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Novo álbum de Djavan traz participação de Milton Nascimento e da família do músico

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Foto: Gabriela Schmidt

“D”, novo álbum de trabalho de Djavan, já está disponível nas plataformas digitais e traz 11 canções inéditas

“D”, o 25º álbum autoral de Djavan chegou no dia 11 de agosto nas plataformas digitais. O novo lançamento musical do cantor, que conta com 11 faixas totalmente inéditas, segue acompanhado da apresentação do clipe de “Iluminado”, em que Djavan divide a tela com os filhos e netos. Além de um trabalho realizado em família, o disco também conta com as participações especiais de Zeca Pagodinho e Milton Nascimento.

Coisa de disco de número redondo, 25, espécie de bodas de prata do artista com a sua voz e suas melodias e letras gravadas, “D” (Luanda Records/Sony Music) talvez proponha um jogo, seja um enigma: um estilo e um pensamento artístico a serem decifrados nas canções. O título-enigma nasceu das conversas entre Djavan e Giovanni Bianco, designer brasileiro de presença internacional (já trabalhou, por exemplo, com Madonna), diretor criativo e responsável pela capa e pela direção dos clipes do novo álbum.

Produzido e arranjado por Djavan – com desenhos de sopros (explorando a abertura de “vozes” e as muitas possibilidades de timbres dos instrumentos), utilização intensa da percussão e aproveitamento do estilo pessoal de cada músico da base, que atestam sua maturidade como arranjador – “D” é antes de tudo uma impressionante safra de canções, todas com a marca do autor. Ou seja, melodias sinuosas, harmonias ricas e surpreendentes, passeio por diversos gêneros e ritmos, e sem qualquer perda do acento pop, pelo contrário. Há hits instantâneos como a própria “Num mundo de paz”, uma melodia irresistível sobre base de funk tradicional, as baladas “Primeira estrada” ou “Quase fantasia”, a folk “Iluminado”. Como há, também, algumas canções das mais sofisticadas que Djavan fez na vida. Em canções novas, “D” parece conter todas as vertentes da criação de “D”javan. “D”aí, talvez, o enigma a ser decifrado.

Sevilhando“, por exemplo, é uma canção de Djavan que já nasce clássica para seus fãs, e cheia de pistas para se decifrar esse enigma “D”: pelo neologismo do título, um verbo que não existe mas que deveria existir pelo que Sevilha representa em termos existenciais, paisagísticos, estéticos e criativos para o mundo; por seu diálogo com outra canção clássica de seu repertório, “Andaluz” do disco ” Coisa de acender” (1992), pelo que contém do estilo e das ideias de Djavan. Vejam que já musicalmente, “Sevilhando” parece um exercício de estilo, uma canção brasileira com base rítmica de funk, harmonia e arranjo de jazz, melodia espanhola (uma bela receita, como se fosse possível haver receita, das influências musicais de Djavan).

A letra é ainda mais pessoal, confessional até. Nela, Djavan define-se pessoal – “Mas Sevilha plantou/Na Alagoas nata/Um fiel servidor”, e musicalmente: “E uma música negra/Vai sevilhando/Tudo ali na lata”, a origem de sua música brasileira tanto na África como na Espanha. Arrisca-se a falar de grandes temas como o amor, necessariamente livre – “E só é inteiro/O que aclama/Toda forma de amor” – e da vida ela mesma – “Ao se falar de vida/Vê-se o quanto é tão sério/Nada mais é a vida/Que sede de um grande império” – ou de religião: “Deus é quem dá o caminho/Mas as pernas são as  suas”. E tudo isso em versos curtos, que cabem na fluente canção popular, admitindo a simplicidade das canções (“Decida/Uma é saber como/A outra é nada saber”) e culminando com a opção pela natureza, por referências da natureza tão típicas de seu trabalho recente: “Queria sândalo/Mas também podia ser camomila/Ou mesmo lavanda/Ou vanila/Para enfrentar o viver”. Um clássico de Djavan, como se vê, todas as suas grandes influências – a canção brasileira, a música negra, e o flamenco – amalgamados numa canção pop e muitíssimo bem feita.

Falando de influências e de parte do tal enigma “D”, “Beleza destruída” é outra canção importantíssima neste trabalho. Talvez pouca gente saiba, mas não houve influência maior do que Milton Nascimento na fase inicial, virada dos anos 60 para os 70, quando a sensibilidade musical de Djavan estava se formando. Sobretudo na liberdade e inventividade harmônica, na atenção às melodias e, é claro, na maneira única de cantar. Ouvindo bem, tudo isso está em “Beleza destruída”, canção feita especialmente para este disco 25 e para reparar uma lacuna em sua carreira, nunca ter gravado nada com Milton Nascimento. Segundo single e clipe do álbum, lançados em 21 de julho, o duo com Bituca é das canções mais comoventes de Djavan: a misteriosa melodia, sobre a harmonia inventada no seu violão são base para uma letra urgente, política, ecológica – como tantas do repertório de Djavan e de Milton – e que denuncia a insistência na destruição da natureza, sem meias palavras: “Mas o homem/Cego por dinheiro/Só sabe dizer:/Dizimar, dizimar/Ver tanta beleza/Destruída/Encolhendo/A própria vida assim/É o fim!”. Como todas as canções do disco, “Beleza destruída” foi arranjada com todo cuidado por Djavan para que as vozes tão únicas dele e de Milton Nascimento – encontro que em si já é um acontecimento – se harmonizassem. Evidentemente emocionados, eles gravaram suas vozes juntos no estúdio.

Seguindo seu método muito pessoal de compor, Djavan fez quase todas as músicas de “D” no Rio de Janeiro, a partir de junho de 2021 e no decorrer do segundo semestre do ano passado. Gravou-as todas com músicos de várias fases de sua carreira, cada canção “pedindo” o músico mais apropriado para ela. Em “Num mundo de paz”, por exemplo, na cozinha rítmica mistura a bateria técnica, perfeita, de Felipe Alves, da banda do disco anterior, “Vesúvio”, com o baixo mais criativo e suingado de Marcelo Mariano, que acompanhou Djavan há mais de 20 anos. Dessa mesma época, Djavan convocou o argentino-brasileiro Torcuato Mariano na guitarra, que faz a introdução e os solos. Além do fiel escudeiro Paulo Calasans no teclado – e assistente de Djavan na produção musical. Outros antigos companheiros de banda compõem o naipe de sopros presente em várias faixas, Marcelo Martins no saxofone, Jessé Sadoc no trompete e flugelhorn, que recebem o novato do grupo Rafael Rocha, no trombone. Tal rodízio de músicos se dá em cada canção, e não uma banda fixa, o baterista pode às vezes ser o “antigo” Carlos Bala ao lado do baixista Arthur de Palla, da banda de “Vesúvio”. Esse rodízio, não deixa de fazer parte do enigma “D”, o segredo de seu som.

Com as músicas prontas, arranjadas e gravadas, Djavan foi em janeiro de 22 para sua casa de praia na Alagoas natal, onde nos dois meses seguintes todas as letras foram escritas, talvez daí venha a característica tão solar do álbum. Todas, na verdade à exceção de duas: o samba “Êh, Êh!” e “Iluminado”, duas faixas que têm origens e características diferentes das outras dez do álbum, mas que contêm igualmente grande parte do enigma de “D”.

Feito em parceria com Zeca Pagodinho, “Êh, Êh!” foi lançado por Alcione, uma estilista do samba, em 2014. Também estilista e ele próprio um inventor do samba ao seu modo, Djavan sentiu vontade de mostrar também a sua maneira de fazer essa música. O violão de samba do autor de “Flor-de-lis” e “Fato consumado” e o jeito próprio de Djavan de fazer samba são precisamente a contribuição de “Êh, Êh!” ao enigma “D”. É a faixa feita para quem gosta de curtir o violão de Djavan.

Já “Iluminado“, a mais nova das canções de “D” e que lhe serve de terceiro single, foi composta na praia, diante do mar de Alagoas. E a sua prole, filhos e netos, todos reunidos. A melodia nasceu em Djavan a partir de uma batida de ukulele que sua filha Sofia fazia na praia. Em pouco tempo a canção estava pronta, música e letra, simples, praiana, solar – “Tudo é possível/Como um dia de sol/É jogar o anzol/Esperar/Pra ver o que vem”. Djavan acha que é a canção mais popular do disco e lhe proporcionou um velho sonho: gravar com todos os filhos e netos músicos, dos mais velhos e já profissionais Flavia Virginia, João e Max Viana, aos filhos mais novos Sofia e Inácio (“que toca um violão igual a mim”, surpreende-se o pai) e os netos Thomas Boljover e Lui Viana. A família tão musical e fazendo uma canção solar e cheia de esperança no futuro também faz parte do enigma “D”.

O tal enigma de “D” está todo nas canções. Seria muito interessante entrar na cabeça de um fã de Djavan, ou de qualquer pessoa que ame a música brasileira, ouvindo o disco e se perguntando qual é a melhor canção do álbum. Se a supercomplexa e jazzística canção “Ao menos um porto“, cheia de nuances harmônicas e melódicas, seu levíssimo arranjo de sopros cheio de “vozes” abertas, o arranjo vocal feito e todo cantado por Djavan, e a letra de um amor desesperado. E o lindo título. Ou a valsa-jazz “Nada mais sou“, em compasso 6/8, tão típica de Djavan. Ou ainda a balada pop que abre o álbum, “Primeira estrada“, com todas as sutilezas harmônicas possíveis brotando do violão de Djavan, e imagens poéticas inusitadas (“Campos que florirão/Num sertão de vinho”, inspirado nas vinícolas do São Francisco) e comoventes (“Se alguém sabe de amor/Por favor, me fale/Se era amor, por que acabou?/ Quem amou não sabe”).

Talvez a melhor seja a pop e djavânica, com todas as quebradas rítmicas e poéticas tão típicas suas, “Cabeça vazia“, um perfeito exercício de estilo. Ou, ainda no quesito exercício de estilo, seja o delicioso bolero “Você pode ser atriz“.  Afinal, faz parte do enigma “D” esse exercício constante de reinventar os gêneros básicos da musicalidade brasileira e latina, o bolero como um dos símbolos máximos desse exercício.

Pode ser duas abordagens inusitadas do amor: a canção pop “Quase fantasia“, um amor platônico – “Poderei conquistar a lua/Se eu tocar nessa boca tua” – mas vivido como se fosse real e vital, “Fui na trama dos teus passos/Sucumbir/Quase como se fosse um doente/E você o elixir”; e, como se fosse o seu oposto, o blues  “Ridículo“, um amor real, só que na verdade um tremendo erro, tema tão típico do gênero. As diversas abordagens do amor, aliás, também fazem parte do enigma “D”.

Na verdade, o 25º álbum de Djavan traz esse título ao mesmo tempo simples e enigmático porque talvez “D” represente aqui a continuidade da obra de um artista, o desenvolvimento dos muitos caminhos musicais propostos por Djavan, e sua busca constante por novidades, desde que começou a ouvir música, menino ainda, em Maceió. Um enigma decifrado canção a canção, disco a disco. Agora, no momento em que o ouvimos pela primeira vez. E a ser ouvido e decifrado para sempre.

Cinema: Junior Vieira fala sobre os desafios da carreira, ‘Não sou um personagem de uma realidade apenas, sou ator e sou muitos!”

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Foto: Divulgação

Ator, diretor e roteirista, Junior Vieira fará parte do elenco de “Madame Durocher” depois de protagonizar filme do diretor português Leonel Vieira, exibido no Festival de cinema de Gramado

No último final de semana, o ator Junior Vieira estreou o longa “The Last Animal”, em que atua como protagonista, no Festival de Gramado. O ator, diretor e roteirista também está preparando um novo trabalho, que deve estrear em 2023 nas telonas brasileiras. Ao lado de um grande elenco, Vieira vai participar do longa “Madame Durocher” que contará a história da primeira mulher reconhecida oficialmente como parteira no Brasil. E é através de trabalhos de grande relevância e repercussão nacional que ele vem construindo seu legado.

Natural do Maranhão, Vieira se divide entre os trabalhos que realiza no Rio de Janeiro e em São Paulo. O artista, que já acumula 20 anos de carreira, contou ao Mundo Negro sobre como chegou o convite do diretor português Leonel Vieira para protagonizar o filme The Last Animal.  “Felipe Bretas é um diretor e produtor carioca, que se tornou um grande amigo e foi um dos co-produtores do ‘Quero Ser Feliz’, obra que dirigi. Já tinha feito um filme dele e uma série da Amazon que ele também dirigiu. Ele achava que eu era bem potente e acima da média como ator. Por conta disso, disse que ia tentar me colocar em um longa que ele estava co-produzindo. Um dia, ele me levou pra conversar com o Leonel Vieira (diretor e dono do projeto), que ficou bem surpreso positivamente com o conteúdo do ‘Quero Ser Feliz’ e até onde ele chegou. Eu já estava no filme, mas o Bretas disse que eu poderia conseguir fazer um dos papéis principais, a questão é que o diretor queria porque queria o Raphael Logam, mas Logam estava disputando o Emmy de melhor ator e o personagem do longa tinha uma linha narrativa parecida com o Evandro do dendê (personagem de Logam em Impuros) e ele estava muito em dúvidas se faria ou não. E eu estava em um momento de crise existencial, triste com alguns acontecimentos. Precisava de um bom personagem para continuar a acreditar. Como sou muito amigo do Raphael, liguei pra ele e expliquei a situação. Ele foi super generoso e disse que saía com prazer se fosse para eu fazer. No mesmo dia, Leonel me chamou para trocar ideia pessoalmente, porque ele só me via como um bom moço e não sabia se eu segurava a segunda parte mais dramática de virada do personagem. Contei um pouco da minha vida e ele disse: ‘Parabéns, você é o Didi!’”, contou o ator.

Junior Vieira nos contou como vê a chegada de um convite para ser protagonista de um longa internacional, considerando o pouco reconhecimento que atores negros recebem nacionalmente. “É importante, ainda mais que falo inglês no filme e contracenei com atores que fizeram ‘Ultimato Bourne’, ‘Velozes e Furiosos’, ‘A Balada do Pistoleiro’ e ‘Exterminador do Futuro’. Mas sinto que o ator preto, quando ligado a obras internacionais e até nacionais, ainda está ligado ao olhar marginalizado, inserido na periferia ou em lugares subalternos. Existe uma necessidade gigante da presença de autores e diretores pretos para que isso aconteça de maneira mais natural e sem estereotipar alguns perfis. Temos visto o protagonismo preto em ascensão e precisamos e queremos mais. Uma questão é a representatividade outra a quantidade. Obviamente minha participação abre portas, mas ainda precisamos escancara-las, mostrar que somos plurais, diversos e podemos interpretar qualquer tipo de personagem. Não sou um personagem de uma realidade apenas, sou ator e sou muitos!”, afirma.

Por trás das câmeras

Na frente e por trás das câmeras, Junior Vieira também está entre os roteiristas de um novo longa dirigido por Fernando Meirelles, diretor do premiado Cidade de Deus. Mesmo sem revelar muitos detalhes sobre o filme, Vieira comentou a alegria de trabalhar com o diretor. “Fernando Meirelles é um dos meus ídolos. Cidade de Deus é o meu filme favorito. Sei todas as falas (risos). O cara disputou o Oscar, cara! Quando você o elogia, ele diz que é superestimado, ele é mó maneiro. Então, Rene Belmonte, tinha sido convidado para escrever essa história. E somos amigos e conversamos muito sobre tudo. Quando chegou essa demanda, ele sabia a propriedade e vivência que tenho desse território, e ele não tem nenhuma. Tanto que nunca tinha nem subido um morro. Eu levei ele no morro do São João para ele entender um pouco da cultura, topografia e questões práticas da vivência em um morro. E ao invés de me chamar apenas para consultoria, me chamou para escrever junto e dividir os créditos. Fernando ficou feliz em me conhecer, não só como roteirista, mas também como diretor e ator e em breve estaremos juntos em outro projeto. Posso falar bem pouco do filme ainda, mas é um filme de ação que se passa em duas favelas cariocas e que se passa em um período de 24 horas”.

No mês de setembro, Vieira começa a rodar um filme sobre a primeira mulher parteira no Brasil. Onde interpretará um personagem de destaque na trama. “Nesse filme, serei ator e com um papel de destaque com o personagem Abayomi (nascido para trazer alegria), reforçando minha parceria com os diretores Andradina Azevedo e Dida Andrade. Estamos indo para o terceiro projeto seguido em 1 ano, reforçando a confiança de ambos. Mas ajudei muito na escalação do elenco e em questões de narrativa e potencialização de personagens negros no roteiro. Com muito carinho e troca com João Segall, que assina o roteiro e produção do longa. A história de Durocher é importante para que a sociedade conheça e reconheça questões humanitárias e urgentes, pois as parteiras são as responsáveis pela saúde reprodutiva das mulheres. Embora seja a única alternativa em diversos lugares do nosso Brasil, o parto normal e domiciliar auxiliado por parteiras ainda é cercado de mitos e desinformação, infelizmente. O papel do filme é tentar de alguma forma mostrar a realidade, importância da resistência e potência dessas mulheres”, conta.

Junior Vieira está trabalhando em projetos conhecidos do grande público, como o longa que contará a história da dupla Claudinho e Bochecha. Ele também trabalhou na direção do projeto Negritudes 2022, no Globoplay, além da série Impuros e também da novela ‘Nos Tempos do Imperador’. “Posso dizer que sou privilegiado, por estar à frente de tantas obras importantes. Mas são 20 anos de estrada também, que consolidam o profissional que sou. Eduardo Albergaria e Leo Edde, os frentes da Urca Filmes e da cinebiografia sobre Claudinho e Buchecha, entenderam a importância de ter um diretor negro á frente, com o Eduardo. Pela vivência, pelo lugar de fala e por se tratar de um elenco majoritariamente negro, com uma história que se passa na favela e daí surgiu o convite para direção, além da colaboração que dei ao roteiro há alguns anos. Hoje entendem que nossas histórias precisam ter o nosso olhar para que a gente se identifique e queira compartilhar algo que se assemelha a nós. O Negritudes 22 foi coordenado, dirigido e apresentado por pessoas negras, fico feliz de fazer parte disso. E isso surtiu um efeito positivo notório para os espectadores, para os participantes e para o interno Globo”.

Sobre como vê a participação de artistas negros nos grandes trabalhos, Vieira diz que estamos ganhando espaço, mas vê que ainda é preciso aumentar a participação em cargos de liderança. “Acredito que sim, estamos ganhando mais espaço! Representatividade é importante demais, porém precisamos também do quantitativo! Somos 57% da população. E ver apenas 1 ou 2 negros no meio de 10, 20 não negros é nossa triste realidade. Ainda não temos os donos de produtora negros, autores de novelas (não digo roteiristas, mas os autores principais) negros, produtores de elenco, só lembro de 2 no meio de 30 produtores de elenco. Diretores de grandes produtos. Enquanto essa pirâmide hegemônica continuar dessa forma, a gente vai ter que remar essa maré cada vez com braços mais fortes para que consigamos de fato falar sobre igualdade, enquanto isso vamos promovendo ela. E estou remando firme!”, finaliza.

Seu Jorge vai viver tio do lutador Anderson Silva em série

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Foto: Fábio Nunes.

Ator e cantor encabeça o elenco da série Anderson Spider Silva e será protagonista de um longa-metragem

Paramount+ acaba de confirmar a contratação de Seu Jorge para atuar em dois novos projetos do serviço de streaming: a série Anderson Spider Silva e um longa-metragem. Ambos os projetos são produções originais Paramount+, produzidas pelo VIS, divisão de estúdios da Paramount.
 

Anderson Spider Silva é uma série biográfica de ficção sobre a vida do lutador de MMA, que é o grande campeão da história desse esporte. “O Anderson Silva é um grande vencedor. É uma honra representar um personagem tão importante na história da vida dele. Ver a biografia da vida desse atleta sendo contada é a maior alegria porque são essas histórias brasileiras que inspiram as pessoas“, comenta Seu Jorge.
 

Seu Jorge dará vida a Benedito, tio do atleta. “Estou muito honrado em participar desse projeto. Sou muito amigo do Anderson, adoro ele e toda família. E, para mim, está sendo muito mais que um presente poder ajudar a contar essa história“, finaliza.
 

O longa-metragem, ainda em desenvolvimento, terá como tema o Natal, numa história repleta de emoção e diversão, com roteiros originados dentro da sala de Narrativas Negras, liderada por Marton Olympio

Gordofobia: Paulo Vieira arrasa como Frozen em dublagem, mas não pode usar cinturão de vencedor

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Foto: Reprodução.

O ator Paulo Vieira escolheu encarnar a personagem Elsa, do filme Frozen para enfrentar a atriz Leticia Colin no quadro Batalha do Lip Sync, no Domingão com Huck do último domingo (14). Na disputa de dublagens, a atriz escolheu interpretar Britney Spears, e o humorista levou a melhor com uma performance de Livre Estou que tirou o fôlego do público.

No entanto, na hora de receber a premiação por sua performance, o cinturão não coube no ator. “Me serve, antes? Não quer me ajudar a vestir? Pra gente ter esse constrangimento? Não serviu”, afirmou o humorista quando viu o cinturão. Driblando o constrangimento, Paulo Vieira fez piada com o momento.

“Vou ter que usar no braço. É no braço que usa, smartwatch”, brincou ele. “Acabou de ganhar uma pescoceira do Lyp Sinc”, contornou Luciano Huck. No Twitter, o descuido da Globo em não criar um cinto com tamanho acessível a todos os corpos não passou batido e os internautas apontaram gordofobia.

“Você vê a gordofobia e suas pequenas agressões quando no primeiro ep de batalha de lipsinc no @domingao o cinto do ganhador não serve nele(Paulo Vieira) uma pessoa gorda! Custava por um extersor ou algo do tipo. O cara disse que vai por no braço, como se sentir incluída assim?”, disse uma usuária do Twitter.

“Paulo Vieira entrega tudo no ‘Domingão’ e é premiado com gordofobia”, disse Lucas Pasin.

https://twitter.com/pri_scilaguedes/status/1558958795996422144

“Paulo Vieira sofrendo gordofobia ao vivasso com esse cinturão nao cabendo nele bizarro mas nada de novo sob o sol”, disse outra internauta.

Mulher sofre racismo em shopping de Santos e fica em estado de choque

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Foto: Reprodução.

Uma mulher de 55 anos que não quis ser identificada foi vítima de racismo dentro de um shopping na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, e está em choque com o ocorrido. Quem fez a denúncia foi a filha, Laila dos Santos, de 35 anos, que estava com a mãe no momento do crime.

Segundo relato, uma mulher de 34 anos apontou o dedo e disse em voz alta que “preto tem que morrer”. Laila chamou a Polícia Militar e a racista foi presa em flagrante.

“Essa menina entrou na loja, cutucou a minha mãe e apontou o dedo na cara da minha mãe e falou que ‘preto tem que morrer’. Ela falou em alto tom, e uma funcionária da loja e outras pessoas ouviram”, contou Laila ao G1.

O caso ocorreu dentro da loja Riachuelo, no Shopping Praiamar, e teria sido testemunhado por dezenas de clientes que faziam compras pelo local. O caso repercutiu após ter sido compartilhado nas redes sociais.

“Essa menina entrou na loja, cutucou a minha mãe e apontou o dedo na cara da minha mãe e falou que ‘preto tem que morrer’. Ela falou em alto tom, e uma funcionária da loja e outras pessoas ouviram”, contou Laila.

De acordo com a filha da vítima, a mulher tentou reverter a situação dizendo que precisava ir embora e chamou a mãe dela. A senhora teria afirmado que a filha estava fora de si, pois tem problemas mentais e possui um laudo psiquiátrico.

Laila ainda contou que foi desencorajada por seguranças da loja e por algumas testemunhas a fazer a denúncia. “Todo mundo falava que isso não ia dar em nada. Mas, eu afirmei que iria até o final e ia registrar um boletim de ocorrência. Estão ofendendo e matando pessoas utilizando como pretexto laudos para fazer o que querem, e isso tem que ser impedido”. Laila diz que, por conta das falas racistas, a mãe dela “está em estado de choque até agora”.

“Quando pais negros ascendem socialmente, desenvolve uma paternidade participativa”, diz diretor adjunto da ONG Promundo

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Luciano Ramos, diretor adjunto da ONG Promundo (Foto: Divulgação)

Luciano Ramos, morador do Rio de Janeiro, é pai de uma menina de 2 anos, diretor adjunto da ONG Promundo, consultor em Masculinidades e Paternidades e autor do livro infantil “Quinzinho“. Em 2021, Luciano coordenou o Primeiro Relatório Sobre as Paternidades Negras no Brasil pela ONG, que obteve um resultado alarmante: “95% dos pais negros têm dificuldade de falar sobre racismo com os filhos”.

Em entrevista ao MUNDO NEGRO, Luciano falou sobre esse resultado. “Está muito ligado a forma como nós fomos educados, socializados. O racismo sempre existiu, mas ele sempre foi um tabu. Ao mesmo tempo em que ele existe e a gente sofre isso no cotidiano, enquanto homens e mulheres pessoas negras, ele fica ali numa penumbra, como se não existisse. Isso faz com que pouco se aborda nos espaços de políticas públicas, na escola, nos espaços oficiais e dentro de casa. O que a gente não aprende a falar, a gente também não fala. O que a gente não aprofunda tanto o entendimento, a gente também fica sem ferramentas pra poder falar sobre, é um grande problema dentro da sociedade brasileira”. 

“Nós fomos um país escravagista, mas fomos o último país a abolir a escravidão, ou seja, nós fomos fundados a partir do racismo, organizados a partir do racismo e pouco se fala sobre racismo. E aí a gente tem um problema dentro disso, que é: os pais não trazem isso pra dentro de casa, não dialogam sobre isso com seus filhos e a gente tem que criar ferramentas para que esses debates cheguem dentro de casa para que eles ocupem os espaços familiares, instrumentalizar os pais para que consigam falar sobre isso, para que tenham ferramentas para dialogar sobre isso com os seus filhos”, explica o diretor adjunto do Promundo.

Luciano também reflete nas principais dificuldades de ser um pai negro atualmente. “Na pós-pandemia está muito relacionado a falta de emprego, a própria miséria, a fome porque a gente sabe que essas mazelas caíram sobre famílias negras no Brasil”. Segundo pesquisa da Rede Penssan divulgada em 2020, 55,2% dos brasileiros vivem com insegurança alimentar. 

Por outro lado, o Primeiro Relatório Sobre as Paternidades Negras no Brasil aponta como os pais conseguem ser participativos. “Quando pais negros conseguem ascender socialmente, academicamente, financeiramente, eles têm muito mais instrumentos pra paternar”, diz Luciano.

Ele explica: “Isso ficou evidente quando mais de 270 homens negros responderam a pesquisa e a maioria são homens com o terceiro grau completo, ensino superior. Alguns com pós-graduação, outros com mestrado. E eles falam que isso criou muita possibilidade para que eles pudessem paternar com mais tranquilidade porque eles não estão preocupados se terão dinheiro no mês seguinte porque eles já estão empregados. Existe muita estabilidade para esses homens conseguirem paternar. Então esses elementos externos também são e serão muito importantes para o desenvolvimento de uma paternidade participativa”.

O livro ‘Quinzinho’ é o segundo mais vendido da editora Caqui (Foto: Reprodução/Instagram)

Em 2019, Luciano estava em um projeto do Promundo para dar aulas sobre Masculinidades e Paternidades Negras. Foi quando se deu conta que encontrou pouquíssimos livros infantis sobre o tema. E quando se tornou pai, em 2020, Luciano diz que teve essa preocupação em como dialogar com a filha sobre paternidades negras. Foi a partir disso, que ele escreveu o livro infantil “Quinzinho”, o segundo mais vendido da editora Caqui.

O livro conta a história do menino Quinzinho e sua família, que trazem a reflexão da importância do orgulho de ser preto e preta, o empoderamento das crianças pretas para enfrentar o racismo e a relação da criança com o seu pai mostra, que apresenta uma dimensão de uma masculinidade alternativa e afetuosa.

Segundo Luciano, o livro teve um retorno positivo dos pequenos leitores: “Muitos meninos negros dizendo o quanto se percebiam no personagem e alguns até diziam: ‘o pai do Quinzinho parece com o meu pai’. Era muito bonito ouvir isso”.

Luciano e filha de 2 anos e 6 mesess (Foto: Arquivo pessoal)

O homem negro e a ausência paterna

“Eu não tive presença paterna. Assim que eu nasci com a minha irmã gêmea, a Luciana, meu pai foi embora. Eu passei por todos os estágios relacionados à questão da ausência paterna. Desde o fato de buscar referências que pudessem ocupar este lugar da paternidade em pessoas externas, até negar a importância da figura paterna na vida do indivíduo em desenvolvimento. Até o momento em que eu consegui vivenciar esse luto da ausência da paternidade e trabalhar isso. Mas foram muitos anos trabalhando isso, inclusive até decidi que eu queria ter de fato um filho porque o não ter uma referência também nos leva a refletir muito como é exercitar um modelo de algo que você não conhece na prática”, relata Luciano. 

O consultor de Masculinidades e Paternidades tem aprendido na prática o que é ser pai com a filha de dois anos e meio. “Quando você exerce paternidade participativa, tem todos os elementos de cuidado, de estar juntos, de acompanhar e de promover o processo de desenvolvimento. Isso demanda também disposição em fazer e entender que toda vez que eu faço isso, eu também estou abrindo porta para outros entenderem que é possível e que deverão fazer porque paternidade e maternidade devem caminhar juntos, no mesmo grau de importância”, afirma.

Para Luciano, a forma de pensar e agir a paternidade ainda tem resquícios da escravidão e por isso, afeta nas relações e nas memóras, ou a falta delas. “Somente em 2020, 80 mil crianças não tiveram no registro de nascimento o nome do pai e a maioria dessas crianças são negras. A ausência da paternidade negra ela não é um elemento isolado ou que se dá apenas por um ato voluntário, isso está ligado também a história, ao fato de que homens negros não foram sequestrados pro Brasil para paternar. Eles foram sequestrados para serem forças brutas de trabalho, para serem animalizados. E isso fala muito, historicamente em nós”. 

E continua com a reflexão: “Que memória de paternidade nós temos? O que existe agora é uma tomada de consciência de que esse lugar da paternidade também é do homem negro, que isso também é um direito do homem negro, que são fatos extremamente distintos, da leitura que em geral é feita no Brasil e nos países do ocidente”.

Marcos Luca Valentim e Diego Moraes mostram que paternidade começa bem antes do parto

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Foto: Arquivo Pessoal.

A paternidade não é tão construída como um sonho para os meninos como a maternidade é incutida na mentalidade de meninas desde a infância, mas, ainda assim, uma nova geração de pais pretos que sonham em construir uma família e levar adiante seu legado está a todo vapor. Dois desses exemplos são os jornalistas e colegas Marcos Luca Valentim e Diego Moraes.

Além do cotidiano no Esporte da Globo, os dois também têm agora mais uma coisa em comum, estão esperando o nascimento de seus filhos ao mesmo tempo e dois deles serão xarás. Marcos Luca Valentim e Elis Regina esperam pelos gêmeos Akin e Malik, enquanto Diego Moraes e Aline Silva esperam também por um Malik.

Marcos Luca e Elis esperam pelos gêmeos Akin e Malik.

Diego já pensava em ter filhos antes mesmo de estar com Aline, e lembra que a gestação de Malik foi planejada. “Depois das Olimpíadas de Tóquio, a gente decidiu começar as tentativas e em abril veio a notícia. No começo eu não soube nem reagir, mas conforme a ficha foi caindo, aquele desejo que já existia veio junto com a alegria e a expectativa”, relembra.

“Acompanhar a gestação, os exames, a rotina eu sempre quis fazer isso. O meu trabalho é uma loucura e eu tento estar em todos os lugares sempre, eu dou um jeito, eu vou a todos exames, eu tô com ela vou a tudo. Onde ela vai eu estou com ela. Porque eu acho importante não só pra mim enquanto pai, mas pra ela enquanto mãe e pra nós enquanto família”, explica Marcos sobre o papel do pai enquanto as crianças não nasceram.

É comum ouvir, na sociedade, que o pai só se torna pai depois que a criança nasce, enquanto a mãe já vivencia o processo da gestação de uma maneira mais intensa. Mas essa não é a realidade destes dois pais de primeira viagem. Para Marcos, o sentimento de paternidade já é totalmente presente. “Eu me sinto pai, sim. Me sinto porque eu cuido deles. Ao cuidar da Elis eu estou cuidando dela e deles também. Vou vou sentir pela primeira vez agora o que é ser pai no dia dos pais e no ano que vem o que é ser pai já com meus filho comigo”, define.

Diego Moraes e Aline Silva aguardam o primogênito Malik.

Para Diego, o sentimento vem junto com a vontade de mostrar para o filho o seu trabalho como atleta. “Eu nunca tinha pedido para amigos gravarem competições minhas, mas no Pan-Americano de Karatê, eu pedi para um amigo gravar, para que o meu filho pudesse me ver lutando”, relembra o atleta jornalista, que ficou em segundo lugar na competição e ganhou uma medalha defendendo o Brasil, e que dedicou a vitória ao filho.

“Acompanhar a rotina dos exames, as sensações, os desejos, as vontades e as necessidades é importante também nesse dia-a-dia. Estar juntos nesses momentos é importante e faz parte do se sentir pai e ser companheiro”, explica Diego.

Nascido numa família com mais três irmãos, além de tios e a presença do próprio pai, a masculinidade e a relação com homens da família é muito presente na vida de Marcos. Mesmo crescendo com os pais separados desde a infância, Marcos sempre contou com a presença do pai em sua vida. “A relação que eu tenho com ele com os outros homens da minha família é muito pautada no respeito. Pautada no afeto, no amor. Os homens da minha família sempre foram afetuosos cada um com sua maneira de mostrar”, revela.

Para o futuro, Diego idealiza uma relação de parceria com Malik. “Espero que ele possa contar comigo e dividir suas dificuldades sem medo de retaliações ou de ser julgado por suas escolhas”, projeta.

Sucesso de público, Ludmilla esgota ingressos do ‘Numanice’ em Belo Horizonte

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Ludmilla durante show do Numanice. Foto: Divulgação.

Neste próximo domingo (14), a cantora Ludmilla faz show do seu projeto de pagode ‘Numanice’ na capital mineira, Belo Horizonte. Verdadeiro fenômeno, todos os ingressos para o evento já estão esgotados antes mesmo do dia show. “Quero pedir pra todas as pessoas que não conseguiram comprar ingresso para não irem para a porta do evento, porque não tem mais ingresso, acabou”, destacou Ludmilla através do Instagram Stories. “Fico muito feliz com o carinho que vocês tem pelo Numanice. Muito obrigada galera, vamos nos divertir muito”.

Ludmilla durante show do ‘Numanice’. Foto: Ygor Maques.

Numanice‘ é o nome do projeto de pagode que a cantora tem em paralelo à sua carreira pop. O primeiro EP, fruto de uma promessa que a cantora cumpriu após dizer ao público que, se ela ganhasse o Prêmio Multishow, na categoria melhor cantora, em 2019, presentearia os fãs cantando no popular ritmo. Assim que Ludmilla pegou seu prêmio, reafirmou o compromisso e entregou aos fãs o bem-sucedido projeto. O sucesso foi tanto que o projeto ganhou uma segunda parte, o ‘Numanice #2’.

Em Belo Horizonte, o evento será totalmente open bar, sem diferenciação entre os setores. O projeto de pagode da cantora vem lotando shows pelo Brasil. Edições do espetáculo já foram realizadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

Lucy Alves e Agnes Nunes são protagonistas em ‘Só Se For Por Amor’, nova série brasileira de drama

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Foto: Netflix.

As atrizes Lucy Alves e Agnes Nunes são as protagonistas da nova série brasileira ‘Só Se For Por Amor’, produção da Netflix. A trama, que estreia dia 21 de setembro na plataforma, é inspirada no jeitinho brasileiro de amar e de sofrer, trazendo ainda tópicos ligados à ambição e aos sonhos. “Do que vale a pena abrir mão para conseguir aquilo que você sempre quis?”, questiona a descrição da obra.

Embalada por muita música, com canções originais e outras já conhecidas pelo público, ‘Só Se For Por Amor‘ se passa em Goiás e conta a história do casal de músicos Deusa (Lucy Alves) e Tadeu (Filipe Bragança), ela da Paraíba e ele goiano. Super apaixonados e sonhando alto com a carreira musical, decidem criar uma banda, a Só Se For Por Amor, mas, assim que começam a fazer sucesso, Deusa recebe uma proposta de carreira solo do poderoso empresário César Marcolo (Gustavo Vaz). Ao seguirem rumos diferentes, a relação deles vai sofrer abalos, ao passo em que o grupo sairá em busca de uma nova vocalista. É quando surge Eva (Agnes Nunes), que carrega consigo um segredo.

Foto: Netflix.

Realizada pela empresa Coração da Selva para a Netflix, ‘Só Se For Por Amor‘ é dirigida por Ana Luiza Azevedo, Gisele Barroco e Joana Mariani, com direção musical de Ricco Viana e Ruben Feffer. A produção é de Geórgia Costa Araújo e do showrunner Luciano Patrick, que é também roteirista e criador da série.

5 filmes que enaltecem a representatividade da paternidade preta

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Filme 'Papai é Pop' com Lázaro Ramos estreia nos cinemas no dia 11 de agosto (Foto: Divulgação)

Com a chegada do Dia dos Pais neste domingo 14 de agosto, o MUNDO NEGRO selecionou cinco filme incríveis para curtir com o seu pai ou filho (a). A lista mostra a representatividade de bons exemplos de pais negros no audiovisual. Como primeiro da lista, tem o filme “Papai é Pop“, que estreou nos cinemas nesta semana e já pode ser uma ótima sugestão de passeio para comemorar a data.

Em entrevista ao MUNDO NEGRO sobre o lançamento do filme, Lázaro Ramos, disse que sonhava em fazer um filme sobre paternidade e ficou muito feliz quando surgiu o convite. “Apesar de ser vendido como comédia, o filme vai além disso, ele vai para um lugar de sensibilização, identificação e faz várias provocações”.

Estusiasmado para fazer outros filmes nessa temática, Lázaro fala sobre a visão dele sobre a paternidade: “Estamos atrasados nessa discussão. As semelhanças do abandono, do modelo de homem, do modelo da masculinidade e como expressar sua masculinidade vem muitas vezes pela violência e pela não permissão de você revelar um pouco de sua sensibilidade, isso é gravíssimo”, destaca Lázaro.

1 – Papai é Pop

Em exibição nos cinemas, Tom (Lázaro Ramos) e Elisa (Paolla Oliveira) veem sua rotina se transformar com o nascimento de sua filha Laura. A adaptação de Tom à nova vida interfere no vínculo do casal, além de mexer com a relação com sua mãe, Gladys (Elisa Lucinda), que o criou sozinha.

2 – King Richard: Criando Campeãs

O filme é uma obra biográfica sobre a vida de Richard Williams (Will Smith), um pai dedicado e determinado a tornar suas filhas, Venus (Saniyya Sidney) e Serena (Demi Singleton), em lendas do tênis. O pai treina as meninas – faça sol ou faça chuva – nas quadras de Comptom, com métodos pouco tradicionais, as tornando duas maiores atletas de todos os tempos. O filme rendeu o Oscar de Melhor Ator para Will Smith. Disponível na HBO Max.

3 – Paternidade

O filme estrelado por Kevin Hart, relata a história do Matthew Logelin, um recente viúvo que luta para tentar criar sua filha sozinha, com medos e críticas da capacidade dele exercer o seu papel de pai. O ator Kevin Hart surpreende os fãs sensibilidade de atuar um drama, com um personagem que enfrenta dúvidas, medos e muitas dores de cabeça. Disponível na Netflix.

4 – O Mordomo da Casa Branca

Baseado em uma história real, Cecil (Forest Whitaker) viveu a dureza da escravidão. Depois, trabalhou como mordomo na Casa Branca e testemunhou acontecimentos que mudaram o rumo da nação durante oito mandatos presidenciais. Enquanto ele lidava com a turbulência da luta pelos direitos civis da população negra, ele vivia o conflito de evitar entrar em qualquer assunto político para manter o seu emprego e sustentar a esposa Gloria (Oprah Wnfrey) e o filho Louis (David Oyelowo), que se envolve nas manifestações ao ingressar na faculdade e fica em conflito com o pai sobre os ideiais de um homem negro. Disponível na HBO Max e Apple TV.

5 – A Creche do Papai

Um clássico das comédias! Enquanto sua esposa, Kim (Regina King), sustenta a casa, o desempregado Charlie (Eddie Murphy) passa os dias cuidando do filho. Com a ajuda de um amigo, Charlie decide abrir uma creche. A ideia dá certo e logo contratam mais um empregado para dar conta de todas as crianças e Charlie precisa lidar com muitas burocracias.

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