Para celebrar o Dia Internacional da Língua Portuguesa (5 de maio), será realizado entre os dias 5 e 9 de maio a primeira edição do Festival FIXE (lê-se fiche), evento enaltece a cultura lusófona. A programação oferece atividades gratuitas e online de diferentes linguagens como música, cinema, moda, literatura, teatro, gastronomia e artes visuais representando países de países que tem o português como língua oficial como Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Portugal, Cabo Verde e Brasil.
Na moda, estilistas contextualizam a origem das capulanas na África. Sobre cinema, já na sexta-feira (7), conversa com o ator e diretor de cinema luso-guineano Welket Bungué com mediação da cineasta Joyce Prado.
Algumas indicaçoes de literatura lusófona que o Festival Fixe oferece (Imagem: divulgação)
Entre dezenas de atrações o público poderá ver palestras e performances da cantora moçambicana radicada em Portugal Selma Uamusse, o escritor e músico angolano Kalaf Epalanga e a chef de cozinha e pesquisadora baiana Aline Chermoula. O evento também conta com apresentações musicais de Marissol Mwaba, Rico Dalassam, Kunumi MC, Amaura , Pedro Mafama , Zudizilla, entre outros.
Para os fãs de cinema que querem conhecer mais da produção lusófona, uma das atrações é a mostra de cinema, com 15 filmes produzidos em Portugal, Brasil, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Cabo Verde. A plataforma Todesplay manterá os filmes disponíveis gratuitamente até o dia 20 de maio.
Toda a programação está disponível no site oficial do evento.
Na noite da última terça-feira (4), morreu o artista Willian Santiago (30) em decorrência de complicações da Covid_19. Santiago estava internado há pelo menos um mês em um hospital de Londrina, no Paraná.
Em declaração à Folha de Londrina, o amigo e fotógrafo do designer gráfico, Guilherme Benites disse que “Willian piorou muito no domingo e sofreu uma parada cardíaca por volta de 20h15 da última terça-feira
Willian era artista reconhecido internacionalmente e tinha vencido o prêmio Jabuti em 2017 pela arte feita no projeto “Kidsbook Itaú Criança”. Em sua última postagem no Instagram, exibia com orgulho a capa do livro “Visão das Plantas” escrito pela angolana Djaimilia Pereira de Almeida, romance que fala de um passado sombrio compartilhado por África, Portugal e Brasil. O artista trabalhou com marcas como Netslé, Itaú, Natura e Sesc.
Arte de “A Visão das Plantas” feita por Willian Santiago
Willian também foi ilustrador do primeiro livro infantil escrito pelo aclamado cronista Luis Fernando Verissimo,”O Sétimo Gato”. Em 2010 ilustrou a capa do livro “Mockingbird”, de Kathryn Eskine, sobre os massacres na Virginia Tech University, em 2002. O livro ganhou os prêmios National Book Award de Literatura Juvenil, Golden Kite Award de Ficção.
Willian nasceu em Londrina e se formou na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Suas obras são marcadas pelas cores vibrantes que remetiam á temas muit brasileiros.
Entre as personalidades que prestaram homenagens estão o ator Paulo Vieira, a roteirista Renata Corrêa e a cartunista Laerte Coutinho.
Hoje, (5) o Fundo Baobá para Equidade Racial, com apoio do Google.org, braço filantrópico do Google, lança o edital “Vidas Negras: Dignidade e Justiça” para apoiar ONGs negras que atuam no enfrentamento do racismo, da violência racial e incorreções que ocorrem no sistema de Justiça Criminal no Brasil.
Por meio do edital, a iniciativa vai selecionar 10 instituições filantrópicas brasileiras e apoiá-las com R﹩ 100 mil para cada e, assim, garantir a execução de projetos que viabilizem ações de enfrentamento a esses problemas.
Além do apoio financeiro, cada uma das 10 entidades receberá suporte técnico para o fortalecimento institucional das organizações, participarão de jornadas formativas. As lideranças das entidades selecionadas receberão, de forma virtual, capacitação e ferramentas de planejamento, gestão, monitoramento e avaliação de projetos, captação de recursos, entre outros temas importantes para o fortalecimento institucional.
As organizações interessadas devem apresentar suas propostas para um dos temas a seguir:
a) Enfrentamento à violência racial sistêmica;
b) Proteção comunitária e promoção da equidade racial;
c) Enfrentamento ao encarceramento em massa entre adultos e jovens negros e redução da idade penal para adolescentes;
d) Reparação para vítimas e sobreviventes de injustiças criminais com viés racial.
“No ano em que o Fundo Baobá celebra 10 anos de existência, o lançamento do Programa Equidade Racial e Justiça e deste edital é uma oportunidade para a comunidade negra intervir em alguns efeitos e promover mudanças positivas. Apenas as ações de políticas públicas não têm sido suficientes para conter a crescente escalada de violências e outras violações de direitos que assolam a população negra brasileira”, diz Selma Moreira, diretora executiva do Fundo Baobá.
A ação filantrópica financiada por Google.org e liderada pelo Fundo Baobá voltada para grupos coletivos negros, organizações e movimentos sociais também negros, é resultado de um esforço coletivo para o enfrentamento ao racismo e promoção da equidade racial. O edital Vidas Negras: Dignidade e Justiça será mais uma oportunidade de a população negra fortalecer estratégias de ativismo e resistência frente às injustiças raciais recorrentes, envolvendo e engajando comunidades, vítimas, sobreviventes e aliados.
“Injustiças raciais provocam marcas e traumas que estarão sempre presentes na vida das vítimas, de seus familiares, de suas comunidades. Isso jamais poderá ser completamente reparado. Mas, em muitos casos, poderá ser evitado”, completa a diretora executiva do Fundo Baobá, Selma Moreira.
Em 2020, o CEO do Google e da Alphabet, Sundar Pichai, reafirmou a importância de se reconhecer o racismo como um problema global e reforçou o compromisso de colaborar com o trabalho de organizações atuantes no combate ao racismo e a desigualdade em países como o Brasil. O Google.org anunciou então a destinação de US﹩ 500 mil (cerca de R﹩ 2,5 milhões) em doações para organizações sem fins lucrativos que trabalham para promover a justiça racial no país.
O Fundo Baobá foi uma das entidades contempladas pelo Google.org no Brasil por meio de recurso que seria utilizado para a seleção e apoio continuado a organizações de todos os estados brasileiros com foco no enfrentamento ao racismo em suas regiões de atuação.
“Temos um compromisso global por equidade racial e inclusão que no Google se traduz em ações internas e externas, seja adotando medidas para aumentar a representatividade negra em cargos de liderança em nossa empresa, seja apoiando o trabalho de organizações que lutam contra o racismo e a desigualdade”, diz Flavia Garcia, head de Diversidade, Igualdade e Inclusão no Google para América Latina e Canadá. “Com esse apoio, queremos promover mudanças que sejam significativas e duradouras pela equidade racial no Brasil, ampliando o alcance do legado de transformação social das organizações negras a serem financiadas por meio do Fundo Baobá”.
Além do Fundo Baobá, o Google.org destinou US﹩ 100 mil para o Núcleo de Pesquisa em Justiça Racial e Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), liderado pelos professores Thiago Amparo e Marta Machado, com o objetivo de melhorar a coleta de informações sobre o estado da justiça racial no Brasil, a partir da análise de estudos de caso, dados e visualização das dimensões raciais da violência policial no Brasil.
Sobre o Fundo Baobá
O Fundo Baobá para Equidade Racial é o primeiro e único fundo dedicado exclusivamente à promoção da equidade racial para a população negra no Brasil. Criado em 2011, o Fundo Baobá é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo mobilizar pessoas e recursos, no Brasil e no exterior, para o apoio a projetos e ações pró-equidade racial para a população negra. O Fundo Baobá prioriza apoio a iniciativas negras alinhadas a outros três eixos programáticos: educação; desenvolvimento econômico; comunicação e memória. A missão do Baobá é o desenvolvimento de uma agenda filantrópica para a promoção da equidade racial para a população negra calcada em valores como ética, efetividade na gestão e transparência. O Baobá faz parte da Rede de Filantropia para Justiça Social.
Sobre o Google.org
O braço filantrópico do Google apoia organizações sem fins lucrativos voltadas a questões humanitárias e aplicam inovação escalável e orientada por dados para solucionar os maiores desafios do mundo. Aceleramos seus progressos conectando-as a uma combinação única de apoio que inclui financiamento, produtos e conhecimentos técnicos de voluntários do Google. Buscamos nos envolver com as pessoas que fazem acontecer, causando impacto positivo para as comunidades que representam, e cujo trabalho tem potencial de produzir mudanças significativas. Queremos um mundo que funcione para todos – e acreditamos que tecnologia e inovação são peças fundamentais para este objetivo.
No último ano, o rapper Orochi dono da música “Amor de Fim de Noite” recebeu diversas críticas ao anunciar o seu namoro com a blogueira Lara. A crítica partiu do fato do cantor em suas letras de rapper enaltecer mulheres negras, enquanto na vida pessoal só foi visto se relacionando com mulheres brancas.
No trecho de uma das músicas mencionadas, o rapper diz “Minha pequena deusa africana, adoro sua vibe espontânea” e ao ser questionado sobre a letra em uma foto com a namorada loira, o rapper respondeu: “na África só tem preta ?”
Em sua defesa, o rapper disse que quando escreveu “Amor de Fim de Noite” ele se relacionava com uma mulher negra:
“Vários dizendo que meu discurso é ‘desonesto’ ou que eu me aproveito da mulher preta para ganhar dinheiro na música e namoro uma branca. Mas muitos não sabem que a música ‘Amor de Fim de Noite’ foi lançada dia 3 de outubro, e eu namorava com uma preta quando fiz”, postou em suas redes sociais.
Mas a explicação não foi bem recebida, pois em outro momento o rapper teria dito que estava solteiro quando escreveu o rap:
Além disso, alguns fãs questionaram o fato dessa mulher negra que ele supostamente dedicou o rap nunca ter sido vista com o cantor, e insinuaram que ele não a assumiu:
Em “Sobre Nós” o rapper decidiu rebater as críticas sobre o seu relacionamento, Orochi aparece ao lado de sua namorada trocando carinhos e canta:
“O que pra eles é errado, para nós é conto e de fadas” “elas julgam você porque queriam estar aqui” “elas todas montadas e você toda gostosa” como resposta para aqueles que o acusaram de ser ‘palmiteiro’ e usar mulheres negras para hitar as músicas.
Em outros momentos o rapper já falou sobre “Palmitagem” e disse que “Esse bagulho é mó escroto” e que “O amor não deve ser questionado”. O rapper classificou as críticas como inveja e preconceito.
Mirtes Renata, mãe de Menino Miguel, que faleceu após cair de um prédio de luxo em Recife sob os cuidados da patroa dela, não foi informada da audiência com testemunha do caso da morte de seu filho e pediu uma anulação da audição.
A testemunha, que não será revelada para não atrapalhar as informações da investigação, foi ouvida com a presença apenas dos advogados de Sarí Corte Real e do representante do Ministério Público, sem a presença do representante da vítima, o advogado de Mirtes.
Mirtes Renata Santana de Souza, que era empregada doméstica no prédio em que o seu filho faleceu, protocolou na segunda-feira (03) um pedido de anulação da audição de uma testemunha do caso, ela quer saber o motivo que deu para que a testemunha seja ouvida sem a presença de seus advogados.
Trata-se de uma testemunha que seria ouvida na Comarca de Tracunhaém/PE. Apesar de os advogados de Mirtes terem requerido, reiteradamente, informações acerca das distribuições das cartas precatórias para participar das audiências de instrução nas referidas comarcas, a escuta da testemunha acabou ocorrendo sem que fossem notificados.
Como o ocorrido aconteceu sem que Mirtes e seus advogados sequer fossem informados da data e tendo como os únicos advogados presentes no ato os de Sarí Corte Real, que responde ao processo por abandono de incapaz com resultado morte, e o representante do Ministério Público, a mãe está tentando comprovar ilegalidade na última oitiva.
“O fato gera nulidade processual, ou seja, invalida essa audição de acordo com o artigo 564 do Código de Processo Penal, uma vez que é direito da própria mãe de Miguel, representada por meio de seus advogados, realizar perguntas às testemunhas do caso. Com isso, a oitiva das testemunhas deixa de ser imparcial, favorecendo apenas a uma das partes, que, no caso, é a da acusada, a esposa do ex-prefeito de uma das cidades de Pernambuco, Tamandaré.” Informa uma nota oficial para a imprensa de seus advogados.
O fato demonstra as dificuldades diárias de acesso à justiça e os entraves enfrentados por Mirtes para conseguir a responsabilização efetiva de Sari. A morte de Miguel completará 1 ano no dia 2 de junho de 2021, sem que a fase inicial do processo tenha sido encerrada.
A educadora Tamiris Feereira e sua criação, Ayo (Imagem: acervo pessoal)
A construção da subjetividade negra passa pela quantidade e qualidade da representatividade com que esse indivíduo vai interagir. Na produção de literatura brasileira temos um espelhamento dos anos de colonização europeia, com perpetuação de um padrão eurocêntrico. Pensando em desconstruir isso, a educadora e graduanda em pedagogia pela USP, Tamiris Ferreira, 32 anos, criou a personagem Ayo, que é protagonista do livro “Ayo e as Formiguinhas”.
Ayo é uma menina preta retinta, de cabelos crespos e que usa birotes (vários coquezinhos), muito esperta, inspirada na filha de 7 anos da autora. Com a constatação de uma lacuna na grade curricular em relação à temas étnico-raciais, Tamiris se sentiu compelida a criar um projeto que suprisse parte desse vácuo. “Desenvolvi durante a pandemia um projeto solo de Educação Afrocentrada, o Xirê de Quintal. E desse Quintal, nasceu Ayo”, explica a educadora.
Tamires Ferreira explica que a palavra “xirê” tem origem Yorubá, que significa brincadeira, dança, roda, celebração. “Essa escolha vem da ideia de que os nossos quintais são esse lugar festivo, da reunião com os familiares, com os amigos”,diz a criadora de Ayo.
Tal como “Jeremias – Pele”, de Jefferson Costa e Rafael Calça, Ayo vem como mais uma carismática personagem preta para que pais possam reforçar “uma narrativa educativa, divertida e resgata o senso de pertencimento identitário ao apresentar personagens que se parecem com toda criança negra”, como explicado na descrição da campanha do livro no Catarse.
Sobre a negligência com que as crianças pretas são retratadas na indústria cultural, a autora propõe um exercício interessante: “Na sua infância quantos personagens você admirava e que se pareciam com você? Se você levar muito tempo pra responder, ou não conseguir encher os dedos de uma única mão é sinal de que a mídia e os meios de produção capitalista não se preocuparam em levar às prateleiras produtos que te representassem”, propõe.
Para que o projeto fosse levado adiante, Tamiris se juntou ao designer gráfico Igor Furqan e ao ilustrador Oberon Bienner, o Oberas. Furgan diz que enxerga as crianças negras com mais autoestima hoje do que antes, talvez resultado dos movimentos de afirmação da identidade negra, o que reforça a importância de se ter cada vez mais personagens e profissionais pretos construindo para o público preto.
“Eu aprendi sobre minha negritude à princípio com o rap. Claro, com situações que eu passei desde novo, com situações que meus parentes compartilhavam, mas a autoafirmação veio por meio do rap”, explica o designer.
O designer gráfico Igor Furqan (Imagem: acervo pessoal)
Oberas se sentiu atraído pela oportunidade de criar para um projeto que falasse de representatividade para crianças negras e que conversasse com o que já produzia. “O que me chamou atenção foi a originalidade do livro, a proposta afrocentrada e também o fato de eu ter essa vontade de fazer algum trabalho voltado para o público infantil a tempos”, explicou. Crescendo lendo HQs do Pantera Negra e assistindo ao Lanterna Verde John Stewart de Liga da Justiça, Oberas levou os conceitos de representatividade para seu trabalho, o que chamou atenção de Tami. Com a equipe formada bastava refinar ideias a respeito da divulgação e concepção visual da obra.
Tamiris, Oberas e Igor criaram juntos os termos da campanha no Catarse, que envolve, além do livro físico, brindes como, livro digital, áudiobook, kit para colorir, agradecimentos, marca páginas, pôster, camiseta, variando de acordo com a contribuição dos participantes. Igor elaborou o orçamento. Escolhendo a gráfica mais em conta. “A partir daí, o primeiro pensamento foi que o ideal seria encaixar tudo (e quando digo tudo é o valor do nosso trabalho, os brindes, os fretes e a porcentagem do Catarse) no dobro disso”, explicou.
O ilustrador Oberas (Imagem: acervo pessoal)
Para o futuro a intenção dos envolvidos no projeto é disponibilizar “Ayo e as Formiguinhas” para o público geral, de preferência distribuída por uma editora voltada ao público preto e, quem sabe, uma possível animação.” Eu penso em continuação sim, mas antes quero ver meu primeiro livro infantil como autora nas mãos de muitas crianças pretinhas. E sem dúvida pras continuações esse time está junto comigo”, afirma Tamiris. .
Como parte da ação de campanha, Tamiris, Oberas e Igor lançaram um manual de brincadeiras africanas ilustradas como ação de divulgação pra campanha. Para receber de forma gratuita, basta procurar pelo Xire de Quintal no Instagram.
A partir da segunda semana de maio, a Wolo TV inicia uma nova fase da plataforma com um catálogo inédito que tem como objetivo adaptar o telespectador a consumir conteúdo preto nacional. Os conteúdos estarão disponíveis gratuitamente após o próximo domingo, dia (8).
Em entrevista concedida a nossa editora-chefe Silvia Nascimento, Licionio Janurário CCO da Wolo TV falou sobre as mudanças e contou as suas expectativas para a nova fase que segundo ele, é uma fase de “fomentação de público” que a plataforma enfrentará.
“A gente quer ser uma das maiores telas de exibição e distribuição de dramaturgia preta no Brasil e América Latina. E a gente quer fazer isso gradativamente.” disse Licionio
Licionio Janurário também explicou sobre a dificuldade que as produções pretas têm de atingir a grande massa, para além dos festivais:
“Tem muitos filmes pretos que foram pra festivais, mas não chegaram a grande massa, porque a grande massa não está nos festivais. E esses filmes contém a mensagem que a gente que o nosso povo precisa consumir pra se empoderar de fato.” contou o fundador da WoloTV
Uma das intenções da nova fase da Wolo é trazer visibilidade para criações negras brasileiras e o processo tem envolvido realizadores negros de todo o Brasil:
“A gente quer adquirir esses filmes aos poucos e dar a devida visibilidade a cada um deles. Estamos conversando com realizadores negros do Brasil inteiro e está sendo bem bacana essa troca” completou o fundador.
Confira a programação que compõe a nova fase da plataforma:
Mulheres Negras: Projetos de Mundo
Foto: divulgação/Mulheres Negras – Projeto de Mundo
Sinopse: Nove mulheres, muitas vozes do presente, sem perder as referências do passado. Através de vivências e reflexões, o documentário levanta questões e instiga em poéticas as minúcias do que é ser mulher negra no Brasil.
Gênero: Documentário
Legenda: EN
Ano: 2016
País: Brasil
Elenco Principal:Djamila Ribeiro, Ana Paula Correia, Aldenir Dida Dias, Preta Rara, Nenessurreal, Francinete Loiola, Luana Hansen, Monique Evelle e Andreia Alves.
Direção: Day Rodrigues e Lucas Ogasawara
Roteiro: Lucas Ogasawara
A Mulher no Fim do Mundo
Foto: reprodução/ A Mulher no Fim do Mundo
Sinopse: Benedita e a garota Lua, duas mulheres negras que viram o velho mundo sucumbir, são agora as únicas sobreviventes. Benedita, enrijecida pelos processos dolorosos de silenciamento, tenta proteger Lua, uma criança curiosa que quer fazer um pequeno rádio funcionar para tentar conexão com outros possíveis sobreviventes. Entre os cacos do fim do mundo e o medo da solidão, Benedita encontra nas águas transatlânticas a resiliência necessária para continuar.
Gênero: Drama
Legenda: EN
Ano: 2019
País: Brasil
Elenco Principal: Tainah Paes, Maria Luiza Apolônio, Adalício batista e Gabriel Moura
Direção: Ana do Carmo e Sérgio Loureiro
Roteiro: Ana do Carmo
Punho Negro
Sinopse: Tereza Precisa Cuidar da Casa, do marido, dos dois filhos e ainda arranjar tempo para enfrentar vilões e viver sua vida como a justiceira Punho Negro. Conciliar sua carreira de heroína é sempre uma verdadeira batalha.
Gênero: Comédia
Legenda: EN, ES, FR
Foto: reprodução/Punho Negro
Ano: 2018
País: Brasil
Elenco Principal: Carol Alves, Heraldo de Deus, Cássia Valle, Raimundo Moura, Jacson Caetano e Isabela Samantha
Roteiro: Murilo Deolino, Milena Anjos, Lorena Sales, Camila Carvalho, Heraldo de Deus, Guilherme Alves, Carolina Silvério e Carol Alves
As Aventuras de Amí
Sinopse: Tomar banho? Escovar os dentes? Arrumar o quarto? Por que fazer agora se eu posso brincar mais um pouquinho? Esse é o dilema de Amí, sempre transformando tudo em aventura e fantasia.
Gênero: Infantil / Animação
Legenda:
Ano: 2018
País: Brasil
Elenco Principal: Ariane Souza, Daniel Farias, Ícaro Vila Nova, Maíra Azevedo
Direção: Igor Souza e Maria Carolina
Roteiro: Igor Souza e Maria Carolina
Preto No Branco
Foto: reprodução/Preto no Branco
Sinopse: Roberto Carlos, 20 anos, jovem negro, encerrou o expediente e corre, em frente ao shopping onde trabalha para não perder o ônibus. Essa é sua versão. Sem que se dê conta é abordado violentamente por dois policiais que o algema e o jogam dentro da viatura. Na delegacia é informado de que foi acusado de ter roubado a bolsa de uma jovem, Isabella. Mais do que isso, ele será reconhecido pela mesma.
Gênero: Filme
Legenda: EN
Ano: 2014
País: Brasil
Elenco Principal: Marcos Oliveira, Maria Bopp, Carolina Holanda, Taiguara Nazareth e Guilherme Lopes
Direção: Valter Rege
Roteiro: Valter Rege,
Casa da Vó
Sinopse: Teresa, uma avó tecnológica e exímia pagodeira, mora com os seus quatro e divertidos netos em São Paulo, todos buscam conquistar os seus sonhos na Cidade de Pedra, mas para alcançar o que desejam, eles viverão divertidas situações na CASA DA VÓ.
O ator Anthony Mackie, protagonista de “Falcão e o Soldado Invernal” e o produtor da série, Malcolm Spellman falaram ao site Ebony (portal norte –americano) destinado ao público negro sobre a importância de um ator afro-americano empunhar o escudo do Capitão América.
Anthony Mackie apareceu para o grande público no filme “8 Mile”, interpretando Papa Doc, adversário de Eminem em um torneio de rimas. De lá para cá foram quase 20 anos em papéis secundários como em “Pain & Gain” e “Abraham Lincoln – O Caçador de Vampiros” até culminar no atual ápice da carreira, que é se tornar herdeiro do escudo de Steve Rogers, o Capitão América original. “Isso é como ganhar um Oscar. Não há nada como alguém confiar em você para ser o rosto de sua marca nesse nível. Atores negros não têm essas oportunidades”, disse Mackie.
Imagem: divulgação
Anthony Mackie e seu Sam Wilson, o Falcão, apareceram no Universo Cinematográfico da Marvel no segundo filme do herói patriota, “Capitão América e o Soldado Invernal”, de 2014. Quem acompanhava os quadrinhos dos heróis já podiam suspeitar que estávamos sendo apresentados ao próximo herdeiro do escudo estrelado.Mackie soube no início de 2019 qual seria o futuro de seu personagem. Não há ri uma razão para levar 21 anos para chegar aqui, mas esta oportunidade faz com que esses 21 anos valham a pena esperar”, reflete sobre o tempo chegar onde está.
Tanto Mackie quanto o produtor da série, Malcolm Spellman (‘Empire’), sabiam que estavam para lidar com questões raciais delicadas ao colocar um homem preto para ser o símbolo dos Estados Unidos. Como explorar um símbolo de patriotismo sem ignorar o destino amargo de muitos homens negros que vivem no país?“A ideia de um homem negro ser o Capitão América parecia um momento seminal”, disse Spellman. “Eu senti que tinha as coisas certas a dizer sobre isso. E lutei para conseguir porque parecia importante para mim. Precisava de pessoas envolvidas que o fizessem da maneira certa. ”
Spellman recebeu apoio irrestrito do estúdio para tratar as complexidades de se ter um Capitão América negro.Spellman disse ao Ebony que não poderia deixar de agradecer aos predecessores Ryan Coogler e Joe Robert Cole, cineastas responsáveis pelo longa do Pantera Negra e também Chadwick Boseman, falecido em 2020, que deu rosto ao personagem nos cinemas. Spellman entende que “Pantera Negra” foi uma mudança na indústria, inclusive na boa recepção e empatia do público com o anti-herói Killmonger.
Uma da influências visíveis de ‘Pantera Negra’ na visão de Spellman para ‘Falcão e o Soldado Invernal’ é não se furtar em mostrar o escudo sujo de sangue, em uma analogia ao passado e presente racista dos Estados Unidos, assim como Killmonger trazia na sua existência um símbolo contra o colonialismo europeu no continente africano. “Este símbolo, esta ideia do que é ser americano. É muito importante agora. O homem negro tem uma relação muito tumultuada com o que é a ideia da América”, opinou Mackie.
Imagem: Geek do Infinito
Um ponto emblemático da série é a aparição de Isaiah Bradley, um supersoldado negro, que ao contrário de Steve Rogers, não foi alçado ao posto de herói nacional, mas torturado e preso. Esse personagem, também existente nos quadrinhos, traz a visão do homem negro reticente e desconfiado quanto a se os norte-americanos merecem um Capitão América negro ou mesmo se um homem preto continua sendo honrado ao aceitar empunhar as estrelas e listras.
Após os encontros do Falcão com Bradley, Sam Wilson veste o uniforme e ao final da série, o recado é dado e nome de todos os soldados negros e outras minorias invisibilizadas no país. “Cada vez que pego essa coisa, sei que há um milhão de pessoas que vão me odiar por isso”, diz Wilson, referindo-se ao escudo em punho. A mensagem não está só para os políticos na tela, mas também para quem está assistindo e questionando a legitimidade do novo Capitão América. O novo Capitão América do Universo Marvel é preto e isso não vai mudar tão cedo.
A advogada e ativista baiana, Juliana Souza, anunciou seu novo projeto que tem como foco trazer o reconhecimento para mulheres com baixas condições sociais sobre elas mesmas. Intitulado “Desvelando Oris – uma jornada na consciência” e idealizado pela advogada há mais de 3 anos, Juliana o projetou pensando na responsabilidade que carrega a partir das oportunidades que teve, segundo a mesma.
O projeto, que terá duração de 1 ano, tem por objetivo apresentar outras perspectivas de vida e existência para mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Um mergulho sobre elas mesmas que tem o maior objetivo refletir nas percepções delas sobre o seu entorno e suas vivencias.
“Faremos encontros semanais, recebendo em alguns deles personalidades e artistas das mais diversas áreas do conhecimento e atuação e teremos também um repositório online com material de apoio para a jornada. As ORIS receberão ainda uma ajuda de custo mensal simbólica de R$100,00 durante o projeto”, explica Juliana. O projeto tem início nesta quarta-feira (5).
Juliana Souza que é, em conjunto com sua parceria de trabalho, advogada da família Ewbank Gagliasso e ganhou muita repercussão após assumir o caso, defendendo e falando o quanto se sentia parecida com sua cliente, a pequena Títi, após ela sofrer ataques racistas nas redes. Com essa oportunidade de defender um caso grave e de consciência nacional, a advogada disse querer usar sua voz cada vez mais na luta antirracista e uma dessas oportunidades é o seu mais novo empreendimento próprio:
“O ingresso no caso de Bruno Gagliasso reforçou para mim a dimensão do que aquilo representava para centenas, só no meu linkedIn a notícia foi visualizada mais de 400 mil vezes e tive mais de 25 mil interações com a postagem em apenas 1 semana, sem contar as centenas de mensagens que recebi de advogadas(os) e estudantes de direito negros e não negros.”
Chegando aos 30 anos de idade e contando com experiências no setor público, privado e terceiro setor, Juliana diz que está na hora de empreender e por isso colocará em prática o Desvelando Oris, com o pensamento de compartilhar cada vez mais as oportunidades que teve ao longo de sua trajetória e mostrar que mulheres que se autoconhecem modificam as estruturas ao seu redor.
“Pensar em outras formas e estratégias de superação das fissuras desiguais historicamente construídas é minha nova missão, por isso além do Direito, eu tenho tentado investir na comunicação dialógica nas redes sociais, estou escrevendo um livro que deve ser lançado ainda este ano e quero ir para onde mais for possível e necessário – TV, rádio, publicidade, grande mídia…. -, para que tenhamos corpos e vozes dissonantes em todos os espaços e para que o bem-viver possa, finalmente, ser cotidiano.”
Além do projeto individual, Juliana Souza e Silvia Souza, sua companheira no trabalho, lançaram um curso de letramento social, “SOUZAS’s Consultoria”, e o projeto “Vamos Falar”, com o apresentador Fábio Porchat, tentando atingir pessoas e locais além das que já atingiam.
“Nossa ideia é, por meio de um papo leve, compartilhar pontos de vista sobre os mais variados assuntos. No primeiro episódio lançado na última sexta-feira,30/3, falamos sobre racismo, cinema, mercado de trabalho e outras cositas más.” Explica Juliana, quando perguntada sobre o ‘Vamos falar’.
Nossa blogueirinha da vida real Camilla de Lucas é uma dos grandes finalistas do Big Brother Brasil 21. E é o nosso dever tornar uma mulher preta campeã desse reality pelo segundo ano consecutivo.
Camilla de Lucas além de ter uma trajetória de jogo limpa e honesta, merece levar o prêmio pela sua história de vida, cria de Nova Iguaçu, Camilla já contou no reality diversas vezes de como teve uma adolescente complicada devido a bullying que sofria no ensino médio e o quanto tudo isso contribuiu para a sua insegurança e baixo autoestima.
Hoje, com mais de 2 milhões de seguidores no seu canal no Youtube, promove a beleza da mulher negra e dá dicas para as mulheres que assim como ela, aprenderam a se amar tarde demais. Como foi com Thelminha na edição passada, a presença de Camilla de Lucas no reality foi crucial para ter mais meninas negras se sentindo representadas em horário nobre. E sua vitória além de significar mais uma preta milionária, iria contra a narrativa de pessoas pretas problemáticas que pairou sobre a 21º edição.
Mas para isso acontecer, é preciso votar! Sabemos da força da Camilla e de todas as qualidades da blogueira, mas agora o público é quem decide quem deve levar o grande prêmio