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“Nosso objetivo maior é ser útil e representativo”, conta dupla que canta e interpreta na língua de sinais

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Foto: divulgação

Você já foi a um show em que os cantores eram também intérpretes de libras? A inclusão nesse sentido pode parecer algo que, lamentavelmente, ainda está distante de ser o comum, mas a dupla musical Duelibras tem realizado um trabalho motivador ao mostrar que a música deve realmente ser um elemento a que todas as pessoas podem ter acesso.

Formada pelos músicos Bruno Oliveira e Lucas Brito, a Duelibras nasceu depois de uma conversa da dupla com uma amiga sobre as dificuldades que a comunidade surda enfrenta para se comunicar em sociedade. “Após uma conversa com uma amiga que trabalhava como intérprete de libras, ela nos contou as dificuldades da comunidade surda em se comunicar com as pessoas em hospitais, mercado, farmácia e etc… Nós percebemos que eles se sentem como estrangeiros no próprio país e não tinha entretenimento, além de pouca acessibilidade na arte em geral”, contam.

Após essa conversa, Bruno e Lucas se reuniram para fazer algo musical com inclusão das libras e com o objetivo de criar entretenimento que também pudesse incluir a comunidade surda, já que Lucas tinha feito na faculdade um trabalho cantando e fazendo libras.

Os artistas já tinham uma carreira musical em andamento. Ambos cantavam como backing vocal para alguns artistas, mas nunca se imaginaram à frente de algum trabalho. “Também tínhamos uma empresa, como sócios, de preparação vocal, onde atendíamos cantores como Fernando e Sorocaba, Ludmilla, Rouge, Vitão, Tília, Dennis Dj e Orochi, dentre outros artistas midiáticos”, detalham.

A dupla conta que seu trabalho tem sido bem recebido pelo público na internet. Eles têm vídeo com mais de um milhão de visualizações. “Estamos extasiados! Nunca imaginávamos ter mais de 1 milhão de visualizações em vídeos e receber tanto carinho de toda a comunidade. Fomos abraçados pelo INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) que é o maior trabalho realizado para os surdos, referência mundial e estamos ainda como os que sonham”, celebram.

Sobre a possibilidade de um trabalho autoral, Bruno e Lucas revelam que existe um projeto em preparação. “Sim! Temos muita vontade em 2023 de lançar a turnê após lançarmos nosso álbum. Já estamos em processo de composição e faremos algo muito especial”.

Sobre a mensagem que querem passar, os dois reforçam a importância da representatividade. “Quando assistem nossos covers e nossa primeira música, já sentem que tem inclusão até em repertório de diversos estilos. Nós como pretos e homossexuais vivemos na pele a necessidade da inclusão em todas as áreas. Com tudo que já viemos colhendo nesse início do trabalho e os testemunhos de pais que têm filhos surdos e que se sentem já abraçados, o nosso objetivo maior, antes de qualquer sucesso, é ser útil e representativo para todas as comunidades e levantarmos pautas através da nossa arte para reflexão, por conta desse sistema capitalista que nos rouba a atenção do que está acontecendo no mundo a fora”.

Neymar rebate críticas por declarar voto em Bolsonaro: “Atacado pelas pessoas que falam em democracia”

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Foto: Getty Images.

O jogador Neymar utilizou suas redes sociais nesta última quinta-feira (29) para declarar voto em Jair Messias Bolsonaro (PL), candidato à reeleição como Presidente da República. A iniciativa do atleta foi amplamente criticada por colegas, personalidades da mídia, influenciadores e fãs. “É lamentável que um cara negro, que vem da favela, pense em apoiar um homem que odeia tudo que ele representa”, disse o comunicador Jonas Di Andrade, através de um tweet viral. “Não há título de copa do mundo que possa apagar o quão triste é isso não só pro Brasil, mas para quem se espelha nele”.

“Neymar não é menino, gente. Ele já tem mais de 30 anos e acesso à informação“, criticou a ativista Luciana Viegas. “Esse posicionamento dele não é por falta de acesso e nem por ignorância. E aliado a um genocida. Não há leveza nisso. Não há falta de entendimento, é só perversidade e poder mesmo”.

Em resposta aos comentários, Neymar voltou às redes sociais nesta sexta-feira (30). “Falam em democracia e um montão de coisa, mas quando alguém tem um opinião diferente é atacado pelas próprias pessoas que falam em democracia. Vai entender”, escreveu o jogador. Apesar das críticas, o posicionamento do atleta foi muito bem recebido pelos apoiadores de Bolsonaro, que chegaram subir mutirão de apoio ao longo da última quinta-feira (29). “Fica firme campeão. Você mostrou que está pronto para liderar a seleção brasileira em busca de mais um título mundial. Deus o abençoe e a sua família”, escreveu Adolfo Sadhsida, atual Ministro de Minas e Energia.

“Somos os que menos têm visibilidade sobre nossos negócios”, destaca criadora de salão de luxo especializado em tranças afro

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Foto: Divulgação/Sony

As trancistas mantém a tradição de fazer penteados que carregam nossa ancestralidade e exaltam a beleza dos cabelos crespos. E agora, esse segmento está ganhando novos espaços ao chegar no mercado de luxo. 

Carolina Pinto e Taynara Alves são as fundadora do RAS, um espaço de luxo especializado em tranças afro, localizado em São Paulo. Próximas participantes do Shark Tank Brasil, as empresárias levarão a história do salão, que fica na área central da capital paulista, para o streaming com o objetivo de buscar mais investimento para o negócio. 

Em sete temporadas de programa, essa é a primeira a receber um salão especializado em tranças. As representantes do RAS poderão ser vistas no Shark Tank no sétimo episódio, que será exibido no próximo dia 6 de outubro, quinta-feira, às 21h30, no Sony Channel.

Foto: Reprodução/RAS

Em entrevista para o Mundo Negro, Carolina Pinto conta que a seleção para participar do programa aconteceu através de uma inscrição. Para ela, participar do Shark Tank Brasil, transmitido pela Sony, foi uma oportunidade de reconhecimento nacional. 

“Com certeza é uma experiência única, que carrega muitos elementos positivos para o negócio. Temos a visibilidade, a oportunidade de sermos um salão conhecido nacionalmente, a chance de investimento e portas abertas para olharmos nosso negócio com ainda mais potencial”, celebra a empresária e afirma que a participação no programa é um aprendizado. “Tudo que aconteceu foi um grande aprendizado! O programa tem o ritmo de um ‘tanque de tubarões’ mesmo, e independente do resultado, quando a gente passa por isso, entende que pode passar qualquer coisa, entrega muita experiência”, conta ela ao destacar os pontos fortes dessa experiência.

Ao ser questionada sobre como acredita que o programa contribui para potencializar os negócios de pessoas pretas, Carolina destaca: “Sabemos que, ainda que empreendedores pretos sejam a maioria no país, somos os que menos têm visibilidade sobre os nossos negócios, acesso a crédito, e a possibilidade de recebimento de investimentos, então ter essa porta aberta é um grande primeiro passo!”. 

“Porém, para isso acontecer da melhor forma, percebemos que só há a possibilidade do programa contribuir com empresas criadas por e para pessoas pretas, quando o time de investidores é composto por pessoas que entendem para além dos negócios, mas também, sobre questões de diversidade, questões raciais e recortes sociais”, observa Carolina Pinto.

Para a empresária, o universo das tranças é lucrativo, mas ainda precisa ser visto como tal. “Vemos o mundo das tranças como um oceano azul de possibilidades que ainda pode ser muito desbravado! Por exemplo, em um passado não muito distante, grandes setores não viam a necessidade de criar maquiagens para peles escuras, produtos capilares para cabelos crespos, e sentimos que no mundo das tranças é assim também! Estamos entrando em uma era que vão perceber que essa também é uma área lucrativa, também capaz de mover bons números financeiros”, comenta.

Ao criar um espaço de luxo especializado em tranças afro, Carolina Pinto e Taynara Alves não miravam a ostentação financeira, elas tinham o objetivo de mostrar que o luxo também é algo que sempre pertenceu às pessoas pretas. “Nós somos descendentes de reis e rainhas, luxo, para nós não é no sentido da ostentação, é resgate, é entregar o que quiseram nos fazer crer que não é nosso. O luxo vem de nós desde que o mundo é mundo”, explica Carolina.

Os próximos passos do RAS

“O que não falta para o RAS são planos, temos sim planejado e desenhado os próximos passos, que vão desde aumento da nossa capacidade de atendimento até outras vertentes dentro do ramo da beleza”, conta a empresária sobre os planos para o futuro do salão que se tornou pioneiro no mercado de luxo ligado ao segmento de beleza.

Trevor Noah anuncia saída do “The Daily Show” 

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Foto: Reprodução

Depois de sete anos apresentando o ‘The Daily Show’, o comediante sul-africano, Trevor Noah anunciou que está preparando sua despedida do programa. O comunicado foi feito pelo próprio apresentador durante uma gravação que foi ao ar antes do início da atração, na última quinta-feira (29).

“É algo que eu nunca esperei, e me peguei pensando ao longo do tempo, em tudo que passamos: a presidência de Trump, a pandemia, apenas a jornada de – o mais pandêmico – e percebi que depois de sete anos, meu tempo acabou”, disse Noah no vídeo.

Para a platéia do Daily Show, o apresentador falou sobre a experiência de estar à frente do programa nos últimos anos: “Eu amei apresentar esse show. Tem sido um dos meus maiores desafios. Tem sido uma das minhas maiores alegrias. Adoro tentar descobrir como fazer as pessoas rirem mesmo quando as histórias são particularmente ruins nos piores dias.”

No vídeo, Noah disse que existem coisas que ele quer explorar: “Percebi que há outra parte da minha vida que quero continuar explorando”, contou. “Sinto falta de aprender outras línguas, sinto falta de ir a outros países e fazer shows, sinto falta de estar em todos os lugares”, destacou ele.

Noah agradeceu à produção do programa e o Comedy Central, canal em que o programa é transmitido,”que acreditaram neste comediante aleatório que ninguém conhecia neste lado do mundo”, disse. “Na África do Sul, todo mundo me conhecia e me amava”, brincou.

Trevor Noah não deu detalhes sobre quando sua saída do programa vai ocorrer ou quem irá substituí-lo. Noah estreou como apresentador o ‘The Daily Show’ em 2015, após a despedida de Jon Stewart do comando da atração.

“Às vezes esse espetáculo é a única coisa que nós temos”, diz Manoel Soares ao relembrar relação com a Copa do Mundo

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Manoel Soares durante a gravação do quadro “A Copa Que Eu Vi” Foto: Globo/João Cotta.

Em “A Copa Que Eu Vi”, Manoel Soares se emociona ao recordar a infância no interior da Bahia.

O apresentador e jornalista Manoel Soares é o escolhido pela TV Globo neste fim de semana para falar sobre o Mundial de 1990 no quadro “A Copa Que Eu Vi”. Ele vai se emocionar ao recordar a infância no interior da Bahia. Ao ver as imagens daquele torneio disputado na Itália, o comunicador se emocionou ao lembrar o garoto que na época tinha dez anos e vivia no interior da Bahia.

“Eu era um menino ainda tentando entender o mundo. É isso que a Copa faz de bacana. Quantas pessoas não passaram a saber que o mundo é maior do que a sua rua? Em 1990 tinha um menino de dez anos, com poucas perspectivas e que via na Copa uma janela para o universo”, recorda Manoel Soares, que foi além sobre a importância da Copa do Mundo na vida das pessoas. “A gente depende desse espetáculo muitas vezes porque, pode parecer loucura, mas às vezes esse espetáculo é a única coisa que nós temos”.

O episódio vai ao ar numa versão mais curta, de um minuto e meio no intervalo de Pantanal, neste sábado, e uma versão estendida, no Esporte Espetacular, no domingo.

Nas gravações do quadro, o convidado se senta em uma cadeira no centro de um estúdio em penumbra e assiste a imagens marcantes daquela Copa em duas grandes telas laterais. Ouve narrações históricas, vê lances inesquecíveis e até se depara com decepções e com as memórias que são despertadas pelas Copas do Mundo.

Ao todo, a série tem 16 espisódios, que são exibidos em ordem cronológica, em uma contagem regressiva que se encerra no fim de semana que antecede a Copa do Catar.

“Eu voto preto”: escolha de candidaturas negras se torna um dos assuntos mais comentados no Twitter

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Foto: Marcelo Casal / Agência Brasil.

A expressão “Eu voto preto” ganhou o Twitter na manhã desta sexta-feira (30), último dia útil antes das eleições de 2022. A Coalizão Negra por Direitos e outros perfis engajados na luta antirracista e na representação de pessoas negras no Parlamento puxaram a movimentação na internet.

A iniciativa tem o objetivo de mobilizar eleitores para que escolham candidaturas negras para o parlamento no próximo domingo, especialmente diante de uma eleição polarizada e com a baixa presença de candidatos negros competitivos nas eleições para o Poder Executivo.

A renovação política e a necessidade de se ver representada pelos políticos que exercem mandatos foi lembrada durante o tuitaço. “Como boa parte dos brasileiros eu não me sinto representada, eu quero renovação política. Mas como cientista política eu sei que renovar não é deixar de votar nos velhos brancos pra votar nos filhos brancos deles. Eu vou votar no povo e o povo é preto!”, disse a cientista política Nailah Veleci.

Diversos candidatos e candidatas negras aproveitaram o crescimento do assunto na rede sociail para dar visibilidade às suas propostas e número de votação, aproveitando os últimos instantes de campanha na internet, que está liberada até sábado (1º).

Para as eleições de 2022, a iniciativa Quilombo Nos Parlamentos organizou candidaturas de pessoas negras progressistas e comprometidas com a questão racial, para ajudar os eleitores na escolha de em quem votar. A iniciativa reúne 120 candidaturas de pessoas ligadas ao movimento negro e tem, entre seus focos, o objetivo de difundir o voto antirracista no Brasil, apoiando candidatos realmente preocupados com a causa racial.

Oxímetros não detectam corretamente os níveis de oxigênio em pessoas de pele escura, diz pesquisa

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Foto: Getty Images.

Pessoas negras podem não ter seus níveis de oxigênio detectados adequadamente por oxímetros de pulso, que ficaram muito conhecidos da população durante a pandemia de covid-19. A descoberta foi feita por Ashraf Fawzy e Tianshi David Wu, médicos intensivistas dos Estados Unidos. “Eu estava cuidando de uma mulher afro-americana com asma e Covid. Estávamos diminuindo seu oxigênio porque o oxímetro de pulso estava nos dizendo que os níveis eram adequados, mas ela estava reclamando de falta de ar”, disse Fawzy à Bloomberg.

Os dois médicos examinaram a questão comparando as leituras do oxímetro de pulso com os resultados dos exames de sangue. Eles encontraram enormes discrepâncias entre os dois métodos que contribuíram para a falta de reconhecimento da Covid grave, atrasando o tratamento para pacientes negros e hispânicos. 

A pesquisa dos médicos foi publicada no JAMA Internal Medicine e fez ecoar um estudo publicado há dois anos pelo New England Journal of Medicine , mostrando que os pacientes negros eram quase três vezes mais propensos do que os brancos a ter baixos níveis de oxigênio que não eram detectados por um oxímetro de pulso.

Os oxímetros de pulso funcionam iluminando duas cores diferentes de luz através do dedo e, em seguida, lendo a quantidade de luz absorvida pela hemoglobina, uma molécula do sangue que transporta oxigênio. Desde 2013, os fabricantes foram obrigados a testar seus dispositivos em pelo menos 10 pessoas saudáveis, e pelo menos 15% do grupo de teste deve ter pele mais escura.

Fawzy, que também é professor assistente de medicina na Universidade Johns Hopkins, trabalhou com estudantes de engenharia que projetaram um oxímetro de pulso que inclui um sensor de cor para contabilizar diferentes tons de pele e software que fornece estimativas mais precisas dos níveis de saturação de oxigênio no sangue. Em agosto, a equipe ganhou o primeiro prêmio em um desafio de design do National Institutes of Health para desenvolver soluções para necessidades não atendidas em medicina, e o grupo agora está planejando um estudo clínico para o dispositivo.

Teresa Cristina fala sobre machismo estrutural e critica a ideia de que ‘mulher não pode engordar’

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Foto: Nana Moraes / Marie Claire Brasil.

A cantora Teresa Cristina estampa a nova capa da revista Marie Claire. Ao editorial, a artista de 54 anos falou sobre a carreira e comentou sobre o machismo estrutural dentro da sociedade, principalmente associado à idade das mulheres. “A impressão que dá é que todo eros do mundo está focado na pouca idade. A mulher tem uma obrigação moral de não mostrar a passagem do tempo”, reflete a artista.

Teresa acredita ainda que a mídia possui um papel muito importante na perpetuação de estereótipos ligados às mulheres. “Os papéis principais, as mocinhas das novelas, dos filmes, dos comerciais, todas têm a mesma idade. E isso está muito ligado ao não apego à história das pessoas, você sempre tem que ser mais nova”, contou ela. “A mulher não pode ter ruga, não pode ter barriga, não pode engordar, não pode ter cabelo branco. Não pode apresentar sinais que o homem apresenta tranquilamente.”

“Pior, ainda tem uma falácia de que o homem mais velho fica mais charmoso, e a mulher mais velha acaba”, diz a cantora, que durante a última semana recebeu o título de cidadã baiana. Para a Marie Claire, Teresa Cristina também comentou sobre a política, destacando que o Brasil vive um momento de ‘egoísmo’. “A minha esperança é que o eleitor pense no Brasil. Que o eleitor do Ciro, da Simone Tebet entenda que não é o momento de ter o capricho de não votar no Lula para votar em uma pessoa que tem 5% de chance. Esse egoísmo tem que ser cercado por uma onda empática”, disse a artista.

A expressão “igualdade racial” não é mencionada nos planos de governo de Jair Bolsonaro e Ciro Gomes

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Fotos: Cristiano Mariz/Agência O Globo e Maria Isabel Oliveira

De acordo com a pesquisa, a palavra racismo é citada apenas uma vez nos planos de três candidatos 

A TV Globo irá transmitir ao vivo o último debate entre os candidatos à Presidência da República nesta quinta-feira (29), após a novela ‘Pantanal’. Com a experiência do público com as sabatinas no Jornal Nacional, a questão racial não foi pautada com nenhum dos convidados.

Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Felipe D’Ávila (NOVO), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB) participam do debate. Vera Lúcia (PSTU) e Léo Péricles (UP), os únicos candidatos negros, não foram convidados.

Um levantamento realizado pelo ID_BR (Instituto Identidades do Brasil) analisa como os candidatos à presidência do Brasil estão tratando a pauta racial em seus planos de governo. Tom Mendes, diretor administrativo e financeiro do ID_BR, comentou os projetos de quatro candidatos à Presidência.

“No total de candidaturas, há 11 pessoas, sendo 8 autodeclaradas brancas e 3 negras que são Léo Péricles, Vera Lúcia e Padre Kelmon (autodeclarado pardo). No pleito principal de quem tem se destacado, não há representantes negros ou indígenas”, sinaliza Tom.  

O executivo também chama a atenção para quantas vezes aparecem as palavras “igualdade racial” e/ou “equidade racial”, citadas apenas cinco vezes no somatório de todos os presidenciáveis, não sendo mencionadas nenhuma vez entre Ciro Gomes e Jair Bolsonaro. Em relação às cotas raciais, a expressão é utilizada uma vez por três candidaturas, não sendo citada no plano de Bolsonaro.  

Segundo a pesquisa: “O plano de governo do candidato Jair Bolsonaro não faz referência direta para políticas exclusivas para população negra e indígena, mas há a inserção principalmente da população indígena nos programas que o governo visa implementar segundo o plano de governo, um exemplo é a proposta de ‘Proteção e Promoção dos Direitos dos Povos Indígenas e Quilombolas’ ou a ‘Promoção a Segurança Alimentar e a alimentação saudável’.

O levantamento também encontrou outra proposta: “o etnoturismo que está no guarda chuva do que o programa chama de etnodesenvolvimento (termo que compreende o respeito à autonomia e à autodeterminação das Comunidades Indígenas)”.

A análise completa está disponível no site: https://simaigualdaderacial.com.br/site/o-que-pensam-os-candidatos-a-presidencia-sobre-a-pauta-racial/

‘Pantera Negra 2’ abordará o poder da narrativa feminina negra, revela elenco do filme

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Foto: Shaniqwa Jarvis / Elle Reino Unido.

As atrizes Danai Gurira, Lupita Nyong’o e Letitia Wright, estrelas de ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’, apareceram como destaques da revista ELLE. Ao editorial britânico, as artistas revelaram novas informações sobre o aguardado filme da Marvel, que estreia dia 10 de novembro no Brasil. “Neste filme vemos mulheres negras sendo totalmente humanas. Isso é algo que muitas vezes não temos na tela”, disse Lupita. “E há tantas personagens femininas. Com muita frequência por aí, há um ou dois tokens de nós. Aqui [em Wakanda Para Sempre] você está vendo uma comunidade.”

Letitia Wright. Foto: Foto: Shaniqwa Jarvis / Elle Reino Unido.

“Um momento lindo do filme foi nós três fazendo uma cena juntas”, relembrou Letitia. “Acho que foi a primeira vez que isso aconteceu no decorrer da franquia. Era uma cena delicada, mas havia tanta beleza nela e tantas risadas. Nós nos abraçamos de maneiras que não conseguimos fazer antes. E passar e ver Danai e Lupita na minha frente, apenas trabalhando em seu ofício. Tipo, caramba, estou em uma cena com Danai e Lupita. Isso é incrível. Isso é muito legal.”

Comentando sobre o impacto de ‘Pantera Negra’ no mundo do cinema, Danai Gurira destacou a presença de atores africanos em filmes hollywoodianos. “Esperamos que Pantera Negra tenha aberto os olhos das pessoas para o entendimento de que o mundo pode receber personagens africanas. Não é uma coisa chocante, e eles podem ser muito ressonantes com as pessoas”, disse a estrela.

Danai Gurira. Foto: Shaniqwa Jarvis / Elle Reino Unido.

Apesar do poder da narrativa feminina negra que ‘Wakanda Para Sempre’ deseja conquistar, as atrizes estão cientes de que o longa não pode promover a mudança inteira dentro da indústria. “Existem limites para o poder da representatividade e não pode ser a responsabilidade de um único filme promover a mudança no mundo”, conta Lupita.

Pantera Negra sem Chadwick Boseman

As três atrizes também conversaram sobre a continuação de ‘Pantera Negra’ sem Chadwick Boseman, que interpretou o personagem-título, Rei T’Challa, e morreu de câncer de cólon em 2020, aos 43 anos.Nos momentos em que temos alegria, eu apenas sinto ele aparecendo de volta, rindo com Deus, tipo, ‘Uau, olhe para minhas irmãs’”, diz Letitia, que interpreta Shuri, a princesa de Wakanda. “Nós pegamos todo o amor que tínhamos por ele e colocamos no filme.”

Lupita Nyong’o. Foto: Shaniqwa Jarvis / Elle Reino Unido.

Descobrir como avançar na história do Pantera Negra sem Boseman foi um processo doloroso para todos os envolvidos no filme. “Ryan já tinha me falado sobre o que o filme seria antes da morte de Chadwick”, contou Lupita. “Quando ele me ligou meses depois para me falar sobre a nova ideia, levando em conta a gravidade do que todos nós passamos, lembro-me de ficar com medo. Mas então eu senti um suspiro de alívio quando ouvi o que ele tinha reservado. Ele ofereceu uma jangada num mar profundo de tristeza.”

O primeiro trailer de ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ está disponível em todas as plataformas.

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