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Depois da democracia é a vez do cinismo racial no país da diversidade

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We hardly talk about it. But Brazil did not belong to my African ancestors, or to the whites who came before us. Our land is indigenous, but how many of them you live from day to day? Here in São Paulo it is easier to find a Mongolian family than indigenous. And racial extermination is the term that explains this process. There were a people with traditions, much knowledge and ancestry that was exterminated and is treated almost folkloric way into our collective imagination.

About us blacks, this extermination process is present. It is no coincidence that we are the biggest victims of homicide and the largest prison population.   Brazilian institutions do not work in favor of the black community. It is no exaggeration to say that we are all survivors and that Brazil is scheduled to complicate our lives more than facilitate.

Rafael Braga, the young man sentenced to 11 years in prison on the last day 20 is the customization of how the judicial system is successful in taking poor black movement, using legal maneuvers to condemned by human rights organizations. His case led the black community to the streets in this cold night of Monday in the city of São Paulo.

“The arrest by the sun Pine size was in 2013, during the acts of that year, spent two years in prison because of that and went on probation (with electronic ankle bracelet.) This sentence of 11 years in prison was because of a second arrest unfair, where Rafael walked in his neighborhood towards a bakery and PMs approached him asking him to identify the local drug dealers. he said he could not because it did not know them. the PMs not satisfied ‘planted’ 0.6 grams of marijuana and 9 of cocaine in Rafael and took him prisoner. for this prison he took 11 years trafficking and association for drug trafficking, “explain Antonio Junior, journalist portal Journalism Bridge who made a careful coverage of the case.

rafael braga e condenado a onze anos de prisao

Vigil for freedom of Rafael Braga (Photo: Rosenildo Ferreira) Brazil has assumed racist and the myth of racial democracy is increasingly going to the ground, because we have data that break any theory that there is equal opportunity for blacks and whites. Before we could not prove and today we have the numbers do not lie. Even recommend the Video Youtuber Valtinho Rege on the mathematics of exclusion.

Brazilian left: white also dominate

I do not think that all whites are racists. Especially because for some racist color has some relevance and the vast majority of economically privileged white do not think about racial issues since they do not live with blacks. They think about feminism perhaps on environmental issues likely economic for sure, but they do not know for example, that are the minority in Brazil, as in work, little party at the club, just have people like them.

The award-winning documentary “I’m not your black,” James Baldwin, that brilliant mind, full of scholarly knowledge, so essential to a universal reflection on human affairs and advised Martin Luther King and Malcolm X, it takes when he says that white unaware what being black for lack of interest even. In his book, treated in the documentary he says. “Most whites have nothing against blacks, the real question is apathy and ignorance.”

Pulling Brazil to gross reality of the figures shows that the situation is worse. Here we are 54% of the population and our intellectuals (aka left already enjoys many privileges) can organize a manifesto , Brazil Nation Project, which talks about the Brazilian inequalities without not have the signature of any black or indigenous person and mentions racial question once. We were forgotten.

I sincerely believe, yes, dialogue is the solution but we must stop being cynical, whites and nonwhites and not just assume that we are a racist country, but to go beyond involving on the problems that are out of your own backyard, after all we live a community. The problem of the Brazilian black is a matter of national interest. We are the majority, they built this country as slaves and in the 21st century, the explicit or institutional racism (that kind hidden subject, we do not see but it’s there) impedes our progress and kill us.

And once again the case of Rafael Braga shows to prove innocence is also a privilege. Here there are perhaps one hundred years, we’ll look at this moment in history and see that the Brazilian judiciary to who is black, has almost the same perversity that slavery. That was absurd the crime of racism not send people to jail for being treated as a racial slur and that the police, despite having very dedicated and competent professionals, largely consisted of trained members to cram the bodies of prisons black when those surviving to an almost institutionalized extermination. But we as a nation, we are indifferent to this reality, blinded by cynicism that of the black community forward, if empowered and alone is able to eliminate racism.

Mães negras não adoecem

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“Quem aqui de vocês quando doente, conseguiu ficar mais de três dias de cama, sem ter que se recuperar antes do tempo previsto, para retomar seus compromissos ?”. Essa foi a provocação inicial feita durante o primeiro encontro do Iyá Maternância grupo de mulheres que discute maternidade negras aqui em São Paulo, em outubro do ano passado.

E é isso. Se mulher negra tem que ser forte, mães negras não podem ser dar “ao luxo” de adoecer. A imagem da escrava negra sempre disponível e pronta para servir, ainda existe, mesmo em lares afro-centrados. São as feridas da escravidão ainda abertas e cutucadas diariamente, e que se traduzem em muito dor, baixa autoestima e a sensação de que não merecemos ser amadas.

Quem já participou de encontros de mulheres negras, sabe o quanto é tocante, o quanto choramos deixando evidente uma dor coletiva, mas silenciada dentro dos nossos lares. Temos medo de nos mostrarmos vulneráveis, visto que temos que ser a solução e nunca o problema ou ainda, pela falta de ter quem se importe.

“Minha mãe morreu aos 53 anos, de tanto trabalhar. A imagem que tenho dela é de sofrimento, ela apanhava do meu pai e trabalhava todos os dias da semana, até que seu coração não aguentou”, disse uma das participantes daquele encontro. Eu, infelizmente, não acho que esse seja um caso isolado. A maior parte das famílias negras, são sustentadas por mães exaustas.

Projetos sobre maternidade negra são urgentes porque a sensação de solidão e abandono persiste até entre mães jovens. Não nascemos mães. Parir e educar crianças negras é outro papel que tivemos que assumir sozinhas.

Minha dúvida é, porque o homem negro é tão ausente nessas questões?  Em outros depoimentos ficou evidente que o pai, negro ou branco, delega a mãe, mais esse fardo, como se só ele tivesse o direito de usar a carta da Glória Pires e não opinar, passando para nós, mais uma vez a função de administrar e gerenciar conflitos gerados em situações de racismo.

Quem exige das lojas a boneca negra, quem vai à escola para pedir mais diversidade nos livros paradidáticos ou denunciar o coleguinha racista, quem muda sua estética para ser referência para os seus filhos é a mãe negra.

As recompensas por essa doação incansável é essa nova geração de crianças negras empoderadas.

Mães negras, como todas as outras, têm dúvidas, medos, se cansam, sentem dor, tem muitas dúvidas e não têm resposta para tudo, no entanto o racismo é imperdoável, mesmo com as que ainda carregam seus filhos no ventre. Até a dose de anestesia no parto pelo SUS é menor quando a mãe tem pele escura.

Enquanto isso não é um problema para o Estado, nem para os pais, iniciativas como coletivos de mães negras são o que irá garantir que nossas meninas negras, sejam mais felizes e amparadas no futuro quando se tornarem mães.

 

Entre pessoas negras, a Skol é a bebida alcoólica mais consumida

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Em levantamento inédito realizado pela ETNUS | Planejamento e Pesquisa, a consultoria observou e conversou com afrodescendentes da cidade de São Paulo, para entender quais são as bebidas mais consumidas por esses consumidores e o que esse consumo representa para eles. Entre cervejas, vodkas, vinhos, catuabas, uísques e cachaças, a Skol desponta como a bebida alcóolica mais consumida e a catuaba Selvagem, como a que mais ascende no consumo.

Amostragem


Foto: Acervo ETNUS – Fernando Bueno
            Segundo o IBGE, a população negra (que compreende pretos e pardos) representa 37,05% dos habitantes da cidade de São Paulo. Esses mais de 4 milhões de afroconsumidores têm renda formal média domiciliar de R$ 2868,00, de acordo com relatório “Perfil social, racial e de gênero, dos 200 principais fornecedores da prefeitura de São Paulo.”, publicado pelo Instituto Ethos, totalizando uma movimentação aproximada de R$ 3,2 bilhões ao ano. Influenciado diretamente pelas variáveis “raça e/ou etnia” em diversos campos do consumo, no segmento das bebidas alcóolicas o comportamento do consumidor afrodescendente segue a mesma direção, sendo o sétimo item mais consumido por esse público, em uma escala de vinte categorias de consumo. Neste contexto, o estudo realizado buscou compreender as expressões étnico-raciais traduzidas nas práticas de consumo dos afro-brasileiros paulistanos e, com isso, proporcionar insights relevantes para a valorização estética e racial desses consumidores, sob o viés da comunicação e da produção industrial.
No ano de 2016, através de levantamentos qualitativos, quantitativos, acompanhamentos etnográficos e netnográficos, a ETNUS concentrou a pesquisa em uma amostragem de pouco mais de 200 afrodescendentes (pessoas negras autodeclaradas ou não), moradores de diferentes regiões da capital paulista, de ambos os sexos, na faixa etária de 18 a 44 anos, predominantemente das classes econômicas média e alta (classificação econômica de acordo com o INPC – valores de Julho de 2013), buscando obter informações referentes a esse universo.

Análises

Entre pessoas da faixa etária de 18 a 44 anos, o tipo de bebida mais consumida é a cerveja, sendo a Skol a marca mais comprada, seguida pelo drink afrodisíaco, a catuaba e, em terceiro lugar, o vinho. Mesmo a catuaba estando em segundo lugar como categoria mais consumida, a marca Selvagem fica em terceiro lugar no consumo, atrás da Smirnoff, que domina a segunda colocação. Catuaba, vodka e vinhos mais simples, protagonizam o consumo na faixa etária entre 18 e 30 anos.

Notamos que a Skol tem uma força considerável, devido ao seu preço acessível e a sua presença forte no imaginário social, mesmo que ainda desconexa nas mensagens emitidas em sua comunicação com a população negra. No entanto, no levantamento em profundidade, ela não protagoniza um atributo importante, na tomada de decisão pelo consumidor, para a manutenção de seu consumo – o desejo por essa cerveja específica – podendo ser facilmente substituída por cervejas de outras marcas, como Brahma e Itaipava, ou, em muitos casos, pela catuaba Selvagem. Com exceção da Selvagem, que não aparece com um concorrente expressivo na mesma categoria, as outras marcas são facilmente preteridas e substituídas em momentos de oscilação econômica.

Catuaba Selvagem, no encalço da Skol


Foto: Arbor Brasil (Divulgação)

Apesar de ocupar a terceira posição das bebidas mais consumidas por esse público e alavancar o segundo lugar na categoria do tipo de marcas mais consumidas, a catuaba Selvagem é a que mais ascende no consumo, em todas as classes econômicas dos entrevistados. A falta de conexão desse consumidor, com outras marcas ou produtos, dada a sua especificidade, acaba gerando um gap no consumo de cerveja.

Acontece que não existe fidelização de marcas de cervejas entre esses consumidores afrodescendentes abrangidos pela pesquisa realizada: aproximadamente 44% das pessoas entrevistadas são influenciadas diretamente por amigos na decisão de compra, ao passo que 77% não se sentem representados esteticamente nas comunicações das marcas de bebidas alcoólicas.

Nas análises dos dados levantados, o comportamento de migração de consumo de cerveja para o de catuaba aparece bem evidente, pois ela desponta como principal detentora das características valorizadas por esse público: preço acessível, aceitação social do coletivo o qual pertence e quantidade de produto na embalagem. Parafraseando um dos entrevistados: “”A catuaba Selvagem é a bebida do momento. Além de ser prática para levar por aí, custa menos que uma “caixinha de Skol fininha”, dá mais “barato” e consigo dividir mais com meus amigos.“”

De acordo com o DCI, a Ambev, detentora da marca Skol, apresentou no ano de 2016 uma queda de 6,6% em seu volume de vendas e 5,7% na receita líquida. Na contramão dessa retração, a Arbor, fabricante da catuaba Selvagem, comemorou um crescimento inesperado de 55% no volume de vendas, ultrapassando os 30% desejados para o mesmo ano, conforme entrevista concedida ao Valor Econômico pelo diretor da empresa, Marco Tulio Hoffmann.
Visualize à pesquisa online na íntegra através do link.

Diversidade: Empresa brasileira paga negros em dólares para responderem pesquisas de mercado

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Pesquisas de mercado são cada dias mais importantes para que empresas possam lançar produtos ou criar novas estratégias de negócios com mais precisão e a diversidade conta cada vez mais como fator importante para o levantamento de dados.

Focada no público afrodescendente o Painel BAP tem um site onde cadastra gratuitamente pessoas que irão responder a pesquisas remuneradoras, com valores que variam 1,50 à   4 dólares, podendo participar até em mais de uma simultaneamente (de acordo com o perfil a pesquisa). E há vários tipos de pesquisas de produto para pele, cabelo, trailer de filmes, ou embalagens.

“O interessante é que sendo o Painel BAP composto por 80% de pretos, toda vez que uma pesquisa é enviada para nossos membros, garantimos um pessoa negra responda e que haja diversidade nas respostas”, explica Luanna Teofillo fundadora da empresa que nasceu durante sua temporada na França, onde fez Mestrado.

Tão importante quanto a renda que pessoas negras podem receber com as pesquisas, o projeto oferece as empresas dados de um público que compõe mais de 50% da população brasileira e tem suas especificidades ignoradas muitas vezes. Se falamos de prestação de serviços, o componente racismo não pode ser ignorado. Luana cita o caso do AirBnB que fez uma pesquisa sobre discriminação porque descobriram que há muito racismo por parte dos donos dos apartamentos.

Como participar

Atualmente o painel tem por volta de 1000 pessoas cadastradas e  a expectativa é que esse número chegue a 10 mil até outubro  O interessado deve ser cadastrar no site do Painel BAP e fazer seu cadastro de forma gratuita. Após a confirmação do e-mail pela plataforma, o candidato já estará disponível para receber convites para pesquisas remuneradas e responde-las pelo aplicativo OpinionApp .

 

“Nosso negócio só funciona porque é coletivo e a participação das pessoas causa um impacto social que vai mudar paradigmas sociais e provar dentro de um sistema que juntos somos fortes”, comemora Luana.

Saiba mais
https://www.painelbap.com.br
https://www.facebook.com/PainelBAP/

 

Sua saúde: negros têm 24% a mais de chance de ter hipertensão do que brancos

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A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) ganha espaço público nas mídias e redes sociais no próximo 26 de abril, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, motivo pelo qual a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) reuniu as principais dúvidas da população em torno desta doença que apresenta consequências importantes e até fatais.

“Considerado um problema de saúde pública, no Brasil, 36 milhões (32,5%) de indivíduos adultos são hipertensos. Mais de 60% dos casos ocorrem entre idosos, o que contribui direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular (¹). Quem tem pressão alta pode sofrer não somente alterações na função do coração como também uma arritmia cardíaca e, por isso, níveis acima de 14/9 merecemacompanhamento médico”, explica a cardiologista Denise Tessariol Hachul, Presidente da SOBRAC.

Na maioria dos casos, os pacientes são assintomáticos. Vale lembrar que 80-90% das mortes súbitas cardíacas (MSC) são decorrentes de algum tipo de arritmia cardíaca.

“Em grande parte, a pressão arterial alta é do tipo primária, ou seja, geneticamente determinada, e os pacientes são sensíveis ao excesso de ingestão de sal. Mas a hipertensão também pode ser secundária, em decorrência de doenças renais, entre outras. Conhecer a sua origem é fundamental para a adoção de medidas preventivas e de introdução do tratamento adequado”, completa a cardiologista da SOBRAC.

 14 Perguntas e Respostas sobre Hipertensão Arterial:

1 – O que é Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)?

A hipertensão é caracterizada por elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.

Embora a HAS primária não tenha cura, pode ser controlada com medicamentos e algumas mudanças no estilo de vida do paciente. Já a HAS secundária pode ser curável, dependendo da causa.

2- Quais os tipos de Hipertensão?

Pode ser primária ou secundária. A HAS primária (95% dos casos) geralmente se desenvolve ao longo dos anos e, por isso, é considerada uma doença silenciosa e perigosa. A secundária é quando existem algumas condições preexistentes, como doenças dos rins, suprarrenais, tireoide, entre outras.

3 – Como diagnosticar a doença?

A Hipertensão é diagnosticada pela aferição da pressão arterial, que deve ser realizada por um médico e/ou outros profissionais da saúde capacitados. É imprescindível a utilização de técnicas adequadas, equipamentos “calibrados” e validados. No consultório, o médico inicia a avaliação fazendo a anamnese, ou seja, averiguando a história médica pessoal e familiar do paciente e um exame físico. Podem ser necessários exames laboratoriais e outros exames subsidiários.

4 – Quais os sintomas da HAS?

A Hipertensão pode ser assintomática, mas há casos de pacientes que apresentam dor ou pressão na cabeça, especialmente na nuca, sangramento nasal, cansaço excessivo aos esforços, tonturas, fadiga e inquietação, sintomas que podem ser confundidos com ansiedade.

5 – A Hipertensão atinge somente idosos?

Embora seja mais prevalente nesta faixa etária, a doença pode acometer qualquer pessoa, de qualquer idade. Há uma associação direta entre envelhecimento e HAS, em que estudos já realizados no Brasil indicam uma prevalência de, aproximadamente, 70% em indivíduos acima de 60 anos.

6 – O que pode causar a Hipertensão?

Hereditariedade, envelhecimento, obesidade, excesso de consumo de sal em pessoas sensíveis e estresse são as causas mais comuns. Tabagismo, consumo exagerado de bebida alcoólica e sedentarismo são situações comumente relacionadas à HAS.

Também pode causar hipertensão doenças renais, hipertireoidismo, uso excessivo de anti-inflamatórios não-hormonais, cortiço-esteroide e alguns tipos de anticoncepcionais podem causar hipertensão secundaria.

7 – Quais outros fatores que devem ser considerados?

Fatores psicossociais, econômicos, educacionais, são condições que contribuem para a hipertensão. Sono inadequado causado por estresse e apneia do sono são importantes fatores associados à HAS.  

8 – A HAS é mais prevalente em homens ou mulheres?

Geralmente nas mulheres. Entre os homens é mais prevalente até 50 anos de idade. A partir desta faixa etária ocorre uma inversão, atingindo até 60% de mulheres após os 75 anos de idade. Após a menopausa, as mulheres têm uma prevalência de hipertensão igual ou superior à dos homens, porem com maior gravidade.

9– Algumas etnias são mais propensas à Hipertensão?

Sim. Estudos apontam que na raça negra a hipertensão é 24,2% maior comparada a adultos pardos (20,0%) e nos brancos (22,1%). Numa comparação entre todas as demais etnias, a doença atinge 11,1% da população indígena; 10% da amarela; 26,3% da parda/mulata; 29,4% da branca e 34,8% da negra (²).

10 – A alimentação pode desencadear pressão alta?

Especificamente, a ingestão de sal é um dos principais fatores de risco para a hipertensão, doenças cardiovasculares e renais em indivíduos predispostos. No Brasil, dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), obtidos em 55.970 domicílios, mostraram disponibilidade domiciliar de 4,7g de sódio/pessoa/dia (ajustado para consumo de 2.000 Kcal), excedendo em mais de duas vezes o consumo máximo recomendado (2 g/dia) (³).

11 – O açúcar é prejudicial no controle da Pressão Arterial?

Tal como o sal, o açúcar em excesso é bastante prejudicial para os hipertensos, pois favorece a obesidade e resistência à insulina, principais mecanismos do desenvolvimento da hipertensão em pacientes com Síndrome Metabólica.

12- A ingestão de bebida alcoólica favorece ao desenvolvimento da HAS?

Sim. O consumo exagerado de bebidas alcoólicas está relacionado ao aumento pressão arterial de forma consistente.

13- Qual é o papel da atividade física no controle ou combate à HAS?

A atividade física tem papel importante para o melhor funcionamento do organismo como um todo, promovendo uma melhora metabólica com a queima calórica, de gordura e todos os demais excessos provocados pela má alimentação e sedentarismo.

14 -Qual o tratamento da HAS?

A hipertensão pode ser controlada com medidas multiprofissionais, que contemplem medicações especificas e mudanças de hábitos alimentares, além de atividade física.

O diagnóstico preciso e o melhor método de tratamento devem ser orientados por um clínico ou cardiologista. É importante que o paciente siga as recomendações médicas, não se automedique, nem interrompa o uso de medicamentos recomendados para o controle da doença.

Se não tratada, a doença diminui em até 40% a expectativa de vida quando comparado a um indivíduo sadio. Quando negligenciada, a HAS pode ser fator desencadeante de insuficiência renal, acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH), dilatações da artéria aorta, dilatações do coração, arritmias, complicações oculares (perda da visão), impotência sexual, entre outras doenças.


(*) Dra. Denise Tessariol Hachul

Presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). Graduada em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (FMUSP), com residência de clínica médica no Hospital São Paulo e em cardiologia no Instituto do Coração – HC – FMUSP. Especialista em arritmia pela Unidade Clínica de Arritmia e Marca-passo do Incor – FMUSP. Como médica assistente da unidade, desenvolveu a Unidade de Síncope e o Laboratório de Avaliação Autonômica. Completou doutorado pela FMUSP, em 1998. Atualmente é médica coordenadora da Unidade de Síncope do Instituto do Coração do HC-FMUSP e do Hospital Sírio Libanês. Atua principalmente nos seguintes temas: Síncope, Disautonomia e Arritmia Clínica.

O pensamento africano no século XX é tema de evento gratuito no SESC

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Ao longo dos séculos XIX-XX, durante os períodos da colonização europeia, descolonização e reorganização das sociedades africanas, diversos intelectuais nascidos na África apropriaram-se de um vasto conjunto de referenciais teóricos, conceituais e metodológicos, empregando-os para expressar a posição de seus coetâneos em relação ao mundo. O livro O pensamento africano no século XX (Editora Outras Expressões), apresenta uma introdução aos debates desenvolvidos por intelectuais consagrados na luta pela autodeterminação dos povos africanos, no combate ao etnocentrismo e ao racismo, na proposição de alternativas para a justiça social e a democracia em seus respectivos países.

O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc realiza, no dia 26 de abril, um bate-papo com o organizador do livro, José Rivair Macedo e o doutor em História da África, Muryatan Barbosa sobre o tema do livro.

Os assuntos tratados dizem respeito aos problemas comuns que afetaram os africanos durante o período colonial (que deram origem aos ideários do pan-africanismo e da negritude), durante o período da descolonização (com alternativas revolucionárias para a libertação nacional e a reorganização social, econômica, política e cultural) e durante o período pós-colonial (quando o problema passou a ser a gestão interna dos recursos disponíveis, a superação do legado colonial e a distribuição do poder político-econômico).
Alguns intelectuais estudados participaram ativamente da história política, liderando movimentos de libertação e ajudando a criar nações (Frantz Fanon, Amilcar Cabral), outros alcançaram a posição de chefes de Estado (Léopold Sédar Senghor, Kwame Nkrumah).  Também são analisadas obras de filósofos (Marcien Towa, Paulin Hountondji, V. Y.Mudimbe, Severino Ngoenha), historiadores (Joseph Ki-Zerbo), escritores (Wole Soyinka) ou cientistas sociais  (Cheikh Anta Diop, Achille Mbembe) que ganharam notoriedade ao propor explicações sobre a condição dos africanos no cenário internacional, sobre as alternativas encontradas por eles para criar instituições políticas e sociais modernas, rompendo ou não com as formas tradicionais de organização vigentes em todo o continente.

Com José Rivair Macedo é doutor em História Social pela FFLCH-USP e pós-doutor em História pela Universidade de Lisboa. Docente no Departamento de História da UFRGS. Atualmente é coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, Indígenas e Africanos da UFRGS, e da Rede Multidisciplinar de Estudos Africanos do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados da UFRGS.
Com Muryatan Barbosa é doutor em História da África pela FFLCH-USP. Foi pesquisador visitante na Universidade de Harvard e consultor da UNESCO-Brasil para o Programa Brasil-África. Docente do Bacharelado em Ciências Humanas e do Bacharelado em Relações Internacionais da UFABC.

 

O pensamento africano no século XX
Dia 26 de abril de 2017, quarta, das 19h às 21h30.
Recomendação etária: 16 anos. Número de vagas:
30

Grátis – mediante inscrição.

Informações e inscrições pelo site (sescsp.org.br/cpf) ou nas unidades do Sesc no Estado de São Paulo.

Centro de Pesquisa e Formação do Sesc
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 22h. Sábados, das 9h30 18h30.

Tel: 3254-5600

RAP Burguer: primeira hamburgueria com temática hip-hop de São Paulo está contratando

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Imagem - Rap Burguer (Divulgação)

Ainda sem data certa para lançamento, (provavelmente em maio) mas com uma equipe trabalhando à todo vapor,  a Rap Burguer – Hamburgueria Artesanal, promete agradar o palar e os ouvidos dos amantes do Rap e Hip-Hop.

Localizado na região do centro de São Paulo, mas especificamente na Augusta o local tem potencial para ser um importante ponto de encontro dos amantes da cultura negra e, claro de um bom e suculento hambúrguer.

O projeto está agora na fase de contratação da equipe, que tem que estar afinada a temática da hamburgueria.  Confira as vagas:

 Caixa -​ Responsável pela checagem e cobrança do bem consumido, realizar a abertura e fechamento de caixa, e emitir notas fiscais.
Requisitos: Ensino médio completo, ser organizado e atento, saber se relacionar de maneira cordial com os clientes e supervisores.

Ajudante de cozinha​ – Preparo de lanches e sobremesas; ajuda com a limpeza do ambiente; e auxílio ao Chef. Requisitos: Ensino médio completo, bom relacionamento interpessoal, boa comunicação, conhecimento do seguimento e domínio da rotina de cozinha.

Chapeiro – ​Atuará no preparo e montagem de lanches e porções em geral. Organizar o local de trabalho, utensílios e geladeiras.
Requisitos: Ensino médio completo, experiência comprovada, bom relacionamento interpessoal, boa comunicação, ser organizado e atento.

Garçom ​- Servir aos clientes de forma cordial e gentil; anotar e repassar pedidos; e manter a limpeza e organização das mesas.
Requisitos: Ensino médio completo, bom relacionamento interpessoal, boa comunicação, conhecimento do segmento. Para o garçom conhecimento da cultura Hip Hop será um diferencial.

Informações para todos os cargos:
Os currículos devem ser enviados para: rh@rapburguer.com.br
Escala:​ 6×1; Terça feira a domingo Períodos: ​Turno Diurno (10h – 18h); Turno Noturno(17h30 – 00h)
Benefícios:​ VT, Alimentação no local, Assistência Médica.

Rap Burguer 
Endereço:​ Rua Augusta, 552 – Consolação – São Paulo/SP Site:​ www.rapburguer.com.br Facebook:​ www.facebook.com/rapburguer

 

Existe hora para engravidar?

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Seja pela entrada cada vez maior da mulher no mercado de trabalho ou pelas conquistas do feminismo, o adiamento da gravidez hoje é considerado um fenômeno mundial. No Brasil, a idade média para ter o primeiro filho já é de 30 anos. E com as novidades da ciência, muitas estão se tornando mães em idades mais avançadas.

Se por um lado esse cenário só é possível graças aos avanços nos tratamentos de preservação da fertilidade, por outro remete a um contexto novo de redefinição dos papeis sociais do homem e da mulher, em que ter filhos deixa de ser um padrão normativo para ser uma questão de planejamento. Diante disso, os casais podem se ver cooptados por algumas dúvidas. A começar pelo “momento certo” de engravidar: será que existe isso, em termos biológicos? E como saber qual é a hora?

“Existe, sim, o momento certo para engravidar, o problema é identificá-lo”.
A afirmação é de Newton Busso, diretor-tesoureiro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (SOGESP) e especialista em reprodução assistida.
O médico diz que já existem aplicativos que ajudam a verificar os sintomas do período fértil e que vêm até com um termômetro basal, usado para detectar o período de ovulação. Alguns exemplos são o Calendário Menstrual (gratuito, disponível na Play Store), o Ovuview (apenas para Android) e o Natural Cycles (pago, e também pode ser usado como método contraceptivo).

Questionado se engravidar pode ser mais fácil para umas mulheres do que para outras, o médico afirmou que não existe esse tipo de comparação, contanto que estejamos falando de homens e mulheres sem nenhum problema orgânico com atividade sexual frequente (cerca de duas a três relações por semana ao longo de um ano, o suficiente para que o casal tenha sido exposto a chances reais de gestação). “O principal impedimento para a gravidez continua sendo a idade da mulher, independente de ela ser saudável ou não”, explica o especialista.

Se depois de um ano de tentativa a mulher ainda não conseguir engravidar, o casal já deve ser investigado para descartar a possibilidade de uma doença, que por ventura esteja interferindo no processo reprodutivo.

Em relação a tratamentos alternativos, ainda não existem medicamentos nem vitaminas que ajudem a mulher a engravidar, mas uma vida saudável, prevenindo desvios de peso e doenças sexualmente transmissíveis, sem uso abusivo de álcool, café, cigarro e outras drogas, costuma ser recomendada. E a dica é colocar a gravidez no planejamento antes dos 35 anos de idade, pois, apesar dos avanços tecnológicos, o corpo biológico continua tendo um ritmo de produção igual ao de nossas avós.

Caso não haja possibilidade de gestação no momento, por decisão da mulher (esteja ou não em um relacionamento), uma alternativa é congelar os óvulos para ter maior chance no futuro se necessitar de tratamentos de fertilização in-vitro. Lembrar sempre que os tratamentos são uma alternativa para quem deles necessite e não garantia de gestação, principalmente em faixas etárias mais altas.

Livro Crespinhos S/A: A autoestima das crianças negras por meio da beleza e representatividade

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“Queremos mostrar as crianças que a sua estética natural é muito bonita”. Essa é uma maneira modesta que Renata Morais, Coordenadora da Crespinhos S/A produtora especializada em crianças e adolescentes negros, descreve o projeto da criação de um livro de referência para os pequenos, num projeto inédito no Brasil, feito por e para crianças, com a participação dos seus familiares: Crespinhos S/A : O livro.

 E só ver as crianças da produtora falando sobre seus cabelos, cor de pele, para ver o quanto estimular a criança a conhecer a sua beleza e apreciá-la pode ser revolucionário.

Porém não são todas as crianças que têm a oportunidade e até mesmo o interesse de ingressar no meio artístico ou de moda, e e aí que a o livro Crespinho S/A entra, como um obra de referência estética para as crianças e jovens negros.

Nele, as crianças negras são as grandes protagonistas e narram as suas histórias de empoderamento após a entrada para a Crespinhos S/A em páginas ilustradas com fotos e texto escrito por crianças e suas mães.  “O livro também é para as crianças que precisam ver e ouvir as nossas histórias. Se reconhecendo no livro elas vão se sentir especiais”, diz Renata.

Se interessou pelo projeto? Você pode fazê-lo se tornar realidade por meio da campanha da Crespinhos S/A dentro da plataforma de financiamento coletivo Benfeitoria. São vários opções de doações com recompensas incríveis para adultos e crianças.

Eles têm até o dia 9 de maio para finalizar a arrecadação total do orçamento do projeto que é de R$ 35 mil. O valor das doações é a partir de R$ 10.


Saiba mais sobre a campanha e os Crespinhos S/A 
Doe para que livro aconteça: Crespinhos S/A Benfeitoria 
Página do Crespinhos S/A no Facebook. 

“Preta ou pretinha. Me chame pelo nome”, atriz Cris Vianna esclarece e corrige polêmica envolvendo sua amiga

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Reprodução Instagram

Nós nascemos com pele negra mas a nossa construção étnica enquanto identidade vem com o tempo.  Erramos, aprendemos e melhoramos. A cultura negra não é ensinada na escola, de forma que não podemos esperar que brancos saibam sobre a nossas questões, e aí a importância do diálogo.

E foi em uma dessas conversas didáticas, onde brancos surgem com dúvidas sobre negros, que a atriz Cris Vianna e a diretora Maria de Medicis falavam sobre como chamar um pessoa negra informalmente sem ofendê-la. A amiga pergunta, você prefere ser chamada de preta ou pretinha? E Chris responde:

“Eu adoro ser chamada de preta, mas normalmente são os meus amigos e familiares que me chamam assim. Quando é alguém que eu não conheço, alguém com quem eu não tenho intimidade, prefiro que me chamem pelo meu nome”. 

Veja a nota de Maria de Medicis obre o bate papo com Cris Vianna.

Reprodução – Twitter

Vários sites de celebridades distorceram o Tweet de forma quase desonesta.A mensagem acima se tornou uma pergunta racista da diretora para Cris Vianna, de acordo com o jornal o Dia e várias outras publicações:

“Cris Vianna teria rebatido com classe um comentário racista de Maria de Médicis. A diretora de novelas da TV Globo teria feito uma pergunta racista para a atriz.”

E as redes sociais não perdoaram:

Reprodução Facebook

Em nota publicada hoje Cris Vianna esclarece a distorção dos fatos.

“Esse diálogo faz parte de uma conversa entre amigas que se respeitam e se admiram. Uma conversa sempre pautada pelo respeito, pela amizade e pela busca de informações corretas, com propriedade e principalmente com caráter didático. Questionada respeitosamente, pela querida diretora Maria de Medicis sobre como eu espero que as pessoas de dirijam a mim, respondi tão prontamente com total conhecimento de causa, que prefiro ser chamada pelo meu nome. Qualquer interpretação além disso, não traduz a intenção, o carinho, nem a real sororidade daquele momento. Maria de Médicis é uma das mais respeitosas diretoras da Rede Globo. A qual eu admiro e tenho a certeza da reciprocidade. Respeitar para ser respeitada”. 

Nesse tipo de distorção, típica de jornalistas que sabem que causar polêmica traz mais clicks do que mostrar uma amiga ajudando a outra, quem perde somos todos nós. Nem todos os brancos são contra negros e têm muitos querendo somar e aprender conosco. Querer um mundo mais igual,  justo e gentil é uma pauta de todos.

 

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