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Iza e Mano Brown estão entre os finalistas do Prêmio Sim à Igualdade Racial; veja lista completa

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Foto: Alex Santana / Jef Delgado.

Evento reconhece os principais nomes e ações em prol da igualdade racial no Brasil 

Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) anunciou os finalistas do Prêmio “Sim à Igualdade Racial 2022”, que será transmitido no dia 28 de maio, no Multishow e canal do ID_BR no YouTube. A iniciativa, que entra em sua quinta edição, visa mapear, reconhecer e premiar pessoas, empresas, iniciativas e organizações que atuam em prol da igualdade racial no Brasil.

A cantora Iza, o rapper e apresentador Mano Brown estão entre os indicados. Iza aparece na categoria arte em movimento, e Brown na categoria Inspiração. O podcast Mano a Mano, comandado por Brown, também está concorrendo, na categoria Raça em Pauta.

No total, são 10 categorias divididas em três pilares: Cultura (arte em movimento, destaque publicitário, raça em pauta, influência e representatividade digital), Educação (educação e oportunidades, inspiração e intelectualidade), e Empregabilidade (comprometimento racial, liderança negra ou indígena, trajetória empreendedora), contando com indicações populares.  

Durante os meses de novembro e dezembro, o público foi o responsável por indicar os nomes concorrentes. Em seguida, o ID_BR realizou uma curadoria interna para definição dos finalistas. Agora, os quatro nomes de cada categoria serão encaminhados ao júri especializado, formado por pessoas de conhecimento notório em cada pilar, para a escolha dos vencedores

Os campeões levam para casa o troféu “Mad World”, do artista plástico Vik Muniz, além de serem contemplados com R$ 3 mil reais para fortalecer seus projetos, apoiar uma instituição ou, até mesmo, realizar algum objetivo pessoal.  

“É essencial e urgente dar visibilidade às ações com foco nas populações negras e indígenas, por isso, o Prêmio Sim à Igualdade Racial se torna tão necessário e especial. É preciso mostrar na prática o que já está sendo feito e o quanto ainda precisamos evoluir para construir uma sociedade mais igualitária e justa”, comenta Tom Mendes, diretor financeiro e administrativo do ID_BR.  

Majur, Jéssica Ellen e Xamã no Prêmio Sim 2021. Foto: Ari Kaye.

CONHEÇA OS FINALISTAS AO PRÊMIO “SIM À IGUALDADE RACIAL 2022” 

Pilar Cultura Arte em Movimento 

Cantores, produtores culturais/musicais e artistas negros e indígenas que geram impacto social com o seu trabalho e relevância para o seu grupo racial. 

  • Enme: natural do Maranhão, Enme é cantora, compositora e rapper que traz em sua sonoridade, o funk, trap, hip hop e o afrobeat misturados aos ritmos e tambores nordestinos.  
     
  •  IZA: uma das principais vozes da atualidade, IZA é cantora, compositora, apresentadora e publicitária. Seu primeiro álbum, lançado em 2018, recebeu uma indicação ao Grammy Latino.  
     
  • Jeferson De: roteirista e diretor de curtas premiados, Jeferson nasceu em Taubaté e estudou cinema na USP, onde foi bolsista da FAPESP com a pesquisa: “Diretores Cinematográficos Negros”. Em 2000, publicou o manifesto “Dogma Feijoada”.  
     
  • Dauá Puri: multiartista é músico, contador de histórias e escritor. Dauá é um dos principais responsáveis pelo movimento de retomada da cultura e ancestralidade Puri e precursor do movimento indígena Puri na cidade do Rio de Janeiro.  
     

Destaque publicitário 

Agências e empresas que produzem peças e filmes que tratam da temática racial e indígena. As peças deverão ter sido lançadas em 2021. 

  • Magazine Luiza: mini-documentário “LEGADO: O Programa de Trainee Magalu exclusivo para negros”.  
     
  • Avon/Wunderman Thompson: campanha OLHA DE NOVO #AvonTaOn. 
     
  • Coca-Cola: campanha “O Natal se torna mágico quando estamos juntos”.
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  • Vivo: campanha de virada de ano novo. A empresa quis repassar uma mensagem de otimismo e esperança.  
     

Raça em pauta 

Pessoas que pautam com frequência e relevância assuntos de temática racial. Podem ser jornalistas, colunistas, produtores de conteúdo, apresentadores, de qualquer cor ou raça. 

  • APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil): instância de referência nacional do movimento indígena no Brasil, criada de baixo para cima e nasceu com o propósito de fortalecer a união dos povos, a articulação entre as diferentes regiões e organizações, além de mobilizar os povos e organizações contra as ameaças e agressões aos direitos indígenas.
     
  • PerifaConnection: plataforma de disputa de narrativa sobre as periferias que conta com colunas semanais na Folha de S. Paulo, Meia Hora, Estadão e Voz das Comunidades.
     
  • Afro.TV: plataforma que desconstrói o formato tradicional de notícias, lar de vozes brilhantes, engraçadas e influentes nas conversas que mais importam para o público afro-brasileiro.
     
  • Mano a Mano: podcast apresentado pelo rapper Mano Brown que tem o objetivo de ampliar a visão e o debate, trazendo diversidade de ideias e pensamentos com profundidade e respeito.
     

Influência e representatividade digital 

Influenciadores digitais negros e indígenas, sejam eles youtubers, blogueiros, instagrammers, tiktokers, facebookers ou expoentes das demais redes sociais.   

  • Bruna Bandeira: artista e pedagoga, Bruna é CEO do “Imagine e Desenhe” e desenvolveu uma rede de apoio e representatividade dando vida a ilustrações que representam a ancestralidade, subjetividade e as desigualdades sociais que afetam a população preta e o cotidiano periférico.
     
  • Preta Araujo: é influenciadora digital, atriz e apresentadora. Em seu canal no Youtube, Preta compartilha experiências, risadas e aprendizados.
     
  • Txai Suruí: da etnia paiter-suruí, Txai é ativista e criou o movimento da Juventude Indígena de Rondônia no início de 2021. A jovem é a primeira de seu povo a cursar direito. 
     
  • Samela Awiá: ativista que luta pela preservação do meio ambiente, Samela é estudante de biologia e faz parte do Fridays For Future Brasil – movimento fundado pela sueca Greta Thunberg. 

     Pilar Educação

Educação e Oportunidades 

Iniciativas que buscam promover a Igualdade Racial por meio da educação, criando formas de acesso, narrativas e métodos de aprendizado. 

  • Associação UniFavela – Semeando o Ensino Popular: organização que desenvolve um trabalho político-pedagógico antirracista, por meio da dinâmica de pré-vestibular.
     
  • Escola Rua: primeira escola de criatividade focada em promover diversidade, inclusão e equidade no mercado publicitário.
     
  • Wakanda Educação: a organização tem o foco de ajudar pessoas a reagir às transições do mercado para gerarem ou manterem suas rendas e oferece experiências no formato de imersões práticas, onde o participante exercita conteúdos com o objetivo de criar estratégias para fortalecer pontos frágeis do empreendimento. 
     
  • Instituto Canarinhos de Sergipe: ONG com finalidades culturais, de assistência social, promoção da cidadania e dos direitos humanos que atende crianças, jovens e adolescentes do Estado de Sergipe. 
     

Inspiração 

Pessoas negras e indígenas que, por meio do seu trabalho, inspiram outros negros e indígenas a criarem narrativas. Esta categoria também tem o objetivo de homenagear grandes nomes que se tornaram referência de representatividade no Brasil, independentemente da área de atuação. 

  • Mano Brown: rapper e compositor brasileiro. Pedro Paulo Soares Pereira, é um dos integrantes dos Racionais MC’s, grupo de rap paulista.
     
  • Joênia Wapichana: advogada e a primeira mulher indígena a exercer a profissão no Brasil. Joênia é deputada federal desde 2019.
     
  • Arassari Pataxó: representante da etnia Pataxó no sul da Bahia, Arassari se define como um guerreiro que luta pelo respeito dos direitos dos povos indígenas no Brasil. 
     
  • Vanda Ortega: líder indígena do povo Witoto, Vanda se tornou um símbolo da luta contra a Covid-19, salvando vidas em sua comunidade. Ela foi a primeira profissional de saúde e mulher indígena do Amazonas a ser imunizada contra a doença.
     

Intelectualidade  

Grandes pensadores, escritores, doutores e estudiosos negros e indígenas sobre a temática racial. 

  • Ailton Krenak: líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor brasileiro da etnia indígena crenaque. É considerado uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro, possuindo reconhecimento internacional. 
  • Luciana Brito: Doutora em História, especialista nos estudos sobre escravidão, abolição e relações raciais no Brasil e EUA. É professora na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), escritora e colunista no Nexo Jornal. 
     
  • Sidnei Barreto Nogueira: é coordenador e professor do Instituto Ilê Ará SP – Instituto Livre de Estudos Avançados em Religiões Afro-brasileiras. É autor dos livros “Intolerância Religiosa” e “Coisas do Povo Santo”. 
     
  • Kiusam de Oliveira: atua como professora há mais de 25 anos, tendo dedicado grande parte deste período à Educação Especial e à formação de profissionais de Educação no município de Diadema/SP, implantando a lei 10.639/03 (que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana). Desenvolveu também atividades formativas para educadores e profissionais de todas as áreas juntamente às instituições públicas e privadas, com temáticas relacionadas à diversidade de gêneros, questões étnico-raciais e afins. 

     Pilar Empregabilidade   

Comprometimento Racial 

Empresas que possuem práticas em prol da equidade racial, desde programas internos e grupos de trabalho até posicionamentos perante o público externo.  

  • Pepsico: empresa com mais de 12 mil funcionários no Brasil, colocando o respeito e o incentivo à diversidade e inclusão no centro dos seus esforços.
     
  • Mondelez International: a companhia possui compromissos com diversidade, equidade, inclusão corporativa e sustentabilidade, dentre elas, é integrante do MOVER – Movimento pela Equidade Racial. 
     
  • Unilever Brasil: multinacional britânica de bens de consumo com sede em Londres, no Reino Unido. Em 2021, a companhia anunciou a criação do fundo “Afrolever” para acelerar a inclusão racial. 
  • Ambev: empresa brasileira dedicada à produção de bebidas. Em 2020, a organização assumiu 13 compromissos para ajudar a promover a igualdade racial em seu ecossistema. A companhia anunciou que mais do que dobrou a sua meta anual para promoção e contratação de lideranças negras em 2021.

Liderança 

Pessoas negras e indígenas que possuem status de liderança em suas áreas de atuação e são referência para o mundo corporativo. 

  • Mônica Marcondes: é economista, advogada formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e mestre em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da USP.  Atualmente atua como Especialista Executiva de Investimento no Santander e membro do board do Instituto Adus.  
     
  • Leila Luz: é Relações Públicas no setor químico, cuja trajetória tem aproximadamente 8 anos, atualmente, é gerente sênior de Diversidade e Inclusão da Coca-Cola Company, passando anteriormente pelo banco Santander como consultora sênior e Líder Global de Diversidade e Inclusão na BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo.  
     
  • Nadja Cristina da Silva Brandão: atua há 15 anos na área Jurídica de empresas multinacionais e Nacionais dos segmentos de serviços e indústria. É especialista em Risk Management, atuou e conduziu a área de Compliance, além de possuir vivência como palestrante sobre os temas Gestão Estratégica, Gestão Disruptiva, Inclusão e Diversidade.  
     
  • Débora Mattos: General Manager da Coca-Cola Chile, Bolívia e Paraguai, a executiva ingressou há quase oito anos na empresa. Em 2020, Débora foi convidada a chefiar o gabinete da Presidência da Coca-Cola América Latina por 1 ano, e assumiu, em janeiro de 2022, como GM da Coca-Cola no Chile, Bolívia e Paraguai. Débora é líder do grupo de equidade de raças na América Latina.
     

Trajetória Empreendedora 

Empreendedores negros e indígenas que possuem negócios inspiradores e de sucesso e que geram impacto no seu grupo racial. 

  • Thais Ramos/De Benguela: a De Benguela é a primeira loja do Brasil especializada em diferentes texturas de cabelo crespo natural para alongamentos e apliques. Uma loja que traz produtos de qualidade e de difícil acesso no Brasil, contribuindo para o embelezamento e autoestima da mulher de cabelo crespo e cacheado. 
     
  • Mônica Tavares, Daiane Menezes, Diana Rosa e Milena Moraes/Malembe Food & Drinks: quando chegou em Salvador, a empresária Milena Moraes teve dificuldade, como mulher negra, de encontrar um boteco para frequentar e só se divertir. A falta de um local assim foi um dos incentivadores para a criação do Malembe junto com suas amigas.  
     
  • Edu Lyra | Gerando Falcões: passou a infância num barraco em uma favela em Guarulhos-SP. Teve o pai preso no sistema carcerário. Cresceu visitando seu pai no presídio, mas com o apoio de sua mãe ele pode transformar a sua vida. Ele foi para a universidade e mesmo não se formando, escreveu um livro chamado Jovens Falcões que era vendido de porta em porta na periferia e na favela – com um time de 50 jovens.  
     
  • Watatakalu Yawalapiti/MMTIX: a ATIX-Mulher é um setor de atenção à causa da mulher xinguana e tem como sua base de apoio o Movimento de Mulheres do Xingu (TIX). A ATIX-Mulher é parte da estrutura orgânica da ATIX-Associação Terra Indígena Xingu. Representamos os 16 povos indígenas do Território Indígena do Xingu-TIX. 

A$AP Rocky é preso em Los Angeles após retornar de Barbados

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Foto: Getty Images.

O rapper A$AP Rocky foi preso nesta manhã de quarta-feira no aeroporto de Los Angeles, após retornar de uma viagem em Barbados. A informação foi confirmada pela rede de TV norte-americana NBC. De acordo com a emissora, o motivo da prisão está relacionada a um tiroteio ocorrido em novembro de 2021. Ainda sem maiores detalhes do caso, uma vítima alegou que Rocky teria atirado duas vezes na direção dela, causando um ferimento na mão.

Reprodução/Rihanna e A$ap Rocky em Nova York

O site TMZ também relatou que o rapper realizava uma viagem dentro de seu jatinho particular quando foi surpreendido pelos policiais no Aeroporto Internacional de Los Angeles. Testemunhas relataram ao site que viram Rocky deixando o local algemado. Nenhuma outra informação foi revelada até o momento.

A$AP Rocky, que foi uma das atrações do Lollapalooza Brasil 2022, estava vivendo dias de férias em Barbados ao lado de Rihanna. Assim como a cantora, Rocky também possui raízes no país caribenho.

Lidi Lisboa vai apresentar programas digitais do Power Couple Brasil

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Foto: divulgação

A atriz Lidi Lisboa será uma das apresentadoras dos programas digitais do reality show Power Couple Brasil. Ao lado de Lucas Selfie, ela vai entrevistar os casais eliminados do reality e criar conteúdos para as plataformas digitais do programa. A dupla trabalhou nas lives de A Fazenda e agradou fãs e direção do programa.

Além de repetirem o formato de live com eliminados, que será exibida nas redes sociais, Lidi também estará na Cabine de Descompressão, programa que vai ao ar na Play Plus logo após a eliminação. Eles serão responsáveis por entrevistar os eliminados pela primeira vez, assim que saem do reality. Na Fazenda, Lidi comandou o quadro VAR da Lidi, onde ela assistia e reagia a alguns vídeos de melhores momentos do programa.

O elenco da nova temporada já foi definido pela Record e conta com ex-BBBs, cantores famosos e ex-participantes de realities de pegação da MTV e da Netflix.

A Sogra Que Te Pariu

Lidi está atualmente no ar com a comédia A Sogra Que Te Pariu, na Netflix. Na trama, ela vive Alice, esposa de Carlos (Rafael Zulu), que passa a lidar com a presença inesperada da sogra, Dona Isadir (Rodrigo Sant’Anna), que decide, de forma unilateral, viver na casa do filho. O elenco também conta com Pedro Ottoni, Bárbara Sut, Ney Lima e participações especiais de Mumuzinho e Jojo Todynho.

Single póstumo de Elza Soares será lançado nesta sexta-feira

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Foto: Denise Ricardo.

Inédito, o último registro de Elza Soares foi gravado no Theatro Municipal de São Paulo e faz parte do disco e DVD “Elza ao vivo no Municipal”, que será lançado no dia 13 de maio

A cantora Elza Soares segue viva em suas canções e no legado eterno de sua contribuição para a cultura brasileira. Ela dizia que “Um país que não reconhece seus negros em vida é um país póstumo”. Ela, que por décadas passadas foi barrada em hotéis de luxo, aos 91 anos reinou no Theatro Municipal de São Paulo cantando ao lado de um pianista negro. O registro, feito nos dias 17 e 18 de janeiro de 2022, dias antes de seu falecimento, traz um álbum visual documental com linguagem cinematográfica com o patrocínio de Natura Musical.

O lançamento oficial do single digital de “Meu Guri” se dará no dia 22 de abril e o clipe no dia 25 pela Deck/Natura Musical. A música de Chico Buarque e cantada por Elza abre o álbum e DVD “Elza ao Vivo no Municipal”, que será lançado no dia 13 de maio. Elza é acompanhada do pianista Fábio Leandro e canta com a propriedade de quem perdeu um filho para a fome.

Do material está sendo lançado também um clipe, gravado na sala onde agora acontece a exposição Contramemória, parte da programação do centenário do movimento Modernista no Brasil. No vídeo inédito, a cantora dialoga, a partir de seu corpo, performance, músicas, vestes e adereços, com a própria estrutura do Theatro, tensionando assim a formalidade e o estilo neoacadêmico da construção.

Quem for conferir a exposição, em cartaz até 05 de junho poderá ver o clipe de “Meu Guri” por meio de um QR Code. O clipe tem direção geral de Pedro Loureiro e direção cinematográfica de Cassius Cordeiro, sócio fundador e diretor da produtora Broders e um dos idealizadores do projeto “Elza ao vivo no Municipal”.

CEO do Mundo Negro se apresenta no maior evento de criatividade da América Latina

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Foto: Divulgação

O Rio2C 2022 apresenta uma exposição única de conteúdos em keynotes e painéis abordando temas urgentes e atuais dos diferentes segmentos da indústria criativa do Brasil e do mundo.

O maior evento de criatividade e inovação da América Latina, será realizado entre os dias 26 de abril e 1º de maio, nas Cidades das Artes, no Rio de Janeiro. Os ingressos estão com vendas abertas.

Foto: Divulgação

Entre as apresentações, a nossa CEO Silvia Nascimento, fundadora do site Mundo Negro, realizará uma palestra no painel “A Força da Criatividade Preta”, na Casa das Marcas, no dia 28 (quinta-feira), às 16h.

A head de conteúdo vai falar sobre a experiência de escrever sobre a comunidade negra há 20 anos e as parcerias do site com grandes marcas como XP Investimentos, Unilever, Avon, Bayer, L’oreal e Santander.

Ao lado dela, também estarão Patricia Garrid, diretora de marketing do Nubank, Ary Nogueira, diretor de criação da agência independente Gana, que potencializa pessoas pretas em campanhas e o Raúl Santiago da Silva, empreendedor social e CEO da BRECHA – Hub de inteligência da favela.

Janelle Monáe diz que não se preocupa mais em agradar os outros: “Não preciso provar mais nada”

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Foto: Jordan Strauss/Invision/AP.

Participando de uma recente entrevista dentro do programa norte-americano The Daily Show, a cantora e atriz Janelle Monáe foi sincera ao declarar um novo aspecto em sua vida. Cantora revelou para Travis Noah que a pandemia a forçou a entrar dentro de si mesma e a refletir o que ela estava fazendo no mundo. “Eu sou maravilhosa, demorou um pouco para poder dizer isso. Eu não preciso provar mais nada a ninguém”, contou a cantora. “Houve um tempo em que eu não estava acreditando em mim mesma, eu estava ajudando outras pessoas, mas precisava de ajuda. Eu acho que a pandemia nos forçou a olhar para nosso interior e nos forçou a pensar ‘o que estou fazendo?’. Deveríamos estar vivendo nossas melhores experiências… No início da minha carreira eu tinha muita coisa para provar, eu era muito séria, tinha que provar que conseguia fazer tal tipo de música, mas agora, quero viver o melhor de mim, estou relaxando”.

As questões de identidade, memória, autodescoberta e a luta que Janelle contou em entrevista para Travis Noah se fazem presente em seu novo livro ‘The Memory Librarian’. O projeto literário funciona como uma extensão de seu aclamado álbum de estúdio Dirty Computer, lançado em 2018. No livro de ficção as memórias das pessoas – uma chave para autoexpressão e autocompreensão – podem ser controladas ou apagadas por outros indivíduos cada vez mais poderosos.

Capa norte-americana do livro ‘The Memory Librarian’. Foto: Divulgação / Amazon.

Desde o lançamento de seu primeiro EP, ‘Metropolis’, até a introdução de seu álbum ‘Dirty Computer’, Monáe construiu um mundo que desafia memórias, explora identidade e navega na tecnologia. ‘The Memory Librarian’, que ainda não possui data de lançamento no Brasil, é uma culminação de narrativas e imagens afro futuristas que se concentram no desejo de liberdade de Jane 57821, personagem criada pela cantora.

Eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, história de Marta vai virar filme

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Foto: Reuters.

Do interior de Alagoas para o mundo, a vida da reconhecida e premiada jogadora Marta Silva vai virar filme. Ainda sem data de estreia ou elenco definido, obra utilizará como base as memórias de infância e adolescência da atleta, antes dela se consagrar como uma das maiores futebolistas do mundo.

A cinebiografia está em desenvolvimento pela produtora Conspiração, com roteiro de Helen Beltrame, direção de Andrucha Waddington e produção executiva de Ramona Bakker. Marta foi eleita 6 vezes a melhor jogadora de futebol do mundo pela FIFA, feito inédito para qualquer mulher. Considerada como a rainha do futebol brasileiro, a jogadora camisa 10 já fez mais de 118 gols pela seleção.

De acordo com Ramona Bakker, o projeto está sendo feito com total apoio de Marta. “Vamos contar uma parte da história da Marta que ninguém conhece. Fizemos uma viagem no tempo com ela a Dois Riachos de uma forma muito profunda“, contou a produtora. “Ao ouvi-la, conhecemos cada cantinho desse cenário que ainda nem visitamos fisicamente. E uma das coisas que mais me impressionou foi a maneira dela olhar para a vida. Ela é muito focada, ao mesmo tempo que é doce e leve.”

Candidaturas de pessoas trans e LGBTQIAPN+ nas eleições é a chave para a transformação política

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Foto: Arquivo Pessoal.

Por Stefan Costa

O país que mais mata pessoas trans no mundo também é o país que alcançou 279 candidaturas trans na última eleição em 2018. Ao passo que atingimos um crescimento de 275% no número de candidaturas, desde a última eleição, de acordo com a Antra, também perdemos 175 travestis e demais pessoas trans que foram assassinadas em 2020. O que explica essa contradição é o fator histórico, quando por anos nos foram negados o direito à voz e opinião; contudo, ocuparmos esses espaços é o primeiro passo para ver essa mudança.

Hoje, já possuímos referências políticas trans como Alexya Salvador, Érica Malunguinho, Duda Salabert e Jaqueline Gomes que provam que ao termos pessoas no parlamento que nos representam e, principalmente, representam nossos corpos, levaremos pautas e discussões essenciais para a sobrevivência da população trans no Brasil. Esta presença na política não leva apenas o tema que nos identifica, mas também amplia debates sobre políticas públicas LGBTQIAPN+, no geral, trazendo também uma visão sobre outros temas como racismo, violência e genocídio contra a população negra e indígena, ambientalismo e tantos outros.

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados.

Foram 30 pessoas trans eleitas na última eleição e acredito que, neste ano,  podemos bater um novo recorde. Mesmo diante de um cenário político com diversos retrocessos no governo Bolsonaro, o impacto da representatividade alcançada em 2018 atesta que a nossa comunidade está agindo como um coletivo e se organizando no espaço público.

Mesmo que o congresso seja ocupado em sua maioria por homens brancos cis héteros conservadores, as candidaturas LGBTQIAPN+ estão sendo vistas e serão lembradas na história como a transformação da política. Dentre as 30 pessoas trans vitoriosas na eleição de 2020, 53% foram de partidos de esquerda. Também tivemos uma maior presença feminina, sendo 28 travestis eleitas e 2 homens trans eleitos. Quando fazemos o recorte de raça, 57% são pessoas brancas e 43% são pessoas negras, de acordo com dados analisados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Contudo, dentro do Brasil, onde pessoas diariamente violentam e objetificam corpos trans, ocupar o poder legislativo não é nada fácil para nós. Na verdade, o Dossiê de violências contra pessoas trans brasileiras da Antra, analisado em 2020, aponta que 80% das pessoas trans eleitas não se sentiram seguras para o pleno exercício dos seus cargos e que ataques transfóbicos se tornaram mais frequentes, após a ascensão do governo vigente.

Portanto, é importante ocuparmos esse lugar para que, de alguma forma, nossas vozes sejam ouvidas e que políticas públicas sejam revistas. Devemos lembrar que a sociedade é moldada conforme seu governo, por quem ocupa as bancadas e por quem rege as leis. Estar neste lugar pode, de certa forma, desmistificar um padrão social de que pessoas trans e travestis só servem como um corpo objetificado.

*Stefan Costa é influenciador digital de empoderamento Trans Negro e Embaixadorie Z1, banco digital da Geração Z.

No Brasil, 54% das gestantes e puérperas mortas por covid-19 são negras

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Foto: Pixabay

O impacto da covid-19 nas gestantes e a mortalidade materna pelo vírus tem cor. Desde o início da pandemia, as mulheres negras foram 1.095 das gestantes e puérperas que morreram da doença, o que representa 54% deste grupo até 23 de março de 2022, segundo dados do Observatório Obstétrico Brasileiro, que reúne informações e análises dos casos de gestantes e puérperas notificados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). 

As gestantes e puérperas negras também foram as mais contaminadas pelo vírus (56%), em comparação com brancas (42%), indígenas (0,9%) e amarelas (0,8%). Somente em 2021, foram 5941 gestantes e puérperas negras com covid-19. Elas também foram as que mais desenvolveram complicações, representando 48% do total de internações, e utilizaram 47,5% dos leitos de UTI entre as mulheres desse grupo.

Ao Gênero e Número, Carla Andreucci Polido, obstetra e professora na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), disse que não há notícia de outro país que tenha tido um número tão significativo de morte materna por covid como o Brasil. Uma pesquisa publicada no periódico médico International Journal of Gynecology and Obstetrics, em 2020, já mostrava que o país estava na dianteira das mortes de grávidas no mundo (era responsável por 77%).

O Brasil, segundo Polido, deixa a desejar em relação à redução de morte materna há muito tempo, e isso está diretamente relacionado ao acesso à saúde. Existe um prejuízo à saúde obstétrica no país por conta de falhas em várias etapas do atendimento. No caso da morbidade materna grave e da morte materna, ela destaca que os estudos propõem a teoria das três demoras que justificam esse cenário: no atendimento, na identificação do fator de risco e no acesso ao lugar de atendimento e procedimentos tardios ou inadequados no atendimento a essa gestante.

“Não existe uma questão biológica envolvida, é uma questão de racismo estrutural que ainda impacta negativamente uma população brasileira. Mesmo as gestantes brancas  sofrem com essas demoras relacionadas à assistência obstétrica, mas isso atinge mais a população mais vulnerável, como mulheres pretas e pessoas que moram nas periferias de grandes centros ou no interior do Brasil”, pontua a obstetra. “As pretas têm uma maior vulnerabilidade de acesso à saúde. Nas mesmas condições das mulheres brancas, elas chegam e são intubadas mais tardiamente, por isso, têm uma resposta pior porque o tratamento chega mais tarde. Estamos falando do acesso à saúde limitado a essa esfera da população”.

Um estudo da Universidade de Oxford, publicado em julho de 2020,  já apontava para esse cenário. De acordo com a análise, a mortalidade de mulheres negras grávidas ou no pós-parto devido à covid-19 era quase o dobro da observada em mulheres brancas pela mesma causa no Brasil. Além disso, o estudo evidencia que mulheres negras foram internadas em pior estado e apresentaram maiores taxas de internação em unidade de terapia intensiva, ventilação mecânica e óbito. Para os pesquisadores, o racismo e o sexismo, assim como a falta de acesso à saúde e de oportunidades para a população negra, “aprofundam a tragédia das mortes maternas por covid-19, particularmente quando o país não está adotando medidas verdadeiramente eficazes de contenção da pandemia”.

A pesquisadora e doutora em Saúde Pública com ênfase em Epidemiologia (ISC/UFBA) Emanuelle Góes concorda. “Na verdade, a covid evidenciou o que a gente já vivia particularmente, as mulheres negras já lideravam as mortes maternas antes do contexto da pandemia. E a gente atribui isso ao racismo estrutural e às diversas barreiras que as mulheres negras sofrem até chegar ao serviço de saúde. Elas sofrem barreiras territoriais, de acesso e institucionais. Isso mostra um mapa da desigualdade que vai direcionando as gestantes e puérperas negras para a morte, infelizmente”.

Fonte: Gênero e Número

Caras e bocas frustram fãs com atuação de Viola Davis como Michelle Obama

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Foto: Reprodução.

O primeiro episódio da série The First Lady estreou na última segunda-feira (18) na Paramount+ e a expectativa para ver a interpretação que Viola Davis daria a Michelle Obama estava nas alturas. No entanto, a entrega não agradou nem à crítica, nem ao público em geral. O principal motivo do desagrado são as caras e bocas que Viola fez ao tentar ficar parecida com Michelle. As tentativas ficaram mais semelhantes a caricaturas e, em alguns momentos, chamam mais atenção do que o contexto geral e o diálogo das cenas.

As caras e bocas não ficaram só por conta de Viola, pelo menos no primeiro capítulo da série. Gillian Anderson também faz uns trejeitos com a boca na interpretação de Eleanor Roosevelt, numa atuação que não chega ao mesmo ponto de caricatura, mas também não chega a ser natural.

A série se dedica a contar as histórias de três primeiras-damas dos Estados Unidos em três momentos diferentes da história americana. Eleanor Roosevelt, vivida por Gillian Anderson, foi primeira-dama de 1933 a 1945. Michelle Pfeiffer intepreta Betty Ford, primeira-dama americana entre 1974 e 1977. Michelle Obama, primeira-dama entre 2009 e 2017, é interpretada por Viola Davis.

A vida das primeiras-damas para além da existência de seus maridos presidentes e a influência delas para a construção da carreira política deles é o tom do primeiro episódio, que mostra as disponibilidades delas em impor os limites até onde estão dispostas a ir para construir as carreiras dos companheiros.

As fragilidades dos homens no ambiente doméstico, a força que as mulheres empregam para levantá-los e os conflitos decorrentes de quando eles “chegam lá”, mas elas seguem em segundo plano parece ser um bom exemplo do ditado que diz que “por trás de um grande homem existe uma grande mulher”, e até que ponto elas estão dispostas a continuar “atrás” destes homens.

Uma interpretação exagerada ou fora da curva pode acontecer até para grandes atrizes do quilate de Viola, ganhadora do Oscar, do Emmy e do Tony Awards, as maiores premiações do cinema, televisão e teatro, respectivamente. Isso não desabona a carreira brilhante da atriz, mas é, sim, uma frustração para quem esperava uma interpretação bombástica quando o assunto é a união de dois grandes ícones de representatividade para mulheres negras, como Michelle e Viola.

O primeiro episódio da série está disponível na Paramount+ e pelo Amazon Prime Video.

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