O Google Brasil anunciou nesta quarta-feira, 2 de março, novidades para contratação de colaboradores no país. A partir de agora, as pessoas candidatas que se auto-identificarem como pretas e pardas poderão aplicar para vagas identificadas como Inclusão da Comunidade Negra.
“Temos o compromisso global de tornar o Google uma empresa cada vez mais representativa e diversa. Por isso, seguiremos com nossos esforços de contratação de pessoas da comunidade negra, disponibilizando canais dedicados de inscrição nas áreas de engenharia e de negócios”, afirma Lisiane Lemos, gerente de programas de Recrutamento em Diversidade, Equidade e Inclusão do Google para América Latina. “Acreditamos que o investimento em equidade racial e em inclusão no mercado de trabalho é urgente e deve ser responsabilidade de todas as organizações. Além disso, temos certeza que a representatividade de nossa força de trabalho permite criar produtos mais úteis para todas as pessoas.”
Para se candidatar a estas vagas, o processo é simples: basta visitar a página de Carreiras da empresa e buscar por vagas identificadas com o complemento “Black Community Inclusion” (Inclusão da Comunidade Negra, na tradução livre). A iniciativa começou a ser testada no fim do ano passado com posições na área de Engenharia de Software. De acordo com a empresa, ao longo de 2022, mais oportunidades focadas em pessoas negras serão abertas gradualmente nas áreas de tecnologia e de negócios. Atualmente, já há canais dedicados para posições em Engenharia de Software, Google Cloud e área de Negócios. Os contratados poderão trabalhar no modelo híbrido, no qual a maioria dos funcionários fica três dias no escritório e dois dias trabalhando remotamente. Dependendo da função, também é possível se candidatar a vagas 100% remotas.
Atualmente, quem tiver interesse em saber mais sobre o processo seletivo do Google pode acessar este link, já os canais dedicados para a comunidade negra podem ser encontrados na página de carreiras.
De acordo com um novo levantamento da Forbes, com diversos projetos lançados em diferentes segmentos ao longo do último ano, Jay-Ze Kanye West foram os rappers mais bem pagos de 2021.
Jay aparece no topo da lista com impressionantes US$ 470 milhões arrecadados. Uma fatia significativa desse valor veio após o rapper vender parte de seu serviço de streaming Tidal e sua marca de champanhe Armand de Brignac, elevando seu patrimônio líquido para US$ 1,5 bilhão. Já Ye, também bilionário, ficou em segundo lugar com US$ 250 milhões adquiridos ao longo de 2021, com boa parte desse número sendo proveniente de seu império de calçados Yeezy.
A lista segue cheia de outros nomes consagrados, como Diddy e Drake, que firmaram seus nomes juntamente com parcerias publicitárias gigantescas. Doja Cat aparece como a única mulher no ranking, através de um ano marcado por diversos sucessos, a artista também elevou seus lucros por meio de parcerias feitas com a Pepsi e com o aplicativo Candy Crush.
Abaixo, você confere os 12 rappers mais bem pagos do mundo em 2021:
Em recente entrevista ao jornal The Times, o renomado ator Samuel L. Jackson criticou a Academia do Oscar e a forma como os atores negros são tratados pela premiação. Utilizando sua própria experiência como exemplo, Jackson acredita que foi uma injustiça não ter vencido o prêmio de ‘Melhor Ator’ por seu papel como Jules Winnfield no aclamado filme ‘Pulp Fiction: Tempo de Violência‘ (1994). “Eu acho que eu deveria ter ganhado aquele prêmio, mas um Oscar não muda uma vírgula no cheque. O objetivo é botar bundas nas cadeiras do cinema, e eu fiz um bom trabalho“, disse o artista. “Acho que atores negros só vencem [o Oscar] quando fazem coisas desprezíveis na tela, tipo Denzel Washington como um policial terrível em ‘Dia de Treinamento’. Agora o papel poderoso que ele fez como Malcolm X? Aí não, a Academia entrega para outro filho da p***.”
Samuel L. Jackson em ‘Pulp Fiction: Tempo de Violência‘. Foto: Reprodução.
Sempre enfático, Jackson também pontuou que o Oscar deve dar mais destaque aos filmes populares que ‘lotam as cadeiras dos cinemas’. O ator sugeriu que o filme de maior bilheteria de qualquer ano deveria receber um Oscar. “Eles deveriam ter um Oscar para o filme mais popular. Porque é disso que se trata o negócio”, disse Jackson, acrescentando que o Oscar “deveria” premiar “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” este ano por arrecadar US$ 1,8 bilhão em todo o mundo. “Ele fez o que os filmes sempre fizeram – levou as pessoas a uma grande sala escura.”
“Todos os filmes são válidos. Alguns vão para o cinema para se emocionar, e outros gostam de super-heróis. Se alguém tem mais abundantes nas cadeiras que você, só significa que seu público não é tão amplo. Há pessoas com carreiras de sucesso mas que ninguém consegue recitar uma fala. Já eu sou o cara que fala umas m*rdas que são estampadas em camisetas. Eles não fizeram mais uma categoria para Filme Popular Oscar, porque a indústria gira em torno disso“, comentou Jackson.
Samuel L. Jackson receberá um Oscar Honorário no Governors Awards de 2022, em 25 de março.
Herdeira de Martin Luther King Jr., Bernice King usou sua conta no Twitter para expressar algumas das suas preocupações com a forma que o mundo reage a crises humanitárias em países europeus e como pessoas negras e africanas são vistas nesse cenário. Sua motivação foi a invasão da Rússia em território ucraniano.
“Preocupo-me profundamente com o que está acontecendo na Ucrânia e com a devastação para as pessoas de lá. Eu só desejo que muitas das pessoas que se juntam a mim para se importar profundamente com a Ucrânia também se juntem a mim para se importar profundamente com a grave desumanidade que os negros/africanos enfrentam em todo o mundo”, disse a CEO do Martin Luther King Jr. Center.
Consciente de que seu posicionamento pudesse causar desconforto, ela continuou: “E não importa que você ache meu tweet inconveniente. O que importa é que conquistemos o que meu pai chamou de Triplo Males (Racismo, Militarismo, Pobreza) e que criemos um mundo justo, humano, equitativo e pacífico. Devemos abordar o desprezo global pelos negros para fazer isso”. Como o pai, ela acredita que esses três males “são pragas interconectadas contra a humanidade”.
“Devemos responder atendendo às necessidades críticas hoje, mas também devemos trabalhar estrategicamente para erradicar esses males”, finalizou Bernice.
A estudante de medicina nigeriana Jessica Orakpo - Foto: Reprodução Instagram
O mundo declarou apoio a Ucrânia desde que o país europeu foi atacado pelo Rússia na semana passada, porém, graças às redes sociais, outro alerta tem sido feito: o racismo de autoridades ucranianas em relação aos imigrantes negros que tentam sair do país.
Durante o primeiro final de semana desde a invasão do exército russo dentro do território ucraniano, começaram a circular imagens de africanos residentes na Ucrânia, muito estudantes e até mulheres com crianças no colo sendo impedidos de ter acesso aos trens que levavam passageiros a fronteira do país atacado. Um registro em vídeo mostrou um oficial ordenando que uma jovem negra saísse da escada de acesso a um trem para que uma branca ocupasse seu lugar.
Estima-se que quase 1 milhão de civis ucranianos e estrangeiros fugiram em busca de asilo em países vizinhos. Quem tinha a pele escura, teve que lidar com a negação típica de comunidades xenofóbicas e racistas.
A estudante de medicina nigeriana Jessica Orakpo contou à BBC os momentos de terror que ela viveu tentando escapar do país sob ataque militar. Ela, parte de um grupo de 4 mil estudantes nigerianos no país, tinha como objetivo chegar até a Polônia que faz fronteira com a Ucrânia e conseguiu um taxi, porém por conta de muitos carros abandonados nas principais estradas, não foi possível continuar o trajeto de carro. “Pelo Google Maps dizia que seria uma hora andando, o que não achei muito. Porém quando a gente começou a andar o tempo foi aumentando. Eu andei por 12 horas e o termo andar se tornou traumatizante para mim”, relata Jessica.
Quando ela finalmente chegou ao local onde teria acesso ao ônibus que a levaria a fronteira da Polônia com a Ucrânia os oficiais a proibiram de entrar no veículo. Ela chegou a mentir e dizer que estava grávida, na tentativa de sensibilizar as autoridades.
“Eu estava suplicando e o oficial ucraniano me disse em sua língua ‘somente ucranianos e isso é tudo. Se você é negro você deve ir andando’, detalhou a Jessica que teve que andar mais 8 horas. E mesmo quando ela finalmente chegou na fronteira sua cor falou mais alto do que o seu direito a ter acesso ao país vizinho. “O problema nem era a Polônia e sim o lado ucraniano da fronteira. Eles só permitiam que os ucranianos fossem para o outro lado. Eles vão te empurrar, vão te bater e quem conseguiu, conseguiu, que não conseguiu ficou na Ucrânia”, contou a nigeriana que disse que agora, depois de uma soneca em um local seguro, ela ainda teve a sensação de estar andando para cruzar a fronteira.
Jessica teve que pagar sua passagem da Polônia até a Hungria, onde ela esta desde a manhã do dia 28 de fevereiro e já planeja seu retorno a Nigéria. “E quem não tinha dinheiro? O que eles poderiam fazer? Eu não pude ajudar ninguém porque eu estava lutando pela minha vida. Esse lugar não é seguro e se você tem a pele escura, você está em desvantagem”, finalizou.
Fotógrafo Thiago Bruno sofre racismo em restaurante. Foto: Reprodução.
O fotógrafo brasileiro Thiago Bruno usou suas redes sociais para contar que sofreu racismo em um tradicional restaurante de Paris, o Fouquet’s Paris. Thiago, que é fotógrafo de muitas celebridades no Brasil e no exterior, foi impedido de entrar no restaurante com a justificativa de que não estaria com as roupas adequadas para acessar o local. O episódio deixa explícito que a ascensão social e o fato de ser um preto rico não livra as pessoas negras de sofrerem racismo.
“Esse restaurante é racista. Não deixou eu entrar alegando que eu não tinha dress code para estar aqui. Mas vi pelo menos cinco pessoas brancas vestidas exatamente como eu no restaurante. Conversei com a gerente, com todo mundo”, disse o fotógrafo. Ele também relatou que o segurança do estabeecimento, um homem negro, ficou constrangido com a situação.
De acordo com a revista Fórum, o fotógrafo já passou por situação parecida em 2019, no hotel 5 estrelas Emiliano, em São Paulo. Ele fazia um trabalho fotográfico com a apresentadora Giovanna Ewbank e foi impedido pelo segurança do hotel de entrar pela porta da frente, sendo que ele já havia estado no local em outras ocasiões.
O restaurante respondeu aos Stories de Thiago e pediu desculpas pelo ocorrido e que o fato ocorrido não reflete o alto padrão de serviço do restaurante. O Fouquet’s Paris convidou o fotógrafo para ir ao restaurante mais uma vez e viver a “verdadeira experiência” do local.
Com números impressionantes, The Weeknd se tornou o primeiro artista em toda história a possuir a música mais vendida do mundo por dois anos consecutivos. Em 2021, o artista canadense impactou o globo com seu single “Save Your Tears”, já em 2020, ele também apareceu no topo com o sucesso global “Blinding Lights”.
O reconhecimento foi apresentado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica(IFPI), entidade com sede em Londres que anualmente divulga a lista dos singles mais vendidos do mundo.
Presente no álbum “After Hours”, de 2019, “Save Your Tears” foi impulsionada por um remix com Ariana Grande, que alcançou o primeiro lugar na Billboard Hot 100, parada músicas mais concorrida do planeta. Ao longo de 2021, o hit recebeu mais de 2,1 bilhões de streams globais.
Frances Moore, CEO da IFPI, declarou sobre a conquista de Weeknd: “Foi outro ano brilhante para The Weeknd e Save Your Tears foi, sem dúvida, uma das músicas mais amadas do mundo. Gostaríamos de enviar grandes parabéns a The Weeknd e toda a sua equipe por ganhar nosso prêmio Global Digital Single of The Year pelo segundo ano consecutivo – uma conquista incrível.”
Vale citar ainda que o single “Blinding Lights” também figurou a sétima posição de música mais vendida do mundo em 2021.
Através de sua fundação BEYGOOD, a cantora Beyoncé alertou sobre as recentes denúncias de que os governos da Ucrânia e de países vizinhos estariam impedindo refugiados negros de atravessarem as fronteiras do país em guerra. Ao longo da última semana, dezenas de relatos de imigrantes africanos, expondo situações de racismo em meio às tentativas de deixarem a Ucrânia, ganharam atenção da mídia. “Estamos entristecidos com as notícias de estudantes africanos e outros internacionais sendo negados na fronteira enquanto tentam deixar a Ucrânia. Esperamos que as várias embaixadas possam corrigir rapidamente a situação para ajudar aqueles que precisam de apoio”, declarou a instituição da cantora em comunicado.
No último dia 24 de fevereiro, estudantes jamaicanos, dentro da Ucrânia, foram obrigados a caminhar mais de 20 quilômetros até a fronteira com a Polônia. Em nota, a ministra das Relações Exteriores da Jamaica, Kamina Smith, declarou que os estudantes foram impedidos de entrar no ônibus que levava demais alunos para o país vizinho.
We are saddened by the news of African and other international students being denied at the border as they attempt to leave Ukraine. We are hopeful that the various embassies could swiftly rectify the situation to help those in need of support.
Além de pedir ações por parte dos governantes, a BeyGOOD também compartilhou formas de ajudar as pessoas afetadas pela guerra. “Na esteira da invasão militar russa na Ucrânia, o povo ucraniano, incluindo crianças, precisa urgentemente de nossa assistência. Por favor, ajude da maneira que puder”, declarou em comunicado.
Em janeiro, a instituição da cantora norte-americana também se manteve alerta sobre a crise no Haiti. Em meio a uma intensa crise política e econômica, o país caribenho sofreu abalos sísmicos devastadores. Os últimos terremotos no país causaram a morte de 2,2 mil pessoas, além de deixar 12,7 mil feridos. “Por favor, junte-se a nós de qualquer maneira que puder para ajudar nossos irmãos e irmãs no Haiti enquanto enfrentam esta crise, após o último terremoto“, publicou a BeyGOOD ao compartilhar links para doações e informações.
Criado com o instituto Plano de Menina, o projeto busca empoderar jovens para que planejem seus sonhos e se preparem para um futuro cheio de realizações. As inscrições são gratuitas e ficam abertas até 28 de fevereiro
Pelo terceiro ano consecutivo, Seda está oferecendo oportunidades para jovens negras, entre 16 e 26 anos, que buscam tirar seus sonhos do papel. Com 1.000 novas vagas para mentorias em grupo online e gratuitas, o projeto visa empoderar jovens de diferentes regiões do Brasil, auxiliando-as a criarem planos poderosos para realizarem seus sonhos, sejam eles entrar na faculdade, apoiar uma causa social, empreender ou até trabalhar em algo que almeja. O programa de mentoria “Planejando Meus Sonhos”, em parceria com o Instituto Plano de Menina, é liderado por mentoras profissionais, que compartilham conteúdos já testados e aprovados por milhares de garotas que vão apoiá-las a criarem um plano de ação e transformarem suas metas em realidade.
Com a nova turma prevista para começar em março deste ano, as mentorias serão conduzidas através de um grupo fechado no WhatsApp e também contará com 5 aulas online. Para participar, basta fazer a inscrição no site até 28 de fevereiro, completar o cadastro e aguardar a confirmação por e-mail ou telefone. Até hoje, Seda já apoiou mais de 7 milhões de meninas com suas jornadas de desenvolvimento virtuais e 2.500 com o programa de mentoria Planejando Meus Sonhos.
Da estruturação dos conteúdos até as dinâmicas e mentorias, o programa é liderado por mentoras negras, que trazem como metodologia reflexões individuais que promovem autoconhecimento e fortalecimento mental por meio de discussões em grupo. As participantes têm a oportunidade de realizar atividades transformadoras que as ajudam a se organizar para fazer os seus sonhos acontecerem, como foi o caso da Luana Priscila Mineiro, que conseguiu tirar suas metas do papel após realizar a jornada.
“A mentoria me fez acreditar em mim mesma e no potencial que eu nem imaginava ter. Em uma das atividades onde o objetivo era listar nossos sonhos, inseri duas metas a longo prazo: conquistar a minha liberdade financeira e abrir minha própria empresa. E olha só, há 5 meses já administro minha empresa de Design e Comunicação (@furtacorcreatives), que atua no ramo da beleza. Além disso, terminei meu MBA, que por algum motivo e desmotivação, havia se perdido em meio as minhas metas. O longo prazo se tornou curto, pois os passos ensinados me possibilitaram alcançar estes dois sonhos em menos de um ano.” comentou ela.
Com a orientação de uma mentora profissional, que irá trazer exercícios práticos, tirar dúvidas e trocar muitas dicas testadas e comprovadas, a participante conseguirá sair mais preparada para seguir o caminho em direção aos seus sonhos com clareza e determinação. “Aprendi através dessa oportunidade, a potencializar as minhas qualidades e desenvolver as minhas fraquezas, me organizando e planejando com exatidão tudo aquilo que quero para a minha vida. Iniciativas como esta transformam a sociedade e nos ensinam a criar nossas próprias oportunidades, afinal ainda existe uma resistência no reconhecimento de profissionais negras no mercado de trabalho.” finalizou a ex-mentorada, Luana.
Em um levantamento recente feito por Seda, foi constatado que 80% das jovens brasileiras têm clareza dos seus sonhos, mas não sabem o que fazer para alcançá-los. Ainda segundo o estudo, 60% delas já se sentem frustradas com as perspectivas sobre o futuro.“Com o nosso ainda atual cenário de COVID-19, essas barreiras entre as meninas e seus sonhos ficaram ainda maiores. Por isso, seguimos investindo no programa de mentoria Planejando Meus Sonhos, em parceria com o instituto Plano de Menina, para incentivar mais jovens a serem protagonistas de suas histórias. As mentorias propõem a criação de um plano acionável, apoiando as meninas na jornada para realizar sonhos e explorar todas as possibilidades que quiserem.” ressaltou Paola Mello, gerente global da marca.
Seda foi a primeira marca de cabelos do país a assumir um compromisso público pela inclusão racial, e a obter o selo Sim à Igualdade Racial, conferido pelo Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), em 2020. Tendo sido a primeira marca massiva de cuidados com o cabelo do Brasil a ter produtos exclusivamente pensados para crespas e cacheadas, inclusão é um dos valores fundamentais da marca aliada para muitas meninas e mulheres no que diz respeito à liberdade para explorar todas as possibilidades – no cabelo e na vida – e realizar sonhos.
Após brilhar na série “Coisa Mais Linda”, a atriz e cantora paulistana vive as aventuras da romântica professora Letícia em sua primeira trama na TV aberta, enquanto aguarda a estreia de “O Rei da TV”, série do StarPlus.
O ano de 2022 promete ser de muitas realizações na vida da atriz Larissa Nunes. Aos 25 anos, a atriz e cantora nascida em São Paulo tem em “Além da Ilusão” sua estreia na TV aberta. Como a romântica e determinada Letícia, a atriz integra o núcleo da vila operária da trama, sendo a única personagem a seguir seu desejo de estudar e se formar professora. A firmeza da personagem, contudo, balançará ao se ver disputada pelos dois amigos de infância, Bento e Lorenzo. Em paralelo, a atriz estreia ainda esse ano seu terceiro trabalho no streaming, a série “O Rei da TV” (StarPlus).
“Leticia é uma jovem muito inteligente, generosa e romântica. Me identifico com essa leveza e a determinação na medida para enfrentar seus desafios – e como será importante na construção desse triângulo amoroso formado. Além disso, esse núcleo contextualiza um período histórico no Brasil, a participação do nosso exército nos conflitos da Segunda Guerra Mundial. É bem recente uma personagem como ela estar ocupando esse lugar na novela, ainda mais sendo uma professora”, pondera a atriz que, para compor a personagem, assistiu a filmes de guerra, leu sobre pracinhas e fez uma pesquisa sobre mulheres negras no Brasil nos anos 1940, época em que se passa a trama.
O papel que lhe proporcionou pisar pela primeira vez nos Estúdios Globo foi conquistado através de testes, e lhe permite a alegria de estrear com uma personagem de época não-escravizada. “Eu diria que é um privilégio fazer personagens marcadas pelos próprios sonhos, mas talvez seja mais do que isso. Faço parte de uma mudança que tem tomado maiores proporções no audiovisual. A TV e o cinema precisam desmistificar a vida de pessoas negras, e a mídia precisa dar espaço para isso. Pode ser que para algumas atrizes ser a ‘mocinha’ não faça tanto sentido – mas, para mim, é uma quebra de expectativa. Mostra que histórias gentis também pertencem à nós, mulheres negras, e não apenas histórias de traumas”, sublinha Larissa.
A alegria de ter Jeferson De como um de seus diretores na novela é outro motivo de comemoração para a atriz. “Conheço o Jeferson do cinema e admiro demais o olhar e o trabalho dele. É uma conquista estrear na TV aberta fazendo uma personagem negra com substância, sem estereótipos e ainda poder discutir, ser ouvida e orientada por um diretor negro. É uma identificação muito importante, que me deixa bem à vontade na obra toda e com toda a direção”, pontua Larissa, formada pela Escola de Arte Dramática (USP).
Embora esteja realizando sua primeira novela, Larissa já tinha intimidade com o audiovisual – e com as obras de época. A atriz integrou as duas temporadas da série “Coisa Mais Linda” (Netflix) e aguarda a estreia de “O Rei da TV”, onde interpreta Cleusa. “A série se passa nos anos 1970 e é um projeto muito especial, com uma personagem que me desafiou, também. Aliás, na novela reencontrei Roberta Gualda, que também está na série. Com esses trabalhos de época, parece até que viajo no tempo! (risos) ”, diverte-se a atriz, que estreou no audiovisual na série “3%”.
Compositora desde os 12 anos, Larissa já lançou dois EP’s (“Larinu” e “Quando Ismália Enlouqueceu”) e pretende movimentar sua carreira de cantora ainda este ano. “Desta vez quero experimentar, conhecer novas parcerias. Tudo novo, de novo! Estou programando lançar algo que será bem diferente de tudo que já produzi. Quero chegar em mais pessoas. É um momento de mostrar mais do meu amor pela música brasileira, pelo samba, pelos ritmos afro e pela poesia. Já estou compondo coisas novas que em breve vocês conhecerão”, promete a multiartista, que também integrou o espetáculo-show “Ícaro and The Black Stars”.
Morando no Rio de Janeiro desde o fim de 2021 em função das gravações, a atriz está tendo a oportunidade de criar mais intimidade com a cidade maravilhosa. “Existe uma dinâmica de vida bem agitada e solar aqui, um contato fácil com a natureza – e para uma paulistana que só conheceu a praia aos 12 anos, é muito bom estar aqui! Aos poucos, no tempo livre, conheço alguns pontos turísticos, mas também quero conhecer o Rio que não é visto pelas câmeras. Sinto saudade de São Paulo, mas é porque minha família está lá, minha mãe e meu cachorro Thor. Mas estou me adaptando bem aqui, a galera diz que eu era carioca sem saber (risos)”, finaliza.