A manifestação é em protesto pelas pessoas assassinadas e ações violentas da polícia contra negros e pobres. Acontecerão também manifestações das torcidas organizadas antifascistas e outros movimentos sociais no mesmo local “que unirá forças conosco”.
“Diante dos assassinatos ocasionados pelas polícias de São Paulo e por nossas ações reivindicativas via internet e redes sociais não serem ouvidas pelo Estado, o movimento negro organiza o ato Vidas Negras Importam”, o ato acontece no domingo (7) às 14h no MASP em São Paulo.
“Estaremos nas ruas porque fomos obrigados, pois os governantes não estão garantindo nosso direito ao isolamento, estão nos matando dentro de casa e nas nossas comunidades”.
No estado de São Paulo, de acordo com dados oficiais do governo paulista, a cada 16 horas um negro foi morto pela Polícia Militar de São Paulo no primeiro trimestre. Essa é, infelizmente, uma realidade nacional.
“Nós, moradores de periferias de São Paulo, militantes do Movimento Negro do estado de São Paulo, nos unimos para dar um basta a essa política que tira nossas vidas. Exigimos o fim do genocídio negro e o fim da militarização da vida”.
O programa Em Pauta entrou para história do telejornalismo ao ser apresentado pela primeira vez com um time exclusivo de jornalistas negros na noite dessa quarta feira, 3 de junho.
Heraldo Pereira apresentou o jornal no lugar do jornalista Marcelo Cosme, juntamente com as jornalistas, Maju Coutinho, Aline Midlej, Lilian Ribeiro, Zileide Silva e Flávia Oliveira.
“Sabe qual foi o jornal que mais me marcou em 21 anos de carreira? O que eu não apresentei. Foi o do dia 3/06/2020! Todos contra o racismo”, disse Cosme em sua conta no Twitter.
A Globonews havia sido criticada por ter, na noite anterior, discutido racismo com um grupo de jornalistas brancos.
Os jornalistas repercutiram a forma que a sociedade vem discutindo a questão racial e fizeram relatos pessoais. A maioria de origem muito humilde, valorizou a importância da educação.
Heraldo ficou emocionado quando Lilian contou sobre sua história. “Meu pai tinha uma única calça jeans para poder pagar a mensalidade da minha escola da escola. Ele lavava e deixava secando atrás da geladeira, para poder usar no dia seguinte”, explicou a jornalista da Globonews.
A Internet celebrou o momento.
Nas considerações finais Maju Coutinho agradeceu a participação, mas destacou a importância de ter rostos negros falando sobre outros assuntos. “Que nós negras e negros não fiquemos em uma segunda escravidão que é só falar sobre esse tema (racismo). Falemos de racismo, mas temos muito mais a oferecer. É importante que se normalize nossa presença falando de diversos assuntos”, disse a apresentadora do Jornal Hoje.
Zileide Silva e Flavia Oliveira entraram para a equipe de jornalistas do Jornal das 10, apresentado por Heraldo Pereira.
Após os tristes e revoltantes acontecimentos nas últimas semanas, milhares de pessoas foram às ruas e muitas outras se mobilizaram online contra a violência policial que segue matando negros em diferentes lugares do mundo.
No Brasil, a morte do adolescente João Pedro foi o estopim para levantar uma onda de insatisfação com as recorrentes operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro.
Nos EUA, o assassinato de George Floyd gerou a mesma revolta, porém com respostas diferentes partindo da população.
Enquanto no Brasil as respostas vieram através das redes sociais, com textos expondo a violência policial, desenhos de todas as crianças mortas pelas mãos dos seguranças do Estado e cobranças nas redes de TV.
Nos EUA, no dia seguinte do assassinato do ex-segurança negro pelas mãos de policiais brancos, as ruas de Minneapolis já estavam cheias de manifestantes, que atearam fogo na delegacia da cidade.
Os protestos se espalharam por diversas cidades dos EUA, e ganharam forças até mesmo em outros países.
A população acordou para cobrar os culpados pelos crimes que há anos vem sido cometidos, porém, são silenciados.
Na última terça-feira (2), as redes sociais foram tomadas por imagens de fundo preto, onde as pessoas reafirmavam seus posicionamentos e se declaravam antirracistas.
A divulgação de perfis e procura por influenciadores, pesquisadores e ativistas negros aumentaram.
E mobilizações como essas geraram muitos debates. Até onde os brancos que aderiram o #blackouttuesday estão dispostos a ir em uma luta antirracista?
Será que os últimos acontecimentos era o que faltava para que eles percebessem a gravidade do racismo no país? Estão dispostos a mudarem seus hábitos diários na intenção de construir uma sociedade antirracista, ou somente aproveitaram o engajamento da mobilização para se autopromover?
No Brasil o racismo está presente nas escolas, empresas, mídia e nos ambientes mais inusitados possíveis, o Brasil ainda não é um país seguro para negros, e de que forma podemos mudar isso?
Os influenciadores negros no Brasil não são tão valorizados quanto os influenciadores brancos, independente do conteúdo apresentado.
As mulheres negras ainda lideram o cargo de empregadas domésticas e serviços gerais e representam menos de 1% em cargos de liderança em grandes empresas.
Negros representam mais de 60% de desempregados no país. E são maioria também nos trabalhos informais.
De que forma os brancos antirracistas estão dispostos a mudar a realidade da população negra brasileira, atrasados e prejudicados diretamente pelo racismo do país?
Um desafio on-line doentio, no qual as pessoas posam para fotos com um joelho no pescoço de um amigo, numa falsa reencenação da maneira como George Floyd morreu nas mãos dos policiais, está se espalhando pelas redes.
Nesta quarta-feira (3) os assassinos de Floyd tiveram a pena aumentada, o ex-policial Derek Chauvin, filmado com o joelho sobre o pescoço de George Floyd, teve sua acusação aumentada para homicídio em segundo grau (assassinato intencional não premeditado, quando o autor tem intenção de causar danos corporais à vítima) pelo promotor-geral de Minnesota, Keith Ellison. Os três demais policiais que também participaram da ação com ele serão detidos e receberam acusações de ajudar e favorecer homicídio em segundo grau.
O ator e comediante americano Marlon Wayans, compartilhou as fotos do challenge, onde pessoas brancas aparecem sorrindo e reproduzindo a forma como George Floyd foi assassinado. Na publicação, Marlon questionou: “Isso é engraçado? Eu não acredito”.
O desafio fez com que o Facebook removesse as postagens com a hashtag. Ao buscar pela #GeorgeFloydChallenge nenhum resultado é apresentado “estamos cientes e estamos removendo essas postagens por violar nossos padrões da comunidade”, disse um porta-voz do Facebook ao New York Post.
Na últimas horas diversas marcas brasileiras se posicionaram publicamente nas redes sociais como apoiadoras do Movimento Black Lives Matter.
Muitas delas, apenas traduziram o posicionamento global da empresa para o português, e não se deram ao trabalho de pensar em algo personalizado para a realidade brasileira.
Se posicionar nesse momento é extremamente importante, já que as marcas fazem parte da criação do imaginário e da opinião de seus consumidores e exercem papel crucial na sociedade por conta disso.
A dúvida aqui é se elas possuem de fato compromisso com a negritude ou se estão apenas surfando na onda do oportunismo. E a resposta, nós infelizmente já sabemos.
Vidas negras realmente importam para as marcas brasileiras? Eu arrisco dizer que não.
Iniciativas como a Black Influence que trabalha com influenciadores negros, fizeram provocações nas redes para incentivar por exemplo, a contratação de profissionais pretos por essas marcas. Essa é uma ótima alternativa para valorizar esses perfis e se posicionar da maneira adequada, sem se apropriar do assunto que eles dominam.
“Todos os dias vidas são interrompidas brutalmente pelo racismo." – texto criado com consultoria do Grupo Raízes, coletivo de colaboradores Natura para questões raciais, criado em 2019. Nós da Natura reconhecemos que devemos e podemos fazer mais. #VidasNegrasImportampic.twitter.com/5tcjLMGZ9C
David, João Pedro, João Vitor, George Floyd e tantos mais.
Ficar em silêncio é ser cúmplice, e eu não vou mais me calar.
Eu tenho um compromisso e um dever com meus assinantes, funcionários, criadores de conteúdo e talentos negros. #vidasnegrasimportam em qlqr lugar do mundo https://t.co/kqPtBnLhBi
O ex-policial Derek Chauvin, filmado com o joelho sobre o pescoço de George Floyd, teve sua acusação aumentada para homicídio em segundo grau (assassinato intencional não premeditado, quando o autor tem intenção de causar danos corporais à vítima) pelo promotor-geral de Minnesota, Keith Ellison.
Os três demais policiais que também participaram da ação com ele serão detidos e receberam acusações de ajudar e favorecer homicídio em segundo grau, segundo o advogado da família Floyd, Benjamin Crump. Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao tinham sido demitidos, mas não foram presos nem acusados anteriormente.
Chauvin tinha sido preso e acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando é considerado que o responsável pela morte atuou de forma irresponsável ou imprudente).
George Floyd morreu em 25 de maio após ser prensado pelo joelho de Chauvin em Minneapolis. O ex-segurança, que era negro, foi alvo da operação policial em a ação que durou mais de oito minutos, e Floyd repetiu que não conseguia respirar, até que ficou inconsciente.
John Boyega, astro de Guerras Nas Estrelas, é uma das celebridades negras da nova geração que mais se posicionam contra o racismo.
Nessa quarta, 3 de junho, ele se juntou aos milhares de ingleses que marcharam pedindo justiça e o fim de mortes de pessoas negras inocentes, vítimas da brutalidade policial.
No Hyde Park, em Londres, o ator caminhou com o povo, mas também pegou o megafone e fez um discurso . Boyega chorou ao falar da tragédia que tirou a vida de George Floyd e tantos outros.
“Somos uma representação física de nosso apoio à George Floyd. Somos uma representação física do nosso apoio à Sandra Bland. Somos uma representação física do nosso apoio à Trayvon Martin. Somos uma representação física do nosso apoio à Stephen Lawrence”, disse emocionado.
O ator John Boyega em Londres (Foto: Metro/UK)
‘Hoje é sobre pessoas inocentes que estavam no meio do processo, não sabemos o que George Floyd poderia ter conseguido, não sabemos o que Sandra Bland poderia ter conseguido, mas hoje vamos garantir que isso não ocorra mais”.
Ele continuou, usando um megafone:“ Todo negro aqui se lembra de quando outro te lembrava que você era negro”.
O ator John Boyega em Londres (Foto: Metro/UK)
O ator de Star Wars complementou: “Preciso que vocês entendam o quão doloroso é esse merda. Eu preciso que você entendam o quão doloroso é ser lembrado todos os dias que sua raça não significa nada”.
O ator acrescentou que era importante “manter o controle desse momento” e torná-lo o mais “pacífico e organizado possível”:
“Como eles querem que a gente estrague tudo, eles querem que fiquemos desorganizados, mas não hoje”, enfatizou Boyega
O compositor Nelson Sargento, presidente de honra da escola de samba Mangueira, passa por dificuldades financeiras. Devido a pandemia do coronavírus, o baluarte do samba teve seus shows e eventos cancelados, prejudicando, assim, sua renda. Apesar da notícia na coluna de Ancelmo Gois, do O GLOBO, de que ele teria de vender seus bens, incluindo ternos e discos de vinil, sua assessoria de imprensa desmentiu, em contato com o site SRzd.
Nelson Sargento está precisando de receita, no entanto não passa necessidade com coisas essenciais. O compositor precisa de fundos para seus gastos com medicamentos e aluguel. Com isso, há a movimentação para uma live patrocinada em julho, mês em que o ícone mangueirense completará 96 anos.
O humorista anunciou na noite desta terça-feira (2), que a partir deste momento o seu Instagram será voltado para discutir questões raciais durante todo o mês. Para isso, ele cedeu o seu espaço com 13,5 milhões de seguidores para a escritora Djamila Ribeiro.
Dedicada em trazer à tona temas como feminismo e racismo, Djamila é autora dos livros “O que é lugar de fala” (2017) e “Quem tem medo do feminismo negro?” (2018).
“Gente, diante dessa realidade tão brutal, no mês de junho, meu instagram será totalmente dedicado a abordar as questão raciais no Brasil! Portanto, resolvi ceder minha conta do instagram a escritora e ativista Djamila Ribeiro, que vai trazer conteúdos muito importantes pra todos nós! Me sinto na obrigação de ajudar e o meu melhor posicionamento será de escutar e aprender! Vamos visibilizar as vozes que sempre falaram, mas não foram ouvidas! Vamos aprender juntos? Essa é uma luta de todas e todos! Conhecer e entender o racismo no país é nossa responsabilidade política! Ja li livros e artigos dela e acho ela uma genia! Estarei acompanhando essas aulas e voltamos a nos encontrar em julho! Obrigado Rainha Djamila, por topar entrar na minha conta e trazer histórias e conhecimentos que vão tocar e transformar milhares de pessoas”, escreveu Paulo Gustavo em publicação no seu Instagram.
Nascida em Santos, litoral de São Paulo, Djamila Taís Ribeiro dos Santos é uma filósofa, feminista negra, escritora, acadêmica brasileira e colunista da “Folha de S.Paulo”. Ela já foi secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo e atualmente coordena a coleção Feminismos Plurais, da editora Pólen.
Representatividade e diversidade são temas que tem sido pautados diariamente na luta pelo fortalecimento da identidade racial de pessoas pretas, nesse contexto, existe uma preocupação crescente com o tipo de conteúdo que crianças negras consomem, suas primeiras referências e como isso contribui para sua formação psíquica e desenvolvimento. Pensando nisso, aqui vai uma seleção de filmes e animações infantis disponíveis com protagonistas negros. Segue a lista:
Kiriku e A Feiticeira
Kiriku conta a história de um recém-nascido superdotado que sabe falar e andar. Ele é o salvador de sua aldeia, ameaçada pela feiticeira Karabá. Existem alguns filmes da série que é baseada numa lenda Africana. Você encontra os filmes da saga disponíveis para download na web ou até mesmo no youtube.
A Princesa e o Sapo
Tiana sonha em abrir o próprio restaurante. Seus planos tomam um rumo diferente quando ela conhece o príncipe Naveen, que foi transformado em sapo pelo Dr. Facilier. O príncipe tem esperanças de voltar a ser humano se Tiana beijá-lo. Disponível na Netflix.
Zarafa
Um senhor conta às crianças a história da bela amizade entre o menino Maki, de apenas 10 anos, e a girafa órfã, Zarafa. Após fugir de um traficante de escravos, Maki fica amigo de Zarafa. Na longa jornada do Sudão até Paris, os dois vivem grandes aventuras.
Doutora Brinquedos
A série conta a história de uma menina de seis anos que decide se tornar médica, ela então conserta bonecas e brinquedos com o seu estetoscópio que dá vida aos objetos. No Brasil é transmitida pelo canal a cabo Disney Junior.
O Mundo de Greg Greg e seus dois melhores amigos estão sempre se aventurando no selvagem e indômito riacho, uma utopia infantil em que tribos de crianças dominam três fortes e rampas de bike, formando uma grande sociedade infantil. O desenho é exibido pelo Cartoon Network.
S.O.S. Fada Manu
Manu é uma aprendiz de fada madrinha, que pretende resolver os problemas de todos os habitantes do reino com seu guarda-chuva, que é, na verdade, uma varinha mágica. Junto com amigos, ela ajuda personagens inusitadas de contos de fadas. Exibido pelo Canal Gloob.
Òrun Àiyé: A criação do mundo
O filme narra a história do avô Bira, um babalorixá que conta para sua neta, a pequena Luna, a história mística da criação do mundo segundo o candomblé e suas vertentes.
Motown Magic
Motown Magic é uma série de televisão infantil animada produzida para a Netflix. A série segue Ben, uma criança de 8 anos de olhos arregalados, com um coração grande e uma imaginação incrível, que usa um pincel mágico para dar vida à arte de rua na Motown.
Milly, Molly
“Milly, Molly” é uma animação produzida pelo Disney Channel. A série retrata as aventuras de duas super melhores amigas de exatamente 8 anos, Milly Anderson e Molly Kannetté.
Cada Um Na Sua Casa
A Terra é invadida por uma raça alienígena em busca de um novo lar. Porém, uma esperta garota chamada Tip consegue fugir e acaba virando cúmplice de um alienígena exilado chamado Oh. Os dois fugitivos embarcam em uma grande aventura.
Bia Desenha
Bia e Raul são primos. Os dois moram em casas ao redor do mesmo quintal, numa periferia da região metropolitana do Recife. A série fala sobre comunicação e o afeto em uma família pouco convencional, se propondo a investigar alguns temas que passam pela cabeça das crianças enquanto elas se expressam. Disponível no youtube e na Tv Brasil.
Guilhermina e Candelário
A série mostra o cotidiano cheio de descobertas e grandes aventuras de dois irmãos, que levam uma vida simples, mas feliz, numa praia colombiana. A cada dia eles fazem novas descobertas e vivenciam grandes aventuras. Exibido pela Tv Brasil.
As Aventuras de Tip e Oh
O que acontece quando um alien desajustado chamado Oh conquista a Terra? Vira amigo de uma garota adolescente chamada Tip e eles decidem se unir para salvar o dia. Exibido pela Netflix.
Super Choque
Super Choque Virgil Hawkins é um jovem inteligente e bem-humorado que vive na cidade de Dakota, com o pai e a irmã. Após ser, acidentalmente, exposto a um gás desconhecido, ele ganha super poderes eletrostáticos.
Homem-aranha no Aranhaverso
Após ser atingido por uma teia radioativa, Miles Morales se torna o Homem-Aranha. Entretanto ele é surpreendido ao encontrar Peter Parker e descobrir que ele veio de uma dimensão paralela, assim como outras versões do Homem-Aranha.
Nella, uma Princesa Corajosa
Nella não é uma princesa comum, ela é uma princesa-amazona, uma heroína diferente de qualquer um que veio antes dela. Trabalhando com o leal cavaleiro Sir Garrett e a glamurosa unicórnio Trinket, Nella rompe barreiras. Exibida no canal Nick Jr.
https://www.youtube.com/watch?v=lXFFznXnI2Y
Bino e Fino
Bino e Fino Bino e Fino é sobre dois irmãos que vivem em uma cidade moderna na África. Em cada episódio Bino e Fino, com a ajuda de sua amiga Zeena e sua família, descobrem e aprendem coisas sobre a África e o mundo. Disponível no youtube.