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Mês da Consciência Negra é marcado por ações e atividades gratuitas em Museus

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MIS-PR - Foto: Divulgação

Produzidas pelo Governo do Estado do Paraná, em celebração ao Mês da Consciência Negra, começam nesta sexta-feira (6) uma série de ações e atividades gratuitas nos museus do Estado. Segundo a Secretaria da Comunicação Social e da Cultura, as atividades ao longo de novembro tem o objetivo de fortalecer o papel protagonista da população negra na sociedade paranaense. A proposta desse programa é apresentar o trabalho de artistas negros do Paraná, exaltando sua presença no acervo, assim como de promover estratégias para alavancar esse número. 

Os museus participantes das ações são o Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR), o Museu Paranaense (Mupa) e o Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR). Cada um contará com uma programação própria, pensada especialmente para a data, e que poderá ser acompanhada virtualmente nas redes sociais de cada um deles. 

As lives terão pesquisadores e pesquisadoras de questões históricas da cultura afro-brasileira, além de ocupações virtuais de artistas negros, oficinas com profissionais negros da Cultura e mesas redondas com artistas. 

Confira a programação:

MIS-PR
6/11 às 11h –  Live sobre Revelação de filmes fotográficos com Tárcilo Pereira

MUPA
10/11 às 18h – Live com Fernanda Lucas Santiago
24/11 às 18h – Live com Lucilene Reginaldo

MAC-PR
19/11 às 17h: Live com Rimon Guimarães, Diogo Duda e Washington Silveira
26/11 às 17h: Live com Cláudia Lara, Nelson Sebastião e Ué Prazeres

Onde assistir: Redes sociais do MIS-PR, MUPA e MAC-PR

Pesquisa sobre violência política contra candidatas negras é lançada por Instituto Marielle Franco

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Foto: Reprodução Câmara do Rio/Renan Olaz

Há 10 dias das eleições, o Instituto Marielle Franco apresenta versão preliminar da pesquisa ‘Violência Política Contra Mulheres Negras’ realizada com apoio da Terra de Direitos e Justiça Global, com candidatas negras de todas as regiões do Brasil. O estudo tem como objetivo analisar o cenário da violência política eleitoral contra mulheres negras, que se comprometeram com a Agenda Marielle Franco, projeto também do Instituto. 

78% das candidatas negras nas eleições 2020, que responderam a pesquisa relataram ter sofrido algum tipo de violência virtual. As ofensas vão desde xingamentos racistas em suas páginas, até ataques sincronizados em transmissões ao vivo. Os principais agentes desses tipos de ações são grupos não identificados (45%), candidatos ou grupos militantes de partidos políticos adversários (30%) e grupos anti-feministas e  grupos anti-feministas, racistas e neonazistas (15%).

Visibilizando o impacto que este tipo de violência tem sobre a vida política destas mulheres, o Instituto busca caminhos de superação e produção de medidas efetivas para a mudança desse cenário no âmbito nacional. Após o período eleitoral será lançada uma segunda versão, mais ampla, deste trabalho. 

Sob o ímpeto de racializar a discussão de violência política no Brasil, o Instituto Marielle Franco mapeou junto a candidatas das eleições de 2020 as principais manifestações deste tipo de violência no exercício da vida política de mulheres negras que concorrem ao pleito este ano. São as mulheres negras que lideram os processos de transformação social nos mais diversos territórios do Brasil, reconhecer a importância e liderança que estes corpos têm na defesa de uma democracia plural, verdadeiramente participativa, antirracista, antimachista e LGBTIQ+fóbica é essencial. 

“A pesquisa realizada pelo Instituto Marielle Franco tenta retratar o impacto que a violência política tem sob os corpos de mulheres negras candidatas nas eleições de 2020. É importante ressaltar que historicamente, as mulheres negras que se colocam à disposição para concorrer ao pleito institucional têm sido recebidas por violências e opressões estruturais de raça, gênero e classe. Em nosso estudo, identificamos que quase 8 a cada 10 mulheres candidatas comprometidas com a Agenda Marielle Franco, que responderam essa pesquisa, apontaram que já sofreram algum tipo de violência virtual. Por outro lado, do total de mulheres que sofreram violência política nestas eleições, apenas 32% efetuou denúncia. Esperamos que esta pesquisa ajude a visibilizar esse cenário no país e impulsione as autoridades públicas a pensar em medidas efetivas e imediatas de combate a essa violência que afeta mulheres negras das mais diferentes formas”, avalia Anielle Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco. 

Esse é o primeiro informe de uma pesquisa, que terá uma versão completa – com outros dados sobre mais tipos de violência política – antes do segundo turno do período eleitoral. Para conferir a pesquisa e se inscrever para receber em primeira mão o segundo informe da pesquisa é só acessar www.violenciapolitica.org.

Duquesa, nova artista da Boogie Naipe, faz lançamento nesta sexta-feira

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Foto: Jef Delgado

Nesta sexta-feira (6), a cantora Duquesa, lança o videoclipe da música ‘Para pra pensar’, seu segundo trabalho após o lançamento de ‘Diz’. Nascida em Feira de Santana, Bahia, a cantora integra atualmente o casting de artistas da produtora Boogie Naipe – que gerencia a carreira do grupo Racionais, do rapper Mano Brown, da cantora Liniker, entre outros. Sob o mesmo contexto da faixa anterior, no novo trabalho Duquesa fala dos conflitos dentro de um relacionamento abusivo. A produção musical é de Moyses Martins. 

A princípio, a música parece falar de um romance, mas Duquesa explica a necessidade de conseguir expressar o abuso que estava vivenciando na relação. “A canção fala da busca e vontade de viver bem a dois, querer tentar mais uma vez e reconhecer que às vezes não vale mais a pena. Um só não carrega o relacionamento. Entender e falar isso pra mim é muito libertador” conclui a cantora.  

“To tentando te explicar o que já não dá mais. Amor, tu sabe bem que um só não luta por dois. Amor, se quiser ir, tudo bem, você vai, só não olha pra trás ou me procura depois”

A direção do videoclipe é assinada por Premier King, que já realizou trabalhos para artistas como Alt Niss e Yunk Vino.

Assista ao videoclipe no canal da Duquesa no Youtube:

Franco-congolês autor de ‘O Soluço do Homem Negro’ opina sobre a democracia racial no Brasil

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Foto: Divulgação Fronteiras do Pensamento

Na última quarta-feira (4), ao participar da programação da 14ª edição do Fronteiras do Pensamento Porto Alegre, o autor franco-congolonês Alain Mabanckou, expressou sua opinião acerca da democracia racial no Brasil. Ele que é um dos mais renomados nomes da literatura francesa contemporânea, traz em sua obra ‘O Soluço do Homem Negro’ experiências pessoais sobre suas vivências no Congo, Estados Unidos e França, e traz temas polêmicos como a responsabilidade dos negros do processo de escravidão.

Com mediação do jornalista e crítico literário Manuel da Costa Pinto, Alain explica sobre sua concepção prévia sobre o que viria ser a posição dos negros no Brasil, a partir de imagens disseminadas afora como a do ‘Rei Pelé’. “O Brasil não mudou minha definição do problema negro no Brasil. Ele existe porque mesmo, quando a gente faz a promoção do país em geral, se faz mais a promoção daquilo que é mais branco e menos preto. Mas eu penso que a nova geração de brasileiros está mudando a situação, por conta da literatura, da pintura, dos encontros, e também por intermédio da busca de sua identidade. O que falta no Brasil, o que o Brasil deveria fazer, é permitir aos seus negros poder compreender sua história. Que a história de todos esses negros seja uma história obrigatória na escola, que o brasileiro que é mais branco não fique espantado que seu irmão e sua irmã é negro”, explicita Mabanckou.

O escritor acredita que assim como afirma Frantz Fanon, em sua obra ‘Pele Negra, Máscaras brancas’, os negros brasileiros caíram neste lugar de dominação, hipocrisia ou cegueira política. Em ‘O Soluço do Homem Negro’, o autor retrata a tendência dos negros de definirem suas existências apenas a partir da dominação européia e da importância de serem autores da própria história. “O existencialismo negro que eu convoco e defini aqui, ele se empenha em lutar contra essa constatação. Assim como o existencialismo negro nega aquilo que querem nos apresentar como a superioridade do homem branco. Eu não devo viver com um complexo de inferioridade e dar a homens brancos mais do que eles já têm”, declarou o autor.

John Boyega: “Hollywood precisa denunciar e proteger os atores contra abuso online, racista e sexista”

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John Boyega é um ator nigeriano, mais conhecido por interpretar Finn, na trilogia de Star Wars: O Despertar da Força, Os Últimos Jedi e A Ascensão Skywalker. John está convocando os estúdios de cinema de Hollywood para se manifestarem em apoio aos atores que se tornaram alvo de abuso racista e / ou sexista online.

Em uma entrevista à Variety esta semana, Boyega disse que os estúdios devem se envolver publicamente na luta: “Quando um de seus atores, especialmente um ator que é tão proeminente na história, é anunciado como parte de sua franquia e então tem uma grande reação racial e recebe abusos online e isso começa a formar uma sombra sobre o que deveria ser um presente incrível, é importante para os estúdios emprestarem definitivamente sua voz, darem seu apoio a isso e ter um senso de solidariedade não apenas aos olhos do público, mas também no local ”.

Boyega tem sido um dos atores mais francos no que diz respeito ao relacionamento entre estúdios, grandes franquias de filmes e atores. Com “Star Wars” por trás dele, Boyega junta forças com Steve McQueen para um filme da série de antologia Amazon do diretor “Small Axe”. O ator protagoniza o filme “Small Axe” “Red, White and Blue”, que estreou com grande aclamação no Festival de Cinema de Nova York.

ConecteSe Club Fit é primeira plataforma de exercícios físicos com 100% de profissionais negros

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Criada com objetivo de levar representatividade ao mercado fitness, a plataforma de exercícios ConecteSe Club Fit busca conectar pessoas com profissionais negros que atuam no ramo. Além de reunir profissionais de saúde, fisioterapeutas, psicóloga, nutricionista e educadores físico negros, o projeto visa elevar a autoestima dos usuários e resgatar a ancestralidade, por meio da valorização da identidade negra a exemplo dos programas de Dança Afro e a Capoeira. 

De acordo com a idealizadora, Tati Sacramento, a ideia surgiu quando ela percebeu a falta de referências negras e teve que lidar com a dificuldade de ocupar esse espaço, dominado por pessoas brancas. Por isso, desenvolveu uma plataforma com diversos programas formado exclusivamente por profissionais negros. Sobre a escolha das atividades de cunho ancestral, Tati explica: “Foi uma forma nada sutil de mostrar a beleza de nossa cultura e que ela está acessível. Que ela está aí e deve ser valorizada, praticada e jamais esquecida”.

Segundo Jedjane Mirtes, professora de dança e Educação Física, o uso da dança de origem africana é uma maneira de reconhecimento da base cultural do país, esquecida por anos.“A partir do momento que esse corpo é educado a entender que faz parte de uma história que foi baseada em três culturas, mas tem contribuição da sua cor, da sua pele, na sua estrutura social, isso vai começando a representar muito mais. Então, o que deveria ser só um exercício, se torna um encontro de identidade”, ressalta a instrutora.

A ConecteSe disponibilizada mais de 10 programas propostos e protagonizados por profissionais negros. A estrutura da plataforma foi pensada para ser acessível, financeira e didaticamente, a todos, como forma de incentivo à diversidade.

AfroLab Macaé e Babiy Querino debatem impotência de vidas carcerárias

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São Paulo, SP, Brasil, 13-09-2019: Babiy Querino, modelo presa em 2017 por um crime que não cometeu, o que agora foi provado (acabou de ser solta); o cabelo afro foi um dos elementos que a fez ser encarcerada, vítimas falaram que era parecido com o da real criminosa. (foto Gabriel Cabral)

No Mês da Consciência Negra o AfroLab Macaé (Afro Laboratório de Macaé), convida a dançarina Babiy Querino, fundadora do Projeto Vidas Carcerárias Importam e Marcos Vinicius Santos de Jesus, de Macaé, ativista de Direitos Humanos e graduando de Direito/UFF, para uma reunião amplificada. O objetivo é debater a importância de conscientizar a sociedade sobre a vida de pessoas encarceradas, trazendo um olhar crítico sobre o judiciário e suas falhas. O encontro, que vai respeitar todas as normas da OMS e decretos municipais referentes a prevenção contra o COVID-19, vai acontecer nesta sexta-feira (6), às 17h, na Rua José Aguiar franco, número 109, no bairro Costa do Sol e será transmitido nas redes sociais AfroLab. 

A história de Babiy Querino foi marcada por um erro judicial que ficou conhecido nacionalmente. A bailarina de 22 anos foi presa pela acusação de participar de um assalto em São Paulo e foi “reconhecida” por ter o mesmo tipo de cabelo e cor de pele da pessoa que praticou o assalto, enquanto ela gravava um clipe no Guarujá, litoral paulista. Mesmo com vídeos, fotos e testemunhas, Babiy ficou presa por 1 ano e oito meses. No dia 13 de maio de 2020 ela recebeu a absolvição. A data da liberdade hoje está tatuada no peito da dançarina acompanhada da palavra “Mo wá”, que em iorubá significa “eu existo”. 

Na campanha “Vidas Carcerárias Importam”, Babiy se dedica junto com o coletivo UJIMA Povo Preto, para arrecadar produtos que englobam o jumbo e dinheiro para as remessas via Sedex para a população carcerária. O jumbo consiste na distribuição de produtos perecíveis ou não pelas famílias aos encarcerados, normalmente durante as visitas aos presídios. Dentre estes produtos, destacam-se os itens de higiene básica, tão importantes no combate ao COVID-19. Contudo, conforme estabelecido pelo Judiciário, o jumbo presencial foi impedido por tempo indeterminado no estado de São Paulo a partir do dia 23 de março de 2020 para evitar a possível disseminação da doença, sendo permitido, portanto, apenas o envio dos itens pelos correios.

Para Babiy Querino é extremamente importante debater o tema em todos os lugares. “É necessário lembrar as pessoas de todo um contexto histórico durante e após colonização, e o que levou a maior população deste, a população negra, a ser marginalizada e criminalizada”, pontua.  

Muato lança segundo single e clipe do projeto “AfroLove Songs”

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Foto: Divulgação

O cantor e compositor Muato, artista da nova geração da MPB, lançou recentemente o segundo episódio do projeto “AfroLove Songs ou A Canção Urbana de Amor Política”, série musical de singles e clipes que expressam o amor dentro do contexto social vivido pela população preta. O novo hit “Me Ganhar”, é de composição própria e mescla alguns rítmos musicais como hip hop, funk e música brasileira.

– ‘Me Ganhar’ vem pra afirmar a potência criativa do projeto em um universo dançante entre beat, tamborins, guitarras e vozes ancestrais. O clipe, realizado no atelier da artista visual Brigida Murtas, expressa o próprio movimento da dança dos relacionamentos, entre manipulações, sufocamentos, cores e sexualidade – descreve Muato. 

No clipe, dirigido por Yago Nauan, Muato contracena com a atriz Lorena Lima. A atuação do casal, de acordo com o cantor, é “uma grande metáfora dos encontros da vida real, da resistência a se entregar à relação”. O single tem um ritmo dançante e uma letra marcante que promete ficar na cabeça

– ‘Me Ganhar’ é a resistência a se entregar à relação mesmo no momento em que a paixão já é um fato. É uma dançante reflexão sobre uma comum tendência à ‘autoproteção’ nas relações amorosas – explica o músico.

O clipe de “Me Ganhar” já está disponível em todas as plataformas digitais. Para conferir o seu clipe e acompanhar a série, clique aqui 

Muato assina a concepção artística, o roteiro do clipe e, em parceria com Rodrigo Gavião (responsável também pela mixagem e masterização), a produção musical.    

Sobre Muato:

O cantor, ator, diretor e produtor musical de Vila Isabel, bairro do subúrbio carioca famoso por revelar ícones da nossa cultura, como Noel Rosa e Martinho da Vila, iniciou sua trajetória no estudo da música de concerto e tem se destacado pela sua atuação em diversas funções artísticas. Diretor musical de espetáculos teatrais, recentemente recebeu o prêmio APTR pela canção de “OBORÓ, Masculinidades Negras”, ao lado Cesar Lira. A sua linguagem é marcada pela utilização de recursos expressivos, como percussão vocal e corporal e arranjos vocais com sonoridades não convencionais. Fundou a Orquestra de Pretxs Novxs, que estreou em 2019 com o espetáculo “Reza”, realizando as composições, arranjos e direção musical da peça, dirigida por Carmen Luz, além de estar em cena como ator. Atuou em produções aclamadas por público e crítica, como “Andança – Beth Carvalho”, “Cartola – O Mundo é um Moinho”, “Rio Mais Brasil – O Nosso Musical”, “Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro” e “Quando a Gente Ama”. Como produtor musical, foi premiado na Europa pelo Awards Deutscher Rock & Pop Preis 2019, ganhando em sete categorias, entre elas, “Melhor Disco de World Music”, “Melhor Disco de Pop Latino” e “Melhor Arranjo”

Raoni Oliveira concederá bolsas para curso de jornalismo a estudantes de periferia

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Foto: Arquivo pessoal

O apresentador, influencer e jornalista Raoni Oliveira está lançando, em comemoração aos seus 10 anos de formação, o concurso #RAONIÉ10. Com inscrições até o próximo dia 30 de novembro, o intuito é tornar realidade o sonho de jovens moradores da periferia que desejam seguir carreira no jornalismo. Raoni, em parceria com a UniFTC (Faculdade UniFTC Itabuna), premiará com bolsas integrais os ‘produtores’ das três melhores matérias audiovisuais que mostrem o impacto da COVID-19 nas suas comunidades. 

Para participar, os candidatos e candidatas devem preparar uma matéria no estilo jornalístico com duração limite de cinco minutos e postar no IGTV pessoal, acompanhado da hashtag #RAONIÉ10. Podem participar jovens de 17 a 28 anos, moradores de periferia e que cursam ou concluíram o ensino médio em escola pública.

Para selecionar os melhores vídeos na 1º etapa do concurso, Raoni escalou um reconhecido trio de jornalistas: Marcos Lucas Valentim (SporTV), Vanderson Nascimento (TV Bahia) e Rita Batista (Rádio Globo Salvador). Os três profissionais estão encarregados de averiguar todas as produções e enviar as matérias escolhidas para um site que será anunciado em breve.

Passando para a 2º e última etapa do concurso, os pré-selecionados irão à votação popular e serão escolhidos em definitivo pelo público no próprio website. Os três futuros jornalistas ganhadores do #RAONIÉ10 serão premiados com bolsas integrais (até o final do curso) na Faculdade de Tecnologia e Ciências (UniFTC) — localizada na Av. Luís Viana, Paralela.

Segundo Raoni Oliveira, a comunicação é uma paixão que o levou a conquistar um mundo de sonhos e possibilidades. Movido pelas mensagens de carinho e admiração dos jovens que se espelham em sua carreira e que desejam se tornar futuros comunicólogos, o apresentador do TVE Revista está levando oportunidade para os jovens da periferia e mudando a realidade social de famílias impactadas pela crise da COVID-19.

“Com o concurso #RAONIÉ10, o próximo sonho a ser realizado pode ser do jovem garoto ou garota da periferia. Desde que eu entrei na TV eu entendi, na prática, a importância da representatividade, pois vários jovens nas ruas e nas redes dizem que se inspiram em mim e que desejam ser que nem eu. Em um país onde o acesso à educação ainda é muito elitista, acredito que na posição que eu cheguei, posso oportunizar sonhos e fazer a diferença. São três bolsas, três sonhos, três novos profissionais que serão formados. Você é um jovem de periferia? Não perca a oportunidade e faça um trabalho fantástico e criativo para seguir transformando a sua realidade e a de todos ao seu redor”, destaca Raoni.

SERVIÇO 

Concurso #RAONIÉ10

  • Quando: até 30 de novembro
  • Quem pode participar: jovens de 17 a 28 anos, moradores de periferia, que estejam cursando ou já concluíram o ensino médio pela escola pública.
  • Como fazer: postar uma matéria sobre o impacto da COVID-19 no bairro onde mora através do IGTV, com a hashtag #RAONIÉ10. Os perfis devem estar abertos.

44ª Mostra Internacional de Cinema premia ‘Chico Rei Entre Nós’ como Melhor Documentário Brasileiro

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Imagem: Divulgação

Dirigido por Joyce Prado, o longa Chico Rei Entre Nós, acaba de ganhar o prêmio do público de Melhor Documentário Brasileiro e Menção Honrosa do Júri da 44ª Mostra Internacional de Cinema. O filme tem como ponto de partida a história de Chico Rei e explora os ecos da escravidão brasileira na vida das pessoas negras nos dias de hoje, entendendo seus desafios e indicando alguns caminhos.  

O filme partiu de uma ideia original da Abrolhos Filmes e após um longo trabalho de pesquisa chegou-se no recorte atual, onde Chico Rei Entre Nós investiga quem foi Chico Rei, também conhecido como Galanga, e conta sua história de amor à sua comunidade. Segundo se conta, através da tradição oral, principalmente na região de Ouro Preto, em Minas Gerais, Chico Rei, foi trazido do Congo, onde era Rei, para o Brasil em 1740, e ele compra a própria liberdade, e após esse acontecimento, libertou muitas pessoas ao seu redor. Em gratidão, elas o coroaram em uma cerimônia que ficou conhecida como “Reinado” que ocorre anualmente na cidade de Ouro Preto.

O documentário busca entender quem são os Chico Reis dos dias de hoje, mostrando ao espectador o quão emancipador pode ser o sentimento de pertencimento à um coletivo, “A história das pessoas negras nos países colonizados, quando narrada, é geralmente contada através da perspectiva dos colonizadores. Pouco ou nada se sabe sobre quem foram as milhões de pessoas trazidas para o Brasil durante a escravidão. A População do país que precisa conhecer e reconhecer a história de seus antepassados. Compreender o impacto de suas ações para a sociedade atual.”, explica a diretora Joyce Prado.

Ao apresentar Chico Rei, o filme realiza uma contranarrativa ao apresentar a trajetória de resistência das pessoas negras e seus coletivos durante o período da escravidão, uma perspectiva negra sobre parte da história brasileira. Da mesma forma, os outros personagens narrados no documentário também encontram a si mesmos a partir da organização em grupo, mostram que o impacto é possível.

A equipe de filmagem foi inteiramente feminina e majoritariamente negra, fazendo com que os negros sejam protagonistas do filme em frente as câmeras, e donos de sua própria história. 

Ficha técnica  

Direção: Joyce Prado  

Produção: André Sobral  

Produção Executiva: Juliana Vedovato e Laura Barzotto 

Roteiro: Natália Vestri  e Joyce Prado

Pesquisa: Luana Rocha

Direção de Fotografia: Nuna Nunes  

Técnica de som: Evelyn Santos  

Edição: Tatiana Toffoli  

Edição de som: João Victor dos Santos  

Correção de cor: Henrique Raganatti  

Trilha sonora original: Sérgio Pererê com uma faixa por Emicida  

Produtora: Abrolhos Filmes  

País: Brasil  

Duração: 95 min  

Classificação: Livre

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