Após abordar questões raciais, sociais e pautas feministas, Marcela participante do BBB20 é eleita a “Fada sensata” pela internet.

O que nos surpreende (ou não) nessa história é o fato de na edição anterior termos tido 4 participantes que pontuaram as mesmas questões e foram eleitos “chatos problematizadores” pela mesma internet.

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O que muda nessa história? Os participantes mencionados eram negros.

Obviamente é importante que tenha participantes falando sobre raça, problemas sociais e levantando pautas feministas em um programa de muita visibilidade na TV.

Porém, isso não devia acontecer seguido de deslegitimação das falas de pessoas pretas.

Na atual edição do programa com apenas 2 participantes negros, o discurso de uma mulher branca, sem local de fala é enaltecida. Enquanto um negro pontuando as mesmas questões contando suas experiências de vida, é chamado de “mimizento”.

A aceitação ou recusa do público quanto a esses participantes, nos mostra muito do quanto o racismo está presente na sociedade.

Na edição passada, segundo os telespectadores o problema não era a cor da pele e sim a “arrogância” dos participantes que abordaram tais questões.

Já nessa edição o problema é o vitimismo nas falas do único homem negro da casa.

Entende-se que eles querem moldar a imagem do homem/mulher negra até uma versão que os agrade por completo.

E o que prova isso neste meio de reality’s é o fato de que na edição passada, mesmo com todos esses participantes sensatos e necessários, quem levou o prêmio foi uma loira, de olhos azuis e racista.

Mas, para o público e apresentador do programa ela era ‘autêntica’ e esse perfil os agradou.

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