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Monique Evelle fala sobre ‘Afrofuturos’ no último episódio do ‘Mulher Com a Palavra’ em 2021

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Foto: Caio Lírio.

A quarta e última edição do programa ‘Mulher Com a Palavra’ de 2021 vai ao ar no dia 31 de outubro, às 18h, na TVE Bahia e no canal do MCP no YouTube. As convidadas prometem oferecer às telespectadoras, perspectivas para o afrofuturo através do bate-papo entre quatro gerações de mulheres negras.

A baiana Monique Evelle, fundadora do Desabafo Social e da Inventivos, plataforma de formação de empreendedores, reconhecida pela Forbes no “30 under 30” como destaque entre os mais brilhantes empreendedores, criadores e game-changers de até 30 anos do país, é uma das participantes deste episódio.

A autora do livro ‘Empreendedorismo Feminino: Olhar estratégico sem romantismo’, dividirá o palco com a cantora e compositora baiana Margareth Menezes e a rapper e compositora Preta Rara, de São Paulo.  “Estaremos lá prospectando futuros pelo olhar da abundância e pela lente de Salvador”, afirma Monique.

O programa, apresentado pela jornalista Rita Batista, assumirá, em 2022, o formato de festival multicultural. “Será um evento de protagonismo de eqüidade de gênero, das artes e pensamentos liderados por mulheres”, declara Fernanda Bezerra, diretora geral da Maré Produções Culturais e produtora executiva do MCP.

“Quero ter motivos pra sonhar de novo”, diz Tássia Reis, que lança novo disco “Próspera D+”

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Foto: Lucas Silvestre.

Tássia Reis presenteia o público com um novo trabalho. Com trap, drill, vogue beat, house, disco, rock, samba e soul, mostrando muita versatilidade e ousadia, ela entrega tudo em Próspera D+, seu quarto trabalho de estúdio, que dá sequência ao universo criado pela artista em 2019. Ouça aqui.

Neste álbum, a cantora se soma a outras vozes poderosas como Tulipa Ruiz, Urias, Preta Ary, Monna Brutal e Melvin Santhana. Nas produções musicais, outro time de peso formado por EVEHIVE, Th4i, Theo Zagrae, Jules Hiero, Eduardo Brechó, Jhow Produz e Nelson D.

Próspera D+ surge após uma baixa e a frustração de expectativas trazidas pela covid-19. “Por conta da pandemia, a Próspera Tour precisou ser interrompida depois de viajar alguns países e estados brasileiros. Foi um baque pensar que tinha acabado ali e teríamos que seguir em frente. Porém, fui surpreendida pelo pedido dos meus fãs: eles queriam que aquele trabalho tivesse uma sequência e fiquei feliz de saber disso, sobretudo por vivermos em um mundo muito imediatista. Foi aí que decidi divulgar versões novas de alguns sons, juntar com inéditas e outras faixas de Próspera que não pude trabalhar como gostaria. O resultado é esse álbum que vem com uma força, um impulso pra nos fazer sair da cama, tirar o pijama, afastar o sofá e dançar. Porque apesar de todos os momentos difíceis que passamos nesses últimos tempos, sobrevivemos”. 

Com 11 canções, o quentíssimo e brilhante ‘Próspera D+’ marca o mergulho que a artista faz na cena pop e vem com uma energia dedicada, de renovação, funcionando como trilha sonora de um levante que pode ser emocional ou até mesmo financeiro. O recado é sobre se reerguer e se manter forte. 

“Eu me vi triste, cansada e sem esperança. Precisava dessa injeção de vida. Acredito que a música tem o poder de nos energizar e esse disco teve esse papel pra mim. Estou acreditando mais que podemos sair dessa e me apegando a essa busca por equilíbrio e prosperidade para continuar seguindo”.

Entre as principais inspirações de Tássia Reis, ícones como Nina Simone, Michael Jackson, The Internet, Ciara, Vanjess, Rihanna, Djavan, Stevie Wonder, Beyoncé e Pharrel. 

Ilustrando visualmente o mood desse projeto, a track ‘SHONDA D+’ ganhou videoclipe dirigido por Camila Tuon e Gabiru (CeGê). Disponível no YouTube, filme tem linguagem fashionista e é super conectado com uma narrativa girl boss.

Para essa fase, “cabelos, jóias, tênis e alguns outros bens” são só algumas das narrativas que protagonizam a atmosfera poderosa em que a cantora, compositora, atriz e empresária Tássia Reis se joga.

Confira:

Caso dos ’80 tiros’: Justiça condena 8 militares pela morte do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo

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Músico Evaldo Rosa, assassinado pelos militares enquanto se dirigia com a família para um chá de bebê. Foto: Arquivo Pessoal.

Oito militares do Exército foram condenados na madrugada desta quinta-feira (14) pela morte do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo em abril de 2019. O tenente Ítalo da Silva Nunes foi condenado a 31 anos e seis meses de prisão em regime fechado e outros sete foram condenados a 28 anos de prisão em regime fechado. Os 8 condenados deverão ser expulsos da corporação.

O placar da condenação foi de três votos a dois e foi julgado por uma equipe formada por quatro juízes militares e presidido por uma juíza federal, civil.

No dia 7 de abril de 2019, Evaldo e a família seguiam para um chá de bebê quando tiveram o carro alvejado pelos militares em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro. O músico morreu após ser atingido por nove disparos. Ao todo, foram 257 tiros de fuzil e pistola.

Inicialmente, o Ministério Público Militar havia indiciado os 12 membros da guarnição por homicídio qualificado, contra Evaldo e Luciano, tentativa de homicídio, contra o sogro de Evaldo, e omissão de socorro. A denúncia de omissão de socorro foi retirada, e quatro dos militares, que não efetuaram disparos, também foram excluídos da acusação final.

A defesa dos militares irá recorrer da decisão ao Superior Tribunal Militar (STM). Os acusados respondem em liberdade e só serão detidos quando não couber mais recursos na Justiça Militar.

O JULGAMENTO — De acordo com o jornal O Povo, o posicionamento da defesa foi marcado por argumentos contraditórios, além de contrariar depoimentos de sobreviventes e testemunhas. Na sustentação, chegou a ser argumentado que Macedo, que foi prestar socorro a Evaldo e à família, teria sido responsável pela morte do músico. O advogado também afirmou, durante as quatro horas de sua manifestação, que Evaldo teria morrido em dois momentos distintos.

Paulo Henrique Pinto Mello, advogado dos militares, tentou quatro versões diferentes para o episódio sem embasar nenhum dos argumentos com provas. Na primeira versão, ele tentou pontuar que Evaldo teria morrido já no primeiro tiro, quando os militares estavam disparando contra os carros em fuga. A versão foi derrubada pelo depoimento das testemunhas, que afirmaram que o músico estava vivo até ser alvejado pela segunda vez.

Foram condenados o Tenente Ítalo da Silva Nunes, a 31 anos de prisão e o Sargento Fábio Henrique Souza Braz da Silva, Cabo Leonardo Oliveira de Souza, Soldado Gabriel Christian Honorato, Soldado Matheus Sant’Anna, Soldado Marlon Conceição da Silva, Soldado João Lucas da Costa Gonçalo e Soldado Gabriel da Silva de Barros Lins a 28 anos de prisão em regime fechado.

Letitia Wright desmente boatos de que estaria fazendo declarações anti-vacina no set de Pantera Negra 2

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Foto: Ekua King.

A atriz Letitia Wright, que dá vida à personagem Shuri na saga Pantera Negra, usou sua conta no Instagram para desmentir boatos publicados pela revista The Hollywood Reporter sobre sua conduta no set. A notícia afirmava que a atriz estaria promovendo discursos antivacina durante as gravações do filme.

“Me entristece ter que me referir a matérias publicadas pelo The Hollywood Reporter” no dia 6 de Outubro de 2021. A matéria falou sobre a minha conduta no set de Pantera Negra 2. Eu sinceramente afirmo que a matéria é completamente falsa.

Qualquer pessoa que me conheça ou tenha trabalhado comigo sabe que eu trabalho duro e que meu principal foco sempre é fazer um trabalho que seja impactante e inspirador. Esse foi e continuará sendo meu único foco”, dizia parte da publicação da atriz, que também mencionava um trecho da Bíblia.

As posturas antivacina de Letitia vieram à tona em dezembro do ano passado, quando publicou nas redes sociais um vídeo de um guru negacionista que questionava a eficácia dos imunizantes contra a covid-19. Ela apagou a publicação e parou de se posicionar publicamente sobre o assunto até esta semana.

Amazon Prime anuncia primeiro trabalho dirigido por Lázaro Ramos na plataforma

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Foto: Divulgação.

Um Ano Inesquecível – Outono, que faz parte da franquia Um Ano Inesquecível, é o primeiro trabalho assinado por Lázaro Ramos na plataforma

O Amazon Prime Video anuncia hoje a produção de Um Ano Inesquecível – Outono, segundo filme da franquia Original Amazon Um Ano Inesquecível, produzida pela Panorâmica. Baseado no livro homônimo com contos das autoras Thalita Rebouças, Paula Pimenta, Bruna Vieira e Babi Dewet, o longa terá direção de Lázaro Ramos e contará com a cidade de São Paulo e a Avenida Paulista como pano de fundo para a história musical. Um Ano Inesquecível – Outono adapta o conto escrito por Babi Dewet e será lançado no Prime Video em mais de 240 países e territórios.

O filme conta a história de Anna Júlia e João Paulo – o típico casal improvável. Ela odeia música e tudo que mais quer é um estágio e estabilidade para ajudar o pai em casa. Ele é um jovem músico de rua que sonha em viver da sua arte. Mesmo assim, a paixão entre os dois acontece, e em um dos lugares mais simbólicos de São Paulo: a Avenida Paulista. A movimentada capital é o cenário ideal para a desafiadora jornada que ambos terão que enfrentar para ficar juntos.

Um Ano Inesquecível – Outono conta com direção de Lázaro Ramos e roteiro de Keka Reis, colaboração de Thamyra Thâmara, e com a consultoria de Marcelo Saback e Vince Marcello, autor e diretor da franquia Barraca do Beijo .

A franquia terá quatro filmes, começando com Um Ano Inesquecível – Outono, seguido de Um Ano Inesquecível – Inverno, depois Um Ano Inesquecível – Primavera e terminando com Um Ano Inesquecível – Verão. O elenco conta com talentos como os protagonistas Gabz e Lucas Leto, a atriz Larissa Luz, os atores Pedro Blanc, Raphael Ghanem, Vittor Fernando e Enrico Cardoso, entre outros. A produção e a supervisão artística da franquia são de Rodrigo Montenegro e Mara Lobão, da Panorâmica.

Após a estreia de séries como Manhãs de Setembro e Dom, o anúncio dos primeiros filmes nacionais originais mostra o foco do Amazon Prime Video em fornecer conteúdo local diversificado para membros Prime em todo o mundo. A franquia Um Ano Inesquecível se juntará a milhares de programas de TV e filmes no catálogo de Prime Video, incluindo outros Originais Amazon Brasileiros, como 5X ComédiaSoltos Em FloripaTudo ou Nada: Seleção Brasileira e Desjuntados, além de produções premiadas e séries globais Originais Amazon aclamadas pela crítica como Jack Ryan de Tom ClancyGood OmensThe BoysHomecoming e The Marvelous Mrs. Maisel; e filmes globais Originais Amazon, como o vencedor do Oscar O Som do SilêncioUm Príncipe em Nova York 2Sem Remorso de Tom Clancy e A Guerra do Amanhã.

Os membros Prime poderão assistir a Um Ano Inesquecível em qualquer lugar e a qualquer hora no aplicativo Prime Video para smart TVs, dispositivos móveis, Fire TV, Fire TV stick, Fire TV, Apple TV e transmissão online. No aplicativo Prime Video, os membros Prime podem baixar episódios em seus dispositivos móveis e tablets e assistir em qualquer lugar offline. O Prime Video está disponível no Brasil sem custo extra para uma assinatura Prime por apenas R$ 9,90 por mês ou R$ 89 por ano; novos clientes podem saber mais no site e inscrever-se para uma avaliação gratuita de 30 dias.

Itamaraty revoga nomeação de candidato eliminado nas cotas raciais que entrou em vaga para negros

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A defesa de Lucas Nogueira Siqueira disse que o pedido de revogação foi feito por ele mesmo, já que teve uma oportunidade de trabalhar no exterior

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) revogou a nomeação de Lucas Nogueira Siqueira para o cargo de terceiro-secretário da carreira de diplomata da pasta. Ele foi eliminado do concurso por fraude nas cotas raciais, mas conseguiu a nomeação em uma vaga para negros, por decisão da Justiça, segundo informações do G1.

Em julho deste ano,  o juiz Cristiano Miranda de Santana determinou a nomeação dele. Segundo o magistrado, a banca do concurso não apresentou “nenhum elemento concreto” para justificar o entendimento adotado. Segundo o juiz, Lucas apresentou fotos de diferentes etapas da vida e um laudo de dermatologistas que indicam que ele tem a pele parda.

A revogação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (8) e atende a uma nova determinação judicial. O juiz que ordenou a nomeação do candidato, Cristiano Miranda de Santana, voltou atrás na própria decisão e determinou que a medida só ocorra após o trânsito em julgado do processo, ou seja, quando não houver mais recursos cabíveis.

Segundo o magistrado, “é razoável que o autor aguarde a estabilização da sentença para que possa deixar o seu emprego exercido fora do país, a fim de vir assumir o cargo público”. A defesa de Lucas Nogueira Siqueira disse que o pedido de revogação foi feito pelo próprio jovem, já que ele teve uma oportunidade de trabalhar no exterior.

“Me considero de todas as cores”, diz atriz alvo de protestos por interpretar a advogada negra Esperança Garcia

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Membros do Movimento Negro do Piauí realizaram um protesto na noite desta terça-feira (12), em frente ao Theatro 4 de Setembro, no Centro de Teresina, contra a atuação da ex-BBB Gyselle Soares no papel de Esperança Garcia, a primeira advogada negra do país, na peça “Uma escrava chamada Esperança”.

Para Sônia Terra, a ativista da Rede de Mulheres Negras do Piauí, a escolha de Gyselle para interpretar Esperança representa um embranquecimento da personagem histórica. “As crianças que vão assistir o espetáculo vão ficar na cabeça que a Esperança Garcia é uma pessoa branca”, afirmou a ativista.

A ex-BBB declarou que se considera “de todas as cores” e que, como atriz, pode viver qualquer papel. “As pessoas têm que comentar o que acham, a gente tem que respeitar o direito de resposta delas, e é importante pra mim como atriz poder ser qualquer coisa, posso viver o que quiser, se eu quiser ser uma leoa, vou ser uma leoa, se quiser ser uma escrava, vou ser uma escrava e viver de uma forma bonita”, disse.

“Eu me considero todas as cores, sem cor, um ser humano com coração que pode sentir tudo, de todo mundo. Estamos no mundo, somos todos iguais, nossa pele não tem cor, nosso coração não tem cor, não podemos nos definir assim”, completou.

Em entrevista à TV Clube, o diretor da peça, Valdson Braga, disse que a atriz não pode ser discriminada por conta de um papel. Valdson disse que chegou a procurar os movimentos negros antes da escolha da atriz que iria interpretar Esperança, mas não obteve retorno. Os manifestantes informaram que o movimento negro não foi procurado.

ESPERANÇA GARCIA — Esperança Garcia foi uma mulher negra escravizada na fazenda de Algodões, que escreveu uma carta em 6 de setembro, endereçada ao governador da capitania do Piauí. Em ato de insurgência às estruturas que a desumanizavam, ela denunciava as situações de violência que ela, as companheiras e seus filhos sofriam na fazenda de Algodões, região próxima a Oeiras, a 300 quilômetros da futura capital, Teresina.

A carta foi encontrada em 1979 no arquivo público do Piauí, pelo pesquisador e historiador Luiz Mott. Em reconhecimento da importância histórica do documento escrito por Esperança, atendendo às reivindicações do movimento negro no Piauí, a data de 6 de setembro foi oficializada como o Dia Estadual da Consciência Negra, em 1999. Em setembro de 2017, duzentos e quarenta e sete anos depois da escritura da carta, através de solicitação da Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra do Piauí, Esperança Garcia foi reconhecida pela OAB/PI como a primeira advogada piauiense.

Com informações do G1.

Pesquisa sobre a perda do aprendizado infantil revela números impactantes entre crianças durante pandemia

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Imgem: Google /Reprodução

No Brasil, o fechamento das unidades educativas por conta da pandemia de coronavírus afetou 8,9 milhões de bebês e crianças de 0 a 5 anos. Para entender o efeito dessa medida no aprendizado das crianças, os pesquisadores Mariane Koslinski e Tiago Bartholo, do Laboratório de Pesquisa em Oportunidades Educacionais (LAPOPE), da Universidade Federal do Rio De Janeiro (UFRJ), lançam o inédito “O impacto da pandemia do COVID-19 no desenvolvimento das crianças na pré-escola”. Apoiada e financiada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, o estudo foi divulgado hoje, 07/10, durante o IX Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância .

No total, a pesquisa acompanhou o desenvolvimento de 671 crianças matriculadas em 21 escolas da rede conveniada e privada da cidade do Rio de Janeiro. Dessas, 460 frequentaram o segundo ano da pré-escola em um contexto de normalidade em 2019, e 211 crianças frequentaram o segundo ano da pré-escola em 2020, em um cenário pandêmico. Para chegar aos resultados, todas as crianças participaram de testes individuais, em dois momentos, que permitiram medir o desenvolvimento delas ao longo dos respectivos anos letivos.

Os resultados sugerem impactos em diferentes dimensões do desenvolvimento infantil. Entre os principais dados, o estudo observou que o fechamento das escolas afetou o aprendizado das crianças. As crianças se desenvolveram em um ritmo mais lento, o que significou uma perda de até quatro meses no desenvolvimento delas em linguagem e matemática, se comparado com o desenvolvimento das crianças em 2019. O impacto é maior do que o observado em pesquisas internacionais – em geral perdas de 2 a 3 meses.

As crianças que vivenciaram o segundo ano da pré-escola em 2020 aprenderam 66% em linguagem e 64% em matemática, quando comparadas com as crianças que frequentaram a mesma etapa em 2019. As crianças de nível socioeconômico mais baixo aprenderam ainda menos – aproximadamente 49% para linguagem e 47% para matemática, comparadas com as crianças que tiveram a oportunidade de frequentar a pré-escola com atividades presenciais.

A pesquisa demonstra que, ao final do ano letivo em 2019, 60,1% das crianças eram capazes de identificar números de dois dígitos e fazer contas mais simples. No grupo de 2020, apenas 50,6% das crianças desenvolveram a habilidade.

“Os dados da pesquisa reforçam o papel central da educação infantil no desenvolvimento e bem-estar das crianças. As crianças que vivenciaram o segundo ano da pré-escola no ano de 2020 aprenderam em um ritmo mais lento. Os resultados podem ser explicados pelas características das atividades remotas que limitam as brincadeiras e as interações criança/professor e entre as crianças, as oportunidades de aprendizagem em casa, assim como, o tempo total de interrupção das atividades presenciais nas escolas”, explica Tiago Bartholo, professor da UFRJ e coordenador da pesquisa.

A pesquisa procurou entender também se houve impacto na aptidão física e habilidade motora das crianças. Comparando os dois grupos estudados (2019 e 2020), foi possível perceber um crescimento de 14% de crianças que deixarem de realizar movimentos simples de sentar e levantar do chão sem necessidade de um apoio ou apresentaram desequilíbrio. “Diminuição das atividades físicas realizadas na escola, mudanças na rotina impostas pela pandemia e o aumento do tempo sedentário em tela podem explicar os resultados descritos”, conta Bartholo.

Aumento das desigualdades

Mas não é só isso. O levantamento buscou responder quais os efeitos da interrupção das atividades presenciais nas desigualdades de aprendizagem. Sob essa perspectiva, os resultados sugerem que a desigualdade entre as crianças de diferentes níveis socioeconômicos aumentou. Há uma diferença equivalente de até 2 meses de aprendizado entre as crianças de nível socioeconômico mais alto e mais baixo.

“Crianças em situação de maior vulnerabilidade social foram mais fortemente impactadas e aprenderam em um ritmo mais lento do que seus pares. Por isso, o primeiro passo a ser dado é a realização de um diagnóstico para identificar quais crianças experimentaram menores oportunidades de aprendizado durante o fechamento das escolas para atividades presenciais. Em seguida, elaborar um plano individual de aprendizagem para apoiar o desenvolvimento das crianças, priorizando as mais vulneráveis e mais afetadas pela pandemia. O foco no retorno deve ser no acolhimento, bem-estar, readaptação à escola e socialização da criança”, completa Mariane Koslinski, também professora da UFRJ e coordenadora do estudo.

Em uma perspectiva segmentada por escola, os resultados apontam que as crianças matriculadas nas escolas de nível socioeconômico mais baixo aprenderam um pouco menos da metade, se comparado com o grupo que frequentou a escola em 2020. Já as crianças matriculadas nas escolas de nível socioeconômico mais alto aprenderam aproximadamente 75%, se comparado com o ganho do grupo de 2019.

Disseram para Issa Rae que sem personagens brancos, seus filmes não seriam sucesso

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Foto: Insecure no Instagram

A criadora de Insecure (HBO) Issa Rae revelou em uma entrevista para revista MIC que apesar de seus roteiros sempre serem pensados para histórias só sobre pessoas negras, ela foi aconselhada a inserir personagens brancos.

“Garota se você quiser fazer acontecer, você tem que colocar um personagem branco aí para que as pessoas brancas se importem. Só assim a NPR (importante site sobre cultura) vai escrever sobre o seu programa”, descreveu Issa dizendo como foi a abordagem aconselhada por alguém da área. E ela a princípio ouviu o conselho e inclui dois homens brancos em um dos seus primeiros projetos “Awkward Black Girl”, em 2011.

Tempos depois na HBO em Insecure, projeto onde ela atua a frente e atrás das câmeras, Issa também criou uma personagem branca a Frieda ( Lisa Joyce) sua colega de trabalho. Porém quando ela, a protagonista pede demissão nenhum outro personagem branco tomou o lugar de Frieda. “Foi aí que eu pensei, ’Ai meu Deus’ minha série agora só tem gente preta e isso sim é algo novo’“.

Para quem como a gente, já está sentido saudade de tanta gente preta linda na HBO, a nova e infelizmente a última temporada se Insecure estreia dia 24 de outubro.

Comunidades Quilombolas recebem mais de R$800 mil em emendas parlamentares de Erica Malunguinho

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Foto: Nego Júnior.

Região do Vale do Ribeira, umas das mais pobres do Estado de São Paulo, concentra benefícios indicados em prol dessa população  

Em contraposição aos subsequentes retrocessos conduzidos pela administração pública brasileira – em suas diferentes representações -, um dos segmentos que mais receberam apoio financeiro pelo mandato de Erica Malunguinho, primeira mulher trans no poder legislativo de nosso país,  foi o das comunidades quilombolas. Suas emendas parlamentares destinaram um montante total de R$852.000, entre 2020 e 2021, para fomento ao desenvolvimento desta população. Desta forma, numa resposta à escalada da extrema direita, sua atuação na Assembleia Legislativa de São Paulo ganha cada vez mais notoriedade enquanto um dos mais significativos trabalhos de proteção a comunidades em situação de vulnerabilidade.

“O racismo institucional mantém as comunidades quilombolas invisíveis aos olhos do Estado, que não se compromete com políticas públicas de demarcação de terra, preservação do patrimônio e memória destes povos. É nosso dever lutar pela garantia de direitos e contra todo tipo de violência direcionada a essas populações”, diz a deputada.

Guiada por um setor de articulação política e pesquisa atento às necessidades urgentes desse grupo, ainda majoritariamente subjugado por preconceitos enraizados socialmente, Malunguinho promove ações educacionais, de saúde e até assessoria jurídica para estas comunidades tradicionais, em especial àquelas alocadas no Vale do Ribeira, uma das regiões mais pobres do Estado de São Paulo. 

Para o período referente a 2020 no calendário da Alesp, seu gabinete indicou como beneficiários a Escola Maria Princesa Chules (Município de Eldorado), que foi contemplada com aquisição de computadores e material de informática num valor de R$ 100 mil; a prefeitura municipal de Eldorado em custeio para UBS João Victorino Ferreira (R$150 mil), além de investimento, em prol deste mesmo município, de R$150 mil em recursos para a saúde. A Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras do Vale do Ribeira (EEACONE) foi contemplada em suas atividades, incluindo a realização do Encontro Regional de Cultura dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Vale do Ribeira, nos dois últimos anos, num valor total R$202mil.

Em 2021 as verbas destinadas à comunidades quilombolas foram destinadas à Defensoria Pública do Estado para a realização de tribunais comunitários com os povos e comunidades tradicionais (R$100 mil) e para o Fundo Municipal de Iporanga, em custeio do posto de saúde / UBS ‘Quilombo Porto Velho’, que recebeu R$150 mil em insumos.

Outras áreas destacadas nos investimentos implementados por Malunguinho são o LGBT+, que recebeu, via instituições e atividades um valor de R$1.528.000,00 nos últimos dois anos; ações voltadas à Matriz Africana, que contaram com R$ 700.000,00 em recursos, além de projetos em defesa e desenvolvimento de ações para mulheres, que receberam, também, R$ 450.000,00 em emendas.

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