O MTV Miaw aconteceu na noite desta terça-feira (26), e uma série de constrangimentos com indicadas negras ganharam destaque nas redes sociais. Além de MC Soffia, que relatou uma série de descasos do evento com sua participação, as influenciadoras Rízia Cerqueira e Ellen Valias e o ator e modelo Akeen também se sentiram desrespeitados pela organização do evento.
Em sua conta no Twitter, Rízia contou que, apesar de estar concorrendo ao prêmio na categoria Black Star Rising por BET, sequer foi convidada para o evento. “A pobi ficou feliz da vida jurando que ia postar look bem blogueira dando close”, disse ela.
Mencionando o tweet de Rízia, Ellen Valias, que concorria na categoria Saúde Tá Ok, disse que passou pela mesma situação. “Indicam a gente para ficarmos puxando voto e divulgando o evento de graça, tá tirando!”, disse a Atleta de Peso.
Eu também fui indicada pro mtvmiaw mas ñ fui chamada pra premiação, disseram q de 35 categorias só vai 7, pq nesses eventos sempre tem pessoas padrões em maioria e com protagonismo, pq sera? Indicam a gente pra ficarmos puxando voto e divulgando o evento de graça,tá tirando ! https://t.co/PxNHPVdSbY
O ator e modelo Akeen, que concorria na categoria “Ícone Fashion” também não recebeu convite para o evento e contou o acontecido nas redes sociais. “Obrigada, Deus, por me manter com os pés no chão, porque se fosse depender desse povo, é trauma atrás de trauma”, disse ele em um vídeo no Instagram.
O fato de os três serem pessoas negras e gordas não passou despercebido na internet. “A falsa inclusão… Até agora já vi você, a Rizia e o Akeen… Percebesse os padrões?”, disse uma seguidora.
A premiação MTV Miaw 2022 está sendo realizado na noite desta terça-feira (26), com diversos artistas indicados. Mas Mc Soffia, indicada pela categoria Black Star Rising por BET, relatou o descaso sofrido pela organização da premiação nas redes sociais, junto com a sua mãe e empresária Kamilah Pimentel.
Fazendo stories no Instagram desde a apresentação do look para o evento, a cantora iniciou a primeira reclamaçãs com o tratamento, quando percebeu que precisaria arcar com o próprio bolso para comer: “Eu vim sem bolsa”.
Na tentativa de fazer o pix para pagar pelos comes e bebes, a Mc Soffia brinca com a atendente: “E quem tá concorrendo ganha uma bebida ou uma pipoca?”.
Logo em seguida, a rapper descobre que não tem nem cadeira para sentar. “Pra mim não tem cadeira, pros outros artistas tem. Mas tudo bem […] Não nasci pra estar no camarote, não nasci pra estar com todos esses artistas, né? Eu vou voltar para minha casa”.
Nos vídeos seguintes, a caminho de casa no carro por aplicativo, entre brincadeiras com a mãe para tentar descontrair o clima, Kamilah explica que foi informado na hora que elas chegaram que convite da Mc Soffia seria na pista 1, junto com a plateia. Garantiram que teriam cadeiras, mas pela edição anterior, ela já sabia que não tinha, pois foi onde elas já haviam ficado.
Em conversa com alguns amigos para obter informações, Kamillah chegou a ouvir “Com certeza quem foi indicado vai pela pista subir a escada e pegar o prêmio” e brinca “nesse golpe ninguém caiu”.
Apesar das brincadeiras, Mc Soffia respira fundo: “os humilhados serão exaltados. Fé em Deus” e conclui “agradeço a todo mundo que votou em mim”.
A web também reagiu ao descaso “tem influencer que nem foi indicado e estava no camarote curtindo tudo”, disse uma seguidora.
Já chegando em casa, a mãe da rapper também publicou vídeos no Instagram e falou que não é a primeira vez que ocorre a falta de respeito contra ela e a artista. “Mais um dia sendo humilhada pela MTV. Pra mim chega, acabou. Tem preto que foi indicado e nem convite ganhou. A gente tem que abrir a boca porque calada não vence”.
“A justificativa deles é que algumas categorias não tem palco. Mas engraçado que é a categoria preta que não tem palco. A única categoria preta da MTV no Brasil não vai ter direito de pegar o prêmio no palco. Aí põe a menina na pista e todos os brancos no camarote”. E a mãe complementa: “fizeram uma entrevista com ela, as pessoas já estavam separadas, pelo menos sentada poderia ficar. Mas ela ficou só com as pessoas que foram para assistir, já estava essa separação”.
Um dos filmes mais aguardados do ano, ‘Pantera Negra: Wakanda Forever’ já chegou surpreendendo. O primeiro teaser trailer da obra, apresentado neste último final de semana, durante a Comic Con San Diego, se tornou um dos mais assistidos do Universo Cinematográfico da Marvel. Acumulando mais de 172 milhões de visualizações durante as primeiras 24 horas, o registro se tornou a sétima produção mais assistida do estúdio. O novo teaser também ultrapassou – e muito – o número feito por ‘Pantera Negra’, em 2017, quando a produção do herói conquistou 88 milhões de visualizações durante as primeiras horas.
Durante os últimos dias, o teaser também invadiu as mídias sociais, com tópicos relacionados a “Pantera Negra” conquistando mais de 2 milhões de menções. Chadwick Boseman e Angela Bassett se tornaram tendências internacionais após a estreia do vídeo. O primeiro registro do aguardado longa deixou evidente a morte de T’Challa e abriu margem para uma série de especulações sobre o novo personagem.
A filmagem mostrou a nação de Wakanda em guerra contra um exército de atlantes, liderado pelo temível Namor (Tenoch Huerta). Lupita Nyong’o, Letitia Wright e Danai Gurira retornam para seus papéis de destaque, com a novidade de Michaela Coel dentro do elenco.
Lázaro Ramos e Paolla Oliveira em 'Papai é Pop'. Foto: Divulgação / Stella Carvalho.
Como aprender a ser pai? Esse é o questionamento que permeia a história de Tom (Lázaro Ramos) ao ver sua filha com Elisa (Paolla Oliveira) nascer no filme PAPAI É POP. Dirigido por Caito Ortiz com roteiro de Ricardo Hofstetter – livremente inspirado no livro homônimo de Marcos Piangers. “Há muitos anos eu sonho em fazer um filme sobre paternidade”, conta Lázaro Ramos em entrevista ao MUNDO NEGRO. “Eu secretamente ficava elencando temáticas e aspectos da paternidade e às vezes oferecendo para alguns amigos. Fala-se pouco sobre isso no cinema. Eu queria falar sobre isso e de repente, surgiu o convite. Eu fiquei muito feliz porque acho que tem uma estratégia de aproximação do tema. Apesar de ser vendido como comédia, o filme vai além disso, ele vai para um lugar de sensibilização, identificação e faz várias provocações“.
Lázaro Ramos e Paolla Oliveira em ‘Papai é Pop’. Foto: Divulgação / Stella Carvalho.
A estreia do longa nos cinemas de todo o Brasil está marcada para 11 de agosto, véspera do Dia dos Pais, e conta ainda com a presença de Elisa Lucinda, Leandro Ramos e Dadá Coelho no elenco. “Eu acho que me preparei a vida toda [para esse papel]”, diz Elisa em entrevista ao MUNDO NEGRO. No filme ela interpreta Gladys, a mãe de Tom, que criou o filho sozinha no mundo. “Sempre fui ativista do movimento masculino, em prol do seu direito à sensibilidade. Me preparei nesse lugar ideológico há muito tempo, com muito prazer que fiz o filme. Estamos falando de um assunto, a ausência paterna, que gera tanta tragédia. A extensão desse abandono é infinita (…) Eu fiz um filme sobre o que eu queria falar. Acho que essa é a sorte da nossa profissão”.
No filme, Tom e Elisa veem sua rotina se transformar com o nascimento de Laura (Malu Aloise). A adaptação de Tom à nova vida interfere no vínculo do casal, além de mexer com a relação de Tom com sua mãe. Tom precisa ressignificar tudo que aprendeu até então e entender a importância de uma paternidade ativa. Com tons de comédia, o longa aborda questões muito sensíveis à realidade brasileira. “É o início de uma conversa que eu quero ter durante muito tempo no cinema. Eu queria fazer vários filmes sobre paternidade, que acho que é um tema que precisamos tornar rotineiro, cotidiano e falar todos os dias”, conta Lázaro. “Estamos longe do que é o ideal de paternidade, esse pai afetuoso, presente, que se responsabiliza pelos seus filhos, corresponsável pela educação e pelos cuidados com suas crianças”.
Lázaro Ramos em ‘Papai é Pop’. Foto: Divulgação / Stella Carvalho.
“Adorei que no filme não compactuamos com esse clichê de que sogra é ruim, porque isso também vem de um lugar atrasado”, diz Elisa sobre PAPAI É POP. “Sempre achei um absurdo isso, ter ciúmes do filho, enquanto mãe. São lugares diferentes. Temos que falar sobre isso, por exemplo, não há nenhum ensinamento masculino sobre a arte de cuidar”.
O filme apresenta situações emocionantes e divertidas na busca de Tom por uma transformação interior, que afeta não só a sua vida como a de toda a família. A trajetória do protagonista traz ainda uma reflexão sobre o que a sociedade enxerga como um pai presente. “O filme não quer endeusar a figura paterna. A história apresenta um pai que não é perfeito e que está em busca de uma transformação e isso é o que torna o filme importante”, afirma Gabriel Gurman, CEO da Galeria Distribuidora e produtor do longa.
“Estamos atrasados nessa discussão. As semelhanças do abandono, do modelo de homem, do modelo da masculinidade e como expressar sua masculinidade vem muitas vezes pela violência e pela não permissão de você revelar um pouco de sua sensibilidade, isso é gravíssimo”, destaca Lázaro. “Isso parece que estamos falando de uma coisa íntima, mas faz parte do projeto de nação que a gente quer. É por isso que estamos aí, dia após dia, baseados nesse aspecto, no aspecto da violência. Esse não é o homem que quero ser, não é o homem que quero reproduzir e o PAPAI É POP vem trazendo esse homem que está em construção, justamente para trazer outros modelos de masculinidade mais saudável para todos. Isso não tem a ver com apenas suavidade. Tem a ver com responsabilizar-se, também ser firme em seus valores. Porque às vezes a gente fala e parece um lugar apenas fofo e não, tem o lado de assumir suas responsabilidades, se posicionar e lutar pelo que você acredita”.
Em busca de ampliar a diversidade nos quadros de liderança, a B3 pretende acelerar a carreira de mulheres negras dentro da companhia. A iniciativa faz parte da segunda edição do programa de mentoria para mulheres da bolsa do Brasil, anunciada nesta segunda-feira (25), durante evento comemorativo do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Serão 50 vagas disponíveis, das quais 25 destinadas a mulheres negras.
O evento foi realizado por dois núcleos de diversidade da B3, o Bl4ck e o El4s, e contou com a presença de Solange Feliciano, Head de Diversidadee Inclusão na Alicerce Educação, e Nadja Brandão, líder do Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil, além de funcionárias da B3. Nas rodas de conversa foram abordadas a situação da mulher negra no Brasil e no mercado financeiro.
“A data é uma reafirmação. Ressignifica o protagonismo da mulher negra na sua história, seu poder de construção e organização para ocupar lugares de destaque e liderança na sociedade e instituições corporativas, além do poder de mobilização política com objetivo de busca por justiça social, mesmo diante de todas as adversidades estruturais. É preciso dar continuidade ao protagonismo das mulheres negras dentro das empresas para que se verifique então um ambiente corporativo verdadeiramente equânime e incluso”, diz Carolina Araújo Bandeira, advogada e líder do núcleo Bl4ck da B3, que mediou uma das rodas de conversa, em entrevista ao MUNDO NEGRO.
São elegíveis para participação no programa de mentoria mulheres em cargos de analista sênior e coordenadoras, que poderão se inscrever até o início de agosto. Além de mentoria, as selecionadas participarão de trilhas de conhecimento em desenvolvimento de liderança em sessões ao longo de 1 ano, com início no dia 9 de setembro.
Tanto mentoradas quanto mentores serão treinados de acordo com as necessidades apresentadas ao longo do programa, tendo em vista as habilidades identificadas como focais para seu desenvolvimento de carreira. Nesta edição do programa, a seleção dos mentores – que também exercem papel de sponsors das mentoradas dentro da companhia – será composta por 70% de mulheres e 30% de homens que ocupam cargos de liderança na B3.
“Queremos crescer e expandir a representatividade na B3. O programa de mentoria é mais uma iniciativa para impulsionar as mulheres negras para alçarem voos cada vez mais altos e levarem a diversidade para a nossa liderança”, disse Ana Buchaim, diretora executiva de Pessoas, Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Investimento Social Privado da B3.
“A potência das organizações está na diversidade. É muito importante criar espaços não apenas para incluir mulheres negras no mercado financeiro, mas proporcionar um ambiente no qual possam desenvolver a sua carreira para conciliar com a maternidade e vida pessoal. Para criar representatividade e atingir diversidade de maneira orgânica é necessário respeitar cada história e individualidade”, pontuou Carolina Bandeira.
A iniciativa faz parte da agenda de diversidade e inclusão da bolsa do Brasil e soma-se a outros programas desenvolvidos pela companhia. Desde 2020, a B3 possui uma meta corporativa, definida juntamente com o Conselho de Administração da B3, atrelada a essa frente, que impacta 100% da organização e o pagamento da PLR. Em 2022, todos os gestores a partir do nível de superintendência também têm entre suas metas a ampliação da diversidade em suas equipes.
Em 2021, a B3 foi a primeira bolsa do mundo a emitir um Sustainability Linked Bond (SLB), no valor de US$ 700 milhões, vinculado ao cumprimento de metas de diversidade, incluindo a de atingir 35% de mulheres em cargos de liderança até 2026.
Além da mentoria voltada para cargos de liderança, a B3 promoveu um programa de estágio para jovens negros, dos quais 60% já foram efetivados. A iniciativa conseguiu triplicar a representatividade de pessoas negras em posições de estágio, além de oferecer mentoria para acelerar a carreira desses jovens. Também foi desenvolvido um programa de capacitação em mercado financeiro para pessoas negras, com trilha de desenvolvimento voltada para colocação no mercado de trabalho.
Dez mulheres que fazem a diferença em suas áreas de atuação foram agraciadas pela Power List Mulheres Negras Transformando Histórias. Um evento realizado na sede da L’Oréal, no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (25) coroou a celebração do Dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha.
Realizado pelo Site Mundo Negro, com idealização e curadoria da CEO Silvia Nascimento e parceria da L’Oréal e do MOVER, o encontro proporcionou um momento intenso de trocas de experiências, vivências e um momento de celebração e confraternização das conquistas destas mulheres.
Com um momento de entrevistas, muita black music, com as pickups comandada pela DJ Solyma e cardápio do almoço assinado pela chef Andressa Cabral, a Power List Mundo Negro 2022 com certeza já se tornou um marco no reconhecimento dos feitos de mulheres negras do Brasil, valorizando aquelas que nem sempre estão nas áreas que recebem mais visibilidade na mídia.
“Meu trabalho como jornalista é garimpar e descobrir nomes de mulheres negras que estão fazendo história e a gente nem conhece, porque tem muitas de nós ainda muito anônimas. Às vezes tenho a impressão de que são sempre os mesmos nomes nos eventos, nas matérias e nos prêmios”, disse Silvia Nascimento durante a abertura do evento.
Patríca Santos, Ana K Melo, Luciene Rodrigues, Rita Oliveira, Juliana Oliveira, Silvia Nascimento, Márcia Silveira, Katleen Conceição, Mônica Anjos e Michele Salles. Foto: Carlos Junior/ CULTNE
Momentos de entrevistas com algumas convidadas do evento, abordando temas como suas experiências profissionais, desafios e perspectivas para mulheres negras em cargos de liderança e até vivências pessoais e familiares deram um tom intimista ao encontro, que reuniu cerca de 40 mulheres negras das mais diversas áreas de atuação.
Marcinha Silveira, uma das premiadas na PowerList e head de Diversidade e Inclusão da L’Oréal destacou a importância do momento em que estamos vivendo, onde mulheres negras em posição de liderança começam a não serem mais figuras únicas em algumas empresas. “Quando pensamos que a gente poderia ter uma mulher negra em cargo de liderança em uma miltiancional e em que hoje em dia não estou em um lugar de figura única? Eu entro em reuniões onde tenho colegas que são mulheres negras como eu. Isso é um conforto”, disse ela.
Cada uma das dez mulheres contempladas pela lista recebeu um troféu ilustrado por Bruna Bandeira, do Imagine e Desenhe. Após a entrega dos troféus, cada uma delas respondeu a perguntas relacionadas a suas trajetórias.
Foto: Carlos Junior
Foto: Carlos Junior
Foto: Carlos Junior
Foto: Carlos Junior
Michele Salles, head de saúde mental e diversidade da Ambev, destacou a necessidade de que mulheres negras possam olhar com cuidado para si mesmas e para sua saúde mental. “Muitas vezes, as pessoas negras não percebem que estão passando por um sofrimento mental, porque não fomos ensinados a nos cuidarmos. Então, muitas vezes, quando percebemos alguma situação este tipo, já estamos em um estado avançado”, disse a psicóloga, que atua para melhorar processos relacionados à saúde mental das pessosas na Ambev e se tornou diretora com 8 meses na empresa.
Atuante na área de inclusão de pessoas negras no mercado de trabalho, Patrícia Santos, CEO da EmpregueAfro avalia que existe ainda existe muita resistência para que empresas entendam a importância de contratarem profissionais negros. “Tem lugares onde a gente chega que às vezes os gerentes de RH chegam a externalizar isso pra gente: ‘Ah, a gente tem que contratar negros?'”, exemplificou.
Ana K Melo, sócia e head de diversidade da XP Inc. destacou que é um grande desafio se posicionar enquanto mulher negra dentro do mercado financeiro. “Eu sou uma mulher negra, com deficiência, de origem periférica e sou sócia da maior empresa do mercado financeiro desse país. Cada novo espaço que eu acesso, não é pra mim, é para que meninas que estudam hoje na escola que eu estudei sonhem em estarem lá também”, disse.
A jornalista Lívia Braz foi indiciada pela Polícia Civil (PCDF) por injúria racial contra uma colega negra de trabalho entre os anos de 2019 e 2020, quando integrava a bancada do DF Record. Após o Site Mundo Negro denunciar as mensagens racistas enviadas no grupo de Whatsapp chamado “Resistência”, em 2020, Lívia e outras três jornalistas foram demitidas da emissora por justa causa.
Neste grupo, Lívia fazia piadas contra a colega, a chamava de “Patolino”, o pato preto da animação “Looney Tunes” da Warner Bros e disse que ela parecia “carvão” em uma foto.
A delegada Scheyla Cristina Costa Santos, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) e responsável por conduzir a investigação, disse no inquérito que o portal Metrópoles teve acesso, que o comportamento de Lívia era “muito indigno” no trabalho.
“Costumava dizer que não gostava de pobre, chegando a dizer que tinha horror a Águas Claras, pois lá só tinha pobre. Em outra oportunidade a declarante testemunhou Lívia maltratando uma estagiária, que chegou a chorar. Diante disso, apesar de Lívia nunca ter se referido diretamente a declarante com esse conteúdo que corria pelo WhatsApp. Diz que Lívia costumava falar também mal de pessoas gordas e das roupas das outras pessoas. Atitudes sempre reprováveis de convívio”, diz em um trecho do documento.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) agora analisará o inquérito para o caso ser denunciado ou não para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
A Justiça de Pernambuco negou o pedido de prisão de Sarí Corte Real, condenada a 8 anos e 6 meses de prisão por abandono de incapaz, que resultou na morte do menino Miguel Otávio de Santana, de cinco anos de idade, após ele cair do nono andar do prédio onde sua mãe, Mirtes Santana, trabalhava como empregada doméstica.
Sarí Corte Real foi condenada em maio deste ano, na primeira instância, mas o juiz permitiu que ela recorresse da decisão em liberdade. A assistência de acusação entrou com um pedido de prisão para Sarí, alegando que ela desrespeitou medidas impostas pela Justiça, como por exemplo, se mudar de endereço sem informar.
A equipe de advogados de Mirtes entrou com um pedido para a retenção do passaporte de Corte Real por considerar que “há um risco para continuidade do processo, após a condenação, já que ela e os dois filhos têm passaportes brasileiro e português”.
Sarí precisou ser intimada para uma audiência no processo cível a que ela responde e o oficial de justiça não a encontrou no endereço dela. O porteiro do prédio informou que ela não estava mais morando nesse endereço há cerca de um ano.
“Nós consideramos que isso foi uma quebra dos requisitos da fiança, já que ela não pode mudar de endereço residencial sem comunicar previamente o juízo, o que ela não fez. Então nós fizemos novamente esse pedido para que fosse reconsiderada a prisão preventiva e fosse colocada como medida cautelar ao menos a retenção do passaporte e o juiz negou novamente esse pedido”, disse a advogada Maria Clara D’Ávila, que representa a família de Miguel Otávio na esfera criminal.
A negativa de prisão de Sarí Corte Real foi assinada pelo juiz Edmilson Cruz Júnior, auxiliar da 1ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Capital. A sentença é do dia 19 de julho e saiu no Diário oficial da Justiça desta segunda (25).
Segundo o texto divulgado, a decisão foi tomada de acordo com a postura do próprio Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que foi contra o pedido feito pela assistência de acusação.
Keke Palmer e Zendaya. Foto: Reprodução / Twitter / Vogue.
A atriz Keke Palmer utilizou seu Twitter nesta segunda-feira (25) para responder às recentes comparações com Zendaya. A estrela de ‘Não! Não Olhe!’ foi enfática ao declarar seu descontentamento. Numa recente publicação viral, um usuário declarou que, por conta do colorismo, Palmer não atingiu o mesmo nível de sucesso que a estrela de ‘Euphoria’.
Keke Palmer durante o MET Gala 2022. Foto: Getty Images.
“Gostaria que alguém analisasse profundamente as semelhanças e diferenças entre as carreiras de Keke Palmer e Zendaya”, dizia o tweet, que incluía fotos lado a lado das duas artistas. “Este pode ser um dos exemplos mais claros de como o colorismo funciona em Hollywood. Ambas eram estrelas infantis, mas suas popularidades no mainstream são muito diferentes”.
A great example of colorism is to believe I can be compared to anyone. I’m the youngest talk show host ever. The first Black woman to star in her own show on Nickelodeon, & the youngest & first Black Cinderella on broadway. I’m an incomparable talent. Baby, THIS, is Keke Palmer.
Palmer respondeu à declaração, observando seu papel como ‘Cinderela’ da Broadway, seu programa da Nickelodeon, em 2008, e seu status de apresentadora de talk show em vários programas da TV norte-americana. “Um grande exemplo de colorismo é acreditar que posso ser comparada a alguém”, escreveu a atriz. “Sou a apresentadora de talk show mais jovem de todos os tempos. A primeira mulher negra a estrelar seu próprio programa na Nickelodeon, e a mais jovem e primeira Cinderela Negra na Broadway. Eu sou um talento incomparável. Baby, ISSO é Keke Palmer.”
“Trabalho desde os 11 anos de idade. Sou protagonista desde os 11 anos. Eu tenho mais de 100 créditos e atualmente sou a estrela de um roteiro original que é o filme número um nas bilheterias do país (Não! Não Olhe!)”, escreveu ela em um tweet adicional. “Tive uma carreira abençoada até agora, não poderia pedir mais, mas Deus continua me surpreendendo.”
A música número 1 dos Estados Unidos pertence a uma mulher negra. Nesta segunda-feira (25), Lizzo alcançou o topo da Billboard HOT 100, parada musical oficial do país e a mais concorrida do mundo. Feito foi conquistado com o sucesso viral ‘About Damn Time’, presente no recém lançado álbum ‘Special’. “Temos a música mais tocada do país, galera. Vou beber por cinco pessoas hoje”, celebrou a cantora através das redes sociais.
De acordo com a própria Lizzo, ‘About Damn Time’é um “hino para curar, seguir em frente e refletir sobre todas as lutas contra depressão e ansiedade”. Cantora reflete que incentiva os ouvintes a falarem sobre seus sentimentos e lutarem por dias melhores, mesmo em momentos sombrios.
‘About Damn Time’ também se tornou a primeira música de 2022, lançada por uma artista feminina, a atingir o topo da Hot 100. Dentro da carreira de Lizzo, se tornou a segunda canção a marcar a posição mais alta da parada. “Eu tirei um tempo para escrever as músicas que precisavam ser lançadas, as histórias que eu queria compartilhar, que as pessoas deveriam ouvir”, disse a estrela ao comentar o lançamento de seu novo álbum, ‘Special’. “Eu acho que o amor é o coração deste álbum. Acho que tudo que eu fazia antes de Special foi em busca do amor. E era como, porque eu te amo era um álbum quase autobiográfico sobre quem eu quero ser“.