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“Ditadura nunca mais”: A repressão e o esquecimento dos negros na luta pela democracia

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Imagem: Cartola protesta sentado após a polícia proibir o desfile da sua escola de samba (1976)

Nesta quarta-feira (31), dia do aniversário do Golpe de 1964, o Brasil relembra um pouco mais da sua história e e reforça o “Ditadura nunca mais”, movimento para lembrar que a ditadura instaurada há pouco mais de 50 anos no Brasil não foi bom para o país seja no sentido político, social ou econômico. Milhares de fotos e depoimentos de militantes da época são trazidos à tona para relembrar a dor daquele momento.

Contudo, em meio a tantas lembranças e respeito por aqueles que lutavam e protegiam a democracia, muitas conquistas são mostradas por apenas um tom de pele, o jovem de classe média e branco que lutava a pedido de sua liberdade.

Onde estavam e o que aconteciam com os defensores democráticos pretos que ali estavam? E por qual motivo não estão estampados em camisas e cartazes que relembram essa época? O que não é mencionado, mas é um fato verídico, é a repressão nas lideranças negras e ao seu movimento político. Consta, nos documentos analisados, a morte em média de 41 lideranças pretas em questões de meses. Algumas famílias revelam que seus filhos saiam e apanhavam apenas por estarem com black power, outras que eles estão desaparecidos até hoje.

O primeiro marco de espionagem do movimento negro aconteceu em 7 de Fevereiro de 1975, com um documento enviado pelo Exército brasileiro ao Serviço Nacional de Informações (SNI)  ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) com a notícia de um grupo de jovens negros no Rio de Janeiro com “nível intelectual acima da média” que tinham o objetivo de “criar clima de luta racial entre brancos e pretos”.

Em agosto de 1978, um documento da Polícia Federal do Rio Grande do Sul mostra como os órgãos de investigação da ditadura tiveram preocupação. “Esses movimentos revelam o incremento das tentativas subversivas de exploração de antagonismos raciais em nosso país, merecendo uma observação acurada das infiltrações no movimento ‘black’, tendo em vista que, se porventura houver incitação de ódio ou racismo entre o povo, caberá a Lei de Segurança Nacional”, dizia num trecho.

Trecho de documento confidencial que foi liberado para a população na abertura da maioria da documentação DOPS

Os documentos apontam para a inspiração do movimento negro brasileiro para as lutas pelos direitos civis nos EUA e pela libertação dos países no continente africano, tudo isso enquanto lutavam ainda pela sua liberdade e pelo fim da ditadura de seu país. Enquanto pessoas brancas estavam lutando pelo Brasil, os negros na mesma época tinha uma luta muito maior, eles pediam pela democracia brasileira, lembravam dos países africanos e dos direitos civis dos EUA, algo que não é falado até hoje.

Thula Pires, uma das intelectuais que insistiu para que Comissões da Verdade incluíssem a questão racial, usa o termo “colorirmos nossa memória” para relembrar a violência policial que caiu sobre a população nesse período em diversas formas diferentes, umas delas a crueldade relatada em documentos do DOPS que constam para a população.

Uma das violências causadas para o povo preto que foi lembrada no dia de hoje pela pesquisadora e doutorando em direito Natália Neris em seu twitter, foi a relatada pelo grupo de lideranças de favelas da época, conhecidos como “Xavante”;

“(…) teve uma época que eu lembro muito bem, que a gente saindo do baile tinha aquela polícia naval que fazia ronda e a gente saiu e eles foram atrás da gente, entendeu? Correram, saíram atrás da gente, pegou o nosso grupo, que a gente saía daqui da Rocinha e ia dançar lá para aqueles lados (…) eu tinha um cabelo que era um black grande, e os caras cortaram nosso cabelo, deixaram a gente careca.” O mesmo grupo de líderes ainda lembrou que nesta noite não dormiram em casa.

“Cortou nosso cabelo e deu um banho na gente de água gelada. E ficamos lá até a tarde do outro dia. Foi numa sexta feira, aí quando foi no sábado a tarde eles liberaram a gente.”

Twitter/Reproduçãp

Em 1979 ainda foi criado o grupo Movimento Negro Unificado (MNU) que lutavam para que torturas psicológicas e físicas – como a mostrada acima – não fossem mais realizadas em pessoas pretas apenas por usarem black power.

De origem baiana o grupo começou a ser notado por militares, que até infiltraram pessoas dentro das reuniões. “O método utilizado foi a infiltração em entidades dedicadas ao estudo da cultura negra, por meio de palestras em reuniões e simpósios”, informou.

A investigação espiã deixou clara uma preocupação específica com a Bahia, que estaria liderando o movimento com a temática negra no país. Da espionagem saíram nomes de líderes que deveriam ser acompanhados. Muitos deles viriam a ser presos numa tentativa de enfraquecer o movimento.

Imagem/Google fotos

A repressão, infiltração e guerra com lideranças negras causaram a morte e o desaparecimento de nomes importantes na política brasileira, como Carlos Marighella, Helenira Rezende de Souza, Osvaldo Orlando da Costa, conhecido como “Osvaldão”, entre outros.

É questionável notar que todas as lideranças pretas do período não são vistas em estudos didáticos e muito menos lembradas por internautas que clamam pela democracia. O movimento negro que lutou e teve seus cabelos cortados, banhos frios levados, trancafiados noite a fora ou ainda estão desaparecidos, não são vistos nem na memória de seu próprio povo e nem nas aulas de história.

Imagem/Reprodução: Google fotos

BBB21: Motivos para torcer por Camilla de Lucas e João Luiz

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Foto: Reprodução/Globo

Na atual edição do Big Brother Brasil o público já mudou de favoritos inúmeras vezes, com tantas opções de pretos e pretas para torcer, a comunidade negra esperava por uma edição histórica com muita representatividade boa e pretos sendo valorizados [mas como bem sabemos, nem tudo deu certo]. 

Entre os pretos, na disputa ainda temos a cantora Pocah, O economista Gil do Vigor, a nossa blogueira Camilla de Lucas e o professor João Luiz. Infelizmente, nem todos recebem os mesmos destaques da edição do programa, por isso, hoje nós resolvemos enaltecer a melhor dupla da edição João Luiz e Camilla de Lucas.

Em meio a tantas polêmicas envolvendo o BBB21 e os participantes negros, 2 participantes chamaram atenção pelo histórico impecável e pela linda amizade construída lá dentro: João e Camilla segue no jogo a todo vapor e nós do Mundo Negro decidimos listar alguns motivos do porque a dupla merece ocupar as 2/3 vagas da final:

Coerência:

Foto: Reprodução/Globo
Foto: Reprodução/Globo

2 dos participantes do camarote que foram eliminados surpreenderam o público de forma negativa e saíram com alto índice de rejeição e um dos maiores motivos para esse número tão alto foi a incoerência

Já a blogueira Camilla de Lucas e o professor João Luiz completam o 2º mês na casa jogando limpo e de acordo com os seus ideais. Tudo o que o telespectador do BBB21 quer é torcer para pessoas reais, aqueles que vivem intensamente o programa, fazem amizades, brigam, perdoam e os que embora errem, conseguem ter a humildade de reconhecer. Nisso a dupla tá bem! 

Jogam de forma leve:

João Luiz se abre para Camilla de Lucas no BBB 21: “A única pessoa que está


Outro critério que pesa muita na hora da decisão do público é o tipo de jogo, a forma com que um participante se posiciona durante o reality é sempre avaliada, e quando a competição entre os participantes passam pela manipulação, tentativa de queimar a imagem do outro e desonestidade, o público repudia. Nisso a dupla também está ótima!

Camilla e João se mostram jogadores compreensivos e que prezam pelo bom convívio entre os participantes, ouvem todos os lados que uma história pode ter antes de fazer julgamentos ou tomar partidos e assim mostram o quanto são justos. 

Conversas que importam:

SPLASH CELEBS on Twitter: "Essa amizade do João e da Camilla é TUDO! #BBB21  #Splashei… "
Foto: Reprodução/Globo

A dupla além de protagonizar diversos momentos divertidos que resultam em memes aqui fora, protagonizam diálogos extremamente necessários, negros, com história de vida semelhante a de milhares de brasileiros negros e de classe baixa, Camilla e João [assim como o Babu, na edição anterior] são super engajados nas questões raciais e nas suas conversas diárias acabam ‘dando aulas’ aos milhões de telespectadores que acompanham o programa.

A dupla já falou sobre racismo, palmitagem, solidão da mulher negra, sexualidade e afins. O BBB é um dos programas de TV mais assistidos do momento, e ter esses assuntos abordados por lá é extremamente necessário.

Representatividade:

BBB 21': Namorado de João aprova amizade com Camilla de Lucas | Queer | iG
Foto: Reprodução/Multishow

Sabemos que pessoas pretas são plurais, e uma única pessoa não representa toda uma comunidade. Mas quando vemos pessoas pretas se destacando em um programa de grande relevância social como o BBB isso nos inspira! Milhares de jovens negras e jovens negros e gays se sentem representados por Camilla e João e quando eles falam de suas vivências antes do BBB e até mesmo somente a presença deles nesse espaço faz com que essas pessoas entendam que também podem! 

Mais um preto milionário:

BBB21: 5 Provas de que parceria de Camilla e João dá VTs dos bons | OFuxico
Foto: Reprodução/Tv Globo

Após Thelminha e Jojo Todynho encerrarem os realitys de 2020 milionárias, nós queremos mais! E o prêmio do BBB21 pode ser de um pretinho e nós podemos fazer isso acontecer, ainda temos na disputa: Pocah, Camilla, João Luiz e Gilberto.

Ator Lucas Penteado estrela em nova campanha da Avon

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Foto: Divulgação/Avon

Após o sucesso de sua primeira publi na marca pós saída do BBB21 Lucas penteado estrelará nova campanha da marca. Em filme que vai ao ar no próximo sábado, 3 de abril, para promover a linha de maquiagens Power Stay e o lançamento do Gel de Sobrancelhas de longa duração da Avon, Lucas aparece ao lado de mais três personagens que retratam suas provas diárias de resistência. 

O insight “Veio pra Ficar”, que já assina as peças de Power Stay, conecta diretamente com as trajetórias pessoais dos participantes da campanha. Para Lucas Penteado, ex-confinado do reality show, se afirmar e resistir nunca foi tão importante.

 “A marca faz parte da vida de muitas famílias, inclusive, da minha. A primeira vez na vida que achei uma base no meu tom de pele foi a Power Stay. Quando fui entender mais sobre essa campanha e sobre a história da empresa, aí que as coisas fizeram ainda mais sentido. Diversidade, compromisso antirracista, são bandeiras que a Avon defende e eu também. E resistência, como a linha Power Stay entrega, é um dos meus lemas de vida”, comenta o ator e produtor.

“Para a Avon foi de imensa importância reunir pessoas com histórias fortes para participarem do novo filme de Power Stay, porque falamos de resistência e alta performance na luta diária, benefícios atrelados a nossa linha de produtos. Ter o Lucas em nosso filme só agrega, pois ele representa muito do nosso propósito como marca. Na Avon, acreditamos que maquiagem é uma forma de expressão e é para todas as pessoas que quiserem usar”, finaliza Viviane Pepe, diretora de comunicação da Avon Brasil. Além da estreia em TV, em abril, a campanha publicitária contará com vinhetas e peças para o digital.

Oficina online “negrafias” aborda a presença e a representação negra nas artes urbanas

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A oficina abre questionamento sobre o que vemos, olhamos e como a nossa arquitetura corporal cartografa a cidade. As aulas incluem apresentação de dados históricos e geográficos da população “desviante”, produções imagéticas, poéticas, e trabalhos legais e ilegais nos campos artísticos, assim como discussões acerca da etnografia e aquilombamentos nos moldes atuais. 

Compreendendo o caminhar como atividade de lutas, as estéticas visuais, publicidades, graffitis e outros objetos possíveis para o empoderamento, identificação e/ou (re)territorizações na cidade, o curso visa pensar a imagem dos corpos lidos como desviantes, isto é, lgbtqi, negres e indígenas, nos diversos espaços por eles habitados. Entendendo a movimentação como possibilidade para uma estruturação sócio-espacial e reconfiguração territorial, temos o caminhar como instrumento possível de afeto, conhecimento, preposições e conexões estéticas culturais, de resistências e construções de novas imagéticas visíveis ou invisíveis nas regiões e, consequentemente nas sociabilidades. 

O curso será ministrado por Marina Barbosa, Cientista Social e Mestra em História da Arte, Marina vem há mais de dez anos dialogando com a interseção entre gênero e raça e suas potências para aquilombamentos e equidades. Especialista em graffiti acredita que a arte e nosso corpo em todo o seu conjunto sensível, isto é: escutar, olhar, tocar e sentir são essencial para o processo modular (ações) e potências para transgressões.

Cronograma

AULA 1 (14 de abril) Apresentação do curso – AULA INAUGURAL 
Uma cidade que quer ser masculina e branca, mas grafada por corporalidades negras. Um ensaio sobre estéticas (plurais) artísticas e cartografias produzidas pelos corpos em movimento. Discussão sobre pertencimento e não pertencimento em relação aos locais e espaços da cidade. Observação coletiva e individual sobre a produção e processo tátil e sensível das vivências citadinas. 

AULA 2 (16 de abril) O corpo como embarcação: transatlântico 
O caminhar enquanto ato político (consciente ou não): o processo para o conhecimento e/ou reconhecimento das guerras de lugares e disputas na contemporaneidade. Discussão sobre os enclaves- privações e desvios produzidos e mantidos no capitalismo, patriarcalismo e entre outros processos genocidas governamentais. 

AULA 3 (21 de abril) Corpo da imagem: representações poéticas e políticas 
Agenciamento dos sujeitos, compreensão sobre as sociabilidades identificadas como desviantes, isto é, negras, indígenas e lgbtqia+. Discussão sobre identidades e (re)territorialidades a partir das artes: imagem – fotografias – desenhos e falas – poemas – textos – música. Inicio do reconhecimento e aglomeração do aquilombamento. 

AULA 4 (23 de abril) AQUILOMBAMENTO 
Compreensão sobre o corpo enquanto arquitetura promotora de conhecimento, ação política, poética, de luta e paz. Configuração espacial para a diversidade e amostra livre das construções realizadas, sentidas e vivenciadas no tempo de vida e da oficina. 

Serviço

Participe: https://www.sympla.com.br/negrafias-a-presenca-e-a-representacao-negra-nas-artes-urbanas__1153099

Valor consciente, você paga o quanto pode no momento, seguindo uma das opções abaixo:
R$90,00 para quem pode contribuir com o valor cheio ou opções reduzidas de R$40,00 / R$55,00 ou R$70,00 
independente da opção escolhida como contribuição, o acesso é para o curso completo, com os 4 encontros programados.
Horário: 19h às 21h

INSCRIÇÃO SOCIAL: se você quer muito fazer este curso mas não dispõe de recursos financeiros no momento, mande um e-mail para oi@bravasp.com.br contando um pouquinho de você e como esse conteúdo pode ser importante. Serão disponibilizadas 1 bolsa integral a cada 10 inscrições pagas.

Contracenando com os atores Dandara Mariana e Jonathan Azevedo, L7nnon lança seu novo clipe

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Imagem: Rodrigo Ferreira

O rapper L7nnon lançou o clipe da sua mais nova música “Da Boca” nesta segunda-feira (29). Com uma mega produção, o vídeo foi no YouTube e em todas as plataformas digitais, sendo gravado numa favela do Rio de Janeiro e colocando o cantor para contracenar com os atores Dandara Mariana e Jonathan Azevedo.

A sonoridade sensual da o tom da faixa. L7nnon e Dandara protagonizam uma paixão criminosa, enquanto Jonathan vive seu amigo. O hit tinha lançamento previsto para terça-feira (30/03), contudo, por causa de uma brincadeira na internet, saiu um dia antes.

O cantor colocou em suas redes sociais um desafio de ‘números de comentários’, atingindo o valor pedido em menos de três horas. Além disso, assim que o clipe foi lançado, oram mais de 100 mil views em apenas uma hora de divulgação.

A direção é de Cherry Rocha, mesmo diretor do clipe de “Perdição”, que bateu 100 milhões de reproduções no YouTube. L7nnon já divulgou um teaser da música em seu perfil no Instagram.

O clipe conta  história de um amor marginal, inspirado em uma história real que passa no Morro do Vidigal, favela do Rio de Janeiro.

Imagem: Rodrigo Ferreira/Ator Jonathan Azevedo

Raoni Oliveira concederá bolsa de estudo em jornalismo para jovens mulheres da periferia

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Imagem: Google fotos

Em comemoração aos seus 10 anos de formação, o apresentador, influencer e jornalista Raoni Oliveira lançou em novembro do ano passado o concurso ‘Raoni é 10’, na qual premiava jovens da periferia a uma bolsa integral de jornalismo.

O resultado saiu e Raoni premiu com bolsas integrais os estudantes que produziram as três melhores matérias audiovisuais que mostraram “o impacto da COVID-19 nas suas comunidades”.  Contudo, algo incomodou seus seguidores, dentro dos vencedores, nenhuma mulher foi premiada.

Ouvindo as críticas pelo fato de apenas homens estarem como vencedores das bolsas integrais, Raoni lançou mais uma vez o concurso e agora trazendo um diferencial: Só poderão participar jovens mulheres da periferia.

Em parceria com a UniFTC, o apresentador disse que a educação nesses locais podem mudar vidas e por isso vai premiar duas jovens periféricas que ganharem a ‘disputa’ pela bolsa.

Acredito que a educação e o acesso a esses espaços podem mudar vidas. Portanto, vamos premiar duas jovens de periferia que tem como sonho se tornarem jornalistas. Assim como eu, mas também Rita Batista, Jéssica Senra, Maíra Azevedo (Tia Má) e Luana Assiz, mulheres que são grandes referências na Bahia e também no cenário nacional”, afirmou Raoni Oliveira.

As inscrições estão abertas e seguem até 31 de março. Para concorrer a jovem precisa ter de 17 a 28 anos, ser moradora de periferia e ter cursado o ensino médio em escolas públicas. Após confirmar estes pré-requisitos, é necessário postar uma vídeo matéria com tema livre, no instagram (IGTV), com as hashtags #RaoniÉ10 e #UniFTC

Na segunda fase do concurso, as juradas Tia Má, Tainá Reis e Luana Assiz irão selecionar os 10 melhores vídeos, estes irão para votação popular, e assim, na terceira e última fase, o público escolherá as duas futuras jornalistas.

“Água é um dos grandes segredos de beleza”: Agnes Nunes nos contou sobre seus rituais e sua relação com a pele e o cabelo

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Créditos: The Nogueira

A multitalentosa Agnes Nunes é uma verdadeira sereia brasileira, encantando a todos com sua beleza e a sua voz. A jovem de de 18 anos, baiana de Feira de Santana, acaba de integrar o time embaixadoras de L’Oreal Paris. Inclusive, o empoderador slogan “Por que você vale muito”, completa 50 anos.

Agnes conversou com exclusividade com o site Mundo Negro sobre beleza e cuidados pessoais que artista crê fazer diferença no seu dia a dia.

Mundo Negro A sua música e a sua presença tem esse ar goodvibes. Como você define seu humor?  O que te deixa feliz e o que te tira do sério?

Agnes Nunes – Hahahah! Eu definiria meu humor como feliz! Eu me considero uma pessoa feliz e tento passar essa felicidade para as pessoas, mas tenho meus momentos de oscilação de humor, sou ser humano também né?

De 0 a 10 qual a importância da boa alimentação na sua vida? Você é o que você come?

A boa alimentação é a base da vida! Eu sempre faço de tudo para me alimentar bem! Estou me esforçando para comer mais folhas e verduras, porque não sou muito fã não. Mas nós somos literalmente o que comemos e afirmo isso porque sempre tive acne, depois que comecei a me alimentar melhor, pude ver melhoras nesse quesito, a minha pele ficou mais saudável, meu corpo também.

Créditos: The Nogueira

Rituais de beleza fazem parte da nossa ancestralidade que sempre soube tirar proveito da natureza para se sentir bem. Pode compartilhar com a gente seu ritual preferido de beleza ou talvez algo mais simples que você faz em nome da sua beleza e te faz sentir bem?

Eu bebo água. Pra mim água é um dos grandes segredos de beleza do povo bonito da pele de bumbum de nenê. Sempre separo um tempo para cuidar da minha pele, fazer meu skincare, tenho muitos produtos para isso porque é uma das coisas que mais gosto de fazer, reservar um tempo pra mim e para o bom aspecto da minha pele.

Qual sua relação com cabelos e química? Já fez alguma transformação mais radical ou tem vontade de fazer?

Meu cabelo passa longe de qualquer química! Nunca quero alisar ele! Só usar perucas mesmo! Eu gosto do meu cabelo assim, do jeitinho que ele é. Talvez eu mudaria a cor bem radicalmente. Quem sabe?

Qual a importância da arte para sua saúde mental. Além da música o que você quando precisa aquietar a mente e o coração?

A arte é tudo pra mim e acredito que para o mundo todo tem sido salvação. Sem a arte não existiria alegria, sentimentos. Quando eu quero aquietar minha mente e coração eu leio, ouço mantras, respiro, vejo filmes e saio um pouco do mundo real!

Negritude na Amazônia – Cantor Jeff Moraes Lança videoclipe como sonoridade pop AfroaAmazônica

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Foto: Divulgação/Jeff Moraes

Foi no Pará, no alto rio Trombetas, que a primeira comunidade remanescente de quilombos recebeu o título coletivo e definitivo de suas terras. É aqui que está a segunda maior concentração de pessoas negras do país. É na região norte que reexiste o maior quilombo do Brasil. Entretanto, a população preta da Amazônia e toda sua produção positiva continuam sendo invisibilizada.

São essas barreiras mercadológicas e geográficas que o cantor Jeff Moraes pretende derrubar através da sua sonoridade Pop AfroAmazônica. Cultura Pop, Afro afeto, Amazônia e Ancestralidade são as palavras chave do novo trabalho musical desse artista que soma dez anos de carreira. O lançamento oficial do videoclipe “Coisa de Pele”, no canal oficial do artista no Youtube, será no próximo sábado (03/03).

“Acho que está mais do que na hora do Brasil reconhecer e ouvir esta Amazônia Preta. Houve muitos avanços nos diálogos da questão racial no país. Entretanto o eixo sul e sudeste ainda não consegue se voltar para a diversidade de pessoas pretas existentes em outros pontos do país”, defende o cantor.

Não é de hoje que Jeff Moraes usa da Amazônia para cantar sua ancestralidade, regionalismo com uma pitada de cultura pop e afroreligiosade em seus trabalhos audiovisuais. Apesar de estar lançando o primeiro cd do artista, “Coisa de Pele” é o terceiro videoclipe da carreira de Jeff.

“Esse clipe é um abre caminhos para esse lançamento que logo logo vai tá ai que é o “Tambor e Beat”. A música Coisa de Pele fala do reconhecimento no olhar de uma outra pessoa preta, o reconhecimento na própria cultura, na ancestralidade, do teu ser. Esse clipe fala muito sobre identidade sobre a minha identidade enquanto homem preto gay. A letra dessa música diz: deixa a maré te levar nos braços de Iemanjá. Iemanjá é um orixá mãe que te carrega no colo, que te agrega, que rege essa imensidão do mar”, finaliza o artista

O produto audiovisual “Coisa de pele” é o ponta pé inicial da divulgação do lançamento do álbum Tambor e Beat, o primeiro da carreira desse artista afro Amazônida. Marcel Barreto é o produtor e diretor musical do CD que tem 8 faixas. Quem assina o clipe é a produtora paraense Treme Filmes. No elenco, atrizes negras reconhecidas no cenário artístico de Belém, Samily Maria e Cassandra Bonifácio.

O videoclipe apresenta ainda a exuberância da natureza amazônica. A praia da Flexeira, da ilha de Cotijuba, e o Combu foram as paisagens escolhidas como pano de fundo. “ Sempre tento utilizar a arte como um ato político para empoderar e valorizar o ser afro-amazônico. Tenho comigo duas atrizes que fazem alusão a duas yabás (orixás em forma feminina ) representando também essa conexão com esse sagrado que tanto me atravessa através da conexão ancestral com as águas que nos banham”, explica o cantor.

Projeto Diamantes na Cozinha abre 50 vagas para moradores do Complexo do Andarai

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Idealizado pelo renomado chef João Diamante, o curso ensina todo o ciclo da gastronomia, desde o plantio até a finalização de um prato. Por causa da pandemia, a nova edição vai acontecer de forma online, através da plataforma Curseria, com técnicas básicas em gastronomia. As inscrições podem ser feitas em: encurtador.com.br/xLORY. Os inscritos vão ter aulas com o chef Felipe Bronze.

Assim como o mundo, o projeto social Diamantes na Cozinha teve que se adaptar e nesse ano de 2021 não vamos ficar parados. Vamos impactar muitas pessoas. Para que isso posso acontecer, fizemos uma parceria com a Curseria, que tem uma plataforma online com os melhores profissionais do mercado“, destaca Diamante.

A ideia do chef, que é cria da favela Nova Divineia, no Complexo do Andaraí, é oferecer o curso todo mês para uma comunidade diferente. Na primeira edição, as 50 vagas foram destinadas para o Complexo do Alemão em parceria com o Voz da Comunidade, fundado pelo Rene Silva, agora as vagas são destinadas para a comunidade onde o chef foi criado no Complexo do Andaraí em parceria com o Projeto Social Educação para Jovens e Adultos, do fundador diretor-executivo Dr Rubinho da Divineia: “É por acreditar na potência de nossa gente nestes territórios e saber que basta oportunidade para que toda esta potência se torne ato e nosso povo se realize e vença na vida é que firmamos esta parceria para oferecer o conhecimento que liberta e permite voos cada vez mais altos! Inscreva-se e venha aproveitar mais esta oportunidade”.

Finanças na TV: Oito aprendizados de Julius

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Independente da sua idade, é bem provável que você já tenha assistido algum episódio de Todo Mundo Odeia o Chris, que conta a história de Chris Rock e sua família. A série é ambientada no Brooklyn, na década de 80, e mostra as situações vividas por um jovem negro no seu dia a dia, com todas as problemáticas, de forma bastante cômica.

Um dos personagens mais icônicos da série é o pai do Chris, o Julius, conhecido por ter dois empregos e ser bastante planejado quando o assunto é finanças. Interpretado pelo ator Terry Crews, Julius tem fama de ser pão duro, contar os centavos de cada compra e pechinchar sempre que possível, porém sempre tem uma graninha quando é preciso. A verdade é que, em diversos episódios, ele compartilha dicas financeiras atemporais, importantes para refletirmos sobre como lidamos com a nossa vida financeira. Toda essa sabedoria foi reunida em 8 grandes aprendizados para que você, querido(a) leitor(a), possa repensar sobre alguns de seus hábitos financeiros.

  1.  “Por que eu vou sair para relaxar se posso relaxar em casa, que é grátis?”

Na maioria das vezes, quando pensamos em lazer e relaxamento, logo nos lembramos de atividades externas, que envolvem dinheiro. Busque alternativas de divertimento em casa, afinal, uma economia é sempre bacana, né?! Que tal fazer uma sessão pipoca com a família? E uma noite de jogos de tabuleiro? E aquele almoço de domingo regado a futebol? Assim, você economiza, fica pertinho de quem ama e ainda se diverte (às vezes, até mais)!

2. “Tire esse relógio da tomada, garoto. Você não consegue ver a hora enquanto dorme! São 2 centavos a hora.”

Por menos importantes que pareçam, precisamos valorizar também os pequenos valores. De pouquinho em pouquinho, poupamos muito e conseguimos realizar nossos objetivos. Mais importante do que poupar muito, é poupar sempre. Comece de algum lugar, mesmo que seja guardando os trocos em moedas.

3. “Uma corrente de ouro só serve para prender seu portão de ouro da sua casa de ouro.”

Às vezes, desejamos ter coisas caras só pelo status social. O problema é que nem sempre isso é coerente com a nossa situação financeira ou relevante para nossa vida. Sonhe alto, mas não deixe de se questionar: Eu realmente preciso disso? Posso pagar por isso? Precisa ser agora? Melhor do que parecer ter muitos bens, é conseguir se manter dentro do planejamento financeiro.

4. “Se eu não comprar nada, o desconto é maior.”

Essa é uma das frases mais clássicas do Julius. Pesquisar boas oportunidades de compra é sempre bem-vindo, mas não esqueça que descontinhos mágicos também são uma estratégia de vendas e podem incentivar gastos desnecessários e por impulso. Se você não está precisando ou não está com dinheiro sobrando, o melhor é evitar a compra.

5. “Sabe quantas vezes eu estava certo e tive que pedir perdão? 4.351 vezes!”

É comum associarmos educação financeira com números e planilhas e esquecermos das relações humanas. Você sabia que dinheiro é um dos motivos mais frequentes das brigas familiares? Atitudes como falar com serenidade, buscar o diálogo, ouvir com mais atenção e pedir desculpas podem ajudar nas finanças, afinal, não vivemos (nem gastamos) sozinhos. Planejamento conjunto é tudo! Preste atenção na forma como você se comunica.

6. “Quando eu era garoto, não precisava de roupa especial. Ter roupa já era especial!”

Infelizmente, muitos vivenciam momentos financeiros difíceis durante a infância e adolescência. Será que acabamos exagerando com os gastos ou nos contendo demais por conta das nossas experiências anteriores? O passado influencia o presente, mas você pode (e deve!) construir seu próprio futuro. Invista em seu autoconhecimento e repense o papel do dinheiro em sua vida. Sessões de terapia podem ajudar nesse processo.

7. “Aceita vale-refeição?”

Não tenha vergonha de pagar com vale-refeição, nem com dinheiro trocado ou moedinhas. Menos ainda de pechinchar. O importante é pagar suas contas em dia e manter o controle financeiro. Qualquer forma de pagamento é válida, contanto que esteja dentro do seu orçamento.

8. “Como assim largou o emprego? Largar é para bebida e cigarro!”

Se tem uma coisa que pode nos ajudar a economizar é diminuir ou evitar alguns hábitos, como cigarros, bebidas, jogos, compras sem planejamento e até comida em excesso. Não é para acabar com os momentos de lazer e relaxamento, mas tudo em excesso pode ser ruim para a saúde (física, mental e financeira). Fique de olho no seu bolso!

Depois desses conhecimentos preciosos, você deve estar buscando uma foto do Julius para colar na sua carteira, não é mesmo? Que suas palavras continuem sendo compartilhadas e sirvam de inspiração para mais e mais pessoas. Afinal, é sempre possível dar uma economizada. Obrigada, grande mentor Julius!

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