, como por exemplo, se mudar de endereço sem informar.

A equipe de advogados de Mirtes entrou com um pedido para a retenção do passaporte de Corte Real por considerar que “há um risco para continuidade do processo, após a condenação, já que ela e os dois filhos têm passaportes brasileiro e português”.

Sarí precisou ser intimada para uma audiência no processo cível a que ela responde e o oficial de justiça não a encontrou no endereço dela. O porteiro do prédio informou que ela não estava mais morando nesse endereço há cerca de um ano.

“Nós consideramos que isso foi uma quebra dos requisitos da fiança, já que ela não pode mudar de endereço residencial sem comunicar previamente o juízo, o que ela não fez. Então nós fizemos novamente esse pedido para que fosse reconsiderada a prisão preventiva e fosse colocada como medida cautelar ao menos a retenção do passaporte e o juiz negou novamente esse pedido”, disse a advogada Maria Clara D’Ávila, que representa a família de Miguel Otávio na esfera criminal.

A negativa de prisão de Sarí Corte Real foi assinada pelo juiz Edmilson Cruz Júnior, auxiliar da 1ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Capital. A sentença é do dia 19 de julho e saiu no Diário oficial da Justiça desta segunda (25).

Segundo o texto divulgado, a decisão foi tomada de acordo com a postura do próprio Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que foi contra o pedido feito pela assistência de acusação.

Keke Palmer desabafa sobre comparações com Zendaya: “Um grande exemplo de colorismo”

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Keke Palmer e Zendaya. Foto: Reprodução / Twitter / Vogue.

A atriz Keke Palmer utilizou seu Twitter nesta segunda-feira (25) para responder às recentes comparações com Zendaya. A estrela de ‘Não! Não Olhe!’ foi enfática ao declarar seu descontentamento. Numa recente publicação viral, um usuário declarou que, por conta do colorismo, Palmer não atingiu o mesmo nível de sucesso que a estrela de ‘Euphoria’.

Keke Palmer durante o MET Gala 2022. Foto: Getty Images.

“Gostaria que alguém analisasse profundamente as semelhanças e diferenças entre as carreiras de Keke Palmer e Zendaya”, dizia o tweet, que incluía fotos lado a lado das duas artistas. “Este pode ser um dos exemplos mais claros de como o colorismo funciona em Hollywood. Ambas eram estrelas infantis, mas suas popularidades no mainstream são muito diferentes”.

Palmer respondeu à declaração, observando seu papel como ‘Cinderela’ da Broadway, seu programa da Nickelodeon, em 2008, e seu status de apresentadora de talk show em vários programas da TV norte-americana. “Um grande exemplo de colorismo é acreditar que posso ser comparada a alguém”, escreveu a atriz. “Sou a apresentadora de talk show mais jovem de todos os tempos. A primeira mulher negra a estrelar seu próprio programa na Nickelodeon, e a mais jovem e primeira Cinderela Negra na Broadway. Eu sou um talento incomparável. Baby, ISSO é Keke Palmer.”

“Trabalho desde os 11 anos de idade. Sou protagonista desde os 11 anos. Eu tenho mais de 100 créditos e atualmente sou a estrela de um roteiro original que é o filme número um nas bilheterias do país (Não! Não Olhe!)”, escreveu ela em um tweet adicional. “Tive uma carreira abençoada até agora, não poderia pedir mais, mas Deus continua me surpreendendo.”

‘About Damn Time’, de Lizzo, se torna a música mais escutada dos Estados Unidos

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Lizzo. Foto: Divulgação.

A música número 1 dos Estados Unidos pertence a uma mulher negra. Nesta segunda-feira (25), Lizzo alcançou o topo da Billboard HOT 100, parada musical oficial do país e a mais concorrida do mundo. Feito foi conquistado com o sucesso viral ‘About Damn Time’, presente no recém lançado álbum ‘Special’. “Temos a música mais tocada do país, galera. Vou beber por cinco pessoas hoje”, celebrou a cantora através das redes sociais.

De acordo com a própria Lizzo, ‘About Damn Time’ é um “hino para curar, seguir em frente e refletir sobre todas as lutas contra depressão e ansiedade”. Cantora reflete que incentiva os ouvintes a falarem sobre seus sentimentos e lutarem por dias melhores, mesmo em momentos sombrios.

About Damn Time’ também se tornou a primeira música de 2022, lançada por uma artista feminina, a atingir o topo da Hot 100. Dentro da carreira de Lizzo, se tornou a segunda canção a marcar a posição mais alta da parada. “Eu tirei um tempo para escrever as músicas que precisavam ser lançadas, as histórias que eu queria compartilhar, que as pessoas deveriam ouvir”, disse a estrela ao comentar o lançamento de seu novo álbum, ‘Special’. “Eu acho que o amor é o coração deste álbum. Acho que tudo que eu fazia antes de Special foi em busca do amor. E era como, porque eu te amo era um álbum quase autobiográfico sobre quem eu quero ser“.

Silvia Nascimento, CEO do Mundo Negro, é finalista do 16º Troféu Mulher Imprensa

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Foto: Reprodução / Instagram

Silvia Nascimento, CEO e Editora-chefe do Site Mundo Negro, é finalista do 16º Troféu Mulher Imprensa, na categoria de Multimídia “Liderança, diretora de redação ou fundadora de projetos jornalísticos“. O anúncio foi feito neste 25 de julho, Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, e já está liberada a votação popular.

Na mesma categoria, Silvia concorre ao prêmio com Kátia Brasil da Amazônia Real, Semayat Oliveira do Nós, Mulheres das Periferias, Lilian Tahan do Portal Metrópoles e Renata Afonso da CNN Brasil.

A 16ª edição do prêmio visa prestigiar as jornalistas que se destacaram em suas áreas de atuação no biênio 2021/2022, além de fomentar a pauta dos direitos humanos através do tema “Pertencimento e Inovação”.

As 75 finalistas foram selecionadas por um júri de excelência – composto por 40 profissionais representando associações de comunicação, profissionais de diversas regiões do Brasil, causas e especialidades jornalísticas. O júri indicou, por livre escolha, as mulheres que tiveram destaque em cada uma das 15 categorias.

Sendo uma das primeiras jornalistas negras a comandar um espaço na internet, Silvia sempre estudou sobre Imprensa Negra, mas decidiu criar o Site Mundo Negro quando morou e estudou em Washington DC, Estados Unidos e ver a diversidade e qualidade da imprensa afro-americana. No ar desde 2001, o Mundo Negro é um dos primeiros portais feitos para negros no Brasil.

Para votar, o público precisa acessar o site da premiação. Será permitido apenas um voto por e-mail em cada categoria e o voto deverá ser confirmado pelo link enviado ao e-mail votante.

Meta anuncia os 10 vencedores do programa focado na formação de pessoas negras como criadores do metaverso

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Foto: Freepik

A Meta, dona do Facebook e Instagram, anunciou hoje os vencedores do Desafio RAP – Realidade Aumentada na Pele, o primeiro programa de treinamento e premiação com foco na formação, educação e desenvolvimento da comunidade negra no ecossistema de realidade aumentada (AR) no país. O programa faz parte dos esforços da Meta para desenvolver a próxima geração de criadores do metaverso por meio de treinamentos e educação, com foco na diversidade, equidade e inclusão.

Ao todo, 10 criadores de filtros de realidade aumentada foram selecionados. Os vencedores foram avaliados pelo grupo de jurados que contou com nomes como Nathalia Carneiro, do Geledés Instituto da Mulher Negra, e empresas aliadas da diversidade como Ambev, Grupo Boticário, L’Oréal e Magazine Luiza, além de participantes das agências Soko, Gana e Media Monks. Os vencedores foram escolhidos com base nos critérios de engajamento, criatividade, sofisticação e a aplicabilidade para usuários e negócios.

Conheça os 10 vencedores:

Marcela Nascimento da Silva – Filtro Realeza Negra
Larissa Sandre Barbosa – Filtro Faça Seu Beat
Jedson Santos Gomes – Filtro Adê Oxum
Augusto Lopes – Filtro Early Hip-Hop
Kevony Martins – Filtro Iansã Oyá
Maria Cléria Carlos – Filtro Hat-Trick
Jefferson Alves Brandão Xavier – Filtro Afrofuturismo
Marília Ramos dos Santos – Filtro Beleza Negra
Tobias Mosart – Filtro Nossas Cores
Munik Carvalho – Filtro Black is King

A atriz Lucy Ramos e o comediante Esdras Saturnino fizeram um vídeo para mostrar o uso dos filtros vencedores. Veja:

Apoiando intencionalmente a comunidade negra
A Meta tem apoiado ativamente e desenvolvido diversas iniciativas e parcerias para potencializar mais oportunidades para a comunidade negra dentro e fora de suas plataformas, além do compromisso com a construção de um futuro mais inclusivo ao investir no desenvolvimento do metaverso.

Desde suporte a empreendedores negros, a parcerias com organizações que buscam dar vida a projetos e ampliar as vozes negras, as iniciativas têm como obejtivo abrir espaços, oportunidades econômicas e impactar positivamente a comunidade e a sociedade.

Carla Akotirene anuncia 3ª edição do Opará Saberes, programa para inserção de pessoas negras na pós-graduação

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Foto: Adeloyá Ojú Bará

Neste dia 25 de julho, quando se celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, será lançado o edital para a 3ª edição do projeto Opará Saberes, iniciativa para apoiar pessoas negras, principalmente mulheres, nos processo de seleção para os cursos de mestrado e doutorado de universidades públicas brasileiras.

O lançamento acontecerá em uma live, às 17h, no perfil do Instagram da escritora Carla Akotirene, doutora em Estudos Feministas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e idealizadora do Opará Saberes.

Participarão da live a filósofa Djamila Ribeiro, a psicóloga Laura Augusta, a escritora Lívia Natália, a promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia, Lívia Vaz, a historiadora Ana Paula Brandão, diretora programática na ActionAid Brasil, e a angolana Florita Cuhanga de Kinjango Telo, doutora em Mulher, Gênero e Feminismo (UFBA). A mediação será de Carla Akotirene e da jornalista Gabriela Monteiro, coordenadora executiva do Opará Saberes. Todas são intelectuais que representam a contribuição das mulheres negras para a educação, a ciência e a universidade brasileira.

“O objetivo do Opará Saberes é enfrentar o epistemicídio dos pensamentos negros e garantir o ingresso e permanência de pessoas negras neste espaço de circulação de conhecimentos e de tomada de decisões políticas que são as universidades públicas e seus programas pós-graduação”, explica Carla Akotirene.

Para auxiliar pessoas negras, prioritariamente mulheres, a enfrentarem as seleções para o mestrado e o doutorado em universidades pública, o projeto oferece, de forma totalmente gratuita, suporte político, teórico, metodológico e psicológico, contribuindo, além da aprovação, com a permanência nos cursos.

Terceira edição terá formato remoto para ampliar o alcance


Depois das edições de 2016 e 2017, realizadas graças à parceria de intelectuais negras, o Opará Sabres retorna em 2022, com importantes apoios institucionais e de personalidades negras de referência como a atriz Taís Araújo, a jornalista Maria Júlia Coutinho e a filósofa Djamila Ribeiro. A iniciativa também contará com a participação de professores e professoras de diversas universidades brasileiras.

A primeira edição de Opará Saberes aconteceu em 2016, pautando descolonização do conhecimento com a pensadora angolana Florita Telo e participação das intelectuais negras Zelinda Barros, Viecha Vinhático, Laura Augusta, Ana Claudia Pacheco, Denise Ribeiro, Ana Luiza Flauzina, Claudia Pons, Salete Maria, Denise Carrascosa, Livia Natália, Elisabete Pinto e Emanuelle Goes. Em 2017, em sua segunda edição, Opará contou a filósofa Djamila Ribeiro, o professor Lourenço Cardoso, Ângela Figueiredo, Cristiano Rodrigues, Raquel Luciana Souza e outras/os, levando mais de 500 negras e negros para debater na universidade. Ambas as edições aconteceram em Salvador-BA.

Agora, pela primeira vez, Opará Saberes amplia a territorialidade e, através de um formato híbrido, com encontros presenciais e remotos, além de uma master class com convidadas internacionais, pretende acolher pessoas negras de todo o Brasil em duas grandes linhas de atuação: formação e mentorias. No edital, que será apresentado no lançamento do dia 25 de julho, estarão os critérios para a participação de candidatas.

Também será lançada uma campanha de financiamento coletivo para que a sociedade possa contribuir na ampliação do projeto, possibilitando o acompanhamento mais contínuo das candidatas.

Romper com o eurocentrismo da academia colonial


Carla Akotirene explica que uma das motivações do Opará Saberes é a valorização e instrumentalização dos saberes trazidos por pessoas negras, com epistemologias feministas, afrocêntricas, originárias e decoloniais, contribuições desprezadas pelas universidades.

“A Academia moderna é um projeto colonial, patriarcal, eurocêntrico, narcisístico e eliminatório. A universidade é responsável pela colonialidade do saber decidindo se conquistamos ou não credenciais”, afirma Carla Akotirene.

O nome do projeto é uma homenagem à deusa Opará, que na religiosidade afro-brasileira é uma das qualidades guerreiras da orixá Oxum, que reina nos rios e cachoeiras, e na filosofia ancestral africana, traduz a força do ímpeto e da sabedoria das mulheres.

A live de Lançamento do Opará Saberes acontece no dia 25 de julho, às 17h horas, no perfil de Carla Akotirene (@carlaakotirene) que receberá convidadas especiais para falar sobre a importância da inserção de mulheres negras nos espaços científicos e acadêmicos.

O Projeto SETA – Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista apoia o Opará Saberes, através da ActionAid Brasil. O SETA, projeto finalista do desafio da equidade racial 2030 da Fundação W.K. Kellogg, é uma aliança inovadora com sete organizações da sociedade civil nacional e internacional que tem como foco a construção de um sistema de educação pública brasileiro construído sobre os princípios da justiça racial e social onde cada pessoa pode ter acesso ao seu direito a uma educação de qualidade.

Bailarino carioca de uma famosa companhia de balé nos EUA realiza workshop gratuito na Cidade de Deus

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Foto: Rodrigo Lopes

O bailarino residente solista da companhia de balé Pacific Northwest Ballet, nos Estados Unidos, Jonathan Batista, irá ministrar um workshop gratuito na Cidade de Deus nos dias 27 e 28 de julho na academia Valéria Martins. Serão três turmas e todo dia após as aulas haverá uma palestra com Jonathan. Trata-se de uma volta as origens visto que o artista que é destaque no mundo é da Cidade de Deus.

“Como estudante de balé e em dança, eu tive início na comunidade da Cidade de Deus no projeto UNICOM, fui educado e disciplinado para o meu início de jornada na dança. Eu era o único menino a fazer balé, jazz e sapateado na época, pois a representação de meninos em balé ainda era mínima, porém, o apoio da instituição foi de suma importância para a construção da minha jornada”, conta o bailarino.

“É uma grande dificuldade a inclusão no balé, mesmo que tenhamos visto um número pequeno de bailarinos negros/pretos em cena nos palcos, ainda não vemos nossos talentos negros/pretos em destaque, mesmo que no exterior, venham
compartilhar sua arte como bailarinos convidados, e posso dizer isso por mim e pela minha própria experiência”, declara o artista.

Jonathan Batista também relembra como foi sua ida em busca de realizar seus sonhos fora do Brasil. “Um certo dia eu assisti o dvd de uma Cia na Inglaterra, e a partir daquele momento eu determinei que eu estudaria em uma das grandes escolas em Londres. A oportunidade surgiu, a Escola do English National Ballet (Balé Nacional Inglês) abriu audição no Brasil, e eu simplesmente me inscrevi e fui chamado. Após participar da audição, fui escolhido com bolsa 100% e com estadia para estudar no English”, relembra Jonathan.

O artista também fala da sensação de voltar ao país e ministrar um workshop gratuito na Cidade de Deus. “É muito gratificante retornar ao local onde primeiro me abriu as portas para a realização de sonhos, e poder contribuir minha arte e o que aprendi no curso de 10 anos de carreira internacional, mostrando através do incentivo de aulas e palestra que essa conquista é possível, e que a arte da dança pode mudar vidas e construir mais histórias de sucesso a partir da Cidade de Deus, lugar em que nasci e vivi por muitos anos”, diz.

Serviço:

Workshop dias: 27, 28 de Julho
14h às 15h Avançado (14 anos acima)
15h às 16h Médio (12 anoa em diante)
16h às 17h Básico intermediário (8 anos em diante)
Horários: Das 14hs às 17hs aula de balé, e 17hs palestra
Link no instagram para inscrição: @acad_valeriamartins (Academia Dança Valeria Martins) e @jonathanbatistaofficial (Jonathan Batista)

Trailer de Wakanda Forever quebra a internet com especulações sobre quem será o novo Pantera Negra

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A internet foi à loucura neste final de semana após a divulgação do trailer oficial de Wakanda Forever, a continuação de Pantera Negra.

O filme, que teve que passar por uma transformação após o falecimento de Chadwick Boseman, que viveu o protagonista T’Challa, promete ser arrebatador.

O trailer deixa explícita a morte de T’Challa e uma forte e impactante fala da rainha Ramonda dá a entender que Shuri, irmã do Pantera Negra, venha a ser a nova Pantera Negra, o que traria grande temor à mãe. “Eu sou a rainha de uma das nações mais poderosas do mundo e minha família inteira se foi. Eu já não perdi tudo?”, diz a rainha.

O trailer mostra, ainda, a tensão entre o reino de Wakanda e Atlântida, o reino submarino, e a presença de Namor no novo filme.

Na última imagem do trailer, aparece, de costas, o novo – ou a nova – Pantera Negra, e a internet está em polvorosa querendo saber quem vai ser o novo líder de Wakanda.

https://twitter.com/MarvelBRNews/status/1551021522852225025?t=-xrpr3O2D8_VIQX09SQh-Q&s=19
https://twitter.com/_emanuelbc_/status/1551114011625885696?t=jdPUzILfyPM1K_rT—wHQ&s=19
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