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Falta de referências positivas é uma das causas do suicídio entre jovens negros

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Genocídio, racismo, prisão, tortura, violência policial, desemprego. Esses são os temas onde rostos negros aparecem como personagens de histórias compartilhadas massivamente nas Redes Sociais que têm grande impacto mental, sobretudo em jovens e adolescentes.

Uma pesquisa sobre suicídio amplamente divulgada pelo Ministério da Saúde, no início de Setembro, feita entre 2012 e 2016,  mostra que na faixa etária de 10 a 29 anos o risco de tirar a própria vida foi  45% maior entre jovens que se declaram pretos e pardos do que entre brancos.

Se falarmos em jovens negros do sexo masculino, a chance de suicídio é 50% maior neste grupo do que entre brancos na mesma faixa etária.

Falta de representatividades mata

O mesmo estudo do Ministério da Saúde mostra as principais motivações para o suicídio entre negros são:

a) o não lugar,
b) ausência de sentimento de pertença,
c) sentimento de inferioridade,
d) rejeição,
e) negligência,
f) maus tratos,
g) abuso,
h) violência,
i) inadequação,
j) inadaptação,
k) sentimento de incapacidade,
l) solidão,
m) isolamento social.

Os três primeiros elementos apontados pela pesquisa estão quase diretamente relacionados à representatividade.  O  não se ver representado, te remete ao não lugar, que leva a sensação de não pertencer. Resultado: complexo de inferioridade.

O senso de comunidade e consumo de conteúdo saudável podem salvar 

Usamos muito o “representatividade importa”e nesse caso ele está ligado diretamente a outro termo: “Vidas Negras Importam”.

Se ver e estar ao lado de quem é parecido com você aumenta seu amor próprio, afinal, em sociedade todos nós queremos pertencer a um grupo, mesmo que seja bem pequeno.

Quando isso não acontece, a depressão, que é o oposto não da tristeza, mas de vitalidade, torna o jovem mais frágil, o levando a questionar qual a importância da sua própria vida.

Agora imagine que em meio a essa vulnerabilidade, o jovem negro tivesse acesso à conteúdos reais e fictícios que desse a ele recursos que ativassem mentalmente seu senso de esperança, motivação e pertencimento?

Um exemplo, todo negro e negra sabem como se sentiram ao final do filme Pantera Negra. Mesmo sendo uma história fictícia, o enredo tem elementos reais, como a contribuição dos povos africanos para ciência e conhecimentos ancestrais.

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Plateia jovem aplaude Pantera Negra (Reprodução/Internet)

Na música, na publicidade acontece o mesmo. Na música da Iza ou Rincon Sapiência, na imagem da jovem negra ingressando na universidade, nosso consciente nos abastasse de símbolos que nos trazem felicidade por meio da identificação.

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Iza e Rincon em cena do clipe Ginga. (Reprodução/Instagram)

No campo comunitário, quantos grupos de jovens adolescentes negros, não focados apenas nas mazelas sociais ( que precisam ser corrigidas), mas sim no empoderamento, você conhece?

Não é sobre esquecer que o racismo existe e viver em um realidade utópica, mas é assumir uma identidade negra além de alguém que sofre com racismo.

O documento do Ministério da Saúde ainda diz:

“É essencial que a comunidade forneça um suporte social para os adolescentes e jovens negros, pois o envolvimento da comunidade desempenha um papel na prevenção do suicídio. Ser reconhecido e apreciado como indivíduos únicos e sentirem-se pertencentes aos seus grupos faz com que a comunidade proteja os mais vulneráveis, construindo conexões sociais e desenvolvendo as habilidades de resiliência nas situações difíceis da vida.” 

A ajuda sem sair de casa:
Centro de Valorização da Vida – CVV
Telefone: 188 (ligação gratuita) ou
www.cvv.org.br para chat, Skype e e-mail.

Emergência
SAMU 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais.

Serviços de Saúde
CAPS e Unidades Básicas de Saúde
(Saúde da família, Postos e Centros de
Saúde).

“Rastros de Resistência”: com prefácio de Emicida, Ale Santos lança livro sobre história ancestral africana para leigos

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Muitos de nós admira a cultura africana, mas mesmo sendo afrodescendentes, não sabemos muito sobre os povos da Terra Mãe visto que isso não é ensinado nas escolas.

São muitas nações, rituais, culturas, crenças para serem aprendidos e para quem procura uma literatura acessível  sobre esse tema com uma linguagem para iniciantes, o livro Rastro de Resistência – Histórias de luta e liberdade do povo negro, do escritor Ale Santos,  é uma opção que pretende atender essas demandas, por meio de uma vasta pesquisa histórica e ilustrações riquíssimas em detalhe.

O livro está em fase de pré-venda pela Editora Panda Books (clique aqui para comprar).

“São 20 histórias para pessoas que não têm conhecimento sobre o povo negro, mas também não querem ler uma enciclopédia. Me pautei muito nas minhas emoções, nas histórias que me emocionaram, que construíram o meu imaginário e que eu acredito que podem construir um imaginário mais consciente para as pessoas e promover o entendimento de quem é o negro na sociedade “, explicou Santos que também já escreveu em grandes mídia, como Vice Brasil, Intercept e Yahoo.

“Na Zâmbia, existe um provérbio que diz  ‘Os mundos dos anciãos não trancam todas as portas; eles deixam a porta direita aberta.’ Cada mensagem compartilhada era uma voz que atravessava essa porta e estava somando ao desejo de dar uma nova vida a todos esses personagens. Seus nomes são símbolos de resistência, sabedoria, sagacidade e de poder. Joias que nosso povo carrega na alma e que entrega para as futuras gerações por meio das tradições que são recheadas dessas narrativas”, finaliza Ale.

Imagens do livro de Ale Santos “Rastros de Resistência”(Foto: Kickante).

O prefácio do livro é do rapper Emicida. Confira um trecho:

“Alê Santos, nesse sentido é como um Oxóssi no famoso conto yorubá, onde ele enfrenta o pássaro da morte, e vence! Ele tinha uma única flecha ( no caso de Alê, suas redes sociais ) mirou e atingiu em cheio quem tenta ( ainda hoje) roubar e esconder nossos reflexos na história do mundo”.

 

 

Netflix: Com o Will Smith ‘One Strange Rock’ aborda fatos inéditos sobre o planeta Terra contado por astronautas

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Will Smith during production of "One Strange Rock". (National Geographic/Kyle Christy)

Will Smith quer que você conheça melhor a Terra, sua beleza, seus mistérios e sua origem.

Originalmente produzido pela National Geographic, One Strange Rock está agora na grade da Netflix e é, sem dúvida, um dos melhores programas sobre o planeta terra dentro de uma perspectiva espacial. Isso mesmo. O programa apresentado por Will Smith usa o depoimento de 8 astronautas, que por meio de suas experiência em viagens espaciais, nos ajudam a entender alguns enigmas da Terra e principalmente como estamos conectados. Por exemplo, você sabia que muitas ilhas são formadas pelas fezes de peixes?

Vale destacar a participação de Mae Jemison a primeira mulher negra a pisar no espaço. Além de astronauta, Mae também é médica e aparece em vários dos 10 episódios da série.

“Te amo rainha”: Ludmilla presenteia a mãe com o carro que ganhou do Show dos Famosos

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O momentos da cantora Ludmilla com sua mãe, a empresária Silvana Oliveira são sempre carregados de amor, carinho e muito LUXO!

Nessa sexta, Lud usou suas redes sociais para falar sobre a alegria de poder presentear quem se ama, ao dar a sua linda mãezinha um carro zero da marca Mitsubishi que a cantora ganhou por conta da sua participação no “Show de Famosos”do programa do Faustão, na rede Globo.  Elas apelidaram o carro de “navona”.

“Gente eu estou em êxtase com esse presente que eu acabei de ganhar minha filha me deu o carro que ela tanto batalhou pra ganhar no programa do Faustão eu não tenho palavras pra agradecer eu juro que gratidão e o que não falta em mim Deus e bom a todo tempo filha obrigada por tudo”, disse dona Silvana.

https://www.instagram.com/p/B2XPegGF1kf/

 

Viola Davis se torna embaixadora de marca de beleza para incentivar a autoestima e empoderamento de mulheres

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A atriz Viola Davis, ao lado de Celine Dion, Helen Mirren, Eva Longoria, Elle Fanning e Camila Cabello, foi anunciada como nova embaixadora da marca francesa L’Oréal Paris. Viola aceitou o convite para continuar incentivando a autoestima e empoderamento de mulheres de qualquer idade.

Aos 54 anos, é reconhecida internacionalmente por seu apoio aos direitos humanos e à igualdade de direitos para mulheres, principalmente as negras. Em entrevista à revista People, ela falou sobre o convite: “Parece surreal. Nunca pensei que seria porta-voz de uma marca de beleza como essa. Só o fato de ser mudou completamente a minha vida“, contou.

Viola é a primeira atriz negra a ganhar o Triple Crown de atuação, que inclui um Oscar, um Emmy Award e um Tony Award, foi nomeada para seu sexto Emmy Award, pela sexta e última temporada do seriado de advocacia. Ela acredita que é “importante construir a confiança nas mulheres desde jovens, mostrando a importância da diversidade e como cada pessoa tem a sua beleza”.

Junto com seu marido, Julius Tennon, Viola fundou a JuVee Productions, que desenvolve e produz filmes independentes, televisão, VR e conteúdo digital em todos os espaços de entretenimento narrativo, com ênfase na narrativa diversificada e inclusiva.

Taanteatro Companhia apresenta espetáculo Mensagens de Moçambique na Oficina Cultural Oswald de Andrade

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A Taanteatro Companhia traz o espetáculo Mensagens de Moçambique, que tem como tema a luta pela soberania e auto realização humana face à herança colonial portuguesa num país africano, para uma apresentação com solo do moçambicano Jorge Ndlozy, no dia 13 de setembro, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo, com entrada gratuita.

A investigação coreográfica abrange a imersão em práticas ritualísticas ancestrais realizadas em comunidades rurais de Chibuto (Moçambique); o estudo de danças tradicionais moçambicanas; e o estudo de textos e fontes audiovisuais históricas (como hinos, sons de paisagens naturais e de animais, músicas moçambicanas e portuguesas, textos e discursos políticos, como de Samora Machel – ex-presidente de Moçambique, entre outros).

“Mensagens de Moçambique” tem dramaturgia de Wolfgang Pannek e direção coreográfica de Maura Baiocchi, e aborda aspectos da colonização, ancestralidade e fluxos migratórios, e funde a dança contemporânea com danças e rituais moçambicanos.

As primeiras pesquisas em campo das práticas ritualísticas em Chibuto ocorreram entre janeiro e maio de 2018. O início do trabalho coreográfico aconteceu durante a primeira edição da ARTT 2018 (Art Residence Taanteatro) em São Lourenço da Serra/SP, entre junho e agosto de 2018. Os resultados preliminares do trabalho foram apresentados na Funarte São Paulo (Sala René Gumiel) e no CRDSP em julho e agosto de 2018.

A Oficina Cultural Oswald de Andrade fica na Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro – São
Paulo (SP). Para mais informações, ligue: (11) 3222-2662.

Thiago Elniño lança “Pedras, Flechas, Lanças, Espadas e Espelhos”

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O rapper Thiago Elniño acaba de lançar “Pedras, Flechas, Lanças, Espadas e Espelhos”, disco que conta com as participações de Luedji Luna, Rincon Sapiência, Daiana Damião, Natache, Tássia Reis, Projeto Preto e Ricardo Aleix.

O trabalho une une mandinga, ritmo e poesia para documentar, verso a verso, a jornada de um homem negro que alimenta sua fé pelo direito de continuar sonhando, sendo honesto com a arte que faz, responsável, ciente da sua ancestralidade e espiritualidade africana.

O álbum tem 12 faixas produzidas por Martché e instrumentais de beatmakers de todo o país. “Esse trabalho é feito sob o signo da generosidade. A mensagem que eu deixo é de que precisamos priorizar os nossos, buscando referências de saúde social e auto cuidado. Precisamos nos defender, sem sentir culpa ou medo“, ressalta Thiago.

“Pedras, Flechas, Lanças, Espadas e Espelhos” é o rap tradicional do artista, traz influências dos toques de terreiro e emana a energia sentida nesses espaços. Dos quadrinhos ao cinema, do esporte a literatura, Elniño surge como um artista renovado, cheio de coisas para dizer.

Ouça!

Buchecha confirma lançamento de “Nosso Sonho” em 2021, filme aborda a história musical com Claudinho

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O cantor Buchecha anunciou esta semana, em seu twitter, que a história dele e de Claudinho será contada em um filme, com previsão de lançamento para 2021. A obra foi intitulada como “Nosso Sonho“.

Em entrevista ao jornalista Léo Dias, Buchecha contou mais sobre o filme. “Será um filme que conta toda a trajetória da dupla. Pegaram histórias da minha família, coisas que eu contei sobre nós, da família do Claudinho, relato de fãs. Está bem completo. Tenho certeza que será muito premiado e vai emocionar e surpreender”.

Nas redes sociais, Buchecha se mostra muito empolgado com o lançamento, apesar de ter perdido o amigo e companheiro de trabalho em 2002, ele nunca se esqueceu dos momentos juntos. “Isso é inevitável. Fica marcado na minha memória a primeira vez que cantamos juntos, ele indo na minha casa para escrevermos a primeira música, para participarmos de festival. São muitas lembranças”, finaliza.

Claudinho tinha apenas 26 anos quando faleceu em um acidente de carro. Ele e Buchecha ganharam destaque no final da década de 90, cantando funks melódicos. Sucessos como “Só Love“, “Nosso Sonho“, “Quero Te Encontrar ” e “Fico Assim Sem Você“, marcaram a carreira dos dois.

Voz da experiência: Com vídeos no Instagram, Rodrigo França prova que é influenciador que gente precisa

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Com 21 vídeos, o projeto Nós do ator, produtor, filósofo, cientista social e professor (ufa!), Rodrigo França estreiou no Instagram no começo de Setembro, trazendo um alívio para os olhos, ouvidos e mentes cansadas de ouvir sempre o mesmo. Os programas são postados à segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 11h.

França ficou famoso nacionalmente por meio do programa BBB-19, porém entre a comunidade negra ele já é admirado e respeitado muito antes da fama, por meio da sua contribuição para cultura negra e brasileira além de trabalho sociais para ajudar comunidades carentes. Ele já foi até Papai Noel na Cidade de Deus.

Ao sair do confinamento entendi que a minha voz chegou na mãe dos meus amigos que eram resistentes nos assuntos abordados, no DEGASE (instituição para jovens em medidas socioeducativas) e nas comunidades carcerárias. Assim como nas casas abastadas”, detalha Rodrigo sobre como BBB ajudou aumentar o alcance das suas reflexões.

Abaixo, França dá uma aula sobre construção de padrões sociais e como eles moldam a sociedade diminuindo o valor dos grupos oprimidos.

https://www.instagram.com/p/B16lODdniF2/

O projeto Nós está inicialmente no Instagram, mas pretende chegar em outras plataformas. A voz doce e ao mesmo tempo firme de Rodrigo somada à sua formação acadêmica, faz dos seus vídeos verdadeiras aulas sobre a sociedade brasileira contemporânea. Não é achismo, é conhecimento e experiência de vida. ” Vamos usar todas as plataformas, mas aos poucos. Estamos entendendo essas ferramentas virtuais. O programa fez com que eu furasse a bolha da academia e do teatro. Hoje muitas pessoas pedem que eu continue a falar de assuntos que nunca ouviram em uma TV aberta“, explica França que destaque que escolheu uma mulher negra, Rafaela Lira, para dirigir o programa, por acreditar “que a mulher negra tem que tomar esses espaços de poder midiático.”

Em três dias os dois primeiros episódios bateram juntos mais de 45 mil visualizações.

Foto: Júlio Ricardo da Silva

 

 

“Minha mãe valoriza os estudos”: Um projeto escolar levou a jovem Conceição do Ceará para a China

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Foto: Levi Jucá

A nova geração da comunidade negra veio para fazer diferença no mundo também por meio da disseminação do conhecimento.  Conceição Soares, da cidade de Pacoti (Ceará), hoje com 20 anos, soube tirar proveito do estímulo que a escola estadual Menezes Pimentel onde estudou, lhe ofereceu e viajou para o outro lado do planeta, mas especificamente em Pequin, na China representando o Brasil.

A estudante Conceição Soares (Foto: Maraline Rocha)

A jovem gosta de destacar a família e o fato de que foi criada por uma mãe solo que sempre incentivou que suas filhas se dedicassem aos estudos com olho na universidade. “Minha mãe é mãe solo e criou sozinha suas quatro filhas com muito esforço e sacrifício. Mesmo sem muitas condições, ela sempre foi uma grande influenciadora para valorizarmos os estudos e seguirmos uma carreira acadêmica. No inicio foi bem difícil, pois morávamos na zona rural de Pacoti e era muito cansativo o percurso até a escola. Houve um tempo em que minha irmã, Michele, hoje com 21 anos, e eu acordávamos três horas da madrugada para chegarmos no horário” descreve a estudante.

Em 2016, quando Conceição tinha 17 anos, após ela e sua família terem mudado para o centro da cidade, para casa da avó,  ela e sua irmã  receberam um grande desafio. “Durante o ensino médio fui selecionada, juntamente com minha irmã Michele, para participarmos do projeto Jovem Explorador. O projeto foi criado por nosso professor de história, e tinha como um dos objetivos principais recriar a imperial comissão científica que veio ao Ceará no século XIX”, detalha a jovem.

Desse projeto escolar surgiu o primeiro Ecomuseu de Pacoti fruto de muito trabalho e parcerias. O espaço foi o primeiro museu feito de plástico reciclável do país e responsável por uma dos acontecimentos mais incríveis da vida da jovem cearense:

“Em 2015 participamos do Desafio Criativos da Escola, que estava em sua primeira edição. Fomos o único projeto selecionado do Ceará. Em 2016, o projeto Jovem Explorador foi selecionado pelo Criativos da Escola para participar da conferência internacional Design for Change, em Pequim, na China.  Estavam concorrendo alguns alunos que participavam do projeto e atendiam aos pré-requisitos, como por exemplo ainda estar no ensino médio, ter uma participação ativa no projeto. Aconteceu um sorteio e fui a grande sortuda! Viajei com meu professor (Levi Jucá)  e com o projeto de Bahia que também foi selecionado.”

Conceição durante a Conferência na China (Foto: Arquivo pessoal)

Durante a Conferência ela pode conhecer projetos de todo o mundo que são protagonizados por jovens e crianças que estão mudando a realidade de onde moram, assim como Conceição fez juntamente com seus colegas por meio do museu de Pacoti.

“Quando me vi na China, apresentando um projeto para pessoas do mundo inteiro a emoção tomou conta de meu coração”, celebra Conceição.

A importância da visibilidade

Mais madura, Conceição tem consciência da importância das mulheres negras ocupando espaços e muito disso ela atribui à sua educação e essa é uma fala que ela traz com muito orgulho:  “Durante toda a vida tive que enfrentar muitos obstáculos para conseguir realizar meus sonhos. Por ser de família humilde, por ser mulher negra e por viver em um país tão desigual e racista”.

Conceição e sua família (Foto: Arquivo Pessoal)

“Tive a oportunidade de ter ao meu lado pessoas que me ajudaram, me apoiaram e abriram alguns caminhos para mim. Minha fala é também sobre a importância de termos visibilidade. As crianças e adolescentes, que como eu, vivem uma realidade periférica e enfrentam na pela as marcas do racismo e da desigualdade social, precisam ouvir histórias como essas para continuarem a sonhar e para além disso, essas crianças e jovens precisam de investimento, precisam de educação com qualidade, precisam de uma vida digna”, aponta Conceição que atualmente mora em Fortaleza cursando o semestre do curso de Teatro pela Universidade Federal do Ceará .

Mais informações sobre o Museu de Pacotí  podem ser obtidas por meio do site https://www.ecomuseu.com.br/

 

 

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