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Instituto Afrolatinas apresenta programação especial com foco no aniversário de 15 anos do Festival Latinidades

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Foto: Juliana Uepa.

Concurso para a escolha da nova  identidade visual e o logotipo comemorativo do festival, capacitação e práticas em empreendedorismo, parceria com a Preta Hub e o British Council para empreendedoras e financiamento coletivo para a manutenção da Casa Afrolatinas são algumas das iniciativas

Inaugurada em junho de 2020, a Casa Afrolatinas é uma realização do Instituto Afrolatinas em ter um espaço para ser uma central criativa, um espaço de trocas, intercâmbios culturais e experimentação de tecnologias. Localizada no Varjão, periferia do Distrito Federal, o espaço recebe uma programação especial e dará início aos preparativos para a 15º edição do Festival Latinidades. 

O objetivo da Casa Afrolatinas é proporcionar à comunidade negra um espaço para aprendizados e trocas ao longo de todo o ano, e para que isso se torne possível, desde o dia 11 de novembro, através do site da Benfeitoria, o Instituto Afrolatinas abriu um financiamento coletivo com o objetivo de  arrecadar o valor de R$ 90 mil. A cada R$1,00 doado, o Instituto recebe R$3,00.

“Assim como o Festival Latinidades, a Casa Afrolatinas nasceu para ser um espaço ativador de encontros, encantos, formações e oportunidades.  Uma casa de mulheres negras latino-americanas e caribenhas. Uma casa de afetos. Uma mostra de nossas cores, sabores, saberes e fazeres. Nosso sonho de ter uma casa coletiva ao longo de todo o ano encontrou lugar no Varjão, comunidade periférica, no Distrito Federal, com população de 80% de pessoas negras. Nossa história é coletiva, e a construção desse sonho não poderia ser de outra maneira. Assim nos movemos.” explica Jaqueline Fernandes, co-fundadora da Afrolatinas.

Lab Cultura Varjão

Uma das primeiras atividades presenciais na Casa Afrolatinas, O Lab Cultura Varjão, será voltada para a comunidade do bairro em que recebeu a casa. Entre os dias 15 de novembro e 15 de dezembro, as moradoras e moradores do Varjão participam de um laboratório com o objetivo de apoiar jovens  empreendedores a desenvolver projetos, ideias, ações e negócios criativos, oferecendo aos mesmos capacitação e práticas em empreendedorismo, finanças, gestão, elaboração de projetos, comunicação e produção cultural. Capacitação para o desenvolvimento de habilidades empreendedoras e de execução e para a formação de jovens líderes que atuem no campo da cultura e da economia criativa no futuro. Toda a programação está no link.

Afrolab Digital Música

Entre os dias 3 e 11 de dezembro, acontece o Afrolab Digital Música, com sessões de materiais, conteúdos exclusivos on-line e práticas monitoradas. Uma co-criação entre Preta Hub, Instituto Feira e Instituto Afrolatinas, com o objetivo promover e impulsionar ideias empreendedoras no mercado da música. Aberto para empreendedores negros, indígenas e LGBTQIA+ maiores de 18 anos.

Será o quarto ciclo de Afrolab Digital 2021 desenvolvidos pelo Instituto Feira Preta e, pela primeira vez, o foco será na área do empreendedorismo na música, uma arte que cura, com oferta de 100 vagas. O programa de mentoria Afrolab é responsável por apoiar, promover e impulsionar o afroempreendedorismo no Brasil.  

A  metodologia  do  Afrolab   inclui   conteúdos  digitais   para   assistir  no   Google  Classroom, acompanhamento na realização de atividades no WhatsApp e facilitação ao vivo no Zoom. As atividades acontecem durante 7 dias e desenvolvem diferentes temáticas para o fortalecimento das capacidades empreendedoras na criação, produção, distribuição e consumo de produtos e serviços de empreendedores do bem-estar, cuidado e auto cuidado.Afrolab Digital Música  tem apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da NIVEA, com o tema O Toque que Transforma e Inspira Conexões.

Concurso para a edição de 15 anos  

Em 2022, o Festival Latinidades, organizado pelo Instituto Afrolatinas, completa 15 anos. E, para comemorar este aniversário de forma coletiva, o Instituto faz uma chamada aberta para a construção de várias etapas da próxima edição. Estão abertas as inscrições para o concurso que definirá a Identidade visual e o logotipo comemorativo do 15º Festival Latinidades.

Este concurso será voltado a todos que tenham formação completa ou a concluir nos cursos de Design, Publicidade, Artes Visuais, Jornalismo ou profissionais que tenham experiência de criação em Branding Design. Até o dia 8 de dezembro, os projetos devem ser enviados para o e-mail do Instituto Afrolatinas, que define o vencedor até dezembro de 2021.

“Durante estes 15 anos formamos e fomos formadas por muitas mulheres negras que vieram junto, antes e ainda virão depois de nós. Nosso sonho é coletivo e a construção da próxima edição também será”, comemora Jaqueline Fernandes,co-fundadora do Instituto Afrolatinas.

As regras e o edital deste concurso estão neste link.

Festival Latinidades

Criado em 2008, o Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha, Latinidades, consolidou-se como o maior festival de mulheres negras da América Latina. Tem sido um grande encontro da cultura negra produzida em África e diáspora, e também uma plataforma de impulsionamento de trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.  O projeto forma e consolida públicos para valorizar fazeres e saberes de mulheres negras.

O festival acontece  anualmente na semana de 25 de julho, data em que, em 1992, foi realizado o I Encontro de Mulheres Negras da América Latina e Caribe, na República Dominicana. No Brasil, no dia 02 de junho de 2014, foi sancionada a Lei que institui o Dia da Mulher Negra, em homenagem à grande líder quilombola Tereza Benguela –  fruto de intensa mobilização dos movimentos de mulheres negras brasileiras, na qual o Festival Latinidades também teve importante participação.

As mulheres negras somam mais de 80 milhões na América Latina e Caribe. O  legado do Instituto Afrolatinas para a humanidade é inquestionável enquanto sujeitas históricas, com produção de memória e patrimônio científico, artístico, material e imaterial incomparáveis. A realização do festival também é sobre reivindicar o direito ao usufruto das riquezas produzidas por mãos negras. 

Afrolatinas

Site: http://afrolatinas.com.br/

Instagram: https://www.instagram.com/afrolatinas/

Youtube: https://www.youtube.com/afrolatinas

MOOC se une ao TikToK para campanha que exalta a comunidade negra na plataforma

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Coletivo MOOC / Crédito: Hick Duarte

A agência é responsável pelo planejamento estratégico e conceito criativo da campanha que reafirma o potencial dos criadores pretos da plataforma.

O Movimento Observador Criativo (MOOC) foi convidado pelo Tik Tok para ajudar no desafio de conectar a plataforma à comunidade negra de forma autêntica, relevante e constante, com ações e pautas que impactem a comunidade o ano todo e não só no mês de novembro. Em um trabalho conjunto, o coletivo e a rede social chegaram ao conceito criativo da campanha com a hashtag #NaMinhaPelePreta, que compreende a importância da comunidade negra para a cultura brasileira.

Ao longo de quatro dias de sprints, com sessões focadas em imergir na realidade da marca, as empresas estudaram e mapearam como a plataforma se relaciona com a comunidade negra. Em conjunto, o coletivo e a rede social chegaram ao conceito “A pluralidade negra cabe aqui”, compreendendo toda a variedade de conteúdos dos creators negros e a identidade democrática do TikTok.

E, com o objetivo de contar, paralelamente, sobre o individual e o plural em ser negro, além de reafirmar o potencial dos criadores pretos da plataforma, as marcas criaram a hashtag #NaMinhaPelePreta para incentivar postagens com dicas de leitura, música, educação, comédia, gaming, esportes, beleza, entre outros assuntos, que incentivam a comunidade negra na cultura brasileira.

“A educação é o principal meio de transformar a nossa realidade”, diz Osvaldo Pimentel, CEO da plataforma Monetizze

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Foto: Henrique Gualtieri.

Nascido na Zona Leste de Belo Horizonte, Osvaldo Pimentel é o filho caçula da Dona Maria de Fátima.

Durante parte da sua infância, morou próximo à estação de metrô Horto Florestal, uma região de Belo Horizonte que sempre alagava quando chovia muito. “Ali na região em que eu morava quando chovia tinha muito alagamento, e no começo dos anos 90 um deles quase tirou minha vida”, contou.

Graças a Reginaldo, seu vizinho que pulou e o salvou, nada aconteceu. Mas Osvaldo conta como se fosse hoje o quanto era “normal” depois de cada enchente arrumar as coisas e seguir a vida como se nada daquilo tivesse acontecido. 

Dona Fátima, sua mãe, é sua maior referência de luta e conquista. Na época das enchentes, ela percebeu que só o trabalho como doméstica não ia dar conta das contas da casa e com uma bolsa térmica que havia recebido de brinde após comprar uma geladeira no crediário começou a vender sanduíches no Tribunal de Justiça, (com a ajuda de sua filha mais velha). Com o dinheiro extra, veio a primeira conquista: mudar para uma casa que tinha um sobrado onde não alagaria mais.

Osvaldo estudou a vida inteira em escola pública, e graças a sua mãe que trabalhava no centro conseguiu frequentar uma das melhores escolas públicas da capital, chamada Delfim Moreira. “As donas da casa que minha mãe trabalhava eram influentes e conseguiram uma vaga pra mim, contou.

Ao sair dessa escola e ir para o ensino fundamental, Osvaldo teve um pouco de dificuldade em algumas matérias, e teve o apoio das tias Regina e Lúcia, que vinham de Goiânia e se revezavam para ajudá-lo enquanto sua mãe trabalhava.

Ao entrar no ensino médio, em 2004, Osvaldo resolveu se dedicar mais aos estudos, e junto deste momento contou da importância de ter o Racionais como referência para a construção da identidade. “Músicas como Negro Drama, A vida é um desafio e Jesus Chorou foram um divisor de águas para mim”, disse.

Hoje, sei da importância de da dos estudos de base para as crianças negras. Só dessa forma formaremos presidentes, CEOs e bons políticos negros”.

Para ele, essa construção de identidade foi chegando aos poucos, assim como reconhecimento da sua própria cultura Afro. “A vida inteira eu vi minha tia que trabalhava como caixa usando cabelo alisado, e hoje depois de anos ela pode usar o cabelo como quiser, assim como eu que deixei o meu crescer há pouco tempo”.

Ser advogado era seu sonho de infância, e vendo uma das irmãs trabalhando no tribunal de justiça foi o que potencializou ainda mais sua vontade. “Eu convivia ali com aquelas pessoas e tinha vontade de me tornar uma delas”, disse. 

“Enquanto alguns diziam que não valia a pena estudar, eu sempre acreditei muito na educação, e fui incentivado pela minha família. Educação pra mim é um valor”

Sua jornada no ensino superior não foi diferente da de muitos alunos pretos de escola pública, entrou para a faculdade Newton Paiva através do Prouni e o programa de cotas que analisava também a renda de toda a família. 

“Na minha sala eram apenas 2 negros, e em cada uma das discussões sobre cotas eu preferia me calar ao debater com pessoas que jamais entenderiam a minha realidade, até porque ali tínhamos apenas uma professora negra, e isso diz muito”.

Ao sair da faculdade Osvaldo trabalhou por 2 anos em um escritório. Vendo de perto o dia a dia de um escritório jurídico, percebeu que trabalhar nesta área não era o que buscava, e tinha muita vontade de seguir carreira acadêmica ou tentar magistratura, para ser Juiz Federal.

Enquanto estudada e se preparara para dar o próximo passo em sua carreira, fazia consultoria jurídica para empresas. Foi quando conheceu a Monetizze, startup mineira de meios de pagamento, e começou a trabalhar remotamente para a empresa, até que em 2017 recebeu o convite para trabalhar mais de perto, como Gerente Jurídico. 

“Ao entrar para o cargo eu sentia que precisava estudar mais, foi então que com o apoio da  Monetizze, cursei a pós graduação em Direito Empresarial no Ibmec, e foi essa especialização que realmente abriu cada vez mais a minha mente não só para o direito empresarial, mas para a gestão de negócios”.

Três anos depois surgiu outra oportunidade e Osvaldo passou a trabalhar como Superintendente na Monetizze, e mais uma vez sentiu a importância de se manter estudando. “Foi então que busquei a especialização em gestão, com ênfase em negócios da Fundação Dom Cabral, uma das melhores escolas de negócios do mundo”.

Em nossa conversa, Osvaldo lembrou também da importância da luta pelos Direitos Civis nos EUA, no processo de construção de ações afirmativas e, como isso contribuiu para a eleição de um presidente negro. “Sem esse movimento e as ações afirmativas, o Obama não teria sido presidente dos EUA e tido toda essa representatividade pelo nosso povo”.

Há um ano Osvaldo assumiu a cadeira de CEO da Monetizze, transformando sua carreira. Estratégico, preparado, motivado e altamente orientado a resultados, Osvaldo acredita no poder do “juntos”, e hoje em seu modelo de gestão foca em unir competências e buscar a essência de cada indivíduo.

Exemplo de representatividade para profissionais negros, que buscam ascender em suas carreiras até cadeiras executivas, Osvaldo é a prova de a educação transforma. Hoje como CEO, Osvaldo Pimentel conta o quanto a educação sempre esteve presente na sua vida, desde a escola até hoje em dia. “A educação faz parte da minha vida, e para mim é o principal meio de transformar a nossa realidade, é nisso que eu acredito, é um valor”, concluiu.

Programa vai orientar cinco produtoras executivas negras para atuação no mercado audiovisual

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Foto: Reprodução.

Inscrições estarão abertas de 26 de novembro até o dia 06 de dezembro de 2021

NICHO 54, instituto que trabalha pela estruturação de carreiras de profissionais negros e negras no audiovisual, abre, nesta sexta-feira (26), chamamento para a primeira edição do “NICHO EXECUTIVA”, programa dedicado à formação teórica e prática de Produção Executiva em ambientes de mercado audiovisual. As inscrições poderão ser realizadas até o dia 06 de dezembro pelo formulário disponível aqui . 

Para esta edição inicial do projeto, serão selecionadas cinco produtoras negras, com perfil executivo e em estágio inicial de carreira, sendo 3 profissionais mediante mapeamento e convite do instituto e 2 vagas preenchidas via chamamento a partir das seguintes etapas: triagem, na qual as candidatas vão preencher o formulário e enviar portfólio e carta de intenção de acordo com o regulamento do programa; seleção, na qual o material enviado será avaliado por um comitê especializado na área; e entrevista, que buscará entender as expectativas das candidatas e a adequação ao perfil estabelecido pelo Programa.

A comissão de avaliação do NICHO EXECUTIVA será formada por três profissionais experientes do setor audiovisual. As cinco profissionais vão receber formação técnica por meio de duas etapas:

A primeira delas será focada na compreensão de estágio de carreira e carteira de projetos, oportunidades existentes e instrumentalização da área de atuação. Nesta etapa inicial, as selecionadas recebem aulas teóricas e consultoria e participam de reuniões e masterclasses com profissionais do setor audiovisual; 

Já a segunda etapa consistirá na participação integral em sete eventos de mercado, sendo dois deles internacionais, na condição de “membro da indústria”. As participantes serão preparadas para atuarem comercialmente com seus projetos nestes eventos do setor audiovisual em companhia de um membro mentor do NICHO 54.

“Levando em consideração a desigualdade racial e econômica que estrutura a sociedade brasileira, este Programa vai ao encontro da proposta do instituto de criar ações e programas para atender especificamente à comunidade negra. Entendemos que tais iniciativas resultam em benefícios e impactos para todo o setor audiovisual”, explica Fernanda Lomba, codiretora do NICHO 54 e idealizadora do NICHO EXECUTIVA.

O Programa terá coordenação de Joelma Gonzaga, produtora executiva criativa,  também conselheira do instituto. “Ampliar a presença de profissionais negras nas lideranças executivas e criativas dos processos audiovisuais, significa ampliar e repensar todo um sistema que vem desde sempre construindo as narrativas e disputando imaginários sem considerar a diversidade e a amplidão  de vozes da nossa  sociedade”, afirma Joelma.

Com duração de 12 meses de capacitação profissional, o NICHO EXECUTIVA será concebido no período de  janeiro a dezembro  de 2022. As empresas e instituições que desejam apoiar o programa, bem como as demais ações do NICHO 54, podem enviar e-mail para executivo@nicho54.com.br .

Sobre o NICHO 54:

Atualmente dirigido por Fernanda Lomba e Heitor Augusto, fundadores do instituto ao lado de Raul Perez, o NICHO 54 visa fomentar a presença negra no audiovisual. Incorporando perspectivas de gênero, classe e orientação sexual, atua na estruturação de carreiras de pessoas negras com vistas a posições de liderança criativa, intelectual e econômica.

O Instituto está estruturado em três pilares: Formação, que compreende a capacitação para profissionais exercerem distintas funções na cadeia do audiovisual; Curadoria, cuja ênfase está na formação do olhar e de disputa do imaginário, seja por meio da programação de filmes quanto na oferta de oficinas e vivências curatoriais para jovens profissionais negros; e Mercado, com ações de estímulo à aproximação entre profissionais e a indústria, bem como atuando na sensibilização de agentes contratantes e realização de ambientes de mercado para projetos de realizadores negros.

O NICHO 54 nasce em diálogo com experiências internacionais que tratam da reparação dos cenários de exclusão de raça e gênero no audiovisual, como o programa Diversity and Inclusion no European Film Market (Berlinale) e Diversity in Cannes (Festival de Cannes).

SERVIÇO:

O quê: Chamamento para a primeira edição do NICHO EXECUTIVA

Quando: De 26 de novembro a 06 de dezembro de 2021

Quem pode participar: Produtoras executivas negras em estágio inicial de carreira

Inscrições pelo formuláriohttps://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc3bSoo1f_zw7h4

Em temporada de estreia, espetáculo Relatos Amefricanos celebra Lélia Gonzalez através da dança

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Foto: Divulgação.

Melina de Lima, historiadora e neta de Lélia Gonzalez, é a convidada para bate-papo de encerramento da temporada de “Relatos Amefricanos”

E se a categoria político-cultural de amefricanidade, cunhada por Lélia Gonzalez (1935-1994), pudesse ser dançada? Foi a partir dessa provocação que nasceram os Relatos Amefricanos, um espetáculo de dança contemporânea inspirado na obra de um dos nomes mais importantes para a história do movimento negro no Brasil. O trabalho transporta para a tela e os palcos, uma amálgama de histórias que têm a experiência negro-diaspórica como seu fio condutor. O projeto foi financiado pelo Fundo Municipal de Cultura da cidade de São José dos Campos.

A temporada de estreia, aberta no simbólico 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, contou com a presença de Flávia Rios (UFF / afro/CEBRAP), biógrafa de Lélia Gonzalez e uma das mais importantes especialistas em sua obra. Ao final do espetáculo, a pesquisadora compartilhou com o público uma carta aberta, endereçada à homenageada.

O espetáculo celebrou Lélia, no mesmo dia em que no maior evento de moda da América Latina, sua luta e estilo inspiraram uma coleção de peças, apresentadas na São Paulo Fashion Week. À tarde, as passarelas da capital paulistana se empreteceram. À noite, do Vale do Paraíba, a amefricanidade em forma de movimento ecoou uma pergunta: onde estão os negros nos palcos da dança? E, apesar de não terem vínculo entre si, ambos os eventos lembraram que a obra de Lélia Gonzalez é tema urgente para o debate político-cultural brasileiro.

Para as transmissões subsequentes, o público é convidado a mergulhar nos processos de criação do espetáculo, através de conversas temáticas sobre a concepção do projeto, bem como sua sonoplastia e proposta coreográfica. A temporada de estreia vai até dia 5 de dezembro, sempre aos finais de semana. Neste dia, o projeto convida Melina de Lima, historiadora e neta de Lélia Gonzalez, para o encerramento do ciclo de apresentações.

SERVIÇO | Relatos Amefricanos

Programação de Bate-papos após as apresentações:

27.11 | Maycom Santiago (concepção e pesquisa do espetáculo)

28.11 | Julio Rhazec (criação da trilha sonora) 

04.12 | Gustavo Fataki (direção coreográfica) convida Malu Avelar (artista interdisciplinar e arte-educadora) 

05.12 | Relatos Amefricanos recebe Melina de Lima, historiadora e neta de Lélia Gonzalez.

Agenda de apresentações online (somente aos finais de semana):

Até dia 05 de dezembro 

Sexta, 3 dez, às 20h

Sábados às 20h 

Domingos às 18h

Onde?

Temporada de estreia on-line

Apresentações no YouTube através do link (https://linktr.ee/relatos.amefricanos)

*Bate-papos acontecerão as apresentações..

Conheça mais sobre o espetáculo: www.instagram.com/relatos.amefricanos/ 

Ficha Técnica

Produção e Direção Coreográfica: Gustavo Fataki 

Intérpretes-criadores: Quiara Jofre, Diogo de Carvalho, Poliana Nunes e José Liberato

Pesquisa: Maycom Santiago 

Trilha Sonora: Julio Rhazec

Desenho de Luz: Rachid Severino

Figurino: João dos Reis 

Assistência de Produção: Andrei Gonçalves

Assessoria de Comunicação: Revoada Comunicação

Consciência Negra:  show com Criolo Carlinhos Brown, Larissa Luz, WD e Alcione, Jéssica Ellen e WD será transmitido ao vivo pelo Youtube, Multishow e BIS

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Para fechar a última semana no mês da Consciência Negra com chave de ouro, Salvador recebe o “Encontros Tropicais: Frequências do Gueto”. Promovido pela marca Devassa que tem apoiado uma série de eventos que promovem a cultura negra brasileira. O show acontece nesta sexta-feira (26), a partir das 19h30 na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.

O line up é um dos melhores do novembro negro de 2021 tendo Carlinhos Brown, Larissa Luz, Criolo, Alcione, WD, participante da 10ª temporada do The Voice Brasil” Jéssica Ellen e Banda Didá

Não ter ingresso ou morar em outra cidade, não é desculpa para não acompanhar o show. O canal Multishow e Bis transmitirão o evento ao vivo que também poderá ser assistido pelo canal da Devassa no Youtube.

Produzido pelo DJ baiano Rafa Dias, do grupo Àttøøxxá, em cocriação com Brown e Larissa, o show celebrará os ritmos originários dos guetos que inspiraram uma música inédita da marca na série de Devassa “Criatividade Tropical: Abre as Portas para o Gueto” cocriada pela cantora IZA e jovens talentos das periferias brasileiras.

PROGRAMAÇÃO COM EXCELÊNCIA NEGRA

ponto de partida de “Encontros Tropicais: Frequências do Gueto” é o samba, ritmo que nasceu marginalizado, já foi proibido e desde sempre retrata a realidade das periferias trazendo em suas letras cheias de suingue e malemolência a mensagem de resistência – que segue fazendo escola no rap e no funk atuais. Nesse bloco, sambas clássicos de Dona Ivone Lara e Leci Brandão ganham texturas tropicalizadas nas vozes da artista convidada Alcione e dos anfitriões Carlinhos, Larissa e Rafa, com a batucada que balança o gueto desde o início do século.

segundo ato do show abre espaço para a Black Music dos anos 1970 e 1980, com o soul, a disco e a tecnologia eletrônica invadindo as pistas de dança no Brasil. O momento baile, com o protagonismo da dança, refletirá sobre como num momento de grande repressão e autoritarismo a criatividade tropical consegue se reinventar no gueto, e um movimento de orgulho e exaltação da cultura negra ganha forma – dando origem inclusive ao Dia da Consciência Negra, data criada pelo Movimento Negro na década de 1970. Os convidados WD e Jéssica Ellen se une aos anfitriões Carlinhos, Larissa e Rafa para revisitar sucessos de Cassiano, Tim Maia e Jorge Ben Jor.

O terceiro e último bloco do espetáculo chega aos anos 1990, quando a herança rítmica da música de pista tropicaliza a raiz ancestral para criar novas sonoridades. É a atualidade, a profusão de ritmos, do funk carioca ao pagodão, do rap, ao trap e ao afrobeats que explode atualmente nas periferias. É a nova história da música popular brasileira que continua nascendo e resistindo nos guetos. Nesse ato, os convidados Criolo, WD e Banda Didá e os anfitriões Carlinhos, Larissa e Rafa dividem os vocais com talentos de periferias brasileiras descobertos por Devassa na série “Criatividade Tropical: Abre as Portas para o Gueto

Serviço

Show “Encontros Tropicais: Frequências do Gueto“, promovido por Devassa

Data: 26 de novembro (sexta-feira)

Local: Concha Acústica do Teatro Castro Alves (Praça Dois de Julho, s/n, Campo Grande, Salvador)

Abertura do local: 18h

Horário do show: 19h30 até 21h20

Transmissão ao vivo: canal no YouTube de Devassa e do Multishow | canal de TV por assinatura BIS

Reprises Multishow: 28/11, às 19h; 29/11, às 00h15; e 30/11, às 14h

Este é um conteúdo pago feito em parceria com Devassa.

“Iniciativas individuais e diferentes”: ‘Feira Preta’ nega relação com a ‘Expo Internacional Dia da Consciência Negra’

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Recebendo muitos comentários em que o público estava fazendo confusão entre a Feira Preta e a Expo Internacional Dia da Consciência Negra, que foi realizada entre os dias 20 e 22 de novembro no Anhembi, Adriana Barbosa
Idealizadora do Festival Feira Preta CEO Pretahub resolveu se manifestar e explicar que não tem nenhuma relação com a exposição, que está em seu primeiro ano de funcionamento.

“Neste ano, estamos celebrando os 20 anos de Feira Preta. São 20 anos conectando histórias. 20 anos construindo um futuro preto, nutrindo e potencializando o empreendedorismo preto nas mais diferentes áreas: das artes à gastronomia, do feito à mão ao ultra-tecnológico”, comentou Adriana Barbosa, idealizadora da feira, explicando que as duas iniciativas tem individualidades, organização e iniciativas diferentes. E ela vai ao ponto que tem gerado confusão. “Cabe dizer, no entanto, que a Expo Internacional Dia da Consciência Negra, que teve sua primeira edição realizada no último final de semana no Anhembi, não tem relação organizativa, de curadoria, ou qualquer outra com o Festival Feira Preta”.

Durante os 20 anos em que está funcionando a feira já reuniu cerca de 300 mil pessoas nos eventos presenciais e mais de 2 milhões nos eventos online, em todos eles, cerca de 300 empreendedores, artistas, intelectuais de diferentes países estiveram presentes em nossas atividades. 

“As propostas podem, claro, ser entendidas como complementares, mas são diferentes. A Feira Preta tem em seus eventos anuais um encontro de tudo o que é realizado e construído ao longo de todo o ano junto a uma rede de criatividade e empreendedorismo negro em todo o país. Realizamos diversos programas de formação, capacitação, desenvolvimento, além de aporte financeiro por meio de diferentes fundos em parceria com a iniciativa privada”, complementou a empresária.

A primeira ‘Expo Internacional Dia da Consciência Negra’ foi organizado pela prefeitura de São Paulo, durante os dias de 20 a 22 de novembro no pavilhão Oeste do Anhembi, na zona Norte, local que já sediou a Feira Preta, que esse ano será virtual por conta da pandemia do COVID-19.

A Feira Preta acontece até o dia 10 de dezembro. Toda a programação pode ser conferida pelo site. http://festivalfeirapreta.com.br/

“Afrodate”: Larissa Luz lança novo single sobre amor preto e capricha na sensualidade

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Foto: Flora Negri.

Produzida por Tropkillaz, a música é a primeira do próximo EP da artista.

“Enquanto seus dreads passeiam na minha trança nagô, nossa sintonia é fogo pique Iansã e Xangô”. Os novos versos de Larissa Luz celebram o amor entre pessoas negras com leveza e calor. O single “Afrodate (Dreadlov)”, disponível nas plataformas de streaming, abre alas para o próximo EP da artista baiana com o objetivo de apresentar sua nova fase por meio de diferentes referências estéticas. A canção, feita em parceria com o rapper Coruja BC1 e com Bruno Zambelli, é produzida por Tropkillaz.

“Seu dread na minha nuca/ Me deixa maluca/ Passeando em mim faz meu corpo arrepiar”, diz um trecho da canção, que passeia por imagens da intimidade de um casal preto.

Larissa Luz continua pautando em sua arte temas sociais de extrema relevância – no caso, o amor e a afetividade de pessoas pretas. “Venho dando atenção ao afeto e às diversas manifestações emocionais diárias às quais as relações nos conduzem. Acho saudável tentar outros caminhos para dizer coisas importantes”, ela explica. A nova fase se traduz também no discurso da letra, pautando o amor como um caminho para a revolução. “Penso em usar a arte para mexer com estruturas, começo a enxergar a leveza e a simplicidade também como caminho possível para fazer isso acontecer. O amor revoluciona e pensar ele sob a nossa perspectiva é fundamental!”, ela explica. 

“Afrodate (Dreadlov)” conta com a produção do duo Tropkillaz, que, segundo Larissa, expandiu sua visão musical. “Fui extremamente bem recebida pelo Tropkillaz, eles buscaram me ouvir e entender enquanto artista criadora, intérprete, e abarcaram minha visão com a destreza de quem faz uma alquimia”, ela conta. A faixa foi a primeira a ser composta para o próximo EP da cantora, antes ainda de pensar em lançar um trabalho mais extenso sobre a temática afetiva. “‘Afrodate (Dreadlov)’ é o começo de tudo! Quando ela ficou pronta, pensei: ‘Vamos falar mais sobre isso’”, finaliza. 

Assista ao clipe:

“Eu preciso voltar para casa”, diz Ye sobre separação de Kim Kardashian

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Foto: Danny Moloshok / Reuters.

Declaração do artista vem dias depois de a socialite assumir um novo relacionamento.

O rapper Ye – novo nome de Kanye West – falou sobre sua separação de Kim Kardashian assunto na noite desta quarta-feira (24) enquanto entregava marmitas para pessoas em situação de rua em Los Angeles, em um evento de Ação de Graças.

De acordo com o Page Six, antes de finalizar a visita, Ye pegou o microfone e disse: “A narrativa que Deus quer é que você veja que tudo pode ser redimido e todos esses relacionamentos que cometemos erros. Eu cometi erros. Fiz publicamente coisas inaceitáveis ​​como marido, mas agora mesmo por qualquer motivo – eu não sabia que estaria aqui,  não sabia que estaria na frente deste microfone. Estou aqui para mudar essa narrativa. Não vou deixar o E! Escrever a narrativa da minha família. Não vou deixar o Hulu escrever a narrativa da minha família”, começou ele.

Em seguida, ele disse que pretende retornar ao convívio familiar. “Eu sou o pai da minha família. Tenho que estar ao lado dos meus filhos o máximo possível, mas eu preciso voltar para casa. Estou fazendo de tudo para estar bem próximo deles”, disse.

“Se o inimigo puder separar Kimye [como os fãs se referem ao ex-casal], haverá milhões de famílias que sentirão que essa separação está ok… mas quando Deus unir Kimye, haverá milhões de famílias que serão influenciadas para ver que podem superar o trabalho de separação. Do trauma que o diabo usou para capitalizar para manter as pessoas na miséria enquanto as pessoas passam por cima dos sem-teto para ir à loja Gucci”, concluiu.

O pronunciamento de Ye vem dias depois da ex-esposa assumir publicamente um relacionamento com o humorista Pete Davidson. Os dois estão passando pelo processo de divórcio desde o início de 2021 e são pais de quatro filhos: North (8 anos), Saint (5 anos), Chicago (3 anos) e Psalm (2 anos).

Amar é revolucionário: Ação celebra o amor preto em campanha para o Afropunk Bahia

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Ilustração: Estúdio Dialeto, Robinho Santana e Rafa Black.

Histórias de amor de Ilê Aiyê, Luedji Luna, Tássia Reis, Majur, Larissa Luz e Maurício Sacramento (Batekoo) serão materializadas em embalagem especial 

As tradicionais garrafas da Coca-Cola serão transformadas em uma embalagem especial de celebração do amor preto, conectadas com alguns dos principais nomes da música preta brasileira,  em edição especial super limitada a influenciadores e colaboradores da marca. Com seis versões diferentes, as embalagens trazem consigo histórias de autocuidado, resistência, ancestralidade, além da celebração da cultura e revolução do amor preto. Elas serão contadas através das ilustrações do Estúdio Dialeto, Robinho Santana e Rafa Black. 

Isso porque a empresa é patrocinadora da primeira edição do festival internacional Afropunk em terras brasileiras. Nascido nos Estados Unidos, mais especificamente no bairro do Brooklyn da cidade Nova Iorque, o festival tem como objetivo disseminar a potência musical, política e poética preta. Neste ano, o evento acontecerá no dia 27 de novembro (sábado) e será transmitido virtualmente direto do Centro de Convenções da capital baiana, Salvador.

Apresentado por Larissa Luz, o festival traz em sua edição de estreia o rapper Mano Brown juntamente com a Duquesa, Luedji Luna, que dividirá o palco com Duo Yoún, a cantora Margareth Menezes ao lado de Malía, Tássia Reis se apresentará com o grupo Ilê Ayê; e, por fim, Urias que cantará acompanhada da banda Virus.

Além do patrocínio ao festival, outras ações internas estão acontecendo paralelamente para celebrar a Consciência Negra. A jornada proposta passa por convite à ancestralidade, conhecimento e resgate das memórias, celebração e projeção para o futuro. Como ponto de contato direto com os colaboradores, uma série de eventos para todos os membros da Coca-Cola América Latina serão promovidos com profissionais e personalidades que possuem relevância nos assuntos. 

“A Coca-Cola é uma marca que sempre pensou nas embalagens como um agente transmissor de mensagens positivas para a sociedade, de paz, de otimismo e felicidade, por exemplo. Por isso, a ideia de criar uma garrafa de amor preto, reforçando o inspiracional por meio da resistência foi a maneira mais autêntica e assertiva que encontramos para nos conectar com um festival tão grandioso como o Afropunk”, declara Débora Mattos, chefe do gabinete da Presidência da Coca-Cola América Latina. “Além disso, vemos como muito importante a promoção da diversidade, equidade e inclusão através das marcas e temos trabalhado muito nisso internamente. Essa parceria com o festival é algo muito importante para nós“, completa.

De acordo com Adriano Sato, Redator da Wunderman Thompson, “O Afropunk é o maior festival de pessoas pretas do mundo.Transformamos, pela primeira vez, a garrafa de vidro de Coca-Cola em uma celebração de amor preto, adicionando no lenço que sai das garrafas histórias poderosas de amor de diversos artistas afro-brasileiros. Isso tudo porque amar é revolucionário”. Pensamento reforçado também por Luiza Alencar, Redatora Júnior da agência “Quando dizemos que amar é revolucionário também falamos da busca pelo conhecimento das nossas próprias narrativas, da história de pessoas negras. Por isso as histórias de amor espalhadas pelos lenços são diversas, elas nos trazem reflexões sobre nossos amores”, concluiu. 

A campanha ‘Amar É Revolucionário’ foi criada pela Wunderman Thompson Brasil e Coca-Cola com o intuito de celebrar as potências negras em todas as suas vertentes. A embalagem de Luedji Luna ressalta a humanização e o amor materno preto; já a garrafa do Ilê Aiyê vai homenagear o amor preto pelas raízes africanas em uma combinação com a estampa de Tássia Reis que relembra o amor preto ancestral e a valorização de famílias provindas da diáspora negra. “Meus pais estão casados há 41 anos, é muita história. Minha família que, como qualquer família simples e preta, sempre fez de tudo para que nada nos faltasse, mas o mais importante foi sentir o amor e respeito de uns pelos outros”, completa a artista. 

Unindo-se diretamente à temática cultural do festival, Maurício Sacramento – idealizador da Batekoo, uma das festas negra e LGBTQIAP+ e urbana mais relevantes da atualidade – enfatiza o amor preto pela cultura preta. A cantora Majur estampa a embalagem que celebra o amor preto romântico  e toda a sua importância. Para completar o time de peso,  a figura de Larissa Luz traz a mensagem de amor próprio. “Em meio à pandemia, vivi processos íntimos e internos bem intensos e profundos. Me encarar de frente e me perceber de várias formas inéditas me fez amadurecer em diversos aspectos”, declara. 

A Coca-Cola também marcará presença no palco durante a apresentação do Ilê Aiyê, que promete ser histórica. Considerado um dos grupos afrobrasileiros mais importantes da história da cultura do país, o Ilê Aiyê foi responsável por uma enorme revolução musical no Brasil, além de incentivar e valorizar a autoestima do povo preto, não somente pela sonoridade musical, mas também pelas roupas e religião.  

AFROPUNK BAHIA

Quando: 27 de novembro, sábado.

Horário: a partir das 17h30

Transmissão: YouTube e site oficial

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