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Dendezeiro lança collab com Youtube Shorts

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Hisan Silva e Pedro Batalha, criadores da Dendezeiro. Foto: Divulgação.
Hisan Silva e Pedro Batalha, criadores da Dendezeiro. Foto: Divulgação.

A grife baiana Dendezeiro acaba de lançar uma collab com o Youtube Shorts. A ferramenta é a nova aposta do Youtube com foco em vídeos curtos. A collab faz parte do projeto #YoutubeBlackShort”, que foi desenvolvido sob a curadoria da Dendezeiro. São mais de 40 criadores espalhados no Brasil, de diferentes áreas artísticas como grafite, moda, música, arte digital e beleza.

Todos criando um movimento das redes para as ruas. “A ideia é criar um espaço onde se fale sobre as artes e sobre os criadores por trás delas, então esses artistas foram convidados a mostrar seus processos de criação e disponibilizar tudo na nova plataforma de interação do YouTube, o Shorts”, explica a grife.

O movimento impacta as ruas do Brasil com as artes dos criadores negros e culminou até em uma música lançada em parceria com Afrocidade, Attooxxa, Nêssa, Cronista do Morro e mais.

Por fim, a Dendezeiro desenvolveu a blusa “Cor de Pele” que está sendo distribuída para mais de 200 influenciadores pretos do Brasil. Para a marca, “valorizar a arte preta e falar sobre diversidade é uma estratégia de emancipação”.

Confira:

Em agosto deste ano, a grife lançou, na Casa de Criadores, a coleção “Cor de Pele”, inspirada na diversidade de tonalidades de pele negras e indígenas e suas particularidades.

A coleção buscou retratar as especificidades encontradas em cada pele. Vitiligo, albinismo, e estrias, se transformaram em tecido e abordaram a maravilha contida em cada uma dessas peles, dando vida à coleção.

Para Hisan Silva, CEO e diretor criativo da marca, “a moda é o reflexo da sociedade, acho que é a grande plataforma de discussão e debates, uma grande ferramenta de empoderamento e emancipação.

Corpo-alvo: as violências do racismo nos corpos negros

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Foto de quadro de Debret demonstrando castigos físicos contra escravizado ao lado de foto de homem negro algemado a moto sendo arrastado por policial.
Foto: Reprodução de pintura de Debret e Reprodução filmagem.

Debora Simões

O corpo do homem negro é o principal alvo de violência policial. No último dia primeiro de dezembro, circulou nas redes sociais um vídeo que mostra um homem negro algemado na moto de um policial militar passando pelas ruas da capital paulista. O jovem acusado de roubo corre atrás da moto.

Não é um caso isolado. A cada 100 pessoas assassinadas 75 são negras, segundo dados produzidos em 2019 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Entre 2007 e 2017, a taxa de homicídios de negros cresceu 33,1% enquanto entre os não negros a taxa de homicídios cresceu 3,3. Os números de 2021 só pioraram, o Fórum, chegou à conclusão de que em uma década, 405.811 indivíduos negros foram mortos. Isso significaria que nesse período a capital do Tocantins, Palmas, seria dizimada. Nos anos de 2017 e no seguinte, 75,4% das pessoas mortas em intervenções policiais eram negras. Os policiais negros também são os que mais morrem nos confrontos. A conclusão é terrível: independente de qual lado o negro está, ele é o principal foco letal. 

O imaginário social que criamos sobre os corpos negros banaliza as atrocidades às quais foram e são submetidos. Nos livros didáticos, aqueles que usávamos na escola quando éramos crianças, representavam os negros sempre trabalhando ou recebendo algum castigo físico. Os viajantes europeus, nas suas expedições artísticas, no século XIX, produziram muitas dessas imagens, certamente você deve ter visto num livro as pinturas do francês Jean Baptiste Debret. Em suas obras, os escravizados foram retratados no pelourinho ou em outros instrumentos de tortura, ou mesmo exercendo trabalho pesado e forçado. Aprendemos desde de cedo que corpos negros poderiam sim, sofrer pelo trabalho excessivo e se fizessem algo de errado deveriam receber severas punições. Essa construção faz parte da colonialidade onde impera a subordinação dos nossos corpos, dos nossos saberes, da naturalização das nossas dores (físicas e psicológicas).

Pintura de Jean Baptiste Debret.

O assassinato dos sujeitos negros é uma faceta cruel do racismo, que estrutura nossa sociedade. Diante de tantos números, que também são histórias de vidas interrompidas, evidencia-se a eficácia da necropolítica, para mencionar o termo usado pelo filósofo e historiador camaronês Achille Mbembe. Observamos, cotidianamente, o Estado brasileiro exercendo o necropoder selecionando os corpos que deixa morrer e que faz morrer. Aquela política de morte instituída cotidianamente pelo Estado brasileiro. Para a política da polícia, o jovem negro arrastado em São Paulo é um corpo que não merece viver, então, qualquer exploração e violência sobre esse corpo é possivel. Mas como diz a aniversariante do último dia 29 de novembro, a escritora Conceição Evaristo: “eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”. Que não esqueçamos do conto “A gente combinamos de não morrer”.

Coalizão Negra por Direitos realiza encontro nacional e discute fortalecimento de candidaturas negras em 2022

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Foto: Divulgação.

Encontro reúne mais de 250 organizações em Pernambuco.

A Coalizão Negra por Direitos realiza, até sexta-feira, em Olinda, o encontro nacional “Enquanto houver Racismo, não haverá Democracia!”. A atividade recebe lideranças de 250 organizações negras de todo o Brasil e parlamentares de diferentes partidos para fazer uma análise de conjuntura aprofundada e discutir a agenda de demandas e proposições e as estratégias de incidência da Coalizão rumo às eleições em 2022.

Entre os participantes estarão os ativistas Anielle Franco, Douglas Belchior, Maria José Menezes, o professor Hélio Santos e diversas outras lideranças de organizações negras do Brasil. Já entre os parlamentares, estão confirmados nomes como os dos deputados federais Talíria Petrone (PSOL – RJ) e Orlando Silva (PCdoB – SP), da deputada estadual Renata Souza (PSOL – RJ) e as codeputadas estaduais Jô Cavalcanti e Robeyoncé, das Juntas (PSOL – PE). A nível municipal, os vereadores Vinicius Castello (PT – Olinda), Tainá de Paula (PT – RJ) e Divaneide Basílio (PT – Natal) estarão presentes no evento.

O avanço do conservadorismo e do fascismo no país, com o aprofundamento do racismo, agudizou ainda mais as desigualdades raciais, de gênero e de classe. O recrudescimento da violência, o aumento da extrema pobreza e da fome, como resultado da perda de direitos e dos cortes nas políticas sociais têm empurrado a população negra para condições ainda mais precárias de vida.

Disputar espaço no Poder Legislativo e no Executivo é uma necessidade cada vez mais premente e o movimento negro vem avançando nas últimas eleições, conquistando importantes vitórias, especialmente com a atuação de mulheres negras. Parte das metas do encontro está a operação de estratégias de ampliação da presença do movimento negro nos espaços da política institucional, a fim de garantir uma representatividade que tome decisões e defina políticas fundamentais na vida cotidiana da população negra brasileira.

O evento tem formato híbrido, com participação presencial de cerca de 100 pessoas e com transmissão online para membros das organizações que compõem a Coalizão Negra por Direitos e convidados. O último dia será exclusivamente dedicado ao debate com parlamentares negros e negras que atuam em parceria com a Coalizão e lideranças que estão pré-candidatas ao pleito em 2022.

Marighella chega no Globoplay em dezembro

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Marighella (2019) Imagem: Divulgação

Uma boa notícia para quem quer assistir Marighella, mas ainda não se sente a vontade para frequentar cinemas tão cedo. O longa-metragem produzido em 2019 e recém chegado nas telonas, entrará para o catálogo de streaming da Globoplay no próximo dia 4 de dezembro.

Os assinantes da plataforma, poderão assistir a cinebiografia do escritor marxista, político e guerrilheiro brasileiro, morto pela ditadura militar em 1969.

O elenco da produção, conta com grandes nomes do cinema nacional, como Adriana Esteves, Humberto Carrão, Herson Capri, Bruno Gagliasso, Maria Marighella e Carla Ribas, além é claro de Seu Jorge no papel principal. Sua atuação em ”Marighella”, rendeu ao artista uma indicação Prêmio Mundo Negro 2021 na categoria ”Melhor Ator”.

inicialmente, o filme deveria ter estreado nos cinemas em 20 de novembro de 2019, dia da Consciência Negra, entretanto devido a problemas com a Agência Nacional do Cinema, foi adiado para 2020. Mais um vez, precisou ser adiado devido a pandemia de Covid-19 e acabou sendo lançado em 04 de novembro de 2021, aniversário de 52 anos de morte de Carlos Marighella.

No site ”Rotten Tomatoes”, o título conta com uma aprovação de 89%, baseado em 9 críticas especializadas.

Leci Brandão é homenageada em grande roda no Dia do Samba em Brasília

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Foto: Divulgação.

O Dia Nacional do Samba não vai passar em branco em Brasília. Uma rede de sambistas da cidade, em parceria com a Onã Produções, realiza na próxima quinta-feira (2) uma edição especial do “Plataforma do Samba”. O evento gratuito vai reunir, a partir das 16h, referências como Teresa Lopes, Cris Pereira, Kris Maciel, o grupo Amor Maior, Milsinho, Rosemaria, Carol Nogueira, Khalil Santarém, 7 na Roda, Samba na Comunidade, Mulheres de Samba, entre outros.

As homenageadas da roda que marca os 15 anos da primeira edição do evento serão a sambista carioca radicada em São Paulo, Leci Brandão, e a compositora carioca, radicada na Ceilândia, Edenia Lucas de Paiva, mais conhecida como Tia Edenia, que estará presente.

“Pra mim é uma grande honra ser homenageada, ao lado de Tia Edenia, nesta 15a edição do projeto “Plataforma do Samba”. Esta edição marca a retomada após esse momento difícil que nosso país e nosso povo enfrentaram e ainda enfrentam. O samba é a música da alegria e, sobretudo, a música da resistência. Precisamos celebrar sempre nossa cultura, porque ela é a nossa essência”, disse Leci Brandão sobre a homenagem.

Foto: Divulgação.

É a primeira vez que o evento acontece depois da pandemia de covid-19, mas o evento já é tradicional na cidade há vários anos, e conta sempre com algum grande nome do samba como homenageado.

“É uma alegria retomar a roda na rodoviária depois desse período em que estivemos em necessário recolhimento. Celebrar nossas matriarcas é uma forma de também celebrarmos o samba, a resistência negra, a memória e a vida”, destaca a cantora e compositora Cris Pereira, uma das idealizadoras do evento, que conta com o apoio da Administração de Brasília e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.

Homenageadas

Leci Brandão tem mais de 30 anos de carreira, com atuação destacada na defesa do samba como patrimônio popular artístico nacional e na valorização das mulheres. Além de cantora e compositora, ela é deputada estadual por São Paulo.
Tia Edenia é uma das grandes matriarcas do samba do Distrito Federal e autora de sucessos gravados por Amor Maior e Milsinho, além de sambas-enredos das escolas Capela Imperial e Núcleo Bandeirante.

“Estou muito emocionada com essa homenagem”, conta Tia Edenia, que também é servidora pública. “Sou de uma família de músicos do samba. Compor sempre foi algo intuitivo, um dom que busco honrar.”

Serviço – 15ª Edição da “Plataforma do Samba”
Dia: 02/12 (quinta-feira) / Horário: 16h

Local: Plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto

Atenção: uso de máscara será obrigatório. 

Vídeo mostra homem negro algemado a moto de PM em São Paulo

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Foto: Reprodução.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais nesta terça-feira (30) chocou a internet. As imagens mostram um homem negro algemado, correndo atrás de uma moto conduzida por um policial militar. A Polícia Militar de São Paulo informou que abriu um inquérito para apurar o caso.

A tortura ocorreu por volta das 15h desta terça na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, na região da Vila Prudente, Zona Leste de São Paulo. No vídeo, é possível ver que o homem corre para conseguir acompanhar a moto do PM.

De acordo com o G1, o ouvidor das Polícias do estado, Elizeu Soares Lopes, afirmou que irá pedir para a PM apurar a conduta do agente. “Isso é uma atrocidade. Vamos tomar as devidas providências. Amanhã, abriremos um procedimento.”

Em nota a Polícia Militar informou que “imediatamente após tomar ciência das imagens, determinou a instauração de um inquérito policial militar para apuração da conduta do referido policial e o seu afastamento do serviço operacional. A Polícia Militar repudia tal ato e reafirma o seu compromisso de proteger as pessoas, combater o crime e respeitar as leis, sendo implacável contra pontuais desvios de conduta.”

Veja o vídeo:

Origem do samba de roda no Brasil é tema do documentário “Awurê na Bahia – A Rota do Samba de Roda”

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Foto: Divulgação.

Produção audiovisual é assinada pelo Cultne, maior acervo digital de cultura afro do país.

Apresentar e difundir as origens do samba de roda brasileiro é o fio condutor do documentário “Awurê na Bahia – A Rota do Samba de Roda” que faz  pré-estreia no cinema Estação Net Rio, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, no próximo dia 6 de Dezembro. A produção é o primeiro registro cinematográfico do Projeto Awurê (termo iorubá que significa um desejo de boa sorte), uma roda referência de cultura negra que busca exaltar e resgatar a influência africana na identidade e consciência ancestral, por meio de música, cânticos, poesia, gastronomia e dança, e acontece uma vez por mês em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

“O documentário traz memórias, legados e reconhecimentos importantes de uma cultura geradora de outras manifestações artísticas brasileiras, que é o valor cultural do samba de roda para o Brasil. E assim fomos beber na fonte reverenciando Seu João do Boi, dona Nicinha do samba, Cachoeira, Santo Amaro, São Felix, Quilombo Quixabeira, Kaonge, o samba de caboclo, o samba junino, a história do Ilê Aiyê. Foi emocionante e necessário. Viva o samba de roda!.”, festeja Anderson Quack, um dos diretores.

“Awurê na Bahia – A Rota do Samba de Roda” marca a estreia do primeiro audiovisual apresentando a Rota dos Tambores. A proposta é iniciar uma sequência que vai mostrar os caminhos do Tambor em outros estados do Brasil e em países da América Latina como Uruguai e Cuba, dentre outros. O documentário foi gravado em cinco cidades, dois quilombos e um distrito. Nas cidades capital e recôncavo: Salvador, Cachoeira, São Felix, Santo Amaro e Feira de Santana; nos Quilombos: Kaonge e Quixabeira. Distrito de São Braz.

“O objetivo era só lançar o documentário nas redes sociais, mas a ideia cresceu e tomou novos rumos. Assim, virou o primeiro projeto “Originais” da Cultne (maior acervo de cultura negra do Brasil), assim como já fazem Netflix, Amazon, Globoplay, etc. Mas a nossa ideia é contar a história a partir do nosso olhar preto, trazendo a luz uma produção especial, num trabalho com muita ousadia, qualidade e determinação.”, ressalta Filó Filho, coordenador executivo do Cultne, responsável pela produção audiovisual.

O lançamento de “Awurê na Bahia – A Rota do Samba de Roda”  no cinema Estação Net Rio também contará com uma intervenção artística para protestar contra o fechamento do espaço proposto pelo proprietário, o Grupo Severiano Ribeiro (GSR).

“O lançamento desse importante documentário no Estação Net Rio além de celebrar a arte e a música negra também vem demonstrar apoio para que o local continue aberto, divulgando o cinema e arte para todos. É importante nesse momento a união de todos nós artistas contra qualquer forma de silenciamento da cultura no país.”, disse o cineasta Cavi Borges.

O documentário estará simultaneamente no canal de Youtube do Awurê: https://www.youtube.com/Awurê

Serviço:

Lançamento do documentário

Awurê na Bahia – A Rota do Samba de Roda”

Data e Hora: 06/12 às 19h

Local: Cinema Estação Botafogo- Rua Voluntários da Pátria, 35- Botafogo RJ.

Entrada: Gratuita

(Com atenção a lotação do espaço e as normas de saúde contra a COVID-19)

Simultâneo no canal de youtube do Awurê: https://www.youtube.com/AwurêRealização: Awurê

Direção: Pedro Oliveira, Fabiola Machado, Anderson Quack e Arifan Jr.

Grávida? Fãs de Rihanna brincam com ‘afirmação’ de site internacional

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A cantora Rihanna foi declarada heroína nacional de Barbados, onde nasceu, após a ilha oficialmente se tornar uma república. A cantora participou, ao lado da primeira presidente da nação, Dame Sandra Mason, de uma cerimônia para receber o título. Porém, para além da honraria, o que tem mexido com o imaginário de quem compareceu ao evento e dos fãs da cantora foi a barriga de Rihanna.

Segundo apontam algumas publicações com fotografias de Rihanna em diversos ângulos, a barriga da cantora estava mais proeminente e com um “inchaço”, indicando uma possível gravidez. Além das suposições por imagens, duas fontes confirmaram a gravidez da cantora, que estaria esperando o primeiro filho com o atual namorado, A$AP Rocky. As informações são do site de entretenimento MTO News.

De acordo com o site, uma das fontes viu Rihanna desembarcar de seu jatinho, quando chegou em Barbados, e observou que a artista está mesmo grávida. “Ela está grávida, está com uma barriga bem grande e já está aparecendo. Estou tão animado”, teria dito a fonte.

Depois da repercussão e dos diversos comentários dos fãs da cantora, muitas pessoas foram para as redes sociais e afirmaram que o vestido apenas estava com vento e que uma mulher teria outros motivos para ficar com ‘inchaço’ na barriga.

Cantor Menor Nico é alvo de racismo nas redes sociais: ‘Eu só tenho 15 anos, é pesado de ler’

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Menor Nico, uma das maiores revelações da internet com suas músicas e bordões divertidos, vem sendo alvo constante de racismo nas redes sociais. Na segunda-feira (29), ele compartilhou algumas mensagens com insultos raciais, que recebeu.

O adolescente, que ficou famoso com o hit “Amor ou Litrão”, já foi ouvido mais de 84,5 milhões de vezes em uma plataforma de streaming de música. O clipe da música foi assistido mais de 184 milhões em uma página na internet.

Reprodução/Instagram

Menor Nico tem 5,1 milhões de seguidores nas redes sociais. Na publicação em que denunciou o racismo que sofre, o garoto desabafou e mostrou seu sofrimento com o que vem recebendo. 

“Eu sempre gosto compartilhar com vocês a minha alegria, a minha diversão, mas é muito ruim ler esses comentários, meu povo. Eu nem queria postar isso com vocês, porque aqui vocês vão me ver sorrindo! Eu só tenho 15 anos e as vezes é pesado ler esses comentários. A todos vocês que estão comigo, vocês me motivam a cada dia mais”, escreveu ele, mostrando diversas mensagens de cunho racial em que o chamavam de ‘macaco’ e outos situações. 

https://www.instagram.com/reel/CW31i7yM0p8/?utm_medium=copy_link

Cineasta Mariana Jaspe desvenda história de médica negra pioneira no Brasil em documentário investigativo

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Diretora do filme, Mariana Jaspe. Foto: Divulgação.

O cinema brasileiro vai contar a história de uma mulher negra que sofreu, como muitas outras pessoas negras, com o apagamento de sua trajetória na história oficial.

Maria Odília Teixeira, neta de uma ex-escravizada e filha de um homem branco oriundo de uma tradicional família baiana e bon-vivant, nasceu antes da abolição, enfrentou um sistema social forjado na escravidão e uma medicina racista para se tornar uma das médicas mais importantes do Recôncavo Baiano. Mas, no auge do sucesso, fez o inesperado ao abandonar a carreira para se dedicar à família,  ocupando um lugar como importante membro da alta sociedade – que sempre rejeitou pessoas como ela.

“O filme nasce de um encontro muito representativo sobre o que é o Brasil. Mayara dos Santos, hoje historiadora, era estagiária da biblioteca da Faculdade de Medicina da Bahia. Lá, ela se deparou com uma exposição sobre as proeminentes ex-alunas da casa. Exposto ao lado de pomposas mulheres brancas, estava o retrato desbotado de Maria Odília, no alto dos seus 20 anos. A foto datava 1904, mas, 110 anos depois, ninguém na escola de medicina mais antiga do Brasil sabia ao certo quem era aquela mulher.”, conta a diretora.

“Desafiada pelo mistério, e estupefata com o descaso, Mayara partiu rumo ao passado em uma profunda pesquisa que – pela primeira vez – jogou luz sobre Odília, uma mulher que não seguia os padrões sócio-raciais do século passado, nem os de hoje, uma mulher que a história tentou apagar. Nosso filme é sobre essa busca e esse encontro. Em tempos paralelos, Mayara vai descortinar a história de Maria Odília, que surpreende a cada descoberta”, detalha Mariana.

No filme que tem título provisório de “Maria Odília: quem é essa mulher?”, com roteiro e direção de Mariana Jaspe e produção executiva de Fernanda Bezerra da Maré Produções Culturais, passado e presente se misturam na busca por Maria Odília, uma mulher ambígua, pioneira e que rompeu barreiras. A pesquisa é da historiadora Mayara Santos e conta com a consultoria da jornalista Luana Assiz e da gestora cultural Beth Ponte.

O filme tem previsão de lançamento para o segundo semestre de 2022.

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