Home Blog Page 721

“Safado”: Carol Nakamura expõe filho adotivo de 12 anos após criança voltar para mãe biológica

0
Carol Nakamura e Wallace. Foto: Reprodução / Redes Sociais.

Através das redes sociais, a atriz Carol Nakamura revelou que seu filho adotivo, Wallace, decidiu retornar para os cuidados da mãe biológica. Em vídeo, ela compartilhou com seus seguidores alguns fatos envolvendo a história com a criança. Utilizando os termos ‘safado’ e ‘sem vergonha’ para se referir ao menino, a atriz não poupou críticas. “Sempre foi muito amado e ele tem consciência disso. Ele tem uma mãe biológica. Uma criança que cresce sem regra, é muito difícil”, começou ela.

Carol Nakamura quando conheceu Wallace. Foto: Reprodução/Instagram.

“Por mais que você mostre os benefícios da educação, alfabetização, ter uma família, casa, oportunidades, o que ele não tinha antes, é complicado e decepcionante. Não estava acreditando que isso ia acontecer”, disse Nakamura. “Tive que respeitar a vontade dele. Wallace estava safado. Ele já tinha entendido que eu não tinha a guarda dele. Se a gente brigasse ou colocasse de castigo ou chamasse a atenção, ele queria ir para a casa da mãe. E se a mãe fizesse o mesmo, ele vinha para cá. E nisso, faltando na aula. Sem vergonha. A gente sempre sentou e conversou demais, mas infelizmente, foi isso. Já chorei, fiquei sem entender, mas não adianta. O que me resta é aceitar. É um assunto que me incomoda muito. Fiquei me perguntando: onde errei, o que fiz de errado?”

Durante três anos, Carol tinha a guarda provisória do menino, que foi morar com ela e seu marido Guilherme Leonel. Através do Instagram, Nakamura compartilhou uma série de fotos apresentando o dia em que conheceu Wallace. O encontro aconteceu no final de 2019, quando ela e o marido se aproximaram do menino no Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro.

Carol Nakamura, Wallace e Guilherme Leonel. Foto: Reprodução/Instagram.

“Eu amo o Wallace, mas ele tem 12 anos. Perante a Justiça, a palavra dele já vale. Não tenho a guarda dele. Me prometeram várias vezes e não me deram. Eu tinha acabado de renovar a lista de material, fiz ele escolher os cadernos. Quando eu era mais nova, não tinha grana, era tudo muito básico. Deixei ele escolher tudo e foi isso… Comprei uniforme… É triste“, disse a artista.

Nas redes sociais, a atitude de Carol Nakamura foi criticada. Usuários relataram a forma como o menino de 12 anos foi exposto nas redes e os termos associados a ele. “A forma como o casal culpabiliza o menino de 12 anos – uma criança! – que decidiu voltar para a mãe biológica é bizarra demais“, escreveu uma usuária.

“Contra minha vontade fiquei sabendo do role da Carol Nakamura com o filho adotivo E QUE NOJO a maneira como ela falou do menino, falando os bens materiais que deu ao menino e insinuando que ele não deu valor QUE HORROR”, escreveu outra usuária nas redes.

‘Medida Provisória’ atrai três vezes mais público que ‘Homem-Aranha’ nos cinemas da prefeitura de SP

0
Cena do filme 'Medida Provisória' (2022). Foto: Divulgação.

Sucesso de bilheteria no Brasil, os números de ‘Medida Provisória’ não param de impressionar. Com grande apoio do público, cerca de 450 mil pessoas acompanharam nos cinemas o longa dirigido por Lázaro Ramos. Nos cinemas da prefeitura de São Paulo, a obra nacional atraiu três vezes mais pessoas que o blockbuster estadunidense ‘Homem-Aranha: Sem Volta para Casa’, da Marvel.

Emicida e Taís Araújo em ‘Medida Provisória’. Foto: Mariana Vianna.

De acordo com levantamento da Folha de São Paulo, ambos os longa-metragens ficaram em cartaz durante quatro semanas, nas salas do circuito Spcine, contudo, o número de pessoas que assistiu a cada um dos dois filmes foi diferente: 1.006 pessoas compareceram ao filme da Marvel, enquanto 3.026 assistiram à obra estrelada por Taís Araujo, Alfred Enoch e Seu Jorge . Os dados revelam uma procura 200% maior para o filme nacional em relação ao longa estadunidense.

“Uma das principais ideias que ‘Medida Provisória’ busca levar para o público é a de coletividade, o que fortalece ideias e torna nossa vivência mais potente”, disse Lázaro sobre o filme. “E eu fiquei feliz demais em ver que o público percebeu isso e se sentiu a vontade para contribuir, através da sua arte, textos, das fotos e todo o material que venho recebendo desde antes do Medida estrear“.

Lázaro Ramos durante exibição do filme ‘Media Provisória’. Foto: Daniel Ramalho / AFP.

‘Medida Provisória’ tem como protagonistas Taís Araujo, Alfred Enoch e Seu Jorge e conta ainda com um grande elenco de 77 atores, entre eles Adriana Esteves, Renata Sorrah, Mariana Xavier, Emicida, Flávio Bauraqui e Paulo Chun. O enredo se passa num futuro distópico em que o governo brasileiro decreta uma medida que obriga os cidadãos negros a voltarem à África como forma de reparar os tempos de escravidão – a partir desse conflito e da história de amor vivida pelos personagens de Taís e Alfred, o filme debate questões sociais e mistura humor, drama e thriller.

Família de Milton Gonçalves prepara documentário sobre a vida do ator

0
Milton Gonçalves em 'O Tempo Não Para', de 2018. Foto: Paulo Belote/Globo

A família de Milton Gonçalves está preparando um material exclusivo para a construção de um documentário sobre a vida do consagrado ator, que morreu nesta última segunda-feira, aos 88 anos. A informação foi revelada por Alda, uma das filhas de Milton. Segundo ela, a ideia do projeto começou enquanto o artista ainda estava vivo. “Vai ser um filme do ponto de vista familiar, mostrando o pai e marido amoroso que foi. Esperamos lançar em breve“, disse Alda, em entrevista ao O Globo.

Milton Gonçalves. Foto: Luciana Whitaker / Folhapress.

Sem maiores detalhes revelados sobre o documentário, especula-se que o registro deva abordar a carreira e o legado de Gonçalves enquanto ator negro. Sua carreira teve início no mundo do teatro mas foi consagrado como um dos pioneiros da TV brasileira.

Milton estreou na TV na Tupi, fazendo participação em “O vigilante rodoviário” e participou da fundação da TV Globo, em 1965. Dentro da emissora carioca, Milton fez mais de 40 novelas, além de atuar em programas humorísticos e minisséries. Na década de 2000, ele esteve em obras como “Villa-Lobos – Uma Vida de Paixão”, “Carandiru”, “As Filhas do Vento”. Em 2003, foi homenageado na 31.ª edição do Festival de Gramado por ter participando em mais de 100 filmes nacionais, feito raro para o mundo do cinema.

Morre Ana Paula, dona da casa ‘invadida’ pela Deise ‘do tombo’

0
Foto: Reprodução | Instagram

Ana Paula Siqueira, conhecida como a vizinha da Deise ‘do tombo’ que teve a casa ‘invadida’, morreu nesta segunda-feira (3), no Complexo do Alemão, RJ, por complicações do câncer no reto, que já lutava há anos.

Em 2020, a Deise Gouveia, conhecida como Deise ‘do tombo’, voltava de uma festa quando caiu na casa da Ana Paula, viralizou na web e rendeu muitos memes. Entretanto, quando ela voltou mais tarde para se desculpar pela ‘invasão’, essa história gerou uma grande reviravolta na vida das duas.

Na época, Ana Paula já estava com câncer e Deise aproveitou o momento da fama para abrir uma vaquinha online e realizar o sonho da nova amiga de ter a casa própria. Em poucos dias, ela arrecadou mais de R$132 mil, valor necessário para construção da casa no Complexo do Alemão.

No instagram, Deise lamentou a morte da vizinha que virou uma amiga. “Sou grata por você te passado em minha vida, uma história linda escrita por Deus”.

Yara Shahidi, atriz de Black-ish, se forma em Harvard

0
Foto: Paul Mardy

A atriz Yara Shahidi, 22, famosa por interpretar o papel da Zoye Johnson na série Black-ish, se formou no programa de graduação em Harvard, nos departamentos de Estudos Sociais e Afro-Americanos.

A estrela passou quatro anos, além de um ano sabático antes de iniciar os estudos, se concentrando no “pensamento político negro sob uma paisagem neocolonial”, tema da tese concluída com 136 páginas.

A tese intitulada de “Eu sou um homem: a emancipação da humanidade da hegemonia ocidental através das lentes de Sylvia Wynter”, explora o trabalho da escritora jamaicana.

Em entrevista a Vogue, ela compartilha a emoção de entregar o trabalho. “Escrever minha tese me empurrou como acadêmica, porque a pergunta que eu estava fazendo era uma que me preocupava na minha vida cotidiana e no mundo”. E complementa, “Por exemplo, ‘Como poderia ser o futuro da igualdade e equidade?’ Minha tese foi um momento para conectar esses últimos quatro anos de educação a algo que se conecta ao que eu sou apaixonado e me apoiei em toda a minha vida”.

Foto: Paul Mardy

Nas redes sociais, Yara comemorou com direito a contagem regressiva até o dia da formatura. “É surreal ter finalmente atingido esse marco importante. Eu sabia que queria ir para a faculdade desde os quatro anos. Aos 17, eu sabia exatamente o que queria estudar, então ver isso se concretizar é uma meta cumprida”, disse a Vogue.

Com a formação na faculdade, Yara prevê o retorno a vida de atriz. “Eu amo o que faço nos mundos de atuação, entretenimento e produção. Estou muito empolgado com este momento futuro de poder dar tudo de mim em todas essas áreas”.

Porém, não descarta a possibilidade de continuar com o trabalho acadêmico. “Como alguém que sempre tenta se engajar socialmente, estou ansiosa para poder aprofundar meu trabalho. Minha concentração enfatizou isso estudando nossa história, nosso passado e futuros projetados. Estou mais empolgada em criar oportunidades para exercitar o que aprendi e ser flexível para aprender muito mais”.

Brancos têm o dobro de chances de eleger em relação a negros, diz estudo

0
Foto: Mulheres Negras Decidem / Divulgação.

Candidatos brancos têm pelo menos o dobro de chance de serem eleitos deputado federal ou estadual em comparação a candidatos negros. Os dados também mostram que, em quase todos os estados, o número de deputados negros é menor do que seria esperado levando-se em conta a divisão racial. A informação é da Folha de São Paulo.

Os economistas Sergio Firpo, Michael França, Alysson Portella e Rafael Tavares, pesquisadores do Núcleo de Estudos Raciais do Insper, são os autores do estudo “Desigualdade Racial nas Eleições Brasileiras” que mostra que houve 3.117 candidatos negros disputando uma vaga na Câmara em 2018. Desses, 124 foram eleitos, com uma taxa de sucesso de 3,98%. Entre os brancos, houve 4.425 candidatos e 386 eleitos, com uma taxa de sucesso de 8,72%.

O estudo foi feito com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cosidera o quesito raça/cor a partir de autodeclaração. Por isso, é possível que os dados sofram algumas alterações devido a fraudes, como o aumento artificial de candidaturas negras.

A pesquisa também revela que houve leve redução da desigualdade entre deputados federais de 2014 para 2018, mas, ainda assim, o desequilíbrio permanece muito alto. Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul não elegeram nenhum deputado federal negro.

Mostra de Cinema IFÉ ressalta a importância da diversidade no audiovisual brasileiro

0
Foto: Divulgação.

2ª edição, que acontece em formato híbrido, online e presencial, estreia em São Domingos, em Niterói, dia 31

“A mostra visa valorizar a diversidade da produção cinematográfica brasileira, através da disseminação dos trabalhos desenvolvidos por realizadores negros, indígenas e LGBTQIA+ no país nos últimos anos, além de aprofundar o debate em torno de elementos teóricos e técnicos que constituem uma produção audiovisual”, ressaltou a cineasta, Mariana Campos, sobre a Mostra de Cinema IFÉ, que começa na terça-feira (31), ficando em cartaz até 1º de junho, em São Domingos, na cidade de Niterói. Logo após, a apresentação acontece na Lapa, no Rio de Janeiro, de 2 a 4 de junho.

A programação conta com 20 obras audiovisuais de distintos gêneros e formatos, debates online com realizadores, painéis formativos, seminários e happy hour. Ao lado da produtora cultural, Ana Beatriz Silva, Mariana assina a direção desta segunda edição com curadoria de Anti Ribeiro, Fabio Rodrigues Filho e Milena Manfredini. No virtual, as exibições se estendem até o dia 5. 

Após o sucesso da edição anterior, que aconteceu online em virtude da pandemia de Covid-19, onde muitas atividades foram paralisadas temporariamente em combate à disseminação do vírus, o grupo toma fôlego para trazer à tona a pluralidade existente na indústria do cinema: por trás das telonas aos palcos.

Segundo Mariana, o intuito do projeto é disseminar novas narrativas, diversificar o debate acerca da cadeia produtiva do audiovisual, visibilizar corpos e vozes que são sistematicamente silenciados, e promover encontros entre realizadores e o público em geral. “Através das exibições dos filmes e das atividades formativas, queremos garantir um espaço crítico, diverso e fomentador de novas produções”, disse.

A ideia da mostra surgiu do interesse de unir durante um período em um local, obras audiovisuais de realizadores, e coletivos negros e indígenas com o recorte de gênero e sexualidade, fomentando assim, um cenário de produções de estéticas, linguagens e narrativas singulares que contribuam, fortaleçam e renovem a área do audiovisual brasileiro.

Frente a um país enraizado na homofobia, no machismo e estruturado no racismo desde a era colonial, a execução deste trabalho vai na contramão do sistema discriminatório e desigual que impera no Brasil ao longo dos séculos. “Nosso objetivo é a promoção de espaços de problematização e desconstrução de estereótipos e preconceitos no cenário do audiovisual contemporâneo”, pontuou Mariana.

Para a diretora Ana Beatriz, é fundamental a realização da Mostra de Cinema IFÉ para o conhecimento das imagens produzidas por cineastas negros e indígenas. “É um meio de descolonizar o pensamento sobre o cinema e ampliar o repertório de representações sobre a pluralidade presente nas experiências de subjetivação no fazer cinema, a partir de um discurso produzido por cineastas dissidentes”, acredita.

Além disso, sobre as expectativas da próxima exibição, ela destaca. “A realização da 2ª edição da Mostra de Cinema IFÉ para nós é extremamente desafiadora, em um momento onde vivemos o boom da retomada das atividades culturais na cidade, propor um espaço de troca, formação e circulação de produções audiovisuais negras e indígenas LGBTQIA+ é tentar garantir diversidade de conteúdo. Que o público possa ter acesso a uma programação diversa”, concluiu. 

SERVIÇO

2ª Mostra de Cinema IFÉ

Data: De 31 de maio a 05 de junho de 2022

Realização: Timoneira Produções

Niterói:

Sala Nelson Pereira dos Santos

 Av. Visconde do Rio Branco, 880 – São Domingos, Niterói.

Data: 31/05 a 01/06

Classificação livre

Rio de Janeiro:

Cinema Nosso

Rua do Rezende, 80 – Lapa/Centro, Rio de Janeiro

Data: 02/06 a 04/06

Classificação livre

Online:

Data: 03/06 a 05/06

Programação:

20 obras audiovisuais de distintos gêneros e formatos

Debates online com realizadores

04 Painéis Formativos

03 Seminários

02 Oficinas de Audiovisual

Happy Hour

Consultoria fomenta diversidade, equidade e inclusão em empresas brasileiras

0
Foto: Elisa Corpo.

Singuê propõe soluções para tornar equipes mais diversas e inclusivas em companhias como Ifood, Netflix, Nubank, Natura, Neoway, entre outras

O termo ESG – Environmental, Social e Governance – ganhou visibilidade global e chegou ao mundo corporativo ainda em 2004, quando o então secretário-geral da ONU Kofi Annan provocou CEOs de grandes empresas do setor financeiro a implementarem ações que unissem fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.

Antenadas ao que ocorria nos mercados norte-americano e europeu, as grandes corporações brasileiras estruturaram e implantaram estratégias nessas três dimensões ao longo dos últimos anos. No entanto, muitos desafios ainda devem ser superados e uma das maiores barreiras é aumentar a diversidade em cargos de liderança, que possuem maioria de profissionais pouco diversos.

Neste cenário, surge em 2021 a consultoria Singuê, idealizada por Talita Matos e Eliezer Leal. A proposta, inovadora ao mercado brasileiro, desenvolve projetos de diversidade, equidade e inclusão. O trabalho de consultoria é dividido em cinco pilares: estratégia, carreira, conteúdo, educação em D&I (Diversidade e Inclusão) e ESG.

A Singuê, que significa “aquilo que nos entrelaça”, na língua africana Banto, parte da premissa que nada é mais potente e inovador do que construir ambientes inclusivos em que as pessoas possam expressar a sua autenticidade e colocar sua contribuição única à serviço dos projetos em que estão envolvidas. Por meio de diagnósticos precisos, oferece a seus clientes razões humanas e de negócios que os levam à busca por diversidade, ao fomento da inclusão e à promoção da equidade.

“Tivemos alguns avanços significativos em ESG e diversidade nas empresas brasileiras dos últimos anos, entretanto, os desafios se sofisticaram. Somos um país negro e as corporações precisam atrair e desenvolver esses profissionais. Queremos propor e ajudar a manter ações para que as companhias tenham a diversidade do país presente em seus times”, pontua Talita Matos, sócia-fundadora da Singuê.

Neste primeiro ano, a consultoria já executou trabalhos expressivos em grandes empresas, como Ifood, Netflix, Nubank, Natura, Neoway, entre outros. “Com o amadurecimento das pautas de D&I se torna urgente o desenho de soluções que realmente movam o ponteiro. A Singuê tem buscado a profunda conexão entre os desafios de negócio de nossos clientes, as necessidades dos grupos historicamente minorizados e o propósito dos fundadores entregando muito valor para as marcas e para a sociedade. Assumimos o compromisso com essa agenda que pode revolucionar o mercado e, finalmente, deixá-lo mais justo, diverso e inclusivo”, completa Talita. 

Globo vai exibir o filme ‘Juntos a Magia Acontece’ em homenagem a Milton Gonçalves

0
Foto: Felipe Nahon/Gshow

Em homenagem ao ator Milton Gonçalves, a TV Globo vai exibir, na ‘Sessão da Tarde’ de hoje, o especial de Natal ‘Juntos a Magia Acontece’, vencedor do Leão de Ouro em Cannes, na categoria Entretenimento, em 2021.

O filme com um elenco majoritariamente negro, contou a história de um avô que, deprimido pela morte repentina da esposa, tenta ocupar seu tempo se candidatando a uma vaga de Papai Noel no shopping. Recusado e ironizado por sua cor, ele é salvo por um plano mirabolante de sua neta de distribuir presentes na vizinhança às vésperas do Natal. A iniciativa apostou na oportunidade de transformar um cenário de intolerância.

Na época das gravações, Milton Gonçalves falou com muito orgulho sobre ser um Papai Noel negro no filme. “Fazer esse personagem me emociona. É uma batalha de muitos anos, de séculos. A gente tem que eliminar o medo, tem que batalhar. Vou fazer o melhor Papai Noel que eu puder”..

Em 2006, Milton foi indicado ao Emmy Internacional como melhor ator, pelo personagem ‘Pai José’, no remake da novela ‘Sinhá Moça’. Nesse evento, ele apresentou o melhor programa infantil/adolescente e se tornou o primeiro brasileiro a apresentar o Emmy.

O ator faleceu na tarde desta seguda-feira (30), aos 88 anos, por complicações em decorrência de um AVC. Ele deixa três filhos, dois netos e um legado que se confunde com a história da própria TV brasileira.

Milton Gonçalves e Ruth de Souza em ‘O Bem-Amado’.

Carreira de ator

Nascido em 9 de janeiro de 1934, na pequena cidade de Monte Santo, em Minas Gerais, filho de camponeses, mudou-se com a família ainda pequeno para São Paulo, onde foi aprendiz de sapateiro, de alfaiate e de gráfico. Fez teatro infantil e amador e estreou profissionalmente em 1957, no mítico Teatro de Arena, na peça ‘Ratos e Homens’. Depois de uma turnê nacional, decidiu morar no Rio. “Sofri todos os percalços entendendo, mas não concordando, com o preconceito racial, que foi um trauma na minha vida. Assim, o teatro para mim foi a grande salvação”, revelou, certa vez, em entrevista ao site Memória Globo. 

Milton participou do primeiro elenco de atores da Globo. Ele chegou à emissora a convite do ator e diretor Otávio Graça Mello, de quem fora companheiro de set no filme ‘Grande Sertão’ (1965), dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira.

Estreou como diretor de TV na novela ‘Irmãos Coragem’ (1970), de Janete Clair, um marco da televisão brasileira. A partir daí, esteve em várias produções icônicas da emissor.

Em 2008, interpretou o personagem Romildo Rossi, um político corrupto, em ‘A Favorita’, de João Emanuel Carneiro, atualmente no ar na TV Globo, no ‘Vale a Pena Ver de Novo’.

O ator participou de uma vasta e diversa produção cinematográfica. Foram mais de 50 títulos como ‘Cinco Vezes Favela’, ‘Carandiru’ e ‘Segurança Nacional’, onde fez o papel do primeiro presidente negro da história do Brasil.

Preto Positivo: o primeiro podcast sobre histórias de pessoas negras vivendo com HIV e AIDS

0
Foto: Reprodução | Instagram

O novo podcast Original Spotify Preto Positivo estreia no dia 9 de junho, com a apresentação dos idealizadores e ativistas Emer Conatus e Raul Nunnes.

Criado a partir das vivências dos criadores com o intuito de desmistificar e educar o público, o podcast conta histórias de pessoas negras vivendo com HIV e Aids e contempla conversas sobre saúde, relacionamentos, afeto, sexo, amizades, família, trabalho e muito mais. Preto Positivo é o primeiro podcast brasileiro totalmente focado no universo HIV e AIDS.

Fruto do programa Sound Up, uma iniciativa global do Spotify que apoia jovens de comunidades sub-representadas no desenvolvimento e capacitação para criação de conteúdo em áudio, Preto Positivo terá episódios semanais e muitos convidados, entre eles, médico infectologista, psicólogo, parteira, advogado, pesquisadores, apresentador de TV, cantor, poetisa, artistas e ativistas, pessoas que são historicamente importante para a causa.

No instagram, Emer e Raul compartilharam que “o objetivo principal da plataforma Preto Positivo é acolher, compartilhar informação de forma online e offline, além de criar espaço para pessoas negras que vivem com o HIV, pois existe uma grande urgência em abordar o assunto e humanizar o tema que ainda é tido como tabu”.

HIV e Aids na comunidade negra

De acordo com os dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids do Município de São Paulo de 2016, a população negra apresenta piores indicadores de HIV/Aids em relação à branca. As pessoas de cor preta morrem em média três vezes mais do que as brancas (2,3/0,8), em decorrência da aids. A disparidade também é observada em relação à taxa de detecção do HIV de casos notificados de Aids, que é duas vezes maior nas pessoas de cor preta (18,0 em brancos e 36,4 em pretos).


error: Content is protected !!