Se você não conhece o cinema da Nigéria não sabe o que está perdendo. A indústria nigeriana de audiovisual é uma das maiores do planeta, sendo conhecida como Nollywood e entregando mais de mil filmes anualmente.
Para quem ama curtas com propósito e uma boa fotografia, o Mundo Negro indica o filme Fishbone, produção de 2020, dirigido por Editi Effiong
A primeira parte da curta é uma imersão completa no bairro de Moloko, na cidade de Lagos.
Com um linha fotográfica extremamente poderosa, podemos visitar vários lugares da favela e da sua dinâmica.
A produção aborda as questões de falsificação de medicamentos com um grupo traficantes liderado por Mama T (Shaffy Bello).
Assim, seguimos o inspector – Daniel Etim Effiong – investigando sobre o que ele acha ser a rede da produção de medicamentos falsos nas favelas de Lagos. O objetivo dele é achar o chefe dessa operação.
A última parte, nos mostra quem são as verdadeiras vítimas dessa economia illegal.
Na cena final, assistimos a confrontação entre o inspector e Mama T. que termina com uma conclusão impactante : se colhe o que se planta.
O filme é pragmático, vai direito ao ponto e manda uma mensagem bem claro ao público.
Com legendas em português brasileiro, o filme é disponível no Youtube.
Uma idosa de 61 anos foi resgatada em São Paulo por estar vivendo em situação análoga à escravidão. A senhora sofria agressão, maus tratos, constrangimento, tortura psíquica exploração do trabalho pelos seus “empregadores”.
Segundo o Ministério do Trabalho de São Paulo “ela trabalhava praticamente em troca da moradia e, por várias ocasiões, os vizinhos a ajudavam com alimento e itens de higiene, ele relataram episódios de discussão e de omissão de socorro”.
A escravocrata chama-se Mariah Corazza Üstündag, de 29 anos, é gerente de marketing da Avon. Segundo seu perfil no Linkedin, que foi excluído logo após a denúncia, Mariah era global senior brand manager na empresa.
A idosa foi encontrada vivendo sozinha em um quarto nos fundos do terreno, ela estava vivendo em uma espécie de depósito com cadeiras, estantes e caixas amontoadas. Um sofá sujo e velho estava sendo utilizado como cama e não havia banheiro disponível. Desde o decreto de pandemia devido ao novo coronavírus, os patrões não permitiram mais a sua entrada na casa, tendo sido mantida trancada, longe do quintal e do banheiro, impedindo que a vítima realizasse suas necessidades sanitárias básicas.
Mariah é filha da cosmetóloga Sônia Corazza, conhecida consultora na indústria de produtos de beleza. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), a vítima foi contrata por Sônia em 1998 como empregada doméstica, sem registro em carteira, sem férias e 13º salário.
Segundo informações disponibilizadas pelo MPT, a vítima usava para o banho um balde e caneca. Foi confirmado que em maio a doméstica sofreu um grave acidente de trabalho e não foi socorrida, tendo passado uma semana com dores e hematomas, sem receber alimento ou cuidados.
A avon se pronunciou sobre o caso afirmando que despreza o ato de sua funcionária, já tomou as medidas cabíveis e tentará ajudar de melhor forma vítima “Com grande pesar, a Avon tomou conhecimento de denúncias de violações dos direitos humanos por um de seus colaboradores. Diante dos fatos noticiados, reforçamos nosso compromisso irrestrito com a defesa dos direitos humanos, a transparência e a ética, valores que permeiam nossa história há mais de 130 anos. Informamos que a funcionária não integra mais o quadro de colaboradores da companhia. A Avon está se mobilizando para prestar o acolhimento à vítima”.
Por conta de todas as denuncias e crimes cometidos pela escravocrata, o Ministério Publico do Trabalho ajuizou uma ação cautelar contra todos os empregadores e pediu o pagamento imediato de um salário mínimo por mês até o julgamento final do processo. Além disso, o órgão pede à Justiça do Trabalho a expedição do alvará judicial para que a vítima possa fazer o saque do seguro-desemprego. O MPT também pediu que o imóvel fosse bloqueado para futuro pagamentos de verbas trabalhistas e indenizações – que podem chegar a R$ 500 mil.
A estudante e Youtuber Catarina Xavier (Foto: Arquivo pessoal)
CatMat é um canal no Youtube feito por uma estudante do 7º apaixonada por números. Catarina Xavier tem 12 anos e resolveu usar a Internet para ajudar outras crianças a entenderem matemática.
Fração , raiz quadrada, propriedade das potências são alguns dos assuntos tratados nos vídeos do canal da adolescente, que já tem mais de 22 mil inscritos.
Evelise Xavier, mãe da Youtuber explica que a ideia do canal surgiu ano passado e que Ciências e Matemática sempre foram as matérias preferidas da Cat. “Devido a matéria (matemática) a cada ano escolar estar ficando mais complexa, a Catarina decidiu optar por ela (no canal) até como uma forma descontraída de estudo”, diz a mãe que também ajuda na produção do canal, sendo inclusive a maior inspiração da filha.
Para quem está com as crianças em casa, Catarina compartilha sua rotina de estudo. Ela assiste às aulas de manhã e faz as atividades da escola na parte da tarde. Para relaxar ela se diverte com jogos no celular, filmes e conversas com os pais e o irmão.
Intitulado “CeeLo Green is Thomas Callaway” o projeto é o 6° disco solo da carreira do cantor, que também desenvolveu alguns projetos paralelos ao longo dos 25 anos de estrada, como o grupo Goodie Mob, e o duo Gnarls Barkley com Danger Mouse. Juntos, criaram “Crazy” um dos maiores hits dos anos 2000
Em carreira solo, o principal sucesso do artista (cujo nome verdadeiro é realmente Thomas Callaway) é “Forget You” de 2010. Agora, o vencedor de 5 prêmios Grammy, 2 Soul Trains e um BET está de volta com esse trabalho de 12 faixas, produzidas e compostas por ele mesmo ao lado de Bobby Wood, Dan Auerbach, entre outros. É possivel ouvir o album em todas as plataformas de download e streaming agora mesmo.
Os protestos e conflitos civis resultantes da morte de George Floyd começaram em 26 de maio em Minneapolis, Minnesota, Estados Unidos. Desde então, marchas e manifestações em apoio ao movimento Black Lives Matter continuam em pequenas e grandes cidades do país e do mundo, o que desencadeou conversas nacionais e internacionais sobre racismo sistêmico e desigualdade racial e estimulou mudanças no governo, nas empresas e na mídia.
Quatro fotógrafos que contribuem com a Shutterstock contam sobre sua experiência em documentar esses protestos históricos e compartilham as imagens que desejam que o mundo veja.
Steven Eloiseau
Steven tem documentado os protestos na cidade de Nova York. Ele usa uma câmera Canon 5D Mark IV e uma câmera Canon AE1.
Sobre documentar a história:
“Atualmente, estamos vivenciando a história e é difícil ignorar o que está acontecendo lá fora. Pela primeira vez em algum tempo, muitos estão falando, vozes estão sendo ouvidas, contas estão sendo aprovadas, demandas estão sendo atendidas e é realmente incrível. Mas ainda temos muito trabalho a fazer e estou feliz que as pessoas estejam testemunhando o efeito que um protesto pode ter.”
Imagem por Steven Eloiseau.
Sobre ser um fotógrafo preto nos protestos: “Haviam muitas emoções em mim enquanto documentava esses protestos. Não me vejo como fotógrafo durante os protestos porque também estou lutando. Estou andando, cantando e chorando com todo mundo.”
Imagem por Steven Eloiseau.
“Saber pelo que estamos lutando e viver as experiências pessoais inesquecíveis de ser um homem preto na América só me leva a querer criar mais. Há histórias que precisam ser contadas para as futuras gerações e tenho a vantagem de ajudar a conta-las do meu ponto de vista.”
Sobre encontrar momentos para capturar nos protestos: “Ao fotografar em um protesto, é fácil capturar ótimas imagens de todos fazendo a mesma coisa em uníssono. Costumo procurar os manifestantes que estão fazendo algo diferente dos demais ou o manifestante que parece mais emocionalmente ligado ao que está acontecendo. Com a pandemia ainda ocorrendo e os rostos cobertos com as máscaras, estou lendo essas emoções através dos olhos deles.”
Imagem por Steven Eloiseau.
Sobre o uso da fotografia como plataforma para a justiça social: “A justiça social tem realmente desempenhado um papel na minha vida há um tempo. Antes de me tornar fotógrafo em período integral, eu era educador há cerca de 8 anos e trabalhava apenas em escolas onde os alunos se pareciam comigo e em bairros que pareciam os meus onde cresci. Hoje, continuo usando a mesma abordagem em relação ao meu papel como fotógrafo. Eu uso minha plataforma para mostrar a arte e os talentos dos pretos, mas para mostrar que podemos estar no espaço como todos os outros. ”
Imagem por Steven Eloiseau.
Giles Harrison
Giles tem documentado os protestos em Los Angeles. Ele usa uma Nikon D610, lente Nikon 80-400mm, Nikon 28-300mm, Sigma 300-800mm e Nikon SB 910 Flash.
Sobre documentar a história: “É um sentimento indescritível documentar dessa maneira. Do ponto de vista jornalístico, há uma certa objetividade desapaixonada que se deve trazer ao executar o trabalho e que certamente afeta o que sinto, mas há um certo grau de respeito pelos momentos que você está capturando e pelas histórias que você está capturando com o objetivo de contá-las.”
Imagem por Giles Harrison, cortesia do artista
“Antes de tudo, ser fotógrafo é capturar um momento fugaz que define o assunto que você está registrando. Esses protestos estão transbordando com esses momentos que talvez nunca mais voltemos a ver. Hoje em dia, quase todo mundo tem um dispositivo para tirar fotos, mas poucas pessoas conseguem capturar a verdadeira essência de um momento, e é isso que sinto que [os fotógrafos] estão fazendo no momento. ”
Sobre o papel crítico da fotografia e do visual no movimento: “Ser um fotógrafo de notícias significa dizer a verdade e as pessoas precisam ver em detalhes gráficos a verdade do mundo em que vivemos e os assuntos que estamos abordando. O catalisador desses protestos recentes em nossa história foi a morte sem sentido de George Floyd e a única razão pela qual o mundo está ciente do que exatamente aconteceu com ele é porque Darnella Frazier capturou sua prisão e o tratamento do Departamento de Polícia de Minneapolis com a câmera de seu celular. Imagine o que teria acontecido se ela não tivesse capturado? Nada, é isso: não estaríamos protestando pedindo a mudança do sistema.”
Imagem por Giles Harrison, cortesia do artista
Sobre encontrar momentos para capturar nos protestos: “[Tento] capturar momentos de verdadeira conexão emocional e dramática. Qualquer coisa que ajude as pessoas a apreciar a magnitude e a natureza séria do momento na história em que vivemos. ”
Imagem por Giles Harrison, cortesia do artista
Sobre a cobertura de futuros protestos: “Isso me forçará a capturar o momento em vez de apenas tentar tirar uma foto. Os protestos precisam ser cobertos, independentemente do movimento, para que as pessoas possam olhar e aprender sobre as causas pelas quais outras pessoas estão se sentindo tão apaixonadas. Certamente estarei cobrindo mais protestos, já que este é um momento sem precedentes na história moderna.”
Imagem por Giles Harrison, cortesia do artista
Chelsea Lauren
Chelsea tem documentado os protestos em Los Angeles com duas Canon 1sXMarkII, uma lente 70-200 II 2.8, lente 16-35 2.8 e 24-70 II 2.8.
Sobre a documentação da história:
“Parece surreal, para ser sincera. É estranho perceber que você está vivendo um momento de virada na história enquanto ela está acontecendo. Eu sinto que é importante que seja documentado da maneira mais autêntica possível. Espero que essas imagens durem para sempre e sejam vistas pelas gerações futuras nos textos da história. Tenho orgulho de ter uma pequena parte documentanda no ponto de inflexão que, esperançosamente, leva a um futuro melhor para as pessoas que foram sistematicamente oprimidas. ”
Imagem por Chelsea Lauren
Sobre a importância de documentar os protestos: “É fundamental que as pessoas vejam o que está acontecendo. A internet e as redes sociais estão permitindo que o mundo veja tantas outras revoluções e defenda o que é certo. As pessoas que podem não ter tido acesso a esse tipo de conteúdo nas gerações anteriores agora podem ver que este é um verdadeiro movimento global e sentem que também podem fazer algo. O trágico assassinato de um homem mudou o mundo agora e para sempre. O vídeo original de George Floyd acendeu o pavio e as fotos e vídeos subsequentes desses protestos tiveram um efeito de bola de neve. Se isso não tivesse acontecido, o sistema seria capaz de continuar operando como sempre.”
Imagem por Chelsea Lauren
Sobre encontrar momentos para capturar nos protestos: “Tento ser imparcial na minha fotografia. Fotografei policiais aparentemente irritados, policiais ajoelhados, manifestantes revoltados, manifestantes pacíficos, desordeiros e saqueadores, bem como suas consequências – todo o espectro. Quero contar a história como aconteceu, não apenas as partes que se encaixam no molde que eu gostaria que o mundo visse. A história completa é muito importante. ”
Imagem por Chelsea Lauren
“Como fotógrafa, exaltações e discussões sempre geram imagens dinâmicas. Mas também, imagens de mil pessoas pacificamente sentadas em um cruzamento falam o mundo. Se algum rosto me capturar, eu o fotografo. Geralmente, qualquer coisa que me faça olhar duas vezes – realmente não existe uma fórmula secreta. Acho intrigante a combinação do COVID com os protestos – ver pessoas com máscaras e sinais médicos – nunca antes visto. Isso realmente mostra como está o mundo hoje.”
Sobre documentar os protestos em meio a uma pandemia: “A justiça social tem uma parte importante do motivo pelo qual estou cobrindo os protestos. Além de ser historicamente essencial ter tudo isso documentado, essa é uma causa que molda a própria fundação da sociedade e do mundo como o conhecemos. Antes de George Floyd ser assassinado, eu não havia saído de casa devido ao coronavírus. As minhas compras eram entregues na minha casa – e desinfetava tudo antes de entrar. Mas, quando isso aconteceu, eu disse a mim mesma: “Se eu ficar doente, eu fico doente. Isso é importante demais para ficar ociosa quando temos uma oportunidade para que os principais valores do mundo em que vivemos sejam finalmente reformulados. Ainda estou muito atenta sobre o COVID; uso minha máscara e tomo todas as precauções possíveis quando estou fora, nos protestos, e quando não estou – ainda estou completamente isolada. Estou sendo testada semanalmente para garantir que eu não infecte ninguém acidentalmente. “
Imagem por Chelsea Lauren
Stephen Lovekin
Stephen tem documentado os protestos na cidade de Nova York usando principalmente equipamentos Nikon.
Sobre a documentação da história:
“É incrível ver tudo se desenrolar do jeito que está. Eu fotografo há mais de 25 anos e é uma curiosidade verdadeira quando você percebe que a história está sendo feita e que as coisas estão mudando tão dramaticamente diante de seus olhos. É inspirador.”
Imagem por Stephen Lovekin, cortesia do artista
Sobre a importância de fotografar os protestos: “Sempre que há protesto ou uma agitação social, é crucial documentá-lo, como também dar o seu melhor para entendê-lo. Então, nesse sentido, tento me manter o mais informado possível. E, em uma sociedade aberta, é imperativo que as pessoas tenham a capacidade de expressar seu descontentamento com quaisquer injustiças que tenham sofrido. Nesse caso, é com brutalidade policial – questão de opinião, obviamente. Mas o que realmente acho importante para as pessoas verem é a diversidade e a paixão nos protestos. A esse respeito, mostra realmente a necessidade de mudança no contexto mais amplo. O fotojornalismo é um componente-chave.”
Imagem por Stephen Lovekin, cortesia do artista
Sobre o papel da empatia na fotografia: “Acho que minhas emoções sempre desempenham um papel naquilo que decido abordar e como decido abordar. Eu sinto que, se você se sente bem com o que está cobrindo – ou talvez se tentar ser mais empático -, as fotos que você tira tendem a ser melhores do que a do “observador desprendido. Sentir é ser humano. Apenas minha opinião.”
“Quando estou cobrindo os protestos, procuro principalmente as imagens que melhor transmitem o espírito ou a energia do que está acontecendo ao meu redor. Se parecer dramático, vou procurar algo que possa ajudar a ilustrar isso. Pessoalmente, quero algo que vá impactar de alguma forma. Eu também quero que seja honesto. ”
Sobre o uso da verdade na fotografia para alcançar a justiça social: “Na verdade, estou envolvido em manifestações – tanto como fotógrafo quanto como cidadão – há mais de vinte e poucos anos da minha vida neste momento. Para ser sincero, eu diria que a necessidade e/ou desejo de justiça social praticamente inspira a maior parte do que faço e da maneira como vejo o mundo. Como fotógrafo/artista, procuro momentos de verdade ou honestidade para tornar uma imagem interessante. É isso que me motiva. É o que me empolga. E, na busca pela justiça social, acho que é a busca pela verdade que nos ajudará a chegar lá um dia. ”
Sem defender diretamente, mas destacando a importância de diminuir as desigualdades, o novo Ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli deu uma entrevista para Rádio Bandeirantes onde mostrou reconhecer a cor com um fator de dificuldade de acesso à educação.
“Não podemos exigir resultados iguais para aqueles que não têm igualdade no acesso. Cotas dependerão sempre de reflexão de toda a sociedade”, disse o Ministro em entrevista à rádio.
Na entrevista o Ministrou também disse ser bisneto de um ex-escravo liberto através da Lei do Sexagenários
Ao contrário do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, Decotelli reforça sua identidade como homem negro e mesmo não tendo sofrido racismo de uma forma violenta, ele reconhece os olhares sobre ele em alguns ambientes.
“Passamos mais de 300 anos com esse conceito de escravocrata. Hoje, ainda temos muitas contaminações de metodologias, subjetividades. Eu nunca, como negro, fui um George Floyd , nunca sofri o racismo de tomar dois tiros nas costas. Mas (sim de) perceber olhares, de eugenia de ambientação, ou seja, criar um ambiente que não seja para negros”, afirmou.
Na imagem: Ministro da educação Carlos Decotelli, ex-ministra Luiza Barros e Ex-Ministro do Supremo Joaquim Barbosa
O presidente Bolsonaro anunciou ontem o nome do novo Ministro da Educação, Carlos Decotelli, o primeiro ministro negro do governo atual. Diante de tantas especulações e perspectivas sobre a nova gestão do MEC, podemos contar nos dedos quantos ministros negros já tomaram posse nessa e nas três antigas gestões.
Se contarmos com as três presidências anteriores (Lula, Dilma e Temer), o presidente que mais obteve ministros negros ao seu lado foi Lula, contabilizando sete ministros pretos durante seus oito anos de mandatos. O menor, entre eles, foi o ex-presidente Temer, com apenas uma mulher negra entre seus ministros.
Já no Supremo Tribunal de Justiça, a situação se torna ainda mais escassa. Apenas três homens negros, em toda a história do Supremo, foram nomeados Ministros do Supremo Tribunal Federal, o primeiro foi Pedro Augusto Lessa, e um único presidente negro da Corte Suprema foi Joaquim Barbosa.
No Tribunal Superior do Trabalho, tínhamos Carlos Alberto Reis de Paula, ou apenas Reis de Paula, era Ministro do TST desde 25 de junho de 1998 no mandato de Fernando Henrique Cardoso e foi o primeiro presidente afro-brasileiro do Tribunal Superior do Trabalho, entre 2013 e 2014. Hoje o jurista está aposentado.
Listamos os ministros negros entre os anos 2003 – 2016:
Benedita da Silva – Atualmente é deputada federal. Foi Ministra de Desenvolvimento Social entre os anos 2003 até 2007, durante o governo Lula.
Edson Santos – Sociólogo, foi Ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial entre os anos 2008 até 2010 durante o governo Lula.
Eloi Ferreira – Foi Ministro-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no governo Lula.
Gilberto Gil – Ministro da cultura entre 2003 até 2008 no governo Lula
Marina Silva – Ministra do Meio Ambiente entre 2003 até 2008 no governo Lula
Matilde Ribeiro – Foi ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Governo Lula.
Orlando Silva – Sociólogo e político brasileiro e ex-ministro do Esporte durante o governo Lula e Dilma.
José Henrique Paim – Foi ministro da educação durante o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff
Luiza Bairros – Foi ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Brasil entre 2011 e 2014. Luiz faleceu em julho de 2016 e foi ministra durante o governo Dilma.
Nilma Lima Gomes – Foi a primeira mulher negra do Brasil a comandar uma universidade pública federal. Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial durante o governo Dilma.
Luislinda Valois – Desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça da Bahia e foi ministra dos Direitos Humanos do Brasil durante o mandato de Temer.
Carlos Decotelli – Atual ministro da educação e único ministro negro do governo atual.
Além disso, os únicos três homens negros a assumir uma cadeira no Supremo Tibunal de Justiça são:
Pedro Augusto Carneiro Lessa – tomou posse em 20 de novembro de 1907, sendo primeiro homem negro do supremo e sendo chamado de ‘mulatinho’ na época.
Hermenegildo Rodrigues de Barros – foi nomeado em 1919 a Ministro do Supremo Tribunal Federal, para ocupar a vaga deixada por Canuto Saraiva. Exerceu o cargo até 1937, quando se aposentou.
Joaquim Benedito Barbosa – Joaquim Barbosa foi indicado Ministro do STF pelo ex presidente – Lula em 2003. E o ministro foi eleito presidente do STF no dia 10 de outubro de 2012, sendo o primeiro presidente negro da Corte Suprema.
O cineasta francês, Karim Akadiri Soumaïla, mergulha pelo espiritismo para ressignificar o luto pela morte da filha, Ifa. Ele parte da Europa para o Brasil, onde tem contato com a sua primogênita por meio de pintura mediúnica e descobre escritos inéditos do codificador da doutrina. Essa experiência é documentada pela série investigativa Em Busca de Kardec, na qual o protagonista é também diretor, corroterista e narrador. O audiovisual estruturado em oito episódios estreia no dia 1 de julho, às 20h30, no canal de TV por assinatura Prime Box Brazil.
A história desse pai se entrelaça no seriado por várias semelhanças. Soumaila testemunha em Paris o interesse do poeta Victor Hugo pelas mesas girantes no século XIX, após morte da filha mais velha Léopoldine. Na Suíça, visita o Castelo de Yverdon onde o menino Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869), pseudônimo do ilustre codificador, estudou com o educador Johann Heinrich Pestalozzi. Allan Kardec se aproxima do espiritismo depois de lutos pessoais. Ele foi contemporâneo da 3ª pandemia mundial de Cólera (1846-1860), que ceifou milhares de vidas, e de tensões políticas (Revoluções de 1830 e 1848), numa época do avanço científico e declínio da religião.
A investigação é embasada na pesquisa de Dora Incontri, prestigiada fonte acadêmica sobre o espiritismo. A corroterista da série imprime narrativa imparcial e não proselitista, mas respeitosa, sobre essa que é a 3ª mais populosa religião do Brasil (Censo Demográfico – IBGE) e o maior movimento espírita do mundo. Contrapondo-se ao adormecimento precoce na França, onde floresceu no século XIX, depois de ter nascido nos Estados Unidos. O filme debate a ascensão das filosofias materialistas e niilistas no século XIX, por meio da análise de obras originais, inclusive a primeira edição do Livro dos Espíritos. Entrevista sociólogos, historiadores, antropólogos, lideranças e praticantes.
Em território brasileiro, o viajante conhece o legado dos guardiões kardecistas, dentre eles o médium Chico Xavier, natural de Uberaba. Também constata divergências entre diferentes correntes no país. Como discernir o verdadeiro do falso e evidenciar a fraude? Os puristas fazem questão de distinguir. Soumaila dialoga com estudioso do sincretismo afro-brasileiro, do Candomblé e da Umbanda, para entender o enraizamento das filosofias pós-morte no Brasil.
De descendência afro-caribenha, com raiz Yorubá de Benin, o cineasta parisiense se aproxima das tradições religiosas de Salvador. É também na capital baiana que recebe mensagem perturbadora com pintura da fisionomia de sua filha, Ifa, falecida em acidente quando adolescente, transmitida por Florêncio Anton. O médium é o fundador-dirigente do Grupo Espírita Scheilla e acumula a produção de mais de 27 mil telas pintadas, incorporado por 105 pintores desencarnados. A lista abrange Rembrandt, Picasso, Renoir, Van Gogh, Monet, Da Vinci, Lautrec e Chagall.
No próximo sábado (27), Cida Bento, Doutora em Psicologia pela USP e Diretora do CEERT, irá participar de uma Live promovida pela editora Companhia das Letras. Também participarão da conversa Jurema Pinto Werneck, médica, ativista do movimento de mulheres negras brasileiro e dos direitos humanos, autora e doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Silvio Almeida também se juntará a elas. Silvio é advogado, filósofo e professor universitário. É autor dos livros “Racismo Estrutural ” e “Sartre: Direito e Política” Também preside o Instituto Luiz Gama e ganhou grande notoriedade nos ultimos dias após sua participação no programa Roda Viva.
O papo será mediado pelo teólogo, ativista, e autor das obras “Ocupa, Resistir, Subverter” e “Teologia Negra: O sopro antirracista do Espírito”; Ronilso Pacheco.
O projeto “WOMBY POR UM BIT” é um programa voltado para a empregabilidade que selecionará 550 mães da periferia de todo o Brasil, visando a capacitação profissional voltada para as profissões do futuro. A formação voltada para marketing digital, mídias sociais e comunidades online, proporcionará para essas mulheres trabalhar com tecnologia e de forma remota.
O programa surge para oferecer uma nova perspectiva de vida para as mães periféricas, uma profissão. A primeira formação será em Social Mídia. Parte das selecionadas receberão uma bolsa auxílio em dinheiro, durante o decorrer do curso, a fim de que tenham segurança ao iniciar o projeto; além disso, contarão com a ajuda de mentoras e outras profissionais da área. A iniciativa também proporcionará um banco de currículos para recolocação e para trabalhos pontuais de pequenas empresas.
As aulas serão quinzenais, pela plataforma online e ficarão salvas para aquelas que não puderem assistir ao vivo.
Restam poucas vagas!
Os critérios da seletiva são:
Ser mãe com filhos em qualquer idade;
Ser alfabetizada, mas, em qualquer nível de escolaridade;
Morar na periferia de qualquer cidade do Brasil;
Preencher e atender todos os campos do formulário da seletiva até o dia 15/07