Duquesa de Sussex, Meghan Markle não compareceu ao Castelo de Balmoral para se despedir de Elizabeth II, nesta última quinta-feira (8). O fato chamou atenção da mídia internacional, pincipalmente após o príncipe Harry, marido de Meghan, ter sido visto chegando sozinho ao local onde a rainha faleceu. Agora, de acordo com o site ET News, a informação é que Markle não foi convidada para se juntar aos demais membros da família real.
Segundo a especialista Katie Nicholl, o convite para se juntar à família na propriedade não foi estendido à Meghan. “Sabe-se que a família queria que o príncipe Harry estivesse lá, mesmo que ele não tenha conseguido chegar a Balmoral a tempo de ver sua avó”, disse Nicholl ao ET. “Mas Meghan, a duquesa de Sussex, não foi convidada para se juntar à família”.
Meghan Markle ao lado de Elizabeth II
Harry e Meghan estavam programados para participar de um evento em Londres. Após o anúncio de que a saúde da rainha Elizabeth estava em preocupando os médicos, o duque e a duquesa de Sussex cancelaram a aparição pública e o duque embarcou em um avião, sozinho, de Londres para a Escócia.
O filho da rainha, Carlos III, sua esposa, Camilla, a rainha consorte e a princesa Anne já estavam na Escócia. O príncipe William, o príncipe Andrew, o príncipe Edward e sua esposa, Sophie, condessa de Sussex, também estavam no local onde Elizabeth II faleceu. Apesar dos nomes, não foi confirmado quais membros da família real estavam com a rainha no momento de sua morte. Agora, é esperado que a Duquesa de Sussex compareça ao funeral da rainha.
Vale destacar que a passagem de Meghan pela coroa britânica foi bastante conturbada. No ano de 2020, ela e Harry se afastaram das atividades reais. Em entrevista à Oprah, o casal chegou a revelar que enfrentou episódios racistas dentro da realeza.
O ex-goleiro Mário Aranha lançou o livro “Patrocínio” no Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços), nesta quinta-feira (8). A obra resgata a história do farmacêutico e jornalista José do Patrocínio, uma das principais personalidades do século 19, que lutou pelo fim da escravidão.
Desde que se aposentou dos gramados em 2018, Aranha tem investido na carreira de escritor. No evento, ele conversou com crianças e respondeu perguntas sobre o livro e o trabalho. Ele mostrou com o exemplo de Patrocínio, como a comunidade negra pode conquistar seu espaço na sociedade. Quando jogava, o goleiro foi vítima de racismo nos estádios diversas vezes.
“A gente ficou durante muito tempo refém daquela história de que só através do futebol ou da música, a população negra, a população pobre tem uma chance de mudar de vida e José do Patrocínio mostra que você pode ser qualquer tipo de coisa, um escritor, um dono de jornal, um político, um ativista, você tem várias áreas que você pode estar presente se você estudar, se você se dedicar. E José do Patrocínio, como era uma pessoa que teve estudo, mesmo no pior momento para ser negro do Brasil, ele serve como grande exemplo”, disse o ex-goleiro.
Foto: Reprodução/EPTV
Empolgado com a nova fase da carreira, Aranha falou sobre a importância de escrever sobre a história da comunidade negra. “É uma ferramenta fundamental porque durante muito tempo, os grandes personagens da história do Brasil, os personagens negros foram apagados propositalmente e muitos dos livros que ensinavam a história do nosso país, para não dizer que era mentirosa, era no mínimo fantasiosa, então a gente vê agora, não só com o meu livro, mas com outros, um resgate histórico, contando de maneira mais justa, mais honesta”, afirma.
“Patrocínio” é o segundo livro lançado pelo Aranha. O livro “Brasil Tumbeiro” foi lançado no ano passado, uma obra com resgate a história dos negros no Brasil, com o objetivo de ampliar as referências e caminhos a serem seguidos além do futebol.
Evento acontece nos dias 15 e 16 de setembro e deve impactar cerca de 15 mil pessoas
Nos dias 15 e 16 de setembro acontece a terceira edição do Afro Presença, evento que tem como objetivo promover oportunidades no mercado de trabalho para jovens negros em todo o país.
Totalmente online, o Afro Presença deve reunir empresas de RH e organizações que oferecem capacitação, oportunidades de entrevista e também encaminham os candidatos para outros processos seletivos de vagas de estágio e trainees. De acordo com a equipe do evento, neste ano, a oferta de vagas para candidatos será maior que a dos anos anteriores.
Durante os dois dias de evento, as oficinas de capacitação devem ministrar conteúdos voltados para o empreendedorismo, transformação digital, ocupação de espaços e os desafios de estar em ambientes embranquecidos. Temas como representatividade no cenário político que impactam a autoestima e empoderamento dos profissionais negros também farão parte dos assuntos abordados.
O Afro Presença também contará com palestras ministradas por personalidades negras de diferentes áreas, como Roger Cipó, Ana Minuto, Egnalda Cortes, Karol Pelissioni, Nara Couto, Day Molina, Pagu Rodrigues, Allan Soares (movimento Blackmoney) e Jaqueline Goes, que vão discutir questões sobre a importância da diversidade nos meios de comunicação, novos formatos de mercados para jovens negros, o papel das tecnologias na inclusão de jovens negros, a importância das diversidades estéticas para a sociedade, entre outras pautas também muito relevantes.
“Vamos juntos, semear conhecimento e buscar cada vez mais espaço para propagar e reforçar a importância da presença negra nas faculdades, nas empresas e nos cargos de liderança”, reforça Caroline Moreira, Head do evento.
O evento terá a apresentadora e jornalista Alinne Prado e a criadora de conteúdo digital Sueide Kinte como mestres de cerimônias dessa terceira edição, que ainda contará com uma atração musical, um show com Elisa Lucinda.
Neste ano, a expectativa é de que, pelo menos, 15 mil pessoas, sejam impactadas pelo evento. A disponibilidade de vagas se prolonga pelo ano inteiro. Para participar, os interessados devem se inscrever no site: www.afropresenca.com.br.
Comer e beber são necessidades essenciais do ser humano, mas para além disso, apreciar os sabores de diferentes partes do mundo e prepará-los com toda a competência é parte do trabalho que acrescenta qualidade à gastronomia e isso também é um talento preto.
Daquela tia que cozinha com maestria, às nossas avós que serviram tanto nas cozinhas das casas grandes, a gastronomia deve muito às mãos negras e reconhecer isso é indispensável para saber que muitos dos talentos por trás de pratos premiados tem a assinatura de chefs cozinheiros negros.
Pensando na melhor forma de evidenciar o papel de pessoas pretas na área, o professor em gastronomia, Breno Cruz criou o Prêmio Gastronomia Preta, que vai premiar cerca de 25 profissionais negros ligados ao segmento, reconhecendo o trabalho que desenvolvem.
A princípio, apenas os profissionais do Rio de Janeiro, cidade onde Cruz mora e trabalha, seriam homenageados, mas a notícia sobre o prêmio viralizou nas redes sociais e agora o Prêmio Gastronomia Preta também fará menção honrosa a personalidades negras da gastronomia de outras regiões do país. A entrega oficial do prêmio está prevista para o mês de novembro.
Bruno Cruz conversou com o Mundo Negro e deu detalhes do que podemos esperar da premiação.
O que é o Prêmio Gastronomia Preta e como surgiu a ideia de criá-lo?
O prêmio é uma forma de refletirmos sobre o papel das pessoas pretas na gastronomia e a necessidade de evidenciá-las, principalmente na alta gastronomia. Quando sentei à mesa de um restaurante com estrela Michelin em um evento para jornalistas e formadores de opinião e só tinha eu de preto, percebi que havia algo estranho. Daí, criei o @pretogourmetcomo uma forma de mostrar que nós podemos também acessar esse espaço como consumidores e não somente como trabalhadores.
Continuei a refletir sobre pessoas em evidência na gastronomia e cheguei à conclusão óbvia: a gastronomia é eurocêntrica e o nosso povo está escondido – embora seja esse povo que faça a gastronomia acontecer.
O prêmio veio para evidenciar pessoas pretas que estão invisibilizadas em muitas cozinhas e salões de bares, restaurantes e gastrobares. Tem muita gente boa que não é conhecida – obviamente em função de serem pretas.
Em uma sociedade estruturalmente racista, um preto na cozinha sempre esteve ligado a um lugar de subalternidade. Como o Prêmio Gastronomia Preta pode contribuir para que sejamos vistos em um lugar de protagonismo nesse espaço?
Precisamos sim do nosso Pretagonismo nas cozinhas e salões. O que eu faço no @pretogourmet é mostrar para as pessoas: “Sabia que o sub-chef desta casa é preto? Sabia que a ajudante de cozinha é preta? Sabia que esse lindo e delicioso prato foi pensado e feito por um chef preto que você não conhece?” Minha ideia é provocar a reflexão de quantas pessoas estão à frente de cozinhas, mas mesmo assim estão invisibilizadas.
O prêmio quer chacoalhar essa forma de apagar o povo preto de serem protagonistas. Existe um restaurante no Rio que está no Guia Michelin e eu só descobri que o chef era pardo porque fiz um trabalho de pesquisa. Diferente de outros restaurantes do Guia que expõem seus chefs no Instagram, neste restaurante só fiquei sabendo quem era o chef porque fui conversando com algumas pessoas. Quer prova maior de apagamento do povo preto na gastronomia do que esse exemplo?
Quantas e quais categorias o prêmio vai contemplar?
São 21 categorias e 25 pessoas que receberão o troféu. E não é apenas chef. Uma das categorias é merendeira – eu como professor do ensino superior não poderia deixar de lado a educação. E a gente vê como é importante o afeto emanado das merendeiras para muitas crianças pobres (assim como eu fui). Elas também fazem parte da Gastronomia; o(a) empreendedor(a) do carrinho de cachorro quente também atua na construção da gastronomia como área. Gastronomia é sobre pessoas e não somente sobre alimento.
O que será considerado na hora de escolher os vencedores do prêmio?
O principal atributo para ser escolhido o vencedor nas categorias é a sua história de vida e a importância da sua atuação para um grupo. Estar em evidência não é um dos atributos para as muitas categorias – o que importa é como a pessoa desenvolveu sua história dentro da gastronomia.
Existem pessoas que estão em evidência e teremos algumas categorias que consideram essa visibilidade – o que também é importante. Por exemplo, nosso embaixador João Diamante é uma pessoa que está em evidência e por isso ele leva a premiação por onde ele passa. Assim, temos as categorias ‘Personalidade’ e ‘Chef na Mídia’ – como uma forma de identificar pessoas pretas que levam a nossa área ao grande público.
Mas se me perguntam qual é o objetivo do prêmio, hoje eu respondo: propor a nossa união para visibilizar esse povo que está apagado nas cozinhas e salões de restaurantes.
Inicialmente, você nos contou que o prêmio deve se concentrar entre os profissionais que atuam no Rio de Janeiro. Nesse caso, como funcionará o processo de menção honrosa e quantas pessoas receberão essa homenagem?
O prêmio viralizou. Levei um susto quando vi que em menos de 24 horas já tinha mais de 400 compartilhamentos. Seria apenas para o Rio de Janeiro (RJ), mas comecei a receber mensagens de todo o Brasil. A partir disso, parei e refleti sobre a importância da Menção Honrosa. São anos de apagamento e muitas pessoas que precisam (e querem) ser vistas em todo o Brasil. Assim, quem não for do Rio poderá enviar o seu memorial (sua história profissional e de vida) por meio de mensagem no Instagram. Todas as histórias serão lidas individualmente e analisadas por nós.
Não tem um número mínimo ou máximo de menções honrosas. Se for necessário entregar 10, assim será feito. Se 20 histórias nos marcarem, essas histórias serão consideradas. O importante é que nessas histórias consigamos compreender como essa pessoa se construiu. E um spoiler das menções honrosas é: aumenta a possibilidade de ser agraciada a pessoa que multiplica, empodera ou abre caminhos para a discussão ou valorização da ancestralidade por meio da gastronomia.
Para indicar os profissionais negros da gastronomia que você quer ver sendo reconhecidos no Prêmio Gastronomia Preta, você pode preencher o formulário clicando aqui. Saiba mais sobre o prêmio acessando as redes sociais do @pretogourmet.
O clássico do cinema nacional Cidade de Deus, que completou 20 anos desde sua estreia em 2002, vai ser exibido na programação do final de semana da TV Globo. O filme conta a história de Dadinho/Zé Pequeno e da comunidade da CDD sob o olhar de Buscapé, um jovem que cresceu na Cidade de Deus e se tornou fotógrafo.
Em 2004, o filme, que foi responsável por revelar talentos como os atores Douglas Silva e Leandro Firmino, representou o Brasil no Oscar sendo indicado a Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia. Hoje, Cidade de Deus é o segundo filme estrangeiro mais assistido do mundo, segundo levantamento da plataforma online Preply, que analisou os filmes e as séries em língua estrangeira mais populares através do IMDb.
Apesar do sucesso estrondoso e dos recordes de bilheteria, um triste aspecto do racismo estrutural do mundo das produções cinematográficas e do audiovisual de maneira geral, é a falta de reconhecimento dos atores e atrizes que fizeram o filme ser o sucesso que é, muitos deles tendo que lutar para conseguir pequenos papeis em trabalhos e outros seguindo no completo anonimato nos dias de hoje.
O filme vai ao ar na madrugada de domingo para segunda, às 2h da manhã, no Cinemaço.
Oito jovens negros não identificados protestaram dentro do ônibus da linha 474 (Jacaré x Copacabana) contra a motociata de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), ontem (7), em Copacabana (RJ). Eles foram obrigados a sair do veículo e revistados por três policiais militares do Batalhão de Choque logo em seguida. O presidente chegava à orla da praia da zona sul.
A foto dos jovens contra os bolsonaristas foi tirada por uma repórter do UOL que acompanhou o momento e viralizou nas redes sociais.
Uma testemunha filmou toda a ação. Nas imagens, é possível ver os jovens apoiados com as mãos no ônibus, enquanto os outros passageiros aguardavam dentro do veículo. A PM revistou roupas, bolsas e alimentos que os jovens portavam. Um dos policiais chegou a desbloquear o celular de um deles e mexeu em aplicativos e mensagens privadas. Outro jovem mostrou a carteira de trabalho.
Foto: Reprodução/UOL
Em nota ao UOL, a Polícia Militar afirma que o motivo da revista por devido a um roubo de celular em Copacabana, mas sem detalhes sobre a autoria do roubo e a relação com os jovens.
Minutos antes da abordagem, os mesmos policiais fecharam o trânsito para facilitar o ato pró-Bolsonaro. Os jovens revistados, tinham se descubraçado na janela do ônibus, fizeram um “L” com a mão em referência ao candidato a presidente Lula (PT) e xingaram a motociata.
Segundo a reportagem, durante o trajeto, a motociata continuou a atrair a reprovação e o protestos nas ruas, mas também recebeu apoio de outros bolsonaristas.
Desde que foi anunciado o elenco de ‘Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’, uma enxurrada de ataques direcionadas á série e aos atores negros ganharam força nas redes sociais. Um grupo substancial de fãs da obra de JRR Tolkien não aceita o fato da nova série incluir elfos e anãos negros, personagens ficcionais. O elenco da produção emitiu nesta última noite de quarta-feira (7) um comunicado repudiando os ataques racistas. “Nós estamos juntos em absoluta solidariedade e contra o racismo implacável, ameaças, assédio e abuso que alguns de nossos colegas negros estão sendo submetidos diariamente”, disse o comunicado.
“Nos recusamos a ignorar ou tolerar. Nosso mundo nunca foi todo branco, a fantasia nunca foi toda branca, a Terra-média não é toda branca. JRR Tolkien criou um mundo que, por definição, é multicultural”, completou a nota. “Um mundo em que povos livres de diferentes raças e culturas se unem, em comunhão, para derrotar as forças do mal. Anéis de Poder reflete isso”.
O elenco destacou ainda a forma como os fãs negros de ‘Senhor dos Anéis’ estão sendo atacados por grupos racistas na internet. “Todo nosso amor e companheirismo aos fãs que nos apoiam, especialmente os fãs negros que estão sendo atacados simplesmente por existirem neste fandom. Vemos você, sua bravura e criatividade sem fim. Seus cosplays, fancams, fanarts e insights tornam esta comunidade um lugar mais rico e nos lembram do nosso propósito. Você é válido, você é amado e você pertence. Você é parte integrante da família Senhor dos Anéis, obrigado por nos apoiar”, informou.
Não é apenas ‘Senhor dos Anéis’ que vem enfrentando ofensas racistas na internet. Recentemente, o ator Steve Toussaint, também comentou sobre os ataques que ‘House Of The Dragon’, obra da HBO, recebeu por inserir atores negros em papéis de destaque. “Eles estão felizes aceitando dragões voando. Eles estão felizes com cabelos brancos e olhos violeta, mas não aceitam um negro? Aceitam dragões, mas não aceitam um negro rico. Isso está além dos limites”, disse Toussaint.
A série Arcanjo Renegado, que estreia hoje no Globoplay, revelou a participação da cantora Ludmilla que viverá a policial Diana
Hoje Ludmilla estreia como atriz na segunda temporada da série Arcanjo Renegado, transmitida pelo Globoplay e protagonizada por Marcelo Mello Júnior. A cantora vai viver a policial Diana, que integra uma equipe especializada em resolver conflitos em áreas de UPP.
A participação de Ludmilla tem gerado bastante expectativa do público, que agora pode conferir os resultados do primeiro trabalho de Ludmilla como atriz. A plataforma de stream responsável pela produção da série liberou o episódio em que Diana, personagem da artista, começa a sua história na trama.
“Estava ansiosa para ver o resultado junto com o público. É um lançamento muito diferente. Tomara que o publico curta, teve muita dedicação minha ali”, contou a cantora e agora atriz.
Ludmilla que também está se preparando para participar do Rock in Rio no próximo domingo, em que será um dos principais nomes do Palco Sunset.
IZA no Rock In Rio 2022. Foto: Fernando Schlaepfer.
A cantora IZA, que recentemente fez um espetáculo histórico no Rock In Rio, anunciou nesta quinta-feira (8) a realização de um show exclusivo em Salvador. Celebrando o dia da Consciência Negra, o evento acontecerá dia 20 de Novembro, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. “Tenho a chance de ser referência para muitas meninas negras como eu, posso oferecer representatividade e dizer a elas que podem ser quem quiserem”, diz IZA. “Será um encontro cheio de significados e beleza”.
Recentemente, a cantora lançou o projeto ‘Três’, acompanhado de um curta-metragem com grande produção visual. “Foi muito legal porque eu sempre quis misturar isso de cantar e atuar, junto com a dança. É um projeto que eu fiquei apaixonada antes de ficar pronto, por isso foi o processo de criação que eu mais gostei de fazer”, comemora IZA. Com forte presença em rádios, programas de televisão, festivais de música e capas de revista, rapidamente ela se tornou um dos rostos mais conhecidos da cena pop brasileira.
IZA no Rock In Rio 2022. Foto: Fernando Schlaepfer.
O show de IZA em Salvador será repleto de sucessos. Além das canções já conhecidas pelo público como ‘Pesadão’, ‘Dona de Mim’, ‘Ginga’ e ‘Brisa’, os registros lançados recentemente, como ‘Gueto‘, ‘Sem Filtro‘ e ‘Fé‘ também irão compor a setlist do novo espetáculo.
Serviço: IZA – Show Consciência Negra Quando: 20 de novembro às 18h Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves Quanto: Lote 01: R$ 120 (inteira)/ R$ 60 (meia). Lote 02: R$ 140 (inteira)/ R$ 70 (meia). Vendas: Bilheteria do Teatro Castro Alves e página de venda. Classificação indicativa: Livre
Nesta tarde de quinta-feira (8), o mundo recebeu a notícia do falecimento de Elizabeth II, a rainha do Reino Unido. Em entrevista ao Mundo Negro, o autor, roteirista e ativistaAle Santoscomentou sobre a perpetuação do racismo e das violências contra pessoas negras e de países africanos, promovidos pelo reinado a monarca.
“A rainha Elizabeth II nunca se posicionou contra. É como se toda a coroa do passado não tivesse ligada à colonização e a a escravidão, ela finge que a coroa não não tem nada a ver com isso”, conta Ale. “Eu acho que ela queria realmente silenciar as pessoas que lembram da história, que lembram das consequências de toda a escravidão, as consequências que impactam a população negra. Talvez a forma de ignorar isso seja uma forma de não ter que lidar, não ter que compensar todo esse trauma que ela causou na sociedade”.
Elizabeth II. Foto: Reprodução.
Ale Santos também destaca a forma como a coroa britânica se manteve e se mantém insensível aos tópicos ligados ao racismo sistêmico na sociedade contemporânea. “Enquanto o mundo todo está discutindo, por exemplo, a questão de George Floyd, que foi uma ação que mobilizou todos os países do Ocidente, praticamente todos os países tiveram uma grande mobilização, tiveram manifestações no Brasil, vários líderes mundiais fizeram declarações sobre isso mas a Elizabeth fingiu que não, ela fingiu que dividia o outro mundo, vivendo ali num universo de fantasia branco onde está tudo bem, está tudo resolvido”, destacou o autor. “E esse é o é um problema que é extremamente sombrio porque isso mostra que enquanto eles silenciam as discussões que são importantes para o povo negro eles também estão ainda afastando o próprio povo negro e ter a sua cidadania e se reconhecer dentro da sua própria sociedade”.
Ale conta ainda sobre como o racismo é uma característica diretamente ligada às monarquias europeias. O autor relembra que foram os monarcas europeus que incentivaram e ajudaram a propagar os ideais de supremacia branca. “Afirmo também que foram os monarcas que incentivaram e patrocinaram a escravidão. E sendo a monarquia uma linha de sucessão, só pode acontecer dentro da própria família, ou seja, é uma sucessão, é uma herança que vai sendo carregada por gerações e gerações e essas gerações futuras elas ainda estão ligadas com todos os privilégios criados da escravidão no passado”, destaca ele.“Não tem como eles não estarem conectados diretamente com aquele antepassado que era dono de não sei quantos escravos e que construiu todo o reino com base no sangue e no suor de pessoas negras africanas”.
Elizabeth II. Foto: Reprodução.
O autor do livro ‘O Último Ancestral’ também critica a forma como a imprensa brasileira lida com a morte da monarca britânica. “O tamanho da repercussão que a imprensa brasileira dá para a monarquia britânica mostra que uma parte do país ainda deseja ser mais europeu do que brasileiro“, enfatiza ele. “Rainha Elizabeth não é relevante pro povo que tá nas periferias de São Paulo ou Rio de Janeiro, não é símbolo da nossa Amazônia, dos nossos intelectuais cearenses. Mas a imprensa insiste em massificar as notícias da Coroa enquanto nosso povo ainda precisa aprender o básico da nossa própria história”.