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São Paulo Fashion Week estabelece cota racial obrigatória em seus desfiles

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(Photo: NELSON ALMEIDA / AFP)

Apesar do crescimento de diversidade racial na mídia e em diversas áreas nos últimos anos no Brasil, o mundo da moda ainda mantinha um modelo padrão majoritariamente branco. 

Para mudar esta realidade, em recente carta enviada às marcas a SPFW estabeleceu a obrigatoriedade de diversidade racial em seus desfiles, sendo necessário conter 50% de representatividade de “negros, afrodescendentes e (ou) indígenas” no casting de modelos em todos os desfiles.


Antes disso, havia somente uma recomendação de que as grifes deveriam ter até 20% de cotas raciais, a decisão já entra em vigor na edição de Nº50 do evento que ocorrerá virtualmente na próxima semana.

“Serão considerados modelos afrodescendentes aqueles com ascendente por consanguinidade até o 2º grau. Os nomes destes modelos devem ser destacados na lista de casting”. diz o comunicado obtido pelo G1.

O documento ainda diz que, em caso de não cumprimento da regra a marca estará fora do line-up da próxima temporada.

Ludmilla é confirmada como jurada no The Voice

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Foto: Reprodução Twitter

Nesta sexta-feira, 30, a cantora e empresária Ludmilla, foi confirmada como última jurada da nova versão do reality musical ‘The Voice’. Confirmada por Boninho, a dona do hit ‘Verdinha’ estará ao lado de Mumuzinho, Claudia Leitte e Daniel – já anunciados na semana passada. A edição com foco em artistas acima dos 60 anos de idade, estreia em 2021, com data ainda não revelada.

A cantora substituiu o rapper Emicida, que havia sido anunciado em evento da Globo para o mercado publicitário na última semana, mas que devido à conflitos na agenda não prosseguiu no projeto. 

Lebron James produzirá documentário sobre o massacre da ‘Wall Street Negra’ em 1921

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Foto: Divulgação/CNN Films

Com a produção do documentário, Lebron James espera trazer visibilidade para a tragédia que ficou de fora dos livros de história americanos

O documentário da James’s SpringHill Company em parceria com a CNN Films irá explorar a história da ‘Wall Street Negra’ e o massacre do final de maio e junho de 1921 em Tulsa, que resultou na morte de centenas de afro-americanos. 

O filme será chamado de “DREAMLAND: The Rise and Fall of Black Wall Street,” na tradução literal “Terra dos sonhos: A ascensão e a queda da Wall Street Negra”.

“Não podemos avançar até que reconheçamos nosso passado e se trata de homenagear uma próspera e próspera comunidade negra, uma de muitas, que foi encerrada por causa do ódio”, Jamal Henderson, diretor de conteúdo da SpringHill e um dos produtores executivos do documentário, disse no comunicado à imprensa.

“Com a falta de jornalismo histórico em torno de ‘Black Wall Street’ e do Massacre de Tulsa de 1921, estamos honrados em fazer parceria com a CNN, que tem um longo histórico de jornalismo confiável e inovador”, continuou ele.

De acordo com o comunicado à imprensa, o filme ainda está em sua etapa de produção e os telespectadores poderão esperar “uma mistura de mídia de arquivo, entrevistas contemporâneas e elementos narrados como cartas e entradas de diário”, de acordo com o comunicado. Isso se soma às “imagens da busca quase no século passado por evidências físicas do assassinato em massa que alguns tentaram apagar do registro histórico”.

O documentário também incluirá imagens da busca do próximo século por evidências físicas do assassinato em massa que alguns tentaram apagar do registro histórico.

“A CNN Films não poderia estar mais orgulhosa de ser parceira da The SpringHill Company por este reconhecimento há muito esperado da tragédia do que aconteceu em Greenwood e de contribuir para a reconciliação que vem com o reconhecimento da história”, disse Amy Entelis , vice-executiva presidente de desenvolvimento de talentos e conteúdo da CNN Worldwide. “A visão de Salima Koroma renderá um filme verdadeiramente pensativo.”

Salima Koroma será a diretora do filme, enquanto James será o produtor executivo.

Sobre o massacre:

Antes do massacre racial de 1921, a comunidade era muito próspera apelidada de “Wall Street Negra”, lá viviam banqueiros, advogados e proprietários de negócios, e era também uma comunidade de descendentes de escravos americanos. 

No final de maio de 1921, uma mulher branca de 17 anos acusou um afro-americano de 19 anos de comportamento impróprio em um elevador dentro do Edifício Drexel. Quando uma multidão de brancos tentou linchar o acusado, eles foram repreendidos por veteranos afro-americanos da Primeira Guerra Mundial.
Os protestos nos dias que se seguiram resultaram na destruição de 35 quarteirões da cidade e centenas de afro-americanos mortos. Segundo o comunicado TERRA DOS SONHOS: A ascensão e queda da Wall Street Negra revelará essa história, contará as histórias dos descendentes dos sobreviventes e explorará as descobertas da busca arqueológica pelas valas comuns.

Conheça Dandara Luz, mulher trans, preta e mestranda pela UFPE

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Foto: Arquivo pessoal/Instagram

Dandara Luz é a primeira mulher trans mestranda do departamento de tecnologias energéticas e nucleares da UFPE

Sabemos das dificuldades que cercam pessoas negras no ambiente acadêmico e que as chances e oportunidades são escassas, e esses desafios podem triplicar quando falamos de pessoas pretas e transgêneros. 

Por isso, é importante comemorar a entrada de uma travesti preta no programa de pós graduação na considerada pelo Academic Ranking of World Universities como a melhor universidade do Nordeste.

Em conversa com o Mundo Negro, Dandara falou um pouco sobre sua trajetória na academia e os desafios enfrentados enquanto uma mulher trans e negra.

“Foi tudo muito difícil, mas eu consegui ser aprovada em três universidades públicas do estado de Pernambuco (…) Minha transição de gênero aconteceu no meio do curso, e foi quando as coisas pioraram. Poucas pessoas respeitavam meu nome e gênero, o uso do banheiro era sempre um pesadelo pra mim até que eu abandonei o curso”.

Ao contar sua história, Dandara relata como a cisgeneridade branca pode ser cruel. Se tratando da universidade, que é um local majoritariamente hétero, cis e branco, para uma travesti negra se manter neste ambiente é mais que perseverança, é resistência. 

“Um ano depois eu retorno e me formo sendo aprovada pela banca com 10 no TCC. Hoje, sou a primeira travesti negra formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco.” conta Dandara, que em um ato de resistência retornou os seus estudos se tornando hoje, a  primeira e única mestranda travesti do departamento inteiro.

Caminhada São Paulo Negra concorre a prêmio de impacto social no turismo

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A Caminhada São Paulo Negra, walking tour de resgate da história e cultura negra paulistana realizado pela Black Bird Viagem desde maio de 2018, concorre ao Prêmio Impactos positivos, na categoria impacto social no turismo, realizado pelo site Lugares do Mundo. A experiência é uma das semi-finalistas e depende agora do voto do público para estar na final do prêmio. A votação ocorre neste link e vai até o dia 3 de novembro.

O prêmio tem apoio da Embratur e informa que “acredita no potencial do turismo do Brasil e que o turismo vai além de apenas uma viagem…”. A categoria impactos sociais engloba projetos e ações que impactam a vida das pessoas e focam em seus objetivos e necessidades. “A sociedade é composta por seus membros e objetivos e toda ação que seja na direção de um mundo melhor e uma sociedade mais justa, pacífica e alegre é um impacto social”, informa o site.

São Paulo é a cidade com a maior população negra do Brasil, mas os lugares e os personagens negros da cidade foram sendo invisibilizados ao longo dos anos. A Caminhada São Paulo Negra resgata as histórias negras, que estão por toda a cidade, no centro e em todos os bairros (inclusive na Liberdade e no Bixiga). O tour começa na Praça da Liberdade 238 – Metrô Liberdade e termina cerca de três horas depois na República.

No percurso de três quilômetros os turistas conhecem lugares importantes da história dos negros na cidade, como é o caso da Igreja Nossa Senhora Rosário dos Pretos, a estátua da mãe preta, a Igreja Nossa Senhora dos Enforcados, o antigo Pelourinho e do antigo Morro da Forca, no bairro da Liberdade. A migração africana atual, a música e os movimentos negros modernos também são tema das narrativas.

Além disso, personagens negros importantes são ressaltados. É o caso da escritora Carolina Maria de Jesus, do jornalista, advogado e patrono da abolição Luiz Gama, do arquiteto Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas e de Zumbi, último dos líderes do Quilombo dos Palmares, que morreu em 20 de novembro de 1695, data que se tornou feriado em diversas cidades do país.

O impacto que a Caminhada provoca é o de mudar a relação das pessoas com a cidade, revelando uma São Paulo que sempre esteve ali, mas teve sua história sistematicamente apagada. “Além de uma mudança de olhar para os lugares da cidade, que não tem volta. É uma oportunidade de conhecer novas pessoas. Muitos começam como desconhecidos e terminam trocando contatos e se tornam amigos”, conta Heitor Salatiel, fotógrafo e produtor cultural, que é um dos anfitriões do tour.

Chef Aline Chermoula promove culinária de diáspora africana como forma de resgate ancestral

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Há mais de 15 anos, Aline Chermoula, 36, chef de cozinha e historiadora, natural de Feira de Santana, promove a culinária da diáspora africana em seus preparos. Também professora de Gastronomia, Aline resgata sua própria identidade com ingredientes como azeite dendê, farinha de milho branco, tamarindo e amendoim.

O azeite de dendê e o leite de coco fresco, acompanham minha história de vida, assim como, o caju e sua castanha, a banana da terra, a farinha de milho branco e muitos outros ingredientes, usados por minha mãe e tias em dias de reunião de família, em São Paulo. Quando eu penso em cozinhar, automaticamente vem as receitas ancestrais que a foram passadas a mim pela minha mãe, seja o cuscuz preparado cedo pra compor o café antes de ir trabalhar, feito com farinha de milho branco, ou suco de tamarindo para refrescar o calor, até mesmo a moqueca de peixe em datas festivas”, diz.

Entre os anos 1500 e 1800, milhões de africanas e africanos foram trazidos à força para serem escravizados no Brasil. Outros tantos foram levados para outros países das Américas, como Haiti, Colômbia, México, Venezuela e Estados Unidos, e levaram consigo também sua cultura, suas organizações, suas formas de falar, cultuar, vestir e andar. As trocas ocasionadas pela mistura de vários povos deixou muitos legados. Novas formas de cozinhar e se alimentar, é um deles.

“A culinária das Américas tem como principal característica a grande diversidade de origens, justamente pela intersecção de vários povos e culturas reunidas aqui após os sequestros em massa realizados pelos colonizadores por vários países do continente africano. Estas diversidades se dão a partir das misturas de ingredientes, técnicas de preparo e conservação dos alimentos, além das influências dos nativos de cada país e dos próprios exploradores.”, explica.
A chef, que também pesquisa a gastronomia da Nigéria e da Angola, afirma que sua culinária é expressão de resistência, de algo que sobrevive com muita força, tal qual os ingredientes que usa para preparar os pratos. Em uma experiência como sous chef do Bourbon Street, casa de shows em Moema, por exemplo, Aline aprendeu mais sobre a cultura gastronômica dos EUA.

Aline Chermoula adotou Chermoula como sobrenome pela estima a um tempero versátil utilizado no norte da África, que utiliza ervas frescas como coentro, salsa, temperos e especiarias em sua composição. Aline também produz e apresenta um canal e podcast de culinária baseado em todas as suas vivencias e com a premissa de culinária ancestral; Confira:

1° Álbum do Busta Rhymes em 8 anos sai nessa sexta, repleto de grandes feats.

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Imagem: Divulgação

”Extinction Level Event 2 The Wratch Of God”, é o nome do mais novo álbum do rapper norte-americano, que não lançava um álbum de estúdio desde ”Year of Dragon”, em 2012.

Após o longo hiato, o artista está de volta com um disco de 22 faixas, contendo participações especiais de Kendrick Lamar, Oil Dirt Bastard, Rick Ross, Mary J Blige, Anderson Paak e Mariah Carey na faixa ”Where I Belong”, que tem um clipe gravado desde 2017. Será que a dupla vai conseguir repetir o sucesso do single ”I Know What You Want” de 2003?

Nessa tarde, ele liberou uma das canções do álbum. ”Look Over Your Shoulder”, em parceria com Kendrick Lamar e sample de Jackson 5. a Canção foi liberada junto com um lyric video. Confira:

O álbum funciona como uma segunda parte do disco do rapper lançado em 1998, ”E.L.E (Extinction Level Event) The Final World Front. Ao longo de sua carreira, o artista recebeu inúmeros discos de ouro e platina, além de acumular 11 indicações ao Grammy Awards, e vários outros prêmios.

O novo álbum estará disponível em todas as plataformas digitais a partir dessa madrugada.

Whitney Houston se torna a primeira artista negra a ganhar 3 discos de diamante

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Foto: Getty Images

A Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA).divulgou nesta quarta-feira as informações que constatam que Whitney Houston se tornou a primeira artista negra a ganhar 3 discos de diamante na história. Os 3 discos de diamante significam que cada álbum vendeu mais de 10 milhões de cópias.

A cantora, atriz e modelo Whitney Houston, foi a artista mais bem sucedidas do mundo da música, com mais de 200 milhões de cópias vendidas pelo mundo. E também a mais premiada de todos os tempos, com dois Emmy Awards, sete Grammy Awards, trinta e um Billboard Music Awards, 22 American Music Awards, totalizando 425 prêmios conquistados em toda sua carreira até 2013. 

Recentemente a cantora se tornou a primeira artista negra a ganhar 3 discos de diamante com o álbum “Whitney”, lançado em 1987, o segundo álbum da carreira da cantora. Outros sucessos de Whitney como seu primeiro disco, “Whitney Houston”, e “The Bodyguard”, (trilha sonora do filme “O Guarda-Costas”), já haviam se tornado discos de diamante tendo “Whitney Houston” 13 milhões de unidades vendidas e “The Bodyguard”18 milhões.

Whitney Houston é considerada hoje, uma das maiores cantoras de todos os tempos, Whitney também trabalhou como compositora, atriz, produtora cinematográfica, empresária

“Shoot For The Stars Aim For The Moon” de Pop Smoke ultrapassa 15 bilhões de views no TikTok

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Foto: Divulgação

Após uma tragédia que acabou ceifando a vida da estrela ascendente do rap mundial, o álbum “Shoot For The Stars Aim For The Moon” conquistou posições grandiosas e fez com que o trabalho póstumo do artista alcançasse o topo dos charts da Billboard 200. O disco, que chegou nas plataformas digitais em julho de 2020, retornou às paradas da Billboard  recentemente, após o crescimento de suas faixas na rede social de criação de vídeos, TikTok. No dia 26 de outubro, foi lançado o videoclipe da faixa “Aim For The Moon”, que conta com a participação do rapper Quavo. O lançamento abriu o caminho para a homenagem de Quavo para Pop durante o BET HIP HOP AWARDS, realizado nesta terça (27).  

Atualmente, o artista ocupa a 31ª posição entre os artistas mais ouvidos no Spotify do mundo – com destaque para “For The Night”, que entrou no Top 100 entre as mais ouvidas do Brasil, e “What You Know Bout Love”, que ocupa a posição 161 do serviço de streaming. No TikTok, o rapper contabiliza milhões de criações únicas e já ultrapassou a marca de 15 bilhões de visualizações em conteúdos que levam suas músicas, com destaque para as faixas “What You Know Bout Love” (mais de 7.7 milhões), “Mood Swings” (mais de 4.6 milhões) e “For The Night” (mais de 6.1 milhões), todas presentes na versão Deluxe de “Shoot For The Stars Aim For The Moon”.

Nascido no Brooklyn, Nova York, o rapper Pop Smoke começou sua carreira por acidente, no ano de 2018, mas só alcançou reconhecimento global após seu falecimento, em fevereiro de 2020. O artista que internacionalizou o estilo Drill e é responsável pelo crescimento e desenvolvimento do subgênero (uma vertente do Trap que nasceu em Chicago), em Nova York, em pouco tempo de carreira conseguiu atrair o olhar de nomes como Travis Scott , Nicki Minaj, Quavo e A Boogie wit da Hoodie.

Em sua mixtape de estreia, intitulada “Meet the Woo”, Pop Smoke mostrou ali o potencial que tinha quando o assunto era criar letras que refletissem a realidade sombria e violenta dos subúrbios de Nova York. O artista foi bem sucedido quando buscou repetir a fórmula de seu primeiro trabalho, “Meet the Woo 2”, onde mostrou como era a vida em seu local de origem, adicionando elementos a partir de suas perspectivas em assuntos sobre amor e relacionamentos. A segunda mixtape chegou ao #7 lugar no Top 200 das paradas da Billboard, fazendo com que o rapper ganhasse mais destaque em seu gênero. 

Mariana Jaspe, roteirista de série sobre Marielle diz que chega no projeto como liderança criativa

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Foto: Divulgação

No último sábado (21), se noticiou sobre a demissão em massa do quadro de roteiristas negros que compunham a equipe de criação da série de ficção sobre Marielle Franco. A série, ainda sem previsão de lançamento, será veiculada pela Globoplay e está sendo dirigida por Antonio Padilha, de “Tropa de Elite”. 

Depois das demissões, duas roteiristas assumiram o projeto Mariana Jaspe e Maria Camargo. Ambas atuaram juntas na produção da série baseada no livro “Um Defeito de Cor” de Ana Maria Gonçalvez, que irá ao ar pela Globo em 2021.
Hoje, Mariana Jaspe, que é negra, declara em carta aberta  a importância do seu papel, e espaço para liberdade criativa e autoral para a obra, e família de Marielle.

Confira abaixo na íntegra:

Sobre minha autoria na série sobre Marielle Franco ao lado de Maria Camargo. Fiz parte da sala anterior e meu retorno se deu unicamente por ser junto com Maria – minha mentora, pessoa por quem tenho imenso respeito, amor e, principalmente, por termos uma relação de muita confiança mútua. 

Mas, para além do afeto, é preciso ser pragmática: aceitei o desafio porque nos foi garantida total liberdade de criação e condições reais de autoralidade. Chego para ocupar de fato um lugar de liderança criativa – tão fundamental em um projeto como esse. Conversamos também com a Antifa e o Globoplay e combinamos um processo de troca com muito debate e respeito no relacionamento. Acredito que mais importante que poder dizer sim, é poder dizer não e diremos tantos quanto forem necessários para contar a história de Marielle e Anderson – não escreveremos sobre o que não acreditamos. Meu posicionamento em todas as instâncias é de que não estou aqui para cumprir um papel figurativo – Token só o da senha do banco. 

O que eu e Maria nos dispomos a fazer é colocar a mão na massa, confrontar a folha em branco – que é nosso ofício – e trabalhar duro para escrever uma história que não seja apenas poderosa, mas também esteja a serviço do legado de Marielle. Sua morte é uma ferida ainda aberta e, uma vez que a série irá acontecer, é preciso que o recorte sobre sua vida faça jus a quem ela foi e seguirá sendo. Sei que não será um trabalho simples, mas qual processo criativo é? Desejo muito e coloco toda minha força, intuição, técnica e disposição para que Dona Marinete, Seu Antônio, Luyara, Anielle, Monica e Agatha se sintam respeitadas. E, por se tratar de uma obra de ficção, que uma senhorinha lá no interior da Bahia assista e diga: Eita, que série massa!

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