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“Percebi que recebia uma demanda de trabalho maior que meus colegas”: Jacque Torres é uma enfermeira negra que quer mudar o mundo

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A pesquisa sobre o Perfil da Enfermagem no Brasil, um dos diagnósticos mais amplos sobre a profissão de enfermagem realizada na América Latina, mostra que a enfermagem do Brasil é composta por 53% de negros e negras. Além de ser predominantemente feminina, sendo composta por 84,6% de mulheres, de acordo com a mesma pesquisa. Mesmo assim, a luta pela igualdade e valorização ainda é árdua e contínua.

Hoje o #JulhoDasPretas é com a enfermeira Jacqueline Torres, que atua no Faculty do IHI, na função de Diretora Técnica do Projeto Alcançar (que tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e neonatal em Moçambique). Conheça a história da mulher eleita Top Voice Saúde 2020 no LinkedIn e fundadora do projeto Enfermeiras Que Mudam O Mundo!

As dificuldades da enfermagem:

Graças a minha profissão conquistei liberdade financeira, liberdade geográfica, liberdade emocional e liberdade de tempo, algo que não é muito comum na enfermagem, categoria majoritariamente feminina e negra, submetida a múltiplas opressões. Baixos salários, carga horária excessiva, acúmulo de funções, algumas não remuneradas, falta de visibilidade e valorização, condições de trabalho ruins e múltiplos empregos, são comuns na profissão. Por outro lado, como reconhece a OMS, somos a espinha dorsal dos sistemas de saúde. Fica cada vez mais evidente para mim que esse desvalor está associado à nossa identidade, essa é uma questão de raça, classe e gênero.

Percebi que seguia recebendo uma demanda de trabalho maior do que meus pares, sem receber uma remuneração compatível à carga de trabalho; que meus feitos seguiam invisibilizados; que eu ainda era vista em um lugar de servidão.

A formação acadêmica e as conquistas:

Tive uma formação crítica na UERJ e isso contribuiu para que desde o início de minha trajetória profissional eu construísse estratégias que desafiassem esse lugar que nos foi historicamente determinado. Assim, após a graduação, me especializei Enfermagem Obstétrica, na sequência fiz o Mestrado em Enfermagem, Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública, pela Fundação Oswaldo Cruz, com estágio sanduíche no King’s College London e na Universidade Nova de Lisboa. Participei do programa de Pós-Graduandos da Organização das Nações Unidas, em Genebra, sobre equidade de gênero e empoderamento feminino. Minha tese recebeu Menção Honrosa no Prêmio Capes de Teses e serviu de base para a criação do Projeto Parto Adequado que já evitou a realização de mais de 20 mil cesarianas sem indicação clínica em hospitais privados. Sou Especialista em Melhoria da Qualidade pelo Institute For Healthcare Improvement – IHI e servidora Pública Federal da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Optei por tirar licença sem vencimentos para experimentar novos desafios profissionais. 

Atualmente atuo como Faculty do IHI, na função de Diretora Técnica do Projeto Alcançar que tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e neonatal em Moçambique, trabalho que, para além da realização profissional, me possibilita estar em África, nutrindo minha identidade como mulher negra. No início desse ano fui eleita Top Voice Saúde 2020, no LinkedIn.

Jacque Torres e sua equipe em Moçambique

De 2018 para cá, olhando para meus 20 anos de carreira e tudo que construí, tenho me perguntado: “que aspectos da minha história são cruciais para explicar a forma como construí meu lugar no mundo? Como consegui desafiar opressões estruturais e lugares de servidão, espaços que a sociedade reservou para uma mulher como eu: negra, enfermeira, nascida e criada no subúrbio do Rio de Janeiro, e que me possibilitaram alçar voos pouco comuns aos pares que compartilharam a infância comigo? O que ajuda a entender o lugar que alcancei na minha trajetória acadêmica, a construção de uma família preta baseada em relações de afeto, a vida economicamente confortável que tenho hoje? Que saberes de resistência desenvolvi nessa trajetória? Que marcas essas estratégias deixaram em meus corpos físico, espiritual e emocional? Que novas possibilidades surgem a partir disso? Como caminhar a partir daqui?” As respostas que tenho obtido me impulsionam a compartilhar esse conhecimento, em construção, com outras mulheres semelhantes a mim e a tecer juntas experiências, saberes e práticas para uma vida mais intencional.

A desvalorização e a luta racial 

No início do ano passado, comecei a articular formas de fazer essa partilha. Busquei uma formação como coach como forma de aprofundar meus próprios processos de autoconhecimento. Percebi tantas dores ainda latentes, formas como a opressão se fazia presente em minha vida, pouco importando a trajetória profissional de sucesso que construí. Percebi que seguia recebendo uma demanda de trabalho maior do que meus pares, sem receber uma remuneração compatível à carga de trabalho; que meus feitos seguiam invisibilizados; que eu ainda era vista em um lugar de servidão. Percebi o quanto vivia num modo de esgotamento físico e mental, que me impossibilitavam de aproveitar os prazeres decorrentes de minhas conquistas. Conversando com colegas, percebia que essa era uma questão muito comum a outras enfermeiras. Com essas reflexões e a formação como coach alinhada aos saberes construídos a partir de minhas experiências, me vi impulsionada a compartilhar esses saberes, por meio de conteúdos em meus perfis nas redes sociais e através de atendimentos individuais. Logo percebi que o chamado era para estar em grupo. Partilhar tudo isso que emergia com outras mulheres que assim como eu tinham trajetórias marcadas por opressões estruturais e desejavam criar outras formas de experenciar a vida, que nos tirassem desse lugar de “mulas do mundo”. Assim, nasceu a mentoria Enfermeiras que Mudam o Mundo. O primeiro grupo foi formado somente com mulheres negras, profissionais de muito destaque na enfermagem, mas que seguiam enfrentando solidão, isolamento e outros sintomas de relações raciais pautadas no racismo. A mentoria, inicialmente pensada para discutir questões da enfermagem, se tornou um local de partilha, aprofundamento e reflexão sobre como as questões raciais se expressam em nossas vidas, possibilitando o desenvolvimento de estratégias de resistência e pertencimento.

Isso deixou mais nítido que meu inimigo comum é a exploração de mulheres negras, sejam elas enfermeiras ou não.

As profissões da saúde, com menor expressão na medicina, são profissões majoritariamente compostas por mulheres e sofrem opressões similares às vivenciadas por enfermeiras. Na medicina, conversando com um contingente crescente de médicas negras, observo a vivência de opressões muito semelhantes às que experimento no lugar de poder que ocupo hoje profissionalmente. Percebo que, mesmo guardando diferenças e, por vezes, conflitos, a articulação de nossas expressões individuais, em nossas multiplicidades, nos ajudam a articular de forma potente como caminhar nesse mundo. Todo esse processo me fez perceber e, mais ainda, desejar, ampliar meu diálogo para além da enfermagem, focando em construir saberes que desarticulem o lugar de servidão que ainda insistem em nos colocar a despeito de todos os avanços que vimos fazendo individualmente até aqui. E assim a mentoria Enfermeiras que Mudam o Mundo está em transição, ampliando esse espaço para outras profissionais de saúde negras

Conclusão

Às vezes penso em desistir! Sinto preguiça, sinto cansaço, sinto culpa: será que estou negligenciando meu filho de 3 anos em função dos meus objetivos profissionais? Tenho dúvidas sobre o caminho a seguir, essas coisas, mas aí olho para minha história, vejo o quanto já caminhei até aqui, penso na minha responsabilidade como liderança na minha área e em tudo que tive a oportunidade de aprender ao logo da vida, percebo o quanto seria egoísta guardar isso só para mim, o quanto ainda posso ajudar às pessoas! Observo como me energiza ver outra mulher negra rompendo com sistemas de opressão como fiz e venho fazendo, o quanto é importante para nós e para as futuras gerações terem exemplos positivos, o quanto posso inspirar outras meninas, outras jovens negras, enfermeiras, profissionais de saúde, o quanto isso é importante para meu próprio filho e sigo! Vamos juntas!

Luana Xavier fala sobre “Redondamente Enganadas”, websérie que aborda as tretas amorosas de três mulheres negras

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Redondamente Enganadas estreia dia 25 de julho ( Foto: Instagram )

As mulheres negras vão ganhar um presente muito especial no próximo dia 25 de Julho, Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha: a estreia da websérie Redondamente Enganadas, no Instagram e Tik Tok.

Luana Xavier, Maíra Azevedo e Cacau Protássio são Maria Francisca, Maria Bia e Maria Helena, respectivamente. Elas são três mulheres negras, gordas, que descobrem que estão se relacionando com o mesmo homem. Ao descobrirem a traição, elas criam um grupo de WhatsApp para planejar a vingança.

O roteiro vai contemplar nós mulheres negras tão carentes de representatividade nos textos de amor das produções artísticas nacionais.

Com direção de Elisio Lopes Jr. , que dirigiu “Dona Ivone Lara: o Musical”,  no Teatro e  “Lazinho Com Você” e” Espelho” para TV, a websérie, terá novos episódios todas as quarta-feiras ( com exceção do lançamento no dia 25).

Conversamos com Luana Xavier que deu mais detalhes sobre esse trabalho que era um projeto original para o teatro.

“A ideia inicial era que Redondamente Enganadas fosse um espetáculo teatral encenado por três atrizes negras e gordas: eu,  Cacau Protásio e Maíra Azevedo, com texto e direção de Elisio Lopes Jr. Iniciamos o projeto em novembro de 2018, mas ele não avançou por conta de nossas agendas. Agora nesse momento de pandemia, Elisio propôs que a gente mudasse o formato e virássemos uma websérie. A ideia me pareceu ideal, pois dar continuidade a um projeto incrível e junto com amigas pessoais é mais uma realização importante na minha carreira.”, detalha a atriz.

A personagem de Luana, Maria Francisca é a mais jovem do trio. “Chiquinha tem 24 anos, enquanto eu acabo de completar 33. Ela é pedagoga, professora da educação infantil e como fala inglês fluentemente, acaba usando termos estrangeiros pra enfeitar suas falas do dia a dia. É super ligada em tecnologia e se diz feminista, mas se apaixonou completamente por JJ e com isso esqueceu quase tudo o que o movimento feminista a ensinou”, descreve Luana.

https://www.instagram.com/p/CC3Q3UgFxAQ/

Criando e produzindo na quarentena

Luna celebra fazer um projeto tão especial com Maíra e Cacau que são suas amigas pessoais e vê “Redondamente”, como mais uma realização importante em sua carreira.  Ela detalhou como foi feito o processo de gravação durante a pandemia

“A gente ensaia por chamada de vídeo, os 4 juntos e depois entregamos nosso material bruto para que a equipe de edição e arte dê conta do resultado final. Eu particularmente sou a louca dos ensaios. Amo ensaiar. Por isso ter poucos ensaios e não presenciais é quase uma tortura pra mim, mas a sensação de conseguir produzir algo relevante em meio a esse caos que estamos vivendo sem dúvida é gratificante demais”, celebra a apresentadora do GNT.

https://www.instagram.com/p/CC0__-JFgHG/

Com um time desse a série tem tudo para ser um presentão para nossa quarentena.  “Vai ter muita identificação. Porque de uma coisa eu tenho certeza: a revolução será feminina e preta e o audiovisual será fundamental pra dar voz a isso tudo”, finaliza Luana.

‘Atrás da Sombra’: Bukassa Kabengele estrela filme de suspense policial

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Na sexta-feira (17), Bukassa Kabengele estreou em  “Atrás da Sombra”, seu segundo longa-metragem como protagonista em menos de um ano. No trailer de suspense de Thiago Camargo, o ator vive um investigador particular por cuja ótica e narrativa se passa toda a história.

Jorge (Bukassa Kabengele) é um investigador particular que está em busca de informações sobre a morte de um jovem em Golinópolis, uma pequena cidade no interior do Goiás, cheia de moradores misteriosos. Uma mulher que nunca conheceu o atormenta em seus sonhos até que eles se encontram em uma mata mal assombrada. Neste momento, Jorge percebe que esta investigação misteriosa mudará sua vida para sempre. O filme nacional, está disponível na Net Now, Vivo Play, Oi Play e Looke.

Assista ao trailer de Atrás da Sombra:

Aos 30 anos de carreira, o ator, cantor e produtor cultural congolês naturalizado brasileiro vem imprimindo a força de seu trabalho no circuito artístico nacional. “Fiz teste e briguei pelo papel de Jaca em “Pacified”, porque na ocasião já estava comprometido com as gravações de ‘Os Dias Eram Assim’ (TV Globo). Insisti, fiz um bom teste e me escolheram. Aos poucos, ouvia dos produtores que meu olhar e interpretação mudaram a profundidade do personagem, o que contribuiu muito na energia do filme”, celebra o ator de 50 anos, feliz por levar um dos três principais prêmios (Melhor Filme, Ator e Fotografia) do único longa brasileiro a participar, naquela edição, do festival.

Bukassa Kabengele diz que tudo aconteceu de “forma natural” e não programado em sua vida “tenho a impressão que minha alma sempre foi da arte”. “É como um casamento baseado no amor e na entrega sem medidas. Cada projeto que realizo representa, pra mim, os próximos convites – e os legados que deixo na minha carreira e construções de vida”.

Aretha Oliveira ocupa o Instagram de Fernanda Souza com projeto ‘Trajetórias Pretxs que Inspiram’

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As atrizes Aretha Oliveira e Fernanda Souza, iniciaram o projeto Trajetórias Pretxs que Inspiram, que visa conscientizar sobre o racismo e levar esperança com histórias de pessoas anônimas que viveram grandes superações e atualmente são exemplos para outras pessoas. Por meio do perfil do Instagram da Fernanda Souza, Aretha entrevista, em formato de live, homens e mulheres que, de alguma forma, atribuíram novo significado a acontecimentos marcantes em suas vidas, superaram problemas, preconceitos e os empecilhos encontrados pelo caminho.

“A ideia nasceu por causa da minha angústia em ver nos noticiários, histórias sobre o racismo de forma muito contundente. Como não bastasse o momento que estamos vivendo por conta da pandemia, ver os nossos sofrendo me causou repulsa. O meu desejo era entregar outro tipo de informação, para lembrar que somos muito mais do que esse monte de tragédia. Proporcionar um pouco de esperança para que as pessoas não entrem no desespero, que eu mesma estava entrando, e que elas consigam encontrar forças para resolver questões próprias”, diz Aretha Oliveira.

Segundo a atriz, o objetivo também é mostrar para as pessoas não negras, que começaram a se interessar mais pela luta contra o racismo, a realidade que as pessoas pretas vivem e quais são seus desafios, para entender o que elas podem fazer concretamente para ajudar na causa. Foi esse o contexto que fez com que a atriz Fernanda Souza entrasse para o projeto. “Há muito tempo a Fê queria fazer algo pela causa, e em um bate-papo despretensioso, onde eu falei sobre o meu desejo, ela sentiu que poderia somar cedendo sua rede social para ser o canal de disseminação das histórias e amplificar, ainda mais, histórias tão potentes”, explica Aretha. Fernanda Souza possui atualmente mais de 22 milhões de seguidores em seu perfil do Instagram.

O projeto, que teve início no dia 4 de julho, já contou com duas participações. A primeira entrevistada foi da Dra Erica Toledo, que cresceu em um internato e, aos 14 anos, ao sair de lá, teve que enfrentar os problemas da família, perdeu a mãe e a avó e, sem se encaixar em nenhum outro lar, e aos 16 anos foi morar sozinha. A paulistana fez duas faculdades, exerce sua profissão de advogada empresarial trabalhista.

As histórias chegam pela rede social da Aretha Oliveira e a seleção fica por conta dela e da Fernanda Souza, que debatem e decidem juntas quem será o próximo entrevistado. “A ideia é selecionar pessoas com perfis variados para que muitas pessoas se identifiquem com diferentes questões e se inspirem nelas”, finaliza Aretha.

“ Mulheres negras são tão desprotegidas”, desabafa Megan Thee Stalion após ter sido baleada

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A rapper americana Megan Thee Stalion - Foto: Reprodução Instagram

  Fama e dinheiro, a rapper não diminuem a sensação de fragilidade da rapper Megan Thee Stalion desabafou que desabafou no Twitter, afirmando que as mulheres negras são as que menos recebem proteção. A artista passou por uma cirurgia e está se recuperando dos tiros que levou no pé durante uma festa em Hollywood Hills na madruga de 12 de julho.

Quem viu o vídeo do momento que a polícia chegou,  pode notar que Megan, desarmada e mancando recebeu ordens para deixar no chão.

“Mulheres negras são tão desprotegidas e nós seguramos tantas coisas para proteger os sentimentos dos outros sem considerar os nossos. Pode parecer engraçado para vocês na Internet e ser só uma treta para vocês falarem a respeito, mas é essa é a minha vida real e na vida real eu estou machucada e traumatizada”, disse a rapper.

O rapper Tory Lanez está preso por porte ilegal de armas e é o principal suspeito do ataque à Megan.

Das ruas para a TV: Cantora Anna Cléo acaba de lançar seu primeiro disco

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Descoberta cantando em transportes públicos, Anna Cléo participou do programa “Encontro com Fátimas Bernardes” no início do ano, e após sua aparição na TV deu um start em sua carreira musical.

Embora venha de uma família já muito conectada com a música, Anna foi a primeira a seguir na carreira musical. A cantora sempre batalhou muito em diversos empregos informais, mas mostrava também sua arte na rua, onde conheceu seus atuais empresários e se dedicou 100% a sua carreira musical e já lançou seu primeiro EP.

“Minha vontade de querer dar certo na música me levou a muitos lugares.”, Anna relembrou sua aparição na Rede Globo e contou que ainda pretende alcançar muitas coisas e pessoas e chegar em outros lugares. A cantora durante a pandemia do COVID-19 foi convidada a realizar uma live pela FM O Dia.

Inspirada em outras artistas pretas, como a cantora e compositora Lauryn Hill, Anna conta como acha importante levantar bandeiras de empoderamento preto e feminino através da música e outros tipos de arte.

A artista também nos contou como a “Black music” sempre fez parte de sua vida e grandes nomes do estilo musical foram suas primeiras referências, atualmente o estilo das músicas de Anna Cléo se firma no pop funk brasileiro. Atualmente a faixa “Beijo bom” conta com mais de 800 mil visualizações no youtube e está dominando as rádios cariocas.

“Tudo que sonhei e batalhei está aos pouquinhos acontecendo”, a artista que está vivendo um momento importante logo no início de sua carreira, nos contou como tem uma carreira “longa” em experiências, embora tenha lançado seu primeiro EP Anna tem uma bagagem artística admirável e promete muito mais.

Beyoncé divulga novo trailer de ‘Black Is King’ com Naomi Campbell e Lupita Nyong’o

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A plataforma de streaming da Disney + liberou neste domingo (19) um novo trailer de “Black is King“, novo álbum visual de Beyoncé. A estreia está prevista para o dia 31.

No trailer, é possível ver novos trechos do trabalho, inclusive com a participação de outros famosos, como a modelo Naomi Campbell, a atriz Lupita Nyong’o, o cantor Jay-Z (marido de Beyoncé) e a cantora Kelly Rowland, ex-parceira dela no Destiny’s Child. A mãe dela, Tina Knowles, também aparece; Confira:

https://twitter.com/beyonceaccess/status/1284865655683112960

Em junho, um teaser já havia mostrado as primeiras imagens de “Black Is King” no site da cantora. Em comunicado distribuído à época, a experiência foi definida como “uma memória celebratória para o mundo da experiência negra”.

“Este filme é a história de eras que informam e reconstroem o presente, a reunião de culturas e crenças geracionais compartilhadas”, dizia o texto. “É a história de como as pessoas deixaram os mais debilitados receberem um presente extraordinário e um futuro com propósito”.

Ao divulgar o primeiro teaser do filme, Tina Knowles, celebrou o trabalho da filha e compartilhou em suas redes sociais o quanto Beyoncé trabalhou nesse projeto “por dias e noites, sete dias por semana em um sacrifício pessoal e profissional”. Como mãe, ela confessou que ficou preocupada com a artista: “Eu tive que dizer a ela: ‘Você está muito obcecada!”. A resposta de Beyoncé foi: “Mãe, nós precisamos disso agora! Mais que nunca!”.

Tina Knowles finalizou a publicação com um agradecimento à filha: “Obrigada, Beyoncé, por não deixar ninguém (incluindo eu) ou nada parar sua mensagem. Por ser uma ativista da sua própria maneira por meio da arte. Tudo vai definitivamente valer a pena”.

Leia também: “A gente precisa disso agora”, diz Beyoncé sobre seu novo álbum visual ‘Black Is King’

A novidade, além do filme, é que Beyoncé tem uma parceria firmada pela plataforma Disney + com distribuidoras africanas que permitirá que o longa chegue também a países como África do Sul, Nigéria, Gana, Etiópia, Senegal, Namíbia, Camarões, Libéria, Burundi, Togo, Somália, Benin, Congo, Quênia, Costa do Marfim, Zimbábue, Malawi, Gabão e Cabo Verde. Segundo o portal de noticias Variety, a obra é descrita como “uma afirmação da resiliência e da cultura negra” e estará acessível ao público de locais que, de alguma forma, serviram de inspiração. O Disney+ é uma das atrações mais cobiçadas pra quem curte filmes e séries, mas apenas EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e países da Europa possuem acesso ao serviço até o momento.

A moda no olhar de mulheres negras e latino americanas

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Fotografia de @mendes.arte para Naya Violeta

Em um mundo eurocentrista, recebemos muitas informações de moda de marcas francesas e italianas, porém nem todas elas servem para nós. Pelo simples fato, de que somos latino-americanos, brasileiros.

Vivemos em um lugar onde o clima, a cultura, e os hábitos não são os mesmos que os deles. E isso não quer dizer que um é melhor ou pior que o outro, mas diferentes. Então, por que devemos continuar consumindo apenas a moda europeia ou norte americana, quando temos tantos nomes talentosos produzindo coisas incríveis por aqui? E como parte da celebração para o Julho das Pretas (mês da mulher negra, latino americana e caribenha), separamos algumas notáveis contribuintes para o mundo da moda, que você precisa conhecer.

Goya Lopes: Originalidade é uma das coisas que com certeza pode definir uma peça criada pela baiana, uma das grandes pioneiras da moda afro no Brasil. Desde 2010 á frente da marca Goya Lopes Design Brasileiro, ela traz muita cor, estampa, e arte em suas roupas. Sobre seu trabalho, Goya declara: “Ao longo da minha carreira artística e profissional de design construí uma plataforma sedimentada, caracterizada pela identidade, diferenciação e versatilidade, criando um trabalho autoral, que a cada dia se envolve nas mudanças e na dinâmica do mercado que oferece diversas possibilidades; mudanças e dinâmica que demandam uma constante inovação e experimentos.” Em seu currículo, Goya tem alguns trabalhos de destaque como a criação de estampas para a coleção da Ivete Sangalo para a Grendene.

A Designer fala sobre seu processo criativo, e o impacto de ser negra produzindo com propriedade roupas e estampas que representam suas raízes.

Relevo Store: A Marca que é comandada pela designer Juliana Pinto, administrada por Thiago Pinto e tem como modelo Camila Caetano, é algo que todas as marcas deveriam ser: Preocupada com o meio ambiente. Nesse caso, a preocupação se transformou em ação quando eles decidiram, nada mais nada menos, que criar roupas feitas de… guarda chuva! Algo que é normalmente descartado na natureza. E se engana quem pensa que peças de Upcycling (reutilização de maneira criativa), não podem ser bonitas, a Relevo Store prova completamente o contrario.

Juliana Pinto falando sobre a importância da representatividade na moda,e como isso é aplicado na Relevo Store.

Carol Barreto: A estilista de Santo Amaro, foi ninguém menos que a primeira brasileira a participar da Black Fashion Week de Paris. Em suas passarelas, a baiana gosta de levar a raiz da moda brasileira livre de estereótipos. Além disso, suas criações compreendem a complexidade da moda como algo social, diferente do que muitos leigos podem pensar. Carol Barreto, consegue dialogar a moda com assuntos como feminismo, e luta antirracista provando que se vestir é um ato politico.

Carol Barreto, falando sobre seu trabalho como designer de moda
e pesquisadora.

Rihanna: Além de cantora, compositora e atriz, Rihanna também é uma empresaria de mão cheia. A sua marca Fenty (que é o sobrenome da caribenha, Robyn Rihanna Fenty), vende produtos de beleza, maquiagem, e também roupas. Em 2018,o ícone fashion, ganhadora de prêmios como o CFDA Fashion Awards, lançou uma linha de lingeries intitulada ”Savage X Fenty” que estreou na tão cobiçada passarela da Semana de Moda de Nova Iorque. A linha foi elogiada pelo público, por ser pensada em diversos tamanhos e tons de pele. No ano passado, em setembro, outro desfile da marca ganhou a atenção do público por ter apresentações musicais de nomes como A$AP Ferg e Big Sean, além de aparições como Alex Wek, Laverne Cox, Normani e 21 Savage.

Os bastidores do desfile da Fenty, onde podemos ver uma pequena parte do seu processo criativo.

Naya Violeta: ”Moda autoral, afro afetiva e feita no cerrado goiano”. É assim que a marca fundada em 2007, se descreve. Comandada pela estilista e afro-empreendedora goiana Naya Violeta, a marca foi pensada quando Naya notou a falta de representatividade afro brasileira na moda. A grande maioria das coisas que consumimos não são feitas por nós ou para nós. E foi isso que ela decidiu mudar.

Naya Violeta produzindo em seu ateliê.

Negrif: A marca, tem como designer Mada Negrif. Influenciada pela mãe e inspirada pela mulher do dia a dia, a mãe, profissional e estudante, ela afirma que tudo começou com um desejo que tinha em se vestir bem, com roupas que valorizassem seu corpo. Mada, fundou sua marca em 2001, em Salvador com o objetivo de explorar a moda no seu sentido cultural usando em suas criações elementos de valorização da cultura afrodescendente e entregando peças com beleza, conforto e elegância.

Em live no Instagram, a Fashion Designer conta sua história

370: Comandada por Gláucia Rodrigues, ao lado da mãe e da tia, a marca tem um ponto positivo muito interessante: O uso de tecidos sustentáveis provenientes de garrafa PET para produzir roupas confortáveis para usar no cotidiano. As três foram influenciadas pela avó de Gláucia, que era costureira de bairro.

Gláucia fala sobre ela como profissional de moda, e também de sua Marca 370

Avesso Store: A marca independente carioca, de Petrópolis, foi fundada com o intuito de entregar uma moda artística e customizada feita a mão em peças unissex. As criadoras, são Anna Bernardo e Gabrielle Alves de 20 anos. Elas também são as modelos, pintoras das artes e designers das roupas. Elas também contam com a ajuda de de mais pessoas para compor a equipe, como a modelista Claudete Bernardo de 54 anos e a costureira Claudia Bernardes de 56.

Peça da Avesso, que representa bem o espirito da marca.

Negrê: novo portal de notícias quer dar mais visibilidade à comunidade preta e nordestina

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Foto: PNUD/Tiago Zenero

A comunidade negra nordestina é bombardeada de notícias sobre o que acontece com nosso povo na região Sudeste, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, mas o que sabemos sobre os pretos do Recife, de Olinda, Maceió?

Para preencher nosso feed com notícias sobre a negritude do mundo, mas com enfoque na região nordeste do Brasil, as jornalistas Larissa Carvalho e Sara Sousa lançam nesse sábado (18), o Site Negrê.

“Nosso objetivo é, de fato, trazer mais visibilidade para o Nordeste, mas não só. Porque, por exemplo, teremos uma editoria voltada somente para notícias sobre o continente africano. Temos também uma repórter cearense que está morando nos Estados Unidos e vai nos trazer um pouco disso também etc. Além de pautas nacionais também, com certeza”, explica Larissa.

A jornalista ainda explica a necessidade de uma mídia preta nordestina “construída com união e potência de profissionais da Comunicação e de outras áreas, oriundos de diversos locais da região Nordeste do Brasil”.   

O site que nasce hoje, dia 18 de julho pode ser acessado em negre.com.br

Mandela Day: Conheça alguns filmes que retratam a história do líder africano

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Líder Nelson Mandela

Neste sábado (18), comemora-se o Dia Internacional Nelson Mandela. A data foi instituída em novembro de 2009 pela Assembleia Geral da Organização da Nações Unidas (ONU) e foi escolhida por ser a data do aniversário de Mandela.

Segundo a ONU, a data serve para homenagear a vida e o legado de um dos maiores líderes do mundo. Nelson Mandela lutou sua vida toda pela igualdade social, política e econômica do povo preto. Sendo preso durante o regime Apartheid, tornou-se o primeiro presidente da África do Sul.

Ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Mandela morreu em 5 de dezembro de 2013, aos 95 anos de idade.

Em homenagem ao líder, que dedicou 67 anos da sua vida na luta pela paz na humanidade e pelos direitos humanos, listamos alguns filmes e suas sinopses para você conhecer um pouco mais sobre a vida desse grande líder:

Invictus – Após o fim do apartheid, o recém-eleito presidente Nelson Mandela lidera uma África do Sul que continua racial e economicamente dividida. Ele acredita que pode unificar a nação através da linguagem universal do esporte. Para isso, Mandela junta forças com Francois Pienaar, capitão do time de rúgbi, promovendo a união dos sul-africanos em favor do time do país na Copa Mundial de Rúgbi de 1995.

Mandela: Son of Africa, Father of a Nation – Mandela é o maior líder da África negra e foi o primeiro presidente negro da África do Sul pós-apartheid. Por meio da narrativa do próprio Mandela, conheça a personalidade do homem que dedicou sua vida a combater a segregação em seu país.

Mandela, a luta pela liberdade – Na África do Sul, em 1968, os partidos negros de oposição são proscritos pelos governantes brancos e seus líderes são presos ou exilados. Um deles é Nelson Mandela, o ativista contrário ao apartheid, que é condenado por sabotagem e enviado para a prisão em Robben Island. Seu carcereiro é James Gregory, um branco racista escolhido para espionar o prisioneiro. Com a convivência, Gregory começa a questionar seus preconceitos e a entender a causa de Mandela.

Contagem regressiva para a liberdade – dez dias que mudaram a África do Sul – O documentário de 1994 mostra os dias que antecederam a vitória de Nelson Mandela nas primeiras eleições livres da África do Sul. O diretor, Danny Schechter, foi convidado por Mandela e teve acesso a sua campanha. 

Winnie – O filme mostra a vida de Winnie Mandela desde sua infância até seu casamento com Nelson Mandela e a prisão do líder. O filme foi lançado no ano passado. 25 anos antes, Winnie foi tema de outros documentário, o “Winnie Mandela The Apartheid Years”, que enfoca o período que Nelson Mandela passou preso. 

Discursos de Nelson Mandela – O filme de Denis Mueller mostra a vida de Mandela e dá uma atenção especial para seus discursos anti-apartheid. O filme foi lançado em 1995.

Bônus: “O livro Cartas da prisão de Nelson Mandela” retrata poeticamente e de forma sensível o período que o líder ficou na cadeia e as cartas mandadas por ele. Leia a introdução;

‘Cartas da prisão de Nelson Mandela é uma obra histórica: a primeira – e única – coleção autorizada de correspondências que abarca os vinte e sete anos em que o líder sul-africano esteve encarcerado. Lançada simultaneamente em diversos países, a publicação celebra o centenário de Mandela. Comoventes, fervorosas, arrebatadoras e sempre inspiradoras, as mais de duzentas cartas – muitas das quais nunca vistas pelo público – foram reunidas a partir de coleções públicas e privadas. O livro inclui um prefácio escrito por Zamaswazi Dlamini-Mandela, neta do grande líder. Um retrato íntimo de um ativista político que também era marido devoto, pai afetuoso, aluno dedicado e amigo fiel.’

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