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“Vá e leve”: Doralyce canta a despedida de um grande amor em novo single

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Foto: Divulgação.

Música está disponível em todas as plataformas digitais

A cantora pernambucana Doralyce apresenta “Vá e leve”, seu novo single. A música, que fala da despedida de um grande amor, vai fazer todo mundo que já teve que dar adeus a um relacionamento se perceber na letra composta pela cantora. Com uma interpretação suave e sensível, a nova música revela um lado mais leve da Miss Beleza Universal. “Todo mundo me conhece como pedreira e agora eu me revelo cachoeira”, resume. A faixa, produzida pela própria artista tem direção musical de Dudu Souto, violões de Renato Piau e piano de Sir Lucas. “Vá e leve” está disponível nas plataformas digitais.

“Com essa música quero encorajar outras pessoas a encararem suas realidades como ciclos e entenderem que a vida está em movimento o tempo inteiro e nós também estamos. A gente precisa se abrir para o novo e para isso, na maioria das vezes é necessário fechar uma porta do passado” explica Doralyce.

Ela acrescenta que a canção aborda uma despedida com leveza, com gratidão e com um amor para além do momento. “É muito especial uma mulher preta falar de sentimentos porque o lugar de falar o que sente sempre nos foi negado por essa sociedade racista e misógina. As dores que atravessam a comunidade preta são parecidas e acho que as mulheres que precisam encerrar um ciclo vão se identificar com ‘Vá e leve’ como uma canção de cura”, acredita. Ouça:

Doralyce tem tocado bastante violão durante a pandemia e foi praticando, dedilhando em busca das notas, que compôs “Vá e leve”. Se inspirou em clássicos de Cássia Eller, Mart’nália, Tim Maia e Luiz Melodia Por isso chamou Piau, que já tocou com todos esses nomes, para trazer o tom certo no violão de aço. 

A artista, ativista e empresária Doralyce é fundadora do selo Colmeia22, voltado para o agenciamento de artistas que fazem parte de minorias sociais. Em seu catálogo constam lançamentos como Bia Ferreira, Tyaro, Bixarte e Júlia Tizumba. Doralyce, com seu trabalho dentro e fora dos palcos, se propôs a fazer parte de uma revolução feminista e usar a música como sua principal arma. Seus shows são um ritual de som, dança, poesia e fé. Sua sonoridade, a da cultura popular brasileira. Entre suas composições estão os hinos “Miss Beleza Universal” e a versão feminista da música “Mulheres”.

Sua obra é pura libertação e emancipação da mulher afrolatina, questionando os padrões de beleza, democracia, o lugar da mulher, e o papel da arte para visibilizar as vozes que foram historicamente silenciadas. Doralyce já se tornou uma referência na construção do legado intelectual negro, sendo interpretada por grandes artistas como Bia Ferreira, Gaby Amarantos, Preta Rara e incontáveis rodas de samba e blocos de carnaval.

“Fiz um resgate de memórias para homenageá-las”: Jéssica Ellen se transforma em artistas negras que a inspiram

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Reprodução/Instagram Jéssica Elllen

Durante o mês de julho, em que é comemorado o mês da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, a atriz e cantora Jéssica Ellen preparou em seu instagram uma série de homenagens para outras artistas, mulheres que a inspiraram na profissão e fizeram uma carreira icônica com seus talentos.

Com uma série de fotos em homenagem às cantoras brasileiras como Elza Soares, Jovelina Perola Negra, Dona Ivone Lara e mais nomes, Jéssica ainda prepara uma homenagem às cantoras internacionais. As postagens internacionais começam no dia 02 de agosto.

“Eu acho importante a homenagem aos mais velhos que abriram as portas, na vida e como artistas, estudar sobe outras performances e mulheres que vieram antes para abrir novos caminhos. Devemos reverenciá-las.” Falou a atriz, ao dizer que pensou no projeto em casa, como uma forma especial para o mês da mulher negra latino americana e caribenha.

Para o ensaio, Jéssica estudou um pouco sobre a história de cada artista homenageada e procurou referências que a deixasse mais próxima de suas referências.

“Estou muito feliz pela reação das pessoas porque foi uma ideia que eu tive em casa, o que eu poderia fazer para o mês de julho e aí eu convidei meus amigos e é muito bonito ver o quanto essa imagem impacta nas pessoas e eu estou super feliz com isso.”

Jéssica seguirá com as homenagens em sua rede social enquanto se prepara para atuar nas telonas. Depois de brilhar em amor de mãe, atriz está em estudo de personagem para o filme “Os Malês”, de Manuela Dias e Antônio Pitanga.

“Afrolab Moda”: Programa para empreendedores negros, indígenas e afroindígenas na moda abre inscrições

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Imagem: Reprodução

Instituto C&A, braço social da C&A Brasil, e a pretahub, hub de criatividade, inventividade e tendências pretas responsável pela Feira Preta, se unem para lançar a 2ª edição do Afrolab Moda – programa voltado para apoiar e impulsionar as potências empreendedoras negras e indígenas da moda – que, agora, ganha o nome Afrolab Moda by Instituto C&A.

O edital irá selecionar 20 empreendedores que, ao longo de cinco meses, passarão por um intenso processo online de desenvolvimento, capacitação e aprendizagem. As inscrições serão abertas no dia 22 de julho e vão até o dia 3 de agosto por meio de preenchimento de formulário disponível em: https://forms.gle/QFyWBbKverfSK4Fq5

Com uma metodologia multiplataforma, o programa Afrolab Moda by Instituto C&A será dividido em duas fases. Os selecionados tambémterão as suas marcas nos canais de venda da Feira Preta.

A primeira fase, que acontece nos meses de julho e agosto, consiste em uma imersão de sete dias em que serão ofertados conteúdos exclusivos relacionados à autoconhecimento, criatividade, negócios, prototipagem e planificação. Além disso, o programa vai oferecer um módulo sobre Marketing Digital em que os participantes terão a oportunidade de aprimorarem seus conhecimentos em ferramentas como Google ClassroomZoom, LinkedIn, WhatsApp Business, Market Up, Facebook e Instagram Ads.

O edital é voltado para pessoas negras, indígenas e afroindígenas com idades entre 18 e 80 anos, que já possuem um empreendimento de design de roupas, calçados ou acessórios e vivência com o mundo da moda brasileira. Os interessados devem ter conhecimentos técnicos em produção de coleções, ter proximidade com a temática e fazer parte de regiões descentralizadas do Brasil. É necessário ainda ter acesso a internet e a um dispositivo móvel como um laptop, smartphone ou tablet.

“O Instituto C&A entende que o empreendedorismo é uma dentre as muitas possibilidades exploradas por profissionais negros, indígenas e afroindígenas e, por isso nos preocupamos com o desenvolvimento destes profissionais. Sobretudo porque sabemos que a inclusão produtiva para este público é mais desafiadora. O Afrolab Moda by Instituto C&A é a nossa contribuição para tornar negócios de moda afro e indígenas mais resilientes, somando na sua estruturação, adaptação à nova realidade do consumo e geração de renda”, diz Gustavo Narciso, Gerente Executivo do Instituto C&A.

Após a etapa imersiva, as marcas trabalharão na criação do Catálogo Afrolab Moda by Instituto C&A entre agosto e setembro, além de participar de atividades com associados voluntários da C&A Brasil.

“Toda a jornada dos participantes foi inspirada nas dores e delícias dos 20 anos da Feira Preta, em que vivenciamos e compreendemos de perto as realidades e demandas dos mais de mil empreendedores e empreendedoras que já passaram pelo Afrolab”, explica Adriana Barbosa. “O Afrolab é uma resposta que se debruçou cuidadosamente sobre as especificidades dos negócios negros e indígenas e para trazer ferramentas práticas, inspirações e espaço de criação e produção efetiva”, completa.

‘Nope’: Jordan Peele divulga nome e primeiro pôster de seu próximo filme

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O atual cineasta queridinho de Hollywood, Jordan Peele, revelou um pouco mais sobre seu próximo projeto como diretor. Peele, diretor dos excelentes “Get Out” (‘Corra‘) e “Us” (‘Nós’) revelou o nome do longa a ser lançado em 2022, “Nope”, e junto a isso mostrou o primeiro pôster do projeto.

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Imagem: Divulgação

‘Nope’ reúne novamente Peele com o vencedor do Oscar Daniel Kaluuya, que estourou para o mundo com o longa-metragem de estreia do cineasta (‘Corra’). O filme também trará no elenco Keke Palmer, Steven Yeun, Barbie Ferreira e Brandon Perea. 

Não há mais detalhes revelados, mas a expectativa do público e indústria são grandes se considerar que desde sua estreia nos cinemas, o diretor colecionou milhões de dólares em bilheterias ( ‘Corra’ ganhou $ 255,4 milhões e ‘Nós’ arrecadou  $ 255,1 milhões na bilheteria mundial)  e opiniões positivas da crítica especializada.

Com ‘Corra’, de 2017,  Peele levou um Oscar de roteiro original,

Além de Nope, Peele está se preparando para o lançamento de ‘Candyman‘, que ele produziu e co-escreveu e que é dirigido pela cineasta Nia DaCosta

‘Nope’ está programado para chegar aos cinemas em 22 de julho de 2022 pela Universal.

MC Carol lança clipe de ´Mulher do Borogodó’, single de seu novo álbum

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MC Carol está de volta com “Borogodó”, seu novo álbum de estúdio, e hoje lança o clipe do single ´Mulher do Borogodó’, explorando a sua já característica veia cômica e dando o sinal do que é seu atual trabalho, trazendo mais de temas como sexualidade (partindo do referencial feminino), autoestima e quebra de padrões. O clipe é uma animação colorida e divertida e a letra sem pudor vai agradar quem já gostou dos trabalhos anteriores da artista.

’Mulher do Borogodó’ é baseada em fatos reais e acho que no fim eu sou essa personagem. O clipe foi uma surpresa e me diverti muito com esse conto de fadas ao contrário. Tem muitos detalhes escondidos ali da minha carreira e da minha vida, como a fada madrinha que é a minha avó e sua famosa peruca”, conta Carol sobre o vídeo dirigido por Augusto Molinari e Ramon Faria.

Imagem: Divulgação

Em ‘Borogodó’, MC Carol continua usando o funk para expressar suas narrativas., mas estabelecendo diálogo com outros estilos. O álbum tem trap, tem funk melody, pagodão baiano e bregafunk. Eu sou muito eclética, gosto de muitos tipos de música. Acho que o “Borogodó” reflete isso. Estou bem feliz. São muitos gêneros populares, que se conectam com as pessoas.”, diz Carol. “Borogodó é uma atração irresistível. Algo que não tem explicação. Eles caem no meu charme. O meu novo álbum é isso: é estranho, muita gente vai achar uma merda, mas você vai se divertir”, declara a MC

O disco é uma realização da Ubuntu Produções já disponível nas principais plataformas de música. Você pode assistir o clipe de ‘Mulher do Borogodó’ no You Tube.

Bailarina Ingrid Silva cria filtro “Turban & Beauty” para Instagram

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Foto: Divulgação

Com o entretenimento, a bailarina e ativista reforça a importância de respeitar traços e cores naturais de cada um

Em busca de mais representatividade e afirmação individual de cada um com suas características, a bailarina e ativista Ingrid Silva criou o filtro “Turban & Beauty” no Instagram. Fã de turbantes, como acessório e também símbolo de potência, Ingrid apresenta cores e texturas diferentes e para todos os gostos. Outro importante diferencial, o filtro também apresenta alguns retoques de maquiagem, com delineador, blush e cílios discretos, que realçam a beleza e não modificam traços originais e cor de pele. 

“O mais legal desse mundo digital é o fato de podermos sempre criar coisas diferentes. Sempre tive vontade de fazer um filtro. Percebi que não me identificava com os efeitos, com as cores de pele variadas que aparecem geralmente, com as mudanças estéticas. Então pensei nesse formato para também entrar nessa brincadeira e trazer reflexão e verdade junto com ela. Trazer identidade para todos que quiserem usar”, comenta Ingrid.

Criado pelos designers Gabi Moreira (conceito, cores e texturas) e Tarcísio Filho (modelagem 3D), eles ressaltam a preocupação de Ingrid com a representatividade, efeitos naturais e que respeitam a individualidade de cada um. “O Brasil é um dos países com maiores índices de intervenções estéticas provocadas pelos efeitos de filtros nas redes sociais. Juntos pensamos nos mínimos detalhes para que o filtro sirva de ferramenta para ressaltar a beleza individual de cada um, de forma dinâmica. Tivemos o cuidado de não desvalorizar nenhum tom de pele, de respeitar as diversas tonalidades e fazer da maquiagem só mais um elemento que reforçar a força de cada um”, explica Gabi. 

O filtro já está disponível e pode ser encontrado AQUI. Nos efeitos, o usuário pode escolher as cores e texturas de turbantes e também tem a opção de usar apenas a maquiagem.

Shows de Elza Soares, Ludmilla e Salgadinho animam programação de um ano do canal Trace Brazuca

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Foto: Reprodução.

Especial de aniversário tem início dia 24 de julho e se estende durante toda a semana, com transmissão de shows e documentários

Pioneira na valorização da cultura afrourbana, a Trace Brasil, multiplataforma de mídia e entretenimento que chegou ao país em 2019, celebra no dia 25 de Julho um ano do lançamento do canal à cabo Trace Brazuca, com uma programação especial de aniversário. Com início em 24 de julho, a grade especial se estende durante toda a semana com shows de Ludmilla, Elza Soares e Salgadinho, além dos documentários “Tecendo a Liberdade”, “Meninas Black Power” e “Afrobeat: Da Nigéria para o Mundo”

Abrindo a programação de aniversário, no dia 24 de julho às 16h o Trace Brazuca exibe o álbum visual de pagode da cantora Ludmilla, “Numanice”, que conta com participações de Orochi, Bruno Cardoso, Di Propósito, Thiaguinho e Vou Pro Sereno. No dia 25, Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, quem dá continuidade ao especial é Elza Soares, com a transmissão da turnê “Deus é Mulher”. Também no dia 25, o canal exibe o show “Minha Verdade”, de Salgadinho, ex-vocalista do grupo Katinguelê.

O primeiro documentário a ser transmitido, ainda no dia 25, é “Meninas Black Power”, que destaca a subjetividade das mulheres pretas frente às problemáticas raciais e, consequentemente, a luta pela visibilização destas como uma ferramenta social e de resistência.

Na segunda-feira, 26 de julho às 16h será exibida a série documental da Trace “Afrobeat: da Nigéria para o mundo” que conta como o ritmo nigeriano ganhou o mundo. E no Cine Brasil às 19h30 e às 22h, será exibido o documentário “Tecendo a Liberdade”, produção da Humanitas360 que aborda as contradições do sistema prisional brasileiro sob a perspectiva feminina. O documentário destaca a dura realidade do cárcere sob a ótica de detentas e ex-detentas, de profissionais do sistema carcerário e do judiciário, apontando soluções alternativas, como experiências de cooperativismo e empreendedorismo atrás e além das grades.

Serviço – Especial de Um Ano do canal Trace Brazuca

Show Ludmilla – Numanice Ao Vivo

Data e hora: 24/07 às 16h, 25/07 às 16h e 26/07 às 14h

Show Elza Soares – Deus é Mulher

Data e hora: 25/07 às 11h

Show Salgadinho – Minha Verdade

Data e hora: 25/07 às 19h

Documentário “Meninas Black Power”

Data e hora: 25/07 às 21h e 29/07 às 17h e às 19h

Documentário “Afrobeat: da Nigéria para o mundo”

Data e hora: 26/07 às 16h

Documentário “Tecendo a Liberdade”

Data e hora: 26/07 às 19h30 e às 22h e 30/07 às 19h30

Transmissão: Canal a cabo Trace Brazuca (Claro TV – 624, Vivo TV – 630, Guigo TV – 74 e BluTV – 521) e plataforma digital Trace Play .

De xingamentos a perda de seguidores, veja os reflexos do cancelamento de Karol Conká para Negra Li e MC Soffia

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Negra Li e MC Soffia perderam seguidores e sofreram xingamentos nas redes sociais.

Em live, artistas revelaram que parte do público as trata “como se a gente fosse uma coisa só”.

A passagem da rapper Karol Conká pelo BBB ainda está bem fresca na memória dos brasileiros. As condutas, consideradas inadequadas, da artista durante o programa renderam a ela a perda de seguidores, contratos e um dano grave à sua imagem, mas não ficou por aí. O linchamento virtual que Conká enfrentou e ainda enfrenta, não ficou só na conta dela. Outras mulheres e artistas negras também foram penalizadas por tabela.

Em conversa com a editora-chefe do MUNDO NEGRO, Silvia Nascimento, e a colaboradora Jéssica Machado, Negra Li e MC Soffia revelaram que perderam seguidores durante a passagem de Karol pelo reality show. “As pessoas vinham nas minhas redes sociais me xingar, dizendo que eu era igual. Eu perdi seguidores, como se a gente fosse uma coisa só, como se nossas histórias não valessem nada. Como se por trás de cada um de nós, não existisse uma pessoa, uma vida que é importante”, disse Negra Li.

Quando a participação recorde de pessoas negras foi anunciada, logo muitas pessoas e influenciadores negros fizeram questão de pontuar o que poderia ser óbvio: as pessoas negras não são todas iguais e apresentam problemas, conflitos e, provavelmente, terão discussões e discordâncias dentro de um reality show.

MC Soffia, que perdeu três mil seguidores durante a passagem de Conká pelo BBB, avalia que falta na sociedade, a visão de que os grupos sociais têm suas diferenças. “Os grupos, sejam de mulheres, pessoas LGBTQIA+ ou pessoas pretas têm problemas internos e precisam resolver, como no caso da Karol (Conká) e o Lucas (Penteado). Resolveu? Eu não preciso falar mais nada. Eu sou cantora, eu sou rapper, eu sou preta, mas eu não sou ela, não somos as mesmas pessoas”, afirmou.

A dureza no tratamento dispensado às mulheres negras também foi lembrado pelas rappers. “A Karol perdeu milhares de seguidores por ter uma atitude errada no programa, enquanto um cara que bate na mulher ganhou milhares de seguidores”, lembrou Nega Li.

Mostra exibe filmes do início da carreira de Joel Zito Araújo

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Joel Zito Araújo. Foto: Jacob Solitrenick.

Filmes com o registro da visita de Nelson Mandela ao Brasil e a primeira vitória jurídica em um caso de demissão por racismo estão na mostra.

Um dos principais responsáveis pela emergência do cinema negro no Brasil e com filmes exibidos e premiados em diversos festivais pelo mundo, Joel Zito Araújo ganha mostra com nove dos seus filmes realizados entre os anos de 1987 e 1997. A programação ficará disponível de 22 de julho a 01 de agosto de 2021, no site criado especialmente para o projeto, e será retransmitida paralelamente pela TV dos Trabalhadores (TVT).

O início da carreira do cineasta mineiro compreende a produção no formato de vídeo e sua contribuição ao vídeo popular (anos 1980/90). Ainda pouco conhecido, esse conjunto de filmes fundamentais para a memória do cinema brasileiro é o foco do projeto. São trabalhos raros e de difícil acesso, como São Paulo Abraça Mandela (1991), que retrata o encontro do líder sul-africano com os movimentos negros paulistas, e A Exceção e a Regra (1997), que documenta a primeira vitória jurídica na história do país de um caso de demissão por racismo.

“A proposta desta Mostra que traz os meus primeiros dez anos de realizador cinematográfico foi uma surpresa para mim. Eu revisito com regularidade os meus longas para cinema, realizados a partir de 2000, mas meus curtas e médias estavam esquecidos. Redescobri personagens que entrevistei, histórias que desenvolvi, parcerias que fiz, pessoas com quem trabalhei, as minhas escolhas e experiências narrativas e os desafios que vivi neste período que foi de intensa formação”, diz Joel Zito.

“Por outro lado, revê-los é também ver o que estava se passando com a juventude do cinema ligada aos movimentos sociais e à luta pela redemocratização do país e dos seus meios de comunicação. Porque todos estes curtas e médias foram frutos de um compromisso e parcerias com os movimentos sociais, especialmente os movimentos negros”, relembra.

Dos filmes se desdobram outras ações, como a abertura da mostra, com a psicóloga e ativista Cida Bento (amiga e colaboradora frequente de Joel Zito) e a Masterclass de encerramento com o homenageado, que garantirá certificado a quem participar. Na ocasião, o realizador abordará as singularidades da realização em vídeo, as circunstâncias históricas de sua prática e a relação com organizações civis no período da redemocratização, traçando paralelos com seus filmes atuais.

“São filmes fundamentais porque, ao se engajarem junto a movimentos sociais, nos ensinam não só sobre as lutas, mas também sobre como lutar através das imagens”, afirma Vinícius Andrade, um dos idealizadores da mostra ao lado de Álvaro Andrade.

Os filmes ficarão disponíveis por 10 dias no site. Junto com eles, será lançado um catálogo, em formato de e-book. O material será composto por uma entrevista com Joel Zito, diálogos com parceiros de trabalho, como o advogado Hédio Silva Júnior e o diretor de fotografia Luiz Miyasaka, além de reflexões transversais sobre as obras, documentos e referências bibliográficas visando ampliar o conhecimento sobre a cinematografia abordada, fichas técnicas e fotografias de cada filme.

Serão transmitidos em tempo real ainda três debates com autores e autoras dos textos do catálogo, como Bernardo Oliveira, Dácia Ibiapina, Débora Olimpio, Edileuza Souza, Ewerton Belico, Fabio Rodrigues, João Carlos Nogueira, Nicole Batista, Paulo Galo e Vladimir Seixas.

As conversas serão mediadas pelo crítico de cinema Juliano Gomes, editor dos textos. E, completando a grade de atividades, a Mostra exibirá ainda dois programas bônus: O primeiro gira em torno do material bruto do filme A Exceção e a Regra, e o segundo é composto por três programas da série Vídeo Popular – 30 Anos Depois, exibido pela TV dos Trabalhadores (TVT) em 2015 e que teve Joel como apresentador.

Além da parceria com a TVT, a mostra teve o apoio da TV PUC de São Paulo, responsável pela preservação do acervo da Associação Brasileira de Vídeo Popular (ABVP).  

SERVIÇO:

MOSTRA JOEL ZITO ARAÚJO –  UMA DÉCADA EM VÍDEO

(1987-1997)

De 22 de julho a 01 de agosto de 2021

Site: www.mostrajoelzitoaraujo.com.br

FILMES DA MOSTRA

Nossos Bravos (1987, 31 min)

Formato original: U-Matic

Docudrama sobre as mobilizações trabalhistas do início do século XX no Brasil, protagonizadas por organizações sindicais de influência anarco- socialista. A partir de recursos ficcionais e arquivos históricos, o filme reconstitui parte importante da memória do sindicalismo brasileiro e de suas maiores greves, estabelecendo o diálogo entre diferentes gerações operárias. Com Lelia Abramo, Dionizio Azevedo, Dulce Muniz, Gésio Amadeo, Cláudio Ferrario, Javert Monteiro, Carla Margareth, Devanir Rodrigues. Apoio da Cinemateca Brasileira e Arquivo Edgar Leuenroth (UNICAMP).

Produção: DIEESE – Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos socioeconômicos – Equipe de Educação Sindical/ Montevideo

Roteiro: Joel Zito Araújo e Peter Overbeck Direção: Joel Zito Araújo e Peter Overbeck Fotografia: Peter Overbeck

Montagem: Joel Zito Araújo, Peter Overbeck e Susana Kirkjian

Memórias de Classe (1989, 40 min)

Formato original: U-Matic

Documentário sobre o cotidiano e a luta dos trabalhadores da geração dos anos de 1930 no Brasil. Contado através das memórias de uma feminista e quatro sindicalistas, o filme mostra as diversas faces da experiência de organização dos trabalhadores nessa época, da influência varguista ao comunismo, culminando no traço comum da sua relação com as bases operárias. Ganhador do Concurso Nacional de Roteiros da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)/Fundação Ford de 1988. Realizado com financiamento do Concurso e com apoio do DIEESE e da Cinemateca Brasileira.

Produtora: Tapiri vídeo Roteiro: Joel Zito Araújo Direção: Joel Zito Araújo Fotografia: Valdir Tezinho

Montagem: Valdir Tezinho, Rodrigo Astiz e Maria Angélica Lemos

Almerinda, Uma Mulher de Trinta (1991, 25 min)

Formato original: U-Matic

Resgate da história de vida da militante feminista dos anos 1930, Almerinda Farias Gama, participante da luta pelo direito de voto da mulher, na Constituinte de 1934, e ativista da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, junto a Bertha Lutz. Realizado em parceria com a

S.O.S Corpo (Recife). Apoio da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)/Fundação Ford, Fundação McArthur, Novib. Menção   Honrosa,   pelo   caráter   de   preservação da memória, no 14º Guarnicê de Cine-Vídeo/Jornada de Cinema e Vídeo do Maranhão, em 1991. Selecionado para o Habana Film Festival/Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano.

Produtora: Tapiri vídeo/TV Viva

Roteiro: Joel Zito Araújo e Angela Freitas Direção: Joel Zito Araújo e Angela Freitas Fotografia: Valdir Tezinho

Montagem: Joel Zito Araújo e Angela Freitas

Alma Negra da Cidade (1991, 30 min)

Formato original: U-Matic

A persistência da discriminação racial não impediu a afirmação da comunidade negra no espaço urbano de São Paulo. Dois cantores, um poeta, uma empresária, uma empregada doméstica, uma mãe de santo, um jovem, todos afro-brasileiros residentes em São Paulo, contam suas origens, trajetórias de vida, sonhos, angústias, e como vêem a situação da população negra 102 anos após a abolição formal da escravatura. Documentário realizado para exibição na TV Gazeta, no dia 13 de maio de 1992. Parceiros: Coordenadoria Especial do Negro (CONE) e Prefeitura Municipal de São Paulo. Apoio da TV dos Trabalhadores.

Produtora: Tapiri Vídeo

Direção de produção: Maria Angelica Lemos Roteiro: Joel Zito Araújo

Direção: Joel Zito Araújo Fotografia: Luiz Miyasaka Montagem: Valdir Afonso

São Paulo Abraça Mandela (1991, 22 min)

Formato original: U-Matic

Documentário sobre a visita de Nelson e Winnie Mandela à cidade de São Paulo, registrando o seu encontro com a comunidade negra e os movimentos sociais atuantes na cidade. O filme mostra a recepção oficial e a importância de suas presenças para o processo de reconhecimento do papel dos afro-brasileiros na formação do país. Parceiros: Coordenadoria

Especial do Negro (CONE), Prefeitura Municipal de São Paulo e Comitê Paulista de Recepção a Mandela.

Produção: TV dos trabalhadores (TVT) Roteiro: Joel Zito Araújo

Direção: Joel Zito Araújo

Fotografia: Cláudio Morelli, Nestor Neregato Montagem: Roberto Cardoso

Homens de Rua (1991, 32 min)

Formato original: SVHS e U-Matic

O filme se aproxima das vivências de homens e mulheres obrigados a sobreviver nas ruas de São Paulo no início dos anos 1990, época de deterioração das condições de vida dos trabalhadores, alto índice de desemprego e aumento da pobreza urbana. Entre a abordagem do problema como algo estrutural e um olhar sensível para os personagens, o documentário retrata a vida de pessoas que perderam seus trabalhos, distanciaram-se de seus afetos e viram sua identidade desintegrar-se. Parceria com a Secretaria Municipal do Bem Estar Social, da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Produtora: Tapiri vídeo

Direção de produção: Franklin G. Pinto Roteiro: Joel Zito Araújo

Direção: Joel Zito Araújo

Fotografia: Luiz Miyasaka e Robson de Azevedo Montagem: Cleiton Capellossi

Retrato em Preto e Branco (1992, 15 min)

Formato original U-Matic

O documentário é estruturado como uma vídeo-carta de um homem negro denunciando a persistência do racismo na sociedade e na mídia brasileira, um século depois do fim oficial da escravidão. Apresenta, assim, as contradições entre duas imagens das relações raciais no Brasil: a imagem divulgada no exterior, que difunde o mito da democracia racial, e a imagem interna, apresentada nos livros didáticos e na televisão, nos quais são perpetuados os estereótipos negativos contra a população negra. Com Guilherme Santana. Supervisão do Centro de Estudo das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e parceria com o Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC). Exibido no IV Encontro Latino Americano de Vídeo (Peru), na Muestra Latinoamericano de Video Educativo y Cultural (Chile), na Premiète da Muestra Europeenne

de Vídeos Latino-Americaines (França), e no Chicago Latino Film Festival (EUA).

Produção: Paulo Bueno, Bia Ribeiro – Companhia de Vídeo Roteiro: Joel Zito Araújo e Hédio Silva Junior.

Direção: Joel Zito Araújo Fotografia: Luiz Miyasaka Montagem: Paulo Bueno

Eu, Mulher Negra (1994, 31 min)

Formato original: U-Matic

Encomendado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) a partir Projeto “Saúde Reprodutiva da Mulher Negra”, coordenado por Elza Berquó, o filme faz parte de um compromisso de solidariedade pelo resgate de cidadania da população negra brasileira. São imagens e vozes que carregam a experiência de diferentes mulheres negras, tendo como eixo os problemas e desafios enfrentados para o cuidado com sua saúde reprodutiva. Participações de Ruth de Souza, Malu Mendes, Gueda Liberto, Patrícia Pereira, Ângela Baptista Alves e Lourdes das Graças Chagas. Apoio: Fundação McArthur e Novib.

Produtora: Tapiri vídeo

Direção de produção: Maria Lúcia da Silva Roteiro: Joel Zito Araújo

Direção: Joel Zito Araújo Fotografia: Luiz Miyasaka Montagem: Paulo Weidebach

A Exceção e a Regra (1997, 39 min)

Formato original: Betacam.

O filme investiga como as denúncias de racismo são tratadas pela justiça brasileira, relatando a história inédita de persistência e dignidade de um homem negro: Vicente do Espírito Santo tornou-se um caso de exceção por ter sido a primeira vítima de racismo a furar o cerco e chegar vitoriosamente ao Tribunal Superior do Trabalho e ao horário nobre da Rede Globo. Parceria com o Núcleo de Estudos Negros (NEN). Apoio: Fundação Ford, Sinergia SC, Fundação Cultural Palmares, Agentes de Pastoral Negros Quilombo Central, Câmera de Vereadores de Salvador, Centro de Estudo das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), Central Única de Trabalhadores (CUT-SP), Geledés, Secretaria de Negros e Negras – PT Nacional, Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente, Sindicato dos Bancários (ES), Sindicato dos Bancários de Florianópolis, Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Indústria Energética (MG), Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (MG). Selecionado para o Festival Nacional de Vídeo “Brasilidade”, organizado pela Cinemateca do MAM-RJ e Goethe- Institut.

Produção: Tapiri vídeo Roteiro: Joel Zito Araújo Direção: Joel Zito Araújo

Fotografia: Luiz Miyasaka e Valdir Tezinho Montagem: Joel Zito Araújo e Renato Tapajós

PROGRAMAS ESPECIAIS

Programa I – Bônus A Exceção e a Regra

Conjunto de materiais extra em torno do filme A Exceção e a Regra. O primeiro deles apresenta parte do material bruto do documentário, com imagens inéditas do julgamento do caso de Vicente do Espírito Santo. O segundo consiste em um trailer extraído do primeiro corte do filme, quando este ainda se chamava A Herança de Zumbi. Por fim, uma versão produzida para o público estrangeiro – dublada em inglês e com duração reduzida em relação à cópia brasileira.

Programa II – Série Vídeo Popular – 30 Anos Depois

Em 2015, o arquivo da Associação Brasileira do Vídeo Popular (ABVP) tornou-se matéria-prima para uma série sobre os 30 anos do vídeo popular. Produzida pela TV PUC (responsável pela preservação do arquivo da ABVP) em parceria com a TV dos Trabalhadores (TVT), na qual foi exibida, a série teve como apresentador Joel Zito Araújo. Dentre 26 episódios, três foram selecionados para exibição: o Episódio 1 tem participação de membros do Movimento Negro Unificado (MNU), com quem Joel Zito nutriu fortes laços; o Episódio 9, sobre o vídeo Exclusão Social (1995, de Renato Tapajós, realizado pela Tapiri, produtora da qual Joel Zito foi sócio, dialoga com filmes da Mostra (como Homens de Rua); Por fim, o Episódio 16, sobre as relações raciais no Brasil, faz uso de trechos e debate questões presentes em Retrato em Preto e Branco

Michaela Coel é confirmada no elenco de Pantera Negra: Wakanda Forever e fãs pedem a presença de Tempestade

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A atriz e roteirista britânica de 33 anos, Michaela Coel, juntou-se ao elenco de “Pantera Negra: Wakanda Forever“, a aguardada sequência do filme de sucesso lançado em 2018. Essa semana já havia sido confirmado a volta de Winston Duke e assim como o ator, Coel não comentou detalhes de seu papel na produção.

Michaela Coel — Foto: Reprodução/Twitter
Imagem: Reprodução/Twitter

Segundo a Variety,  Coel se juntou ao diretor Ryan Coogler no Pinewood Studios de Atlanta, onde a filmagens começaram no mês passado. 

Coel se tornou conhecida após roteirizar e dirigir a aclamada série da HBO Max “I May Destroy You“, pela qual recebeu quatro indicações ao Emmy. Além de escrever, dirigir e produzir, Coel estrelou o show que acompanha uma popular escritora processando traumas de estupro.

Horas após a confirmação da presença de Coel, o nome da atriz entrou para os trendings do Twitter com a volta do antigo rumor de que ela será a líder dos X-Men, Tempestade (Ororo Munroe). Nas HQs, Tempestade e Pantera Negra chegaram a se casar.

Apesar de não confirmado oficialmente, grande parte do elenco original deve voltar, incluindo Danai Gurira, Letitia Wright, Daniel Kaluuya, Winston Duke, Lupita Nyong’o, Florence Kasumba e Angela Bassett.

“Pantera Negra – Wakanda Forever tem previsão de estreia para o dia  8 de julho de 2022.

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