Prefeitura do Rio cria canal para receber denúncias de racismo e intolerância religiosa

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Prefeitura do Rio cria canal para receber denúncias de racismo e intolerância religiosa
Foto: Shutterstock.

O serviço 1746 da Prefeitura do Rio de Janeiro vai ter um canal exclusivo para receber denúncias de racismo e intolerância religiosa a partir desta sexta-feira (18). As denúncias recebidas deverão ser encaminhadas em até dez dias para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Para denunciar, basta abrir uma solicitação no Portal 1746.Rio ou nos demais canais de atendimento — aplicativo, WhatsApp (3460-1746), telefone, Facebook Messenger (/Central 1746) ou presencialmente, na Agência 1746, localizada na sede da Prefeitura, na Cidade Nova —, informando nome completo, telefone, e-mail e onde e quando a situação aconteceu. O cidadão também terá a opção de detalhar o ocorrido, informando se conhece o autor do ato de preconceito e, em caso de prática recorrente, há quanto tempo e com qual periodicidade sofre a violência.

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“O município precisa estar atento às mazelas do racismo e do preconceito e trabalhar em consonância com os princípios legais e os órgãos encarregados da investigação dessas ocorrências, para que o Rio seja reconhecido por sua política de tolerância zero à discriminação. Neste sentido, o 1746 é um instrumento imprescindível de governança, uma vez que se trata de um canal direto entre o cidadão e o poder público”, destaca o secretário de Governo e Integridade Pública, Marcelo Calero.

Foto: Samuel Barcellos / Prefeitura do Rio.

Oferecer a possibilidade de acolhimento ao cidadão vítima de preconceito racial ou religioso é, além de um gesto de cuidado, uma forma de garantir que seus direitos sejam respeitados. Quem sofre racismo ou intolerância precisa saber que não está sozinho. A discriminação é um câncer que deve ser enfrentado diariamente, por meio da educação, da cultura, das oportunidades de acesso a padrões de vida dignos e, especialmente, da reparação às vítimas e da investigação justa de crimes de preconceito”, lembra o coordenador executivo de Promoção da Igualdade Racial, Jorge Freire. 

Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam que, no ano passado, os registros de crimes relacionados ao preconceito étnico-racial e religioso no estado do Rio aumentaram. Foram 1.365 casos de injúria por preconceito, contra 1.188 em 2020 (+14,9%); 166 ocorrências de preconceito de raça, cor, religião, etnia e procedência nacional, contra 144 no ano anterior (+15,2%); e 33 registros de ultraje a cultos religiosos (ridicularização pública, impedimento ou perturbação de cerimônia religiosa) — em 2020, foram 23 (aumento de 43,4%). 

A pena para crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia ou religião pode chegar a três anos de reclusão.

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