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Para Chimamanda Ngozi Adichie, discussões sobre colorismo não podem tirar o foco do racismo

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A escritora Chimamanda Ngozi Adichie - Foto: Reprodução TV Cultura

A pauta colorismo foi debatida no programa Roda Viva, que entrevistou a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie nessa última segunda-feira (14), na TV Cultura. A filósofa Djamila Ribeiro, uma das entrevistadoras, perguntou a autora de Americanah sobre colorismo. Para brasileira a comunidade negra ainda tem uma resistência em discutir esse tema “não reconhecendo que a cor gera algumas vantagens sociais”.

“Essas conversas são difíceis e deixam as pessoas incomodadas, mas elas são necessárias”, argumentou Chimamanda que complementou dizendo que “não podemos torná-las melhor, se não falarmos sobre elas”.

Para ela, em uma comunidade negra como a brasileira, que já se sente marginalizada na sociedade,  é compreensível entender a resistência em se falar de temas como o colorismo.

A escritora, todavia, ressalta que apesar da importância do tema, é preciso ter atenção para que ele não se torne mais relevante do que a discussão sobre o racismo. E ela ilustrou usando um exemplo discutido no feminismo: a competição feminina.

“Vamos nos concentrar e responder a pergunta: quem realmente está se beneficiando com isso? São sempre os homens. Mesmo quando as mulheres atacam mulheres, elas não estão se beneficiando. O homem está”, ilustrou a intelectual.

Dentro da comunidade negra, de acordo com ela, é importante falar sobre colorismo, por ter “consequências reais para as pessoas”, no entanto ao finalizar ela enfatiza: “devemos manter o foco no problema fundamental, que é o racismo”.

A bancada de entrevistadores do Roda Viva ainda contou com Marcella Franco, editora da Folhinha, na Folha de S.Paulo, Carla Akotirene, pesquisadora em Estudos Feministas na Universidade Federal da Bahia, Adriana Ferreira Silva, redatora-chefe da Revista Marie Claire , jornalista Carol Pires além da apresentadora Vera Magalhães.

Após recuperação da covid-19, atriz Mary Scheila posta primeira foto de sua filha, Maria Luyza, e comemora saúde

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Imagem: Reprodução/Instagram

A atriz Mary Sheyla postou a primeira foto do rosto de sua filha, Maria Luyza, que nasceu na madrugada 14 do mês de maio. O nascimento da menina aconteceu na maternidade Perinatal, no Rio de Janeiro, enquanto a mãe estava internada, na mesma unidade hospitalar, com covid-19.

Após passar alguns dias internada, Maria Luyza recebeu alta enquanto a mãe continuava no hospital. Hoje, 14 de junho, a atriz postou um foto com a família e em casa, agradecendo pelo aniversário de 1 mês da bebê.

“Sem textão… Tudo se resume ao coração explodindo de gratidão.” Revelou a atriz.

Aos 40 anos e mãe de Esther, de 11 anos, Mary Sheyla será vista em breve na próxima novela inédita da Globo, Nos Tempos do Imperador, que será exibida na faixa das 18h. 

Maju é convidada do “Papo de Segunda” que falará sobre vacinas, esquerdomachos e jornalismo

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O próximo episódio do “Papo de Segunda“, do GNT, contará com a participação ao vivo da repórter e apresentadora Maju Coutinho, hoje, dia 14 de junho, às 22h30.  No programa, ela conversa com o humorista Fábio Porchat, o filósofo Chico Bosco, o ator João Vicente de Castro e o rapper  Emicida sobre a presença da emoção no jornalismo. Eles refletem sobre a melhor forma de dar e receber uma notícia ruim, tanto no contexto das “hard news” (notícias pesadas) como no cotidiano. Debatem ainda sobre sensacionalismo e oportunismo nesse cenário, e a dificuldade de se buscar a imparcialidade no noticiário.

Boa notícia: autores de crime de racismo contra Maju Coutinho são  condenados | Hypeness – Inovação e criatividade para todos.
Imagem: Reprodução/TV Globo

Na sequência, eles discutem o “homem feministo“, também conhecido popularmente como esquerdomacho. Ou seja, quem utiliza um discurso correto, reconhece seus privilégios e preconceitos, porém, realiza atitudes machistas. Maju e os apresentadores também falam sobre o comportamento das pessoas que fiscalizam a comorbidade do próximo, para julgar se são ou não um grupo prioritário na fila de vacinação da Covid-19.

O Papo também explora a corrida competitiva de vacinação entre as cidades, sobretudo Rio de Janeiro e São Paulo. Para encerrar, inspirados na venda de uma escultura invisível do artista plástico italiano Salvatore Garau por 93 mil reais, o elenco propõe e tenta vender obras de arte autorais que só existem na cabeça deles, e os demais debatedores apontam o valor que acham justo para os produtos.

O “Papo de Segunda” vai ao ar às 22h30, no GNT.

Mais da metade dos profissionais negros tem a inclusão e diversidade como principais fatores para trabalhar em uma empresa

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Imagem: Reprodução/Google fotos

Ainda são poucas as empresas brasileiras que focam em atrair talentos diversos para seu time de profissionais, por isso, em parceria com o Instituto Guetto, o Indeed realizou uma pesquisa com 245 profissionais negros para entender suas percepções sobre o mercado de trabalho atual no Brasil.

Segundo a pesquisa, 17% dos profissionais declararam já ter mudado de emprego por conta de práticas racistas nas empresas. Ainda, 44.5% dos profissionais consideraria trocar de emprego se sofresse ou presenciasse discriminação racial. Para Vitor Del Rey, presidente do Instituto Guetto, os dados refletem que as empresas precisam abordar essas questões internamente e se esforçar para aumentar o senso de pertencimento de seus colaboradores, o que vai afetar diretamente a retenção de talentos.

“É necessário que as empresas fomentem uma cultura aberta às pessoas negras a partir de uma educação racial do setor de RH e com os demais funcionários da empresa. Os profissionais negros precisam se sentir respeitados, ouvidos, pertencentes e capacitados na instituição desde o processo de seleção até cargos de prestígio”. Para Del Rey, as empresas perdem por não investir em políticas internas de RH para integração e inclusão desses profissionais.

Como as empresas podem promover diversidade?

Para mudar o cenário de discriminação nos processos de contratação, 34% dos profissionais entrevistados acreditam que processos seletivos só para negros são eficazes para o aproveitamento de talentos de pessoas negras de uma maneira mais inclusiva. Apesar de gerar controvérsias, a medida é importante por reconhecer o racismo histórico no Brasil e um esforço para tentar repará-lo. O fator decisivo para 57% dos profissionais negros entrevistados ao escolherem a empresa que querem trabalhar é o nível de engajamento da organização com a inclusão e diversidade.

Carrefour irá pagar maior indenização civil pública da história do país por causa da morte de João Alberto

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Como resultado de ação corrida no Ministério Público (MP), o Grupo Carrefour pagará R$ 115 milhões de indenização para sanar danos causados pelo racismo oriundo do caso da morte do homem negro João Alberto. O dinheiro será gasto em ações nas áreas de educação, empreendedorismo e em projetos socioculturais com a finalidade de contribuir para o combate ao racismo no Brasil e promover a equidade. 

Em entrevista à Revista Raça, o representante da Educafro, Frei Davi contou sobre o que significa essa decisão. “Esse acordo simboliza a evolução inicial, mas firme, do mundo empresarial brasileiro. Nós entendemos que o mundo empresarial brasileiro é muito retrógrado, agora com essa postura do Carrefour. Assinando esse termo de ajuste de conduta e garantindo a indenização ao povo negro, será um marco que vai sinalizar positivamente para o conjunto das entidades empresariais do Brasil, mostrando pra elas que a injustiça não vale a humilhação ao povo negro, não vale a exploração do povo negro, não vale a pena; portanto, ser justo, ser honesto, pagar indenização no direito, na justiça, brilha mais para a empresa e faz a empresa ganhar mais clientes e ser mais respeitada”. disse.

MARCO NEGRO: Frei David, liderança do Movimento Negro Brasileiro
Imagem: Instagram

O acordo firmado entre os representantes do Carrefour e o MP tem vigência de três anos, mas, segundo os Noel Prioux, presidente do Grupo no Brasil, a empresa sabe que isso não paga uma vida perdida. “O Termo assinado não reduz a perda irreparável de uma vida, mas é mais uma medida tomada com o objetivo de ajudar a evitar que novas tragédias se repitam. Com este novo passo, o Grupo Carrefour Brasil reforça sua postura antirracista, ampliando sua política de enfrentamento à discriminação e à violência, bem como da promoção dos direitos humanos em todas as suas lojas”, afirma.

Ainda na entrevista, Frei Davi afirma que essa é a maior indenização civil pública da América Latina e que deseja que grande parte desses recursos sejam alocados para a educação. O mesmo entendimento foi demonstrado por Cristiane Lacerda, diretora de Desenvolvimento Humano do Grupo Carrefour.  “Entendemos ser necessário o investimento em bolsas de estudos com a finalidade de gerar mais oportunidades e aumentar a empregabilidade das pessoas negras”, disse em nota no site oficial do Grupo. 

A família de João Alberto já recebeu indenização referente ao caso e agora o Carrefour busca concretizar mudanças internas. Na nota divulgada, a empresa se compromete a contratar 30 mil pessoas negras no período de três anos e garante promover  um programa de estágio e de trainees com fins de acelerar a carreira de 300 profissionais negros e negras que já atuam na companhia. Além disso, a segurança deixará de ser terceirizada e também fará parte de contratados diretos do Grupo e segundo a empresa “se destacam por representar a diversidade da população brasileira quanto ao gênero e raça”.

No dia 19 de novembro de 2020, João Alberto foi espancado por seguranças de uma loja Carrefour na Zona Norte de Porto Alegre. Ele foi conduzido até a saída do supermercado por duas pessoas após se desentender com uma funcionária. Na porta do local, João deu um soco em um dos seguranças, que responderam com mais agressões. Os seguranças então o imobilizaram o continuaram o espancamento. Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, seguranças que estão presos; Adriana Alves Dutra, fiscal do Carrefour; Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende, funcionários do mercado; e Paulo Francisco da Silva, funcionário da empresa terceirizada de segurança que prestava serviços ao estabelecimento foram denunciados pelo MP e respondem na justiça pelo crime.

Estudante de fisioterapia perde oportunidade de emprego por causa do cabelo no estilo afro

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A modelo e estudante de fisioterapia Bruna Campos (27) teve uma oportunidade de emprego recusada por causa do estilo afro de seu cabelo (A estudante tem cabelos crespos quase ao estilo black power). Segundo Bruna, na última quarta-feira (9/06) ela foi chamada pela dona de uma agência para participar de um evento como recepcionista. Um homem responsável por selecionar as garotas para a recepção entrou em contato. Nas mensagens enviadas pelo Whatsapp o homem diz que a recepcionista é muito bonita mas que “seu cabelo chama muito atenção”. Em seguida o homem, (que Bruna prefere não identificar) enviou um áudio: “Tem que ser uma menina rápida para levar o pessoal até a mesa, tem que ser sorridente. Você é perfeita, só o que você consegue fazer nesse cabelo para ele diminuir um pouco o volume, o tamanho? É lindo seu cabelo, combina com você, mas estou vendo para aquela casa, horário de almoço, de dia”, diz o recrutador.

Imagem: Instagram

Para Bruna, que fez transição capilar no processo de aceitação do cabelo natural, foi como receber um soco no estômago. “Quando ele me mandou o áudio eu fiquei em estado de choque. Não consegui debater, não consegui retrucar. Eu só conseguia chorar”, diz. A aspirante a fisioterapeuta sabe das necessidades de usar touca ou rede de proteção em restaurante, mas para ela o que doeu foi a forma de se expressar. “Ele viu que sou negra e que meu cabelo é afro. Por que ele entra em contato comigo para dizer que precisa de ‘uma coisa’ mais discreta?”, desabafa.

Algumas pessoas mandaram mensagens para Bruna dizendo o de sempre: “mimimi”, “vitimismo”, e acusações de que ela queria ganhar processo judicial. “Se eu quisesse ganhar processo com isso eu tinha entrado na justiça. Eu não divulguei o nome do restaurante, eu não divulguei o nome do cara que fez isso comigo. Eu só quero respeito. Eu só quero empatia. Só quero cuidado ao falar com pessoas pretas”, enfatiza.

Após divulgar o áudio, Bruna conta que algumas pessoas disseram reconhecer a voz do homem e revelarem ter passado por situações parecidas. Ela diz que recebeu ligação do recrutador tentando esclarecer os pontos. Que ele disse que foi um mal entendido, mas não deixava ela falar, a interrompendo toda hora. “Eu desculpei, mas acho que ele não conseguiu identificar o erro dele”, diz. 

Imagem: Instagram

Nem só de acusações foi a semana da jovem, que recebeu muitas mensagens de apoio. Após postar o ocorrido em suas redes, foi apoiada por muita gente. “Inacreditável. Gente que eu nem imaginava compartilhar, falaram que estavam comigo”, revela a paulistana que vive entre São Paulo e a cidade do interior paulista, Itapetininga.

Bruna está no último ano do curso de fisioterapia e tenta conciliar com os eventos que aparece para fazer. “Quem vive de eventos, sabe a correria que é. Mas eu amo demais o que eu faço e estou me esforçando ao máximo para ser uma ótima profissional na área da saúde!”, conta.

Sobre ter ouvido que não era racismo a estudante é taxativa: “Com tantos meios para buscarem conhecimento e ainda dizerem que não é racismo?”, conclui.

Até o fechamento da matéria não conseguimos contato com o recrutador que ouvimos no áudio.

BeyGOOD, instituição de Beyoncé, divulga apoio à campanha #TemGenteComFome

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Foto: Divulgação

Campanha é organizada pela Coalizão Negra por Direitos para combater a insegurança alimentar durante a pandemia

A BeyGOOD, fundação criada por Beyoncé para questões humanitárias, divulgou, no último domingo (13) apoio à campanha #TemGenteComFome. A postagem nas redes sociais dizia: “Vidas brasileiras importam. Junte-se a nós na assistência a famílias brasileiras que estão enfrentando a insegurança alimentar”.

No Twitter, Douglas Belchior, que faz parte da Coalizão, agradeceu Beyoncé e comentou a respeito da visibilidade que o projeto ganhou após o apoio da diva pop.

“A campanha de apoio humanitário da @coalizaonegra #TemGenteComFome tá rolando há meses. Fico feliz por muitos estarem sabendo agora, por meio do apoio de @beyonce e sua instituição @BeyGood . Sempre é tempo de dar importância ao trabalho sério do movimento negro”, disse.

Até o momento, a campanha arrecadou R$ 12.436.101,00 que estão sendo utilizados na compra de alimentos para mais de 222 mil famílias mapeadas por organizações sociais que atuam nas 27 unidades da federação. “A distribuição das doações se dará através da compra de insumos alimentícios nas próprias regiões das comunidades atendidas e/ou entrega de cartões vale alimentação e serão divididas proporcionalmente à demanda e arrecadação”, diz o site da campanha.

Para doar, acesse www.temgentecomfome.com.br e colabore com qualquer quantia a partir de R$10.

Conheça Gugu Mbatha-Raw e Wunmi Mosaku, as co-estrelas de “Loki”, nova série da Disney+

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A Disney+ trouxe mais uma série oriunda do Universo Cinematográfico Marvel, “Loki”. O carismático personagem interpretado por Tom Hiddleston retorna após seu trágico destino mostrado em ‘Vingadores – Guerra Infinita’, mas como uma boa produção não se faz só de um bom personagem, novas figuras dão as caras para enriquecer o universo do Deus da Trapaça.

A Marvel tem sido bem sucedida em trazer diversidade para suas séries e com ‘Loki’ duas das personagens de destaque são interpretadas por atrizes negras. Gugu Mbatha-Raw e Wunmi Mosaku interpretam Ravonna Renslaye e Hunter B-15 respectivamente.

Loki's' Gugu Mbatha-Raw & Wunmi Mosaku – The Powerful Women of the TVA –  VIDEO | EURweb
Imagem: Divulgação

A britânica Gugu, de 38 anos, é conhecida por ter protagonizado o drama romântico “Nos Bastidores da Fama” e ganhado prêmios pelo drama de época “Belle”, de 2013, além de ter participado da série ‘Black Mirror’. No papel de Ravonna ela vive uma juíza muito respeitada na Autoridade de Variância de Tempo, sendo uma das poucas pessoas autorizadas a estar na presença dos Guardiões do Tempo (Time Keepers). Ela será responsável por comandar a investigação sobre as bagunças de Loki. Nos quadrinhos a personagem é uma vilã que já participou de aventuras em histórias do Quarteto Fantástico e Vingadores.

Wunmi Mosaku (34) é britânica nascida na Nigéria,ganhadora do BAFTA TV 2017 de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel como Gloria Taylor no filme para TV “Damilola, Our Loved Boy”. Em 2020 interpretou Ruby Baptiste na aclamada “Lovecraft Country”. Sua Hunter B-15 em “Loki” é responsável por encontrar Variantes do tempo e levar a julgamento na TVA. Ela é comprometida com as regras da organização, as regras e estará em constante conflito com Mobius (personagem de Owen Wilson).

Você pode conferir os novos episódios de ‘Loki’ toda quarta-feira na Disney+.

Pioneira das crespas e cacheadas no Youtube, Rayza Nicácio faz big chop após um ano de transição

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Quando o Youtube ainda era mato aqui no Brasil, em 2009, já havia mulheres falando sobre os nossos cabelos por lá. Raysa Nicácio foi uma delas. Com um canal bem modesto no início, ela foi a primeira produtora de conteúdo a abordar temas sobre cabelos crespos e cacheados. Muita gente aprender o que era fitagem e umectação com a influenciadora que hoje tem mais de 1,7 milhões de inscritos no Youtube.

Raysa com volumão natural – Foto : Reprodução Instagram

Se no início ela ensinava técnicas de como usar o cabelo natural, nos últimos anos Rayza surpreendeu parte da sua audiência ao usar cabelos descoloridos e lisos para variar o visual (e serviu muitos cabelos incríveis).”2019 foi um ano que resolvi testar possibilidades”, disse ela e um dos vídeos do seu canal onde ela assume que há essas novidades geraram consequências.

O uso contínuo de chapinha em alta temperatura alterou a estrutura capilar da influenciadora que depois de um ano sem usar nada extremo no cabelo, resolveu fazer em sua própria casa o Big Chop, corte que tem como objetivo remover todos os fios de cabelo que contenha química.

Raysa com cabelos lisos e descoloridos – Foto Instagram

O vídeo do processo foi uma surpresa já que ao contrário de muitas influenciadoras cacheadas, Raysa não mostrou o processo de transição ao longo dos meses. Ela simplesmente fez um vídeo onde pela primeira vez, ela aparece de cabelos curtos.

 

O brincar na favela: estudo mostra que com violência e COVID, eletrônicos são o passatempo principal na primeira infância

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Foto: UNESCO

As favelas apresentam vários cenários de crise política, sanitária, de combate as drogas só para citar alguns. Nesse mesmo ambiente abandonado pelo Estado, nascem muitos brasileirinhos.  Como é a primeira infância dessas crianças? “O Brincar nas Favelas Brasileiras” é um estudo realizada pelo movimento Unidos pelo Brincar em parceria com o instituto de Pesquisa Locomotiva e o Data Favela com a proposta de entender o cenário onde essas crianças crescem, incluindo, aí a alteração da rotina por conta da COVID. O recorte de idade do estudo foi crianças até os 6 anos de idade.

Os dados foram obtidos ao longo de 14 dias com interações diárias e observações sobre o brincar com 12 mulheres entre 18 e 43 anos de São Paulo (SP), Recife (PE) e Porto Alegre (RS), que também participaram de grupos de discussões nesta fase qualitativa da pesquisa. Em seguida, na fase quantitativa, foram realizadas entrevistas com mais de 800 progenitoras a partir de 16 anos em todas as regiões do Brasil.

Nos lares das famílias pesquisadas, a grande maioria tem mulheres, as mães como chefe de família. Desse grupo, 30% estão desempregadas e garantem o sustento com ajuda de terceiros. Entre quem tem renda, a média de remuneração é de R$ 827,25 por mês – menos de um salário-mínimo (R$ 1.045,00) no país. Em sua maioria, elas são negras, solteiras e concluíram os estudos até o Ensino Médio.

Essas mulheres estão esgotadas e isso afeta a disposição e falta de tempo, na hora de brincar com seus pequenos. Não tem como pedir coisas pelo aplicativo, nem escola para levar essas crianças.  88% das mães recorrem a telas, especialmente a da televisão, para conciliar as atividades rotineiras e, por diversas vezes, não conseguem ter controle sobre o conteúdo acessado. Uma das consequências desse impasse é que a publicidade acaba conquistando o público infantil ao desenvolver um maior desejo de consumo nos pequenos, segundo 50% das participantes.

92% das mães reconhecem que os eletrônicos não são o melhor meio de estudar seus filhos. Elas têm ciência da importância da brincadeira para o desenvolvimento intelectual, social, educacional e físico.

A carência de projetos culturais e espaços públicos disponíveis nas comunidades, como parquinhos, praças e quadras, chama a atenção: 85% das mulheres apontaram que as crianças têm brincado, sobretudo, no quintal ou dentro de casa; 72% das mães têm receio de deixá-las se divertir na rua por conta da presença de usuários de drogas; e 64% temem a violência nas regiões em que moram.

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