Uma das obras do catálogo de Monteiro Lobato “A Menina do Narizinho Arrebitado”, completará cem anos neste mês. Pensando nisso, a bisneta do escritor, Cleo Monteiro Lobato, quer apagar personagens e trechos racistas da produção. O livro foi responsável por apresentar o universo do Sítio do Pica-pau Amarelo para o país e assim como outras obras de Lobato, faz diferentes menções de cunho racista. Muitos estudiosos, consideram o próprio autor um racista.

Por isso, Cleo deseja reformular a obra inteira, excluindo de vez os trechos que atualmente já não são mais aceitos. Em adaptações passadas, o texto original continuava intacto, enquanto apenas alguns detalhes, como prefácio e adendos, eram refeitos.

Notícias Relacionadas

Dia Nacional do Livro Infantil: 9 obras para ler com crianças negras

Flup homenageia historiadora e intelectual Beatriz Nascimento este ano

Carol Barreto lança seu primeiro livro ‘Modativismo: quando a moda encontra a luta’, em Salvador

O livro original permanecerá disponível mas sendo de domínio público, possibilita que uma mudança desta magnitude seja realizada. A ideia principal é que, ao ser lido para crianças, esses trechos não precisem ser reproduzidos ou explicados cada vez que aparecem na história.

Monteiro Lobato

Nascido em São Paulo, no ano de 1882, Monteiro Lobato é um dos mais aclamados autores brasileiros. Responsável pela disseminação da cultura dos livros para a televisão. Criador do Sítio do PicaPau Amarelo (1939), suas outras obras incluem: Dom Quixote das Crianças (1936), Memórias de Emília (1936), Serões de Dona Benta (1937).

Lobato faleceu devido a um espasmo cerebral, em 4 de julho de 1848, aos 66 anos.

Notícias Recentes

Atualmente com duas namoradas, Ne-Yo defende casamento polígamo: "Não consigo ver como isso está machucando alguém"

Homens negros prestam apoio a Joel Jota após controvérsias do currículo do palestrante virem à tona

"Você vê passar na televisão e acha que não vai acontecer com você", diz professor preso por engano em São Paulo

Comments