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“Não esperamos ser o resto da sobra”: AD Junior fala sobre episódios de racismo do MTV MIAW

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

O palestrante AD Junior, apresentador e Head de Marketing da Trace Brasil, utilizou seu perfil no Instagram nesta tarde de quarta-feira (27) para comentar as recentes acusações de racismo envolvendo o MTV MIAW, premiação da MTV Brasil. O evento, que aconteceu nesta última segunda-feira (26) recebeu uma série de críticas por parte de influenciadores e artistas negros. “Não somos convidados para seus eventos, não somos VIPs, vocês geralmente não sabem nossos nomes! Um bando de ‘zés ninguém’ pra vocês”, escreveu AD. “Querem negros cantando no palco, dançando, que roupas lindas… e depois de volta pra casa, ora não somos os pretos-americanos, esses aliás são os únicos negros que vocês gostam. Da um charme na festa, né?“.

Mc Soffia, indicada ao prêmio, acusou a organização do evento de racismo após não receber comida no local. Nomes como Rízia Cerqueira, Ellen Valias e Akeen, também indicados, sequer foram convidados para a cerimônia.Não somos convidados para seus eventos, não somos VIPs, vocês geralmente não sabem nossos nomes! Um bando de ‘zés ninguém’ pra vocês”, escreveu AD. Esperamos eventos mais diversos? Sim! Mas não esperamos ser o resto da sobra, não nos convidem ou nos indiquem como café com leite… vocês gostam tanto dos eventos estrangeiros, vejam como funciona em alguns deles, contratem especialistas e façam mil revisões… trabalhem essa pauta de verdade“, destacou o apresentador.

Bora conversar? Os festivais voltaram e no pós pandemia eles voltaram piores do antes, TODOS os influenciadores brancos, sedentos por festinhas e get togethers estão ativados em suas assessorias com acessos incríveis para festivais”, começou AD em sua análise. “É um sistema que existe, que vai desde o camarote no carnaval até os shows, prêmios e festivais. Durante toda a pandemia, vários desses influenciadores convidados com tapete vermelho ficaram caladinhos. Enquanto os pretos, na linha de frente contra o racismo, estava ali dando ‘palestra’ gratuita para a galera do ‘vim aqui pra aprender’. Bullshitismo revestido de vontade de aprender.”


“Eu não sou uma vítima”, diz Chris Rock ao comentar tapa que recebeu de Will Smith no Oscar

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Chris Rock e Will Smith no Oscar 2022. Foto: ROBYN BECK/AFP via Getty Images.

Após meses em silêncio, o humorista Chris Rock fez sua primeira declaração direta sobre o polêmico tapa que recebeu de Will Smith no palco do Oscar 2022. Num recente show em Nova Jersey, Rock disse que apesar da dor que veio com a agressão, ele não se vê como uma vítima. “Qualquer um que diz que as palavras machucam nunca levou um soco na cara”, comentou ele. “Eu não sou uma vítima. Sim, essa merd* doeu. Mas eu deixei isso de lado e fui trabalhar no dia seguinte. Eu não vou ao hospital para um corte de papel“.

Will Smith e Chris Rock no palco do Oscar 2022. Foto: Reprodução / NBC.

Ainda em março, Rock apresentou a categoria de melhor documentário no Oscar 2022 e indignou Will Smith ao brincar sobre a alopecia de Jada Pinkett Smith. O astro de ‘King Richard’ respondeu à ‘piada’ subindo ao palco e dando um tapa no rosto do humorista. Como punição, Smith acabou sendo banido da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. “O Conselho decidiu, por um período de 10 anos a partir de 8 de abril de 2022, que o Sr. Smith não poderá participar de nenhum evento ou programa da Academia, pessoalmente ou virtualmente, incluindo, entre outros, o Oscar“, disse a instituição em comunicado oficial.

Will Smith também comentou sobre o ocorrido e chegou a pedir desculpas aos envolvidos. “A violência em todas as suas formas é venenosa e destrutiva. Meu comportamento no Oscar foi inaceitável e imperdoável”, escreveu o ator através das redes sociais. “Piadas às minhas custas fazem parte do trabalho, mas uma piada sobre a condição médica de Jada foi demais para mim e eu reagi emocionalmente. A lista daqueles que machuquei é longa e inclui Chris, sua família, muitos dos meus queridos amigos e entes queridos, todos os presentes e o público global em casa“.

Modelo é constrangida e proibida de produzir conteúdo em hotel e aponta racismo: “Me senti uma criminosa”

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Foto: Reprodução / Instagram

A atriz e modelo Stephanie Durval, em entrevista exclusiva ao MUNDO NEGRO, relatou o constrangimento que passou no hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro, ao tentar gerar conteúdo para a marca de roupa, na semana passada (18).

“Eu já trabalho com a marca desde 2016. Eles geralmente contratam o hotel para gente poder gerar o conteúdo e já chegaram a gravar em outros hotéis”, resume Stephanie, que também já atuou na novela Cara e Coragem da TV Globo.

Stephanie diz que ficou aguardando na recepção do hotel para subir ao quarto que a marca havia reservado. “Eu já senti um tratamento diferente comigo”.

Segundo a modelo, primeiro a recepção informou que ela não poderia subir porque não foram avisados que ela iria. Posteriormente, disse que talvez ela entraria como visitante porque já havia duas profissionais do marketing no quarto e não poderia ter três hóspedes no mesmo quarto. Mas Stephanie afirma que estava como hóspede e uma das colegas no quarto que estava como visitante. “Foi com um tom, umas insinuações, eu super constrangida, mas eu também mantive a minha postura”, diz.

Foto: Reprodução/Instagram

“Fiquei lá esperando, ligava pra um, pra outro. Eles entraram numa salinha deles e eu estava ouvindo eles falando que não estava autorizado, sendo que tinha um e-mail que foi enviado pro hotel, foi pago pelo espaço. A pessoa responsável pelo marketing da marca disse que pagou R$ 1.500 pelo espaço e nunca teve nenhum problema”. E ressalta: “eu sou a única preta que gera conteúdo para eles, as outras influenciadoras são brancas, loiras, morenas. E aconteceu logo comigo?”.

“Eles começaram a me fazer perguntas, mas em nenhum momento eles foram diretos. ‘Mas qual é a marca? O que vocês vão fazer no quarto?'”, já indignada com o interrogatório. “Tomei um chá de cadeira na recepção. Fiquei tanto tempo lá, que eu tive que pedir para a pessoa do marketing, que já estava no quarto, descer para poder resolver a situação”.

Apenas desta forma, que a recepção disse que liberaria a subida dela para o quarto. “A pessoa do marketing também é uma mulher negra e ela ficou olhando pra mim com os olhos arregalados tipo ‘a gente sabe o que está acontecendo aqui'”, lembra.

Liberada para se juntar com a equipe no quarto do hotel, Stephanie foi se arrumar para começar a gerar conteúdo para a marca. “No elevador, nos corredores, e quando a gente desceu pro primeiro andar, veio um segurança, infelizmente preto, ele já ficou de cara e a gente com o equipamento, ele disse ‘vocês não podem, não está autorizado”’, conta. “Inventaram milhares de desculpas, sendo que estava autorizado, é um espaço que eles já utilizaram para gerar conteúdo com outros influenciadores.

Stephanie Durval atuando na novela Cara e Coragem da TV Globo (Foto: Arquivo pessoal)

A modelo desabafa: “Foi um destrato total comigo, nenhum ser humano merece ser tratado assim, da maneira que eles me trataram, parecia que eu ia fazer um programa ali e nenhuma prostituta também merece ser tratada assim. Eles estavam me tratando de uma maneira muito esquisita, uns olhares, uns cochichos e eles falaram que não poderia, nos convidaram a nos retirar”.

Stephanie pediu um carro por aplicativo para ir embora depois do ocorrido e continuou a conversar com a colega do marketing pelo celular. “Ficou muito claro o que estava acontecendo ali e ela relatou pros responsáveis da marca que estava acontecendo ali um caso de racismo, que eu não era bem-vinda. Parecia que eu estava pedindo um favor, me senti uma criminosa com todo mundo olhando e eu ali parada na recepção”.

“A minha ficha só caiu de fato quando eu estava voltando pra casa. Eu sou moradora de Madureira, nascida e criada, falei assim ‘caramba, eu acabei de sofrer racismo e aí eu fiquei sem saber o que fazer’. Refleti diversas vezes se eu falaria ou não sobre isso, mas é importante eu me posicionar como artista”, diz a modelo. 

Stephanie informou que já está em contato com um advogado para abrir um boletim de ocorrência. Até o fechamento desta reportagem, a rede de hotel Windsor ainda não se posicionou sobre o caso.

Atualização às 18h45:

O hotel Windsor Barra retornou o contato com o pronunciamento sobre o caso. Leia a nota oficial na íntegra: “O hotel teve de pedir que Stephanie aguardasse na recepção porque já havia sido atingido o número de pessoas que a produtora de moda havia previsto no contrato de reserva do apartamento. Assim que a produtora retificou seu pedido, a modelo teve o acesso liberado. A produtora também não havia feito a opção por usar áreas comuns do hotel, que lhe foi oferecida. Daí, não ter sido possível fazer fotos ou outros registros senão no quarto. Lamentamos muito o desconforto que a situação causou a Stephanie, e asseguramos que a demora na liberação de seu acesso se deveu exclusivamente à questão contratual mencionada acima”.

Mc Loma revela detalhes sobre exploração de ex-empresário: “Fazia show doente”

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Foto: Reprodução/Instagram

Mc Loma, revelou a exploração sofrida pelo antigo empresário, responsável pelo início de sua carreira com Mariely e Mirella Santos, as Gêmeas Lacração, durante a entrevista ao PodDelas, no Youtube. A cantora disse que na época do seu primeiro sucesso musical “Envolvente”, o empresário não as deixava com um dia de folga. Elas eram obrigadas a trabalhar doente, com extremo cansaço e ele ainda ficava com a maior parte do lucro dos shows.

“A gente se lascava o mês todinho. Eu peguei uma gripe e fazia show doente, as meninas também, e ele nem aí. Tanto que uma vez fiz show dublando porque não conseguia falar”, desabafou a cantora.

“A gente descobriu [que estávamos sendo enganadas] porque fazíamos show todos os dias, as folgas eram só nas segunda e olhe lá. Todos os dias a gente fazia show e a gente via que no final do mês recebíamos pouco. Tipo assim, uns cinco mil reais. Ele não falava, mas a gente tinha noção que era uns cinquenta mil”, revelou a funkeira.

Atualmente com 19 anos, Mc Loma começou a fazer shows quando ainda era menor de idade e parou de estudar para se dedicar à carreira musical. O Conselho Tutelar começou a proibir que o grupo realizasse as apresentações, mas o ex-empresário escondeu o que estava acontecendo.

“Continuei fazendo show até que o Conselho Tutelar me pegou. Ou eu voltava a estudar ou parava os shows, mas nosso antigo empresário não ligou para isso. Mas aí começaram a brecar os shows. A gente que descobriu que eu tinha que voltar a estudar ou parava de fazer show”, conta.

Mc Loma também teve problemas com as redes sociais. “Foi bizarro, parecia um filme. Eles hackearam nosso fã clube. Foi bizarro demais. Na época a gente viveu um inferno”, desabafa a artista.

No ano passado, em entrevista com Lucas Selfie, Mc Loma já havia falado sobre o caso. “Ele pegou tudo. Até nossa alma ele sugou. Foi um processo muito difícil pra gente, só estava nós três aqui, a gente não sabia nada”.

Estátua de Marielle Franco é inaugurada nesta quarta-feira no Rio de Janeiro

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Foto: May Donaria.

O Instituto Marielle Franco, criado e dirigido pela família da ex-vereadora, vai inaugurar a estátua de Marielle no centro do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (27), dia em que a vereadora completaria 43 anos de vida e dois dias depois do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha.

A estátua terá tamanho real, de 1,75m, de bronze, e ficará no conhecido Buraco do Lume, na Praça Mário Lago, no centro do Rio de Janeiro, lugar onde Marielle ia toda sexta-feira para prestar contas à população sobre a sua atuação enquanto vereadora e presidenta da Comissão da Mulher da Câmara Municipal do Rio.

Anielle Franco e a estátua da irmã, Marielle.

A inauguração começa às 17h com a aula pública “A memória é a semente para novos futuros: legado, justiça e reparação”, com Eliana Alves Cruz, Thula Pires e Anielle Franco, irmã da ex-vereadora. Em seguida, às 19h, será feita uma batalha de poesias sobre a defesa de memória de Marielle. Além da presença de estudantes de cursinhos pré-vestibulares comunitários.

Em 2021, o Instituto fez uma vaquinha virtual para arrecadar recursos para construir a estátua, que foi esculpida por Edgard Duvivier e levantou quase R$ 40 mil.

MARIELLE — A vereadora Marielle Franco foi executada a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro. O crime ocorreu por volta das 21h, do dia 14 de março de 2018 após a vereadora ter deixado um evento na Casa das Pretas. O motorista Anderson Gomes conduzia o carro e também foi morto.

A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aponta que um veículo dirigido pelo ex-policial militar Élcio de Queiroz emparelhou com o carro da parlamentar. De dentro do veículo, o sargento reformado da Polícia Militar, Ronnie Lessa, teria atirado ao menos treze vezes contra o grupo.

Élcio Queiroz e Ronnie Lessa foram presos preventivamente e estão em um presídio federal de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. O caso ainda não foi julgado e ainda não tem data de decisão. A investigação também não apontou, até hoje, quem é o mandante do assassinato de Marielle.

MTV MIAW: Rízia Cerqueira, Ellen Valias e Akeen, indicados ao prêmio, não foram convidados para evento

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Foto: Reprodução.

O MTV Miaw aconteceu na noite desta terça-feira (26), e uma série de constrangimentos com indicadas negras ganharam destaque nas redes sociais. Além de MC Soffia, que relatou uma série de descasos do evento com sua participação, as influenciadoras Rízia Cerqueira e Ellen Valias e o ator e modelo Akeen também se sentiram desrespeitados pela organização do evento.

Em sua conta no Twitter, Rízia contou que, apesar de estar concorrendo ao prêmio na categoria Black Star Rising por BET, sequer foi convidada para o evento. “A pobi ficou feliz da vida jurando que ia postar look bem blogueira dando close”, disse ela.

https://twitter.com/rizia_cerqueira/status/1552083571027984385

Mencionando o tweet de Rízia, Ellen Valias, que concorria na categoria Saúde Tá Ok, disse que passou pela mesma situação. “Indicam a gente para ficarmos puxando voto e divulgando o evento de graça, tá tirando!”, disse a Atleta de Peso.

O ator e modelo Akeen, que concorria na categoria “Ícone Fashion” também não recebeu convite para o evento e contou o acontecido nas redes sociais. “Obrigada, Deus, por me manter com os pés no chão, porque se fosse depender desse povo, é trauma atrás de trauma”, disse ele em um vídeo no Instagram.

O fato de os três serem pessoas negras e gordas não passou despercebido na internet. “A falsa inclusão… Até agora já vi você, a Rizia e o Akeen… Percebesse os padrões?”, disse uma seguidora.

https://twitter.com/abarbaraassis/status/1552125784713838592

O MUNDO NEGRO perguntou à MTV o motivo destes influenciadores não terem sido convidados e o espaço segue aberto para respostas.

Indicada pelo MTV Miaw Brasil, Mc Soffia fica fora da lista de camarote e volta pra casa: “Não tem nem cadeira pra sentar”

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Foto: Reprodução/Instagram

A premiação MTV Miaw 2022 está sendo realizado na noite desta terça-feira (26), com diversos artistas indicados. Mas Mc Soffia, indicada pela categoria Black Star Rising por BET, relatou o descaso sofrido pela organização da premiação nas redes sociais, junto com a sua mãe e empresária Kamilah Pimentel.

Fazendo stories no Instagram desde a apresentação do look para o evento, a cantora iniciou a primeira reclamaçãs com o tratamento, quando percebeu que precisaria arcar com o próprio bolso para comer: “Eu vim sem bolsa”.

Na tentativa de fazer o pix para pagar pelos comes e bebes, a Mc Soffia brinca com a atendente: “E quem tá concorrendo ganha uma bebida ou uma pipoca?”.

Logo em seguida, a rapper descobre que não tem nem cadeira para sentar. “Pra mim não tem cadeira, pros outros artistas tem. Mas tudo bem […] Não nasci pra estar no camarote, não nasci pra estar com todos esses artistas, né? Eu vou voltar para minha casa”.

Nos vídeos seguintes, a caminho de casa no carro por aplicativo, entre brincadeiras com a mãe para tentar descontrair o clima, Kamilah explica que foi informado na hora que elas chegaram que convite da Mc Soffia seria na pista 1, junto com a plateia. Garantiram que teriam cadeiras, mas pela edição anterior, ela já sabia que não tinha, pois foi onde elas já haviam ficado.

Em conversa com alguns amigos para obter informações, Kamillah chegou a ouvir “Com certeza quem foi indicado vai pela pista subir a escada e pegar o prêmio” e brinca “nesse golpe ninguém caiu”.

Apesar das brincadeiras, Mc Soffia respira fundo: “os humilhados serão exaltados. Fé em Deus” e conclui “agradeço a todo mundo que votou em mim”.

A web também reagiu ao descaso “tem influencer que nem foi indicado e estava no camarote curtindo tudo”, disse uma seguidora.

Já chegando em casa, a mãe da rapper também publicou vídeos no Instagram e falou que não é a primeira vez que ocorre a falta de respeito contra ela e a artista. “Mais um dia sendo humilhada pela MTV. Pra mim chega, acabou. Tem preto que foi indicado e nem convite ganhou. A gente tem que abrir a boca porque calada não vence”.

“A justificativa deles é que algumas categorias não tem palco. Mas engraçado que é a categoria preta que não tem palco. A única categoria preta da MTV no Brasil não vai ter direito de pegar o prêmio no palco. Aí põe a menina na pista e todos os brancos no camarote”. E a mãe complementa: “fizeram uma entrevista com ela, as pessoas já estavam separadas, pelo menos sentada poderia ficar. Mas ela ficou só com as pessoas que foram para assistir, já estava essa separação”.

Teaser trailer de ‘Wakanda Forever’ impressiona e bate recorde de visualizações

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'Pantera Negra: Wakanda Forever'. Foto: Reprodução / Youtube.

Um dos filmes mais aguardados do ano, ‘Pantera Negra: Wakanda Forever’ já chegou surpreendendo. O primeiro teaser trailer da obra, apresentado neste último final de semana, durante a Comic Con San Diego, se tornou um dos mais assistidos do Universo Cinematográfico da Marvel. Acumulando mais de 172 milhões de visualizações durante as primeiras 24 horas, o registro se tornou a sétima produção mais assistida do estúdio. O novo teaser também ultrapassou – e muito – o número feito por ‘Pantera Negra’, em 2017, quando a produção do herói conquistou 88 milhões de visualizações durante as primeiras horas.

‘Pantera Negra: Wakanda Forever’. Foto: Reprodução / Youtube.

Durante os últimos dias, o teaser também invadiu as mídias sociais, com tópicos relacionados a “Pantera Negra” conquistando mais de 2 milhões de menções. Chadwick Boseman e Angela Bassett se tornaram tendências internacionais após a estreia do vídeo. O primeiro registro do aguardado longa deixou evidente a morte de T’Challa e abriu margem para uma série de especulações sobre o novo personagem.

‘Pantera Negra: Wakanda Forever’. Foto: Reprodução / Youtube.

A filmagem mostrou a nação de Wakanda em guerra contra um exército de atlantes, liderado pelo temível Namor (Tenoch Huerta). Lupita Nyong’o, Letitia Wright e Danai Gurira retornam para seus papéis de destaque, com a novidade de Michaela Coel dentro do elenco.

Estrela de ‘Papai É Pop’, Lázaro Ramos diz que a paternidade deve ser discutida todos os dias

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Lázaro Ramos e Paolla Oliveira em 'Papai é Pop'. Foto: Divulgação / Stella Carvalho.

Como aprender a ser pai? Esse é o questionamento que permeia a história de Tom (Lázaro Ramos) ao ver sua filha com Elisa (Paolla Oliveira) nascer no filme PAPAI É POP. Dirigido por Caito Ortiz com roteiro de Ricardo Hofstetter – livremente inspirado no livro homônimo de Marcos Piangers. “Há muitos anos eu sonho em fazer um filme sobre paternidade”, conta Lázaro Ramos em entrevista ao MUNDO NEGRO. “Eu secretamente ficava elencando temáticas e aspectos da paternidade e às vezes oferecendo para alguns amigos. Fala-se pouco sobre isso no cinema. Eu queria falar sobre isso e de repente, surgiu o convite. Eu fiquei muito feliz porque acho que tem uma estratégia de aproximação do tema. Apesar de ser vendido como comédia, o filme vai além disso, ele vai para um lugar de sensibilização, identificação e faz várias provocações“.

Lázaro Ramos e Paolla Oliveira em ‘Papai é Pop’. Foto: Divulgação / Stella Carvalho.

A estreia do longa nos cinemas de todo o Brasil está marcada para 11 de agosto, véspera do Dia dos Pais, e conta ainda com a presença de Elisa Lucinda, Leandro Ramos e Dadá Coelho no elenco. “Eu acho que me preparei a vida toda [para esse papel]”, diz Elisa em entrevista ao MUNDO NEGRO. No filme ela interpreta Gladys, a mãe de Tom, que criou o filho sozinha no mundo. “Sempre fui ativista do movimento masculino, em prol do seu direito à sensibilidade. Me preparei nesse lugar ideológico há muito tempo, com muito prazer que fiz o filme. Estamos falando de um assunto, a ausência paterna, que gera tanta tragédia. A extensão desse abandono é infinita (…) Eu fiz um filme sobre o que eu queria falar. Acho que essa é a sorte da nossa profissão”.

No filme, Tom e Elisa veem sua rotina se transformar com o nascimento de Laura (Malu Aloise). A adaptação de Tom à nova vida interfere no vínculo do casal, além de mexer com a relação de Tom com sua mãe. Tom precisa ressignificar tudo que aprendeu até então e entender a importância de uma paternidade ativa. Com tons de comédia, o longa aborda questões muito sensíveis à realidade brasileira. “É o início de uma conversa que eu quero ter durante muito tempo no cinema. Eu queria fazer vários filmes sobre paternidade, que acho que é um tema que precisamos tornar rotineiro, cotidiano e falar todos os dias”, conta Lázaro. “Estamos longe do que é o ideal de paternidade, esse pai afetuoso, presente, que se responsabiliza pelos seus filhos, corresponsável pela educação e pelos cuidados com suas crianças”.

Lázaro Ramos em ‘Papai é Pop’. Foto: Divulgação / Stella Carvalho.

“Adorei que no filme não compactuamos com esse clichê de que sogra é ruim, porque isso também vem de um lugar atrasado”, diz Elisa sobre PAPAI É POP. “Sempre achei um absurdo isso, ter ciúmes do filho, enquanto mãe. São lugares diferentes. Temos que falar sobre isso, por exemplo, não há nenhum ensinamento masculino sobre a arte de cuidar”.

O filme apresenta situações emocionantes e divertidas na busca de Tom por uma transformação interior, que afeta não só a sua vida como a de toda a família. A trajetória do protagonista traz ainda uma reflexão sobre o que a sociedade enxerga como um pai presente. “O filme não quer endeusar a figura paterna. A história apresenta um pai que não é perfeito e que está em busca de uma transformação e isso é o que torna o filme importante”, afirma Gabriel Gurman, CEO da Galeria Distribuidora e produtor do longa. 

“Estamos atrasados nessa discussão. As semelhanças do abandono, do modelo de homem, do modelo da masculinidade e como expressar sua masculinidade vem muitas vezes pela violência e pela não permissão de você revelar um pouco de sua sensibilidade, isso é gravíssimo”, destaca Lázaro. “Isso parece que estamos falando de uma coisa íntima, mas faz parte do projeto de nação que a gente quer. É por isso que estamos aí, dia após dia, baseados nesse aspecto, no aspecto da violência. Esse não é o homem que quero ser, não é o homem que quero reproduzir e o PAPAI É POP vem trazendo esse homem que está em construção, justamente para trazer outros modelos de masculinidade mais saudável para todos. Isso não tem a ver com apenas suavidade. Tem a ver com responsabilizar-se, também ser firme em seus valores. Porque às vezes a gente fala e parece um lugar apenas fofo e não, tem o lado de assumir suas responsabilidades, se posicionar e lutar pelo que você acredita”.

Mercado financeiro: B3 investe em projeto para ter mais líderes negras na empresa

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Foto: Freepik

Em busca de ampliar a diversidade nos quadros de liderança, a B3 pretende acelerar a carreira de mulheres negras dentro da companhia. A iniciativa faz parte da segunda edição do programa de mentoria para mulheres da bolsa do Brasil, anunciada nesta segunda-feira (25), durante evento comemorativo do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Serão 50 vagas disponíveis, das quais 25 destinadas a mulheres negras.

O evento foi realizado por dois núcleos de diversidade da B3, o Bl4ck e o El4s, e contou com a presença de Solange Feliciano, Head de Diversidade e Inclusão na Alicerce Educação, e Nadja Brandão, líder do Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil, além de funcionárias da B3. Nas rodas de conversa foram abordadas a situação da mulher negra no Brasil e no mercado financeiro.

“A data é uma reafirmação. Ressignifica o protagonismo da mulher negra na sua história, seu poder de construção e organização para ocupar lugares de destaque e liderança na sociedade e instituições corporativas, além do poder de mobilização política com objetivo de busca por justiça social, mesmo diante de todas as adversidades estruturais. É preciso dar continuidade ao protagonismo das mulheres negras dentro das empresas para que se verifique então um ambiente corporativo verdadeiramente equânime e incluso”, diz Carolina Araújo Bandeira, advogada e líder do núcleo Bl4ck da B3, que mediou uma das rodas de conversa, em entrevista ao MUNDO NEGRO.

São elegíveis para participação no programa de mentoria mulheres em cargos de analista sênior e coordenadoras, que poderão se inscrever até o início de agosto. Além de mentoria, as selecionadas participarão de trilhas de conhecimento em desenvolvimento de liderança em sessões ao longo de 1 ano, com início no dia 9 de setembro.

Tanto mentoradas quanto mentores serão treinados de acordo com as necessidades apresentadas ao longo do programa, tendo em vista as habilidades identificadas como focais para seu desenvolvimento de carreira. Nesta edição do programa, a seleção dos mentores – que também exercem papel de sponsors das mentoradas dentro da companhia – será composta por 70% de mulheres e 30% de homens que ocupam cargos de liderança na B3.

“Queremos crescer e expandir a representatividade na B3. O programa de mentoria é mais uma iniciativa para impulsionar as mulheres negras para alçarem voos cada vez mais altos e levarem a diversidade para a nossa liderança”, disse Ana Buchaim, diretora executiva de Pessoas, Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Investimento Social Privado da B3.

“A potência das organizações está na diversidade. É muito importante criar espaços não apenas para incluir mulheres negras no mercado financeiro, mas proporcionar um ambiente no qual possam desenvolver a sua carreira para conciliar com a maternidade e vida pessoal. Para criar representatividade e atingir diversidade de maneira orgânica é necessário respeitar cada história e individualidade”, pontuou Carolina Bandeira.

A iniciativa faz parte da agenda de diversidade e inclusão da bolsa do Brasil e soma-se a outros programas desenvolvidos pela companhia. Desde 2020, a B3 possui uma meta corporativa, definida juntamente com o Conselho de Administração da B3, atrelada a essa frente, que impacta 100% da organização e o pagamento da PLR. Em 2022, todos os gestores a partir do nível de superintendência também têm entre suas metas a ampliação da diversidade em suas equipes.

Em 2021, a B3 foi a primeira bolsa do mundo a emitir um Sustainability Linked Bond (SLB), no valor de US$ 700 milhões, vinculado ao cumprimento de metas de diversidade, incluindo a de atingir 35% de mulheres em cargos de liderança até 2026.

Além da mentoria voltada para cargos de liderança, a B3 promoveu um programa de estágio para jovens negros, dos quais 60% já foram efetivados. A iniciativa conseguiu triplicar a representatividade de pessoas negras em posições de estágio, além de oferecer mentoria para acelerar a carreira desses jovens. Também foi desenvolvido um programa de capacitação em mercado financeiro para pessoas negras, com trilha de desenvolvimento voltada para colocação no mercado de trabalho.

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