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BET Awards: Will Smith leva prêmio de melhor ator e MD Chefe é melhor artista internacional; Veja lista de ganhadores

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Foto: Getty / Steff Lima.

O BET Awards, grande premiação voltada para os artistas negros do mundo do entretenimento revelou seus vencedores na noite do último domingo (27). Entre os artistas que levaram prêmios para casa, está o ator Will Smith, por sua atuação no filme King Richard. O próprio longa também levou o prêmio de Melhor Filme. Representando o Brasil, MD Chefe venceu na categoria Melhor Artista Revelação Internacional. A cantora Ludmilla estava concorrendo na categoria Melhor Artista Internacional, mas não levou.

Silk Sonic, a dupla formada por Bruno Maars e Anderson .Paak levou o maior número de troféus da noite, totalizando três. A dupla ganhou o prêmio de melhor grupo e álbum do ano por “An Evening With Silk Sonic”, enquanto .Paak também levou o prêmio de diretor de vídeo caseiro do ano por dirigir seus videoclipes. Kendrick Lamar também ganhou o prêmio de melhor artista masculino de hip-hop e melhor vídeo por “Family Ties” com Baby Keem.

Na categoria de melhor atriz, Zendaya levou o troféu para casa por suas atuações em Euphoria e Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Naomi Osaka levou o prêmio de desportista do ano, que disputava com atletas como Simone Biles e Serena Williams.

As performances da noite contaram com artistas como Lil Wayne, Lizzo, Jack Harlow, Chance the Rapper, Chlöe, Maverick City Music x Kirk Franklin, Latto entre outros. Mas o ponto alto da noite foi a aparição surpresa de Mariah Carey para cantar Big Energy ao lado de Latto.

https://www.instagram.com/p/CfSsZbJDZA4/

Veja a lista completa de ganhadores:

Melhor Artista Feminina de R&B/Pop
Ari Lennox
Chlöe
Doja Cat
HER
Jazmine Sullivan (VENCEDOR)
Mary J. Blige
Summer Walker

Melhor Artista Masculino de R&B/Pop
Blxst
Chris Brown
Givēon
Lucky Daye
The Weeknd (VENCEDOR)
Wizkid
Yung Bleu

Melhor Grupo
Bruno Mars, Anderson .Paak (Silk Sonic) (VENCEDOR)
Chlöe x Halle
City Girls
Lil Baby & Lil Durk
Migos
Young Dolph & Key Glock

Melhor Colaboração
“Essence”, Wizkid Feat. Justin Bieber & Tems (VENCEDOR)
“Every Chance I Get”, DJ Khaled Feat. Lil Baby & Lil Durk
“Family Ties”, Baby Keem & Kendrick Lamar
“Kiss Me More”, Doja Cat Feat. SZA
“Way 2 Sexy”, Drake Feat. Future & Young Thug
“Whole Lotta Money (Remix)”, BIA Feat. Nicki Minaj

Melhor Artista Feminina de Hip Hop
Cardi B
Doja Cat
Latto
Megan Thee Stallion (VENCEDOR)
Nicki Minaj
Saweetie

Melhor Artista Masculino de Hip Hop
Drake
Future
J. Cole
Jack Harlow
Kanye West
Kendrick Lamar (VENCEDOR) 
Lil Baby

Vídeo do Ano
“Family Ties”, Baby Keem & Kendrick Lamar (VENCEDOR)
“Have Mercy”, Chlöe
“Kiss Me More”, Doja Cat Feat. SZA
“Pressure”, Ari Lennox
“Smokin Out The Window”, Bruno Mars, Anderson .Paak (Silk Sonic)
“Way 2 Sexy”, Drake Feat. Futuro e jovem bandido

Diretor de Vídeo do Ano
Anderson .Paak aka Diretor .Paak (VENCEDOR)
Benny Boom
Beyoncé & Dikayl Rimmasch
Diretor X
Hype Williams
Missy Elliott

Melhor Artista Revelação
Baby Keem
Benny The Butcher
Latto (VENCEDOR)
Muni Long
Tems
Yung Bleu

Álbum do Ano
“An Evening With Silk Sonic”, Bruno Mars, Anderson.Paak (Silk Sonic) (VENCEDOR)
“Back Of My Mind”, HER
“Call Me If You Get Lost”, Tyler, The Creator
“Certified Lover Boy” ,” Drake
“Donda,” Kanye West
“Heaux Tales, Mo’ Tales: The Deluxe,” Jazmine Sullivan
“Planet Her,” Doja Cat

Prêmio Dr. Bobby Jones de Melhor Gospel
“All In Your Hands”, Marvin Sapp
“Come To Life”, Kanye West
“Grace”, Kelly Price
“Hallelujah”, Fred Hammond
“Hold Us Together (Hope Mix)”, HER & Tauren Wells
“Jireh”, Elevation Worship e Maverick City Music
“We Win”, Lil Baby X Kirk Franklin (VENCEDOR)

BET
“Best Of Me (Originals)”, Alicia Keys
“Good Morning Gorgeous”, Mary J. Blige (WINNER)
“Have Mercy”, Chlöe
“Pressure”, Ari Lennox
“Roster”, Jazmine Sullivan
“Unloyal”, Summer Walker & Ari Lennox
“Mulher”, Doja Cat

Melhor Artista Internacional
Dave (Reino Unido)
Dinos (França)
Fally Ipupa (RDC)
Fireboy DML (Nigéria)
Little Simz (Reino Unido)
Ludmilla (Brasil)
Major League DJz (África do Sul)
Tayc (França)
Tems (Nigéria) (VENCEDOR)

Melhor Filme
“Candyman”
“King Richard” (VENCEDOR)
“Respect”
“Space Jam: A New Legacy”
“Summer of Soul”
“The Harder They Fall”

Melhor Ator
Adrian Holmes, “Bel-Air”
Anthony Anderson, “Black-Ish”
Damson Idris, “Snowfall”
Denzel Washington, “A Tragédia de Macbeth”
Forest Whitaker, “Respect” e “Padrinho do Harlem”
Jabari Banks, “Bel -Air”
Sterling K. Brown, “This Is Us”
Will Smith, “King Richard” (VENCEDOR)

Melhor Atriz
Aunjanue Ellis, “King Richard”
Coco Jones, “Bel-Air”
Issa Rae, “Insecure”
Jennifer Hudson, “Respect”
Mary J. Blige, “Power Book II: Ghost”
Queen Latifah, “The Equalizer”
Quinta Brunson , “Abbott Elementary”
Regina King, “The Harder They Fall”
Zendaya, “Euphoria” e “Spider-Man: No Way Home” (VENCEDOR)

Prêmio YoungStars
Akira Akbar
Demi Singleton
Marsai Martin (VENCEDOR)
Miles Brown
Saniyya Sidney
Storm Reid

Prêmio Desportista do Ano
Brittney Griner
Candace Parker
Naomi Osaka (VENCEDOR)
Serena Williams
Sha’Carri Richardson
Simone Biles

Prêmio Esportista do Ano
Aaron Donald
Bubba Wallace
Giannis Antetokounmpo
Ja Morant
Lebron James
Stephen Curry (VENCEDOR)

“Eu já estou adoecida demais”, desabafa Tia Má sobre cobranças para se posicionar com tudo

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Foto: Reprodução/Instagram

Nesta domingo (26), a jornalista Tia Má publicou um vídeo visivelmente abalada por todas as notícias ruins dos últimos dias e as cobranças na web para que ela se posicione sobre tudo.

“Trabalhar com internet foi uma escolha, foi uma decisão minha, e precisar me posicionar sempre sobre tudo o que acontece não pensei que fosse me adoecer e tá me adoecendo”, começou dizendo no vídeo.

Uma das notícias mais recentes que mexeu com a Tia Má, foi a do caso do Genivaldo de Jesus Santos, assassinado dentro da viatura da Polícia Rodoviária Federal, em uma espécie de “câmara de gás”, após ser abordado por estar sem capacete, em Umbaúba, Sergipe, em maio.

“Eu adoeci porque Genivaldo tem a cara dos meus e das minhas. Eu fiquei tensa, eu fiquei nervosa. Eu fiquei preocupada. Eu fiquei imaginando meu pai, meu filho, meu marido, meus tios, meus primos, passando por isso. Porque sim, eles tem cara de quem sofre desse tipo de violência. E aí quando a gente não se posiciona, não fala nada, isso não quer dizer que a gente não tem uma opinião, é porque a gente também tá tocada, tá adoecida, tá mexida”, relatou.

Posteriormente, quando a apresentadora Talitha Morete do programa ‘É de Casa’ da TV Globo, colocou a doceira Dona Silene, para servir aos outros, transformando em uma situação racista, também mexeu com a Tia Má, que na época não se pronunciou a respeito.

“Eu fui massacrada por não ter falado nada, e eu falei. E sabe por que mais uma vez eu não escrevi nada? Não fiz nenhum textão? Porque eu tive crise de ansiedade. E quando eu tenho crise de ansiedade, eu não venho postar aqui ‘ô gente, boa tarde, eu tô com crise de ansiedade, uma adoecida’. Dona Silene parece com as minhas tias, Dona Silene parece comigo. E não é só uma bobagem pedir pra colocar ela pra servir, porque a gente sabe o que é isso. Historicamente, as pessoas acham que a gente é pra servir”, ressalta.

Nos últimos dias, a repercussão do casa da menina de 11 anos que foi estuprada e quase teve o direito negado de abortar, em Santa Catarina, também comoveu a jornalista.

“Ela não precisava carregar o fruto de uma violência. E aquilo mexeu comigo mais uma vez, eu sou mãe de uma menina, eu sou tia de muitas meninas. E eu só ficava imaginando a dor daquela mãe, a dor da garota, e eu não sabia o que falar porque eu tava doída, mexida”.

Por fim, o relato da atriz Klara Castanho, 21, divulgado neste sábado (25), dizendo que engravidou depois de sofrer um abuso sexual e o colocou para adoção depois do nascimento, tem sido mais uma agravante para a saúde mental de Tia Má.

“Mais uma vez eu não consigo dizer nada. É muita dor, é muito acúmulo de tristeza. E ainda tem os meus problemas pessoais, ainda tem a minha vida privada, que tem um bocado de problemas. Ser uma mulher preta no Brasil é viver cotidianamente com um monte de problema, um monte de questão. A minha vida não é um mar de rosas. Eu venho de uma família preta, pobre, nordestina. Eu tenho vários problemas na minha família, eu tenho muita gente dentro de casa pra ajudar, eu tenho muita gente no meu sangue que tá na batalha cotidiana pra tentar sobreviver”.

As cobranças para que Tia Má siga se manifestando sobre tudo na internet a está deixando exausta e reforça o recado para todos.

“Nem sempre eu vou conseguir me posicionar. Não é ser pelega, não é querer ser isentona, não é achar que o contrato que tá me pedindo. Nunca me impediu, pelo contrário. O que mais acontence comigo é perder contrato por ter opinão, por dizer o que eu penso, por ter a cara que eu tenho. É que às vezes eu só tô doída e que às vezes eu tô adoecida, como eu tô agora. Tô fazendo esse vídeo pra mostrar pra vocês. Tô indo tomar os meus remédios, tô indo tentar melhorar”, se mostra ainda mais abalada neste momento.

Tia Má reforça um novo conceito de revolução para descansar a mente. “Eu preciso ficar bem e ficar bem é um ato revolucionário pra quem tem a vida como a minha. Eu quero ficar bem, eu quero sorrir. Sorrir pra mim também é resistência porque eu já tô adoecida demais. E ser adoecida, ficar louca, faz parte da história dos meus e das minhas. Eu não vou enlouquecer mais, eu quero seguir em frente. Firme, forte, atuante e dando risada sim. Porque ser feliz é uma grande conquista pra quem vem de onde eu venho, com a história que eu tenho”.

“Nem sempre eu vou conseguir dizer tudo, porque às vezes eu tô só no meu canto sofrendo, com a minha história, com a minha vida e com a história daqueles que tem a cara parecida com a minha”, finaliza.

Veja o vídeo completo:

Site Mundo Negro é tema de trabalho de conclusão de curso

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Foto: Reprodução.

O Site Mundo Negro, primeiro portal de notícias voltado para a população negra da América Latina, foi tema do trabalho de conclusão de curso “Há espaço para o jornalismo afrocentrado? Uma análise do Site Mundo Negro como símbolo de resistência”, apresentado pela jornalista e colaboradora do portal, Maria Clara Ferreira da Silva.

Motivada pela pouca visibilidade negra no jornalismo, busca por representatividade racial e entender onde estaria a representação dos 56% de pessoas negras do Brasil dentro do jornalismo, Maria Clara analisou a produção jornalísitica do site. “Eu pude observar entendendo o jornalismo afrocentrado como toda uma produção jornalística diferenciada, é a escolha de pautas, o time de redatores 100% negro, o público-alvo, os personagens, a própria narrativa, como é falado”, explica Maria Clara.

Em sua análise, a pesquisadora observou o pioneirismo apresentado pelo portal em sua forma de levar informações sobre a população negra para a população negra no mundo da internet. “O pioneirismo em falar pela primeira vez sobre o negro como protagonista, de fato. É também pioneiro em tratar das notícias sobre negros de uma forma positiva, em trazer novas perspectivas sobre a comunidade negra, entretenimento, arte cultura e também debates”, analisou.

Para a pesquisa, Maria Clara analisou três momentos distintos do portal. Primeiro o ano de 2011, primeiras publicações do site no endereço eletrônico atual; depois em 2018, com uma maior diversidade de conteúdo, pluralidade de narrativas e, finalmente, o ano de 2022. Apesar da crescente melhora de qualidade, para a pesquisadora ainda falta uma ampla visibilidade da população em geral.

Além da análise das publicações, a pesquisadora teve a oportunidade de entrevistar a fundadora e editora-chefe do site Silvia Nascimento, para entender os funcionamento e a história por trás da criação do Mundo Negro. A banca de defesa contou com a participação da jornalista Luciana Barreto.

Nas redes sociais, a jornalista comemorou a conquista. “Como é apaixonante comunicar. E poder concluir esse ciclo defendendo algo que acredito foi uma dádiva!”, disse ela.

Lizzo doará R$ 5,2 milhões para organizações de apoio ao aborto e saúde sexual

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Lizzo. Foto: Reprodução / Redes Sociais.

A cantora Lizzo anunciou nesta última noite de sexta-feira (24) que doará U$ 1 milhão (cerca de R$ 5,2 milhões) para organizações de apoio ao aborto e de saúde sexual. Decisão da cantora acontece após a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubar o direito legal ao aborto no país. “O mais importante é a ação e continuar com vozes altas”, publicou a artista em suas redes sociais. “Organizações como a Planned Parenthood e a NNAF Abortion Founds precisarão de financiamento para continuar oferecendo serviços às pessoas mais prejudicadas por essa proibição”.

O dinheiro anunciado por Lizzo terá origem de sua nova turnê mundial, a ‘Special Tour’. Ação da cantora terá apoio da Live Nation, empresa responsável por gerenciar shows e eventos pelo globo. “As mulheres negras, historicamente, tiveram acesso desproporcionalmente menor aos recursos de planejamento familiar – esta é uma grande perda, mas não nova“, destacou a intérprete de ‘About Damn Time’ em outra publicação. De acordo com a BBC, mulheres negras constituem mais de um terço dos abortos relatados nos Estados Unidos. As mais pobres, são as que mais procuram pelo procedimento e as minorias étnicas são justamente as mais afetadas pela desigualdade de renda.

A Planned Parenthood citada por Lizzo é uma organização sem fins lucrativos que fornece cuidados de saúde reprodutiva nos Estados Unidos e em todo o mundo. Já a NNAF Abortion Founds atua fornecendo assistência financeira e logística a indivíduos que não podem pagar os custos de um aborto.

Vozes Negras: A primeira série de teatro musical do Brasil, celebra a trajetória de cantoras pretas brasileiras

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Foto: Pedro Ivo de Oliveira

Depois do sucesso no Teatro Prudential, no Rio de Janeiro, o grupo Intelectualidade Afrobrasileira, que realiza encontros Black, em parceria com a produtora Aventura, leva o espetáculo Vozes Negras – A Força do Canto feminino, a primeira série de teatro musical do Brasil, para o Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, no dia 30 de junho.

São seis episódios, completamente independentes, apresentados ao longo de seis semanas. O espetáculo homenageia cantoras negras importantes, que fazem parte da trajetória da música popular brasileira.

Cada episódio do espetáculo abre espaço para um debate interativo com a presença de uma convidada. Além disso, a atração também conta com a presença de cantoras convidadas em algumas apresentações.

A estreia do espetáculo exaltará a Era do Rádio, homenageando duas de suas maiores estrelas: Carmen Costa e Elizeth Cardoso. Também serão homenageadas, Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Dolores Duran, Alaíde Costa, Alcione, Elza Soares, Sandra de Sá, Margareth Menezes, Tati Quebra Barraco, Ludmilla e Iza.

A temporada vai até o dia 7 de agosto e os ingressos custam entre R$25 e R$150, disponível no Sympla para compra online.

Feira Preta seleciona empreendedores para participar de campanha fotográfica em SP

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Foto: Freepik

Empreendedores negros e indígenas da cidade de São Paulo poderão se inscrever para ser o rosto da campaha de divulgação do Festival Feira Preta 2022.


A Feira Preta é o maior evento de empreendedorismo da América Latina e há 21 anos proporciona uma relação de troca, crescimento e de evolução do empreendedorismo negro no Brasil. Aos poucos, o evento conquista novos espaços e cria oportunidades para a comunidade negra.


Desta vez, a Feira Preta vai criar o primeiro banco de imagens de empreendedores negros e indígenas do Brasil. O empreendedor que fizer a inscrição, também terá a chance de ser selecionado para ser o rosto de divulgação do Festival Feira Preta 2022.


Para participar, basta fazer a inscrição através do formulário e responder em que momento a sua história cruza com a história da Feira Preta; quais são os momentos marcantes da Feira Preta para você; e/ou como a Feira Preta contribuiu com você ou o seu negócio.


As inscrições estão abertas até o dia 30 de junho e o Festival Feira Preta acontece nos dias 15 e 20 de novembro.

“JORGE pra sempre VERÃO” estreia hoje no Teatro Ipanema no RJ

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Foto: DIvulgação

Realizar um teatro de cura. Foi com este intuito que a produtora e autora Aline Mohamad resolveu abrir seus arquivos pessoais mais íntimos para desenvolver o espetáculo inédito JORGE pra sempre VERÃO”.

O primeiro texto teatral da nova autora, desenvolvido em parceria com Diego do Subúrbio e surgido após ela escrever uma carta póstuma para seu primo, Jorge Lafond, chega aos palcos do Teatro Ipanema neste sábado (25), às 20h. Dirigida por Rodrigo França, a história encenada por Alexandre Mitre, Aretha Sadick e Noemia Oliveira não fala apenas sobre o artista falecido aos 51 anos (1952-2003), mas apresenta uma ficção desenvolvida sobre uma história verídica: a da relação que, devido ao preconceito, deixou de existir entre ele e uma prima – a própria Aline.


“Depois dos 30 anos algumas coisas foram mudando em mim. Um dia, ao voltar de uma festa onde me vi atraída por uma travesti, escrevi uma carta que nunca seria entregue ao destinatário. Um pedido de desculpas, uma redenção, uma luz nas diversas encruzilhadas que eu tenho com meu primo Jorge Lafond. Muito emocionada, enviei essa carta para alguns amigos e, ao acordar, li as respostas: você tem uma linda peça nas mãos. E assim percebi que a única forma de eu encontrar com meu primo é através da arte”, relembra Aline, que ao longo de sua infância se esquivou de conhecer o primo pela estranha figura que ele lhe parecia.


“Faremos uma reparação histórica, humanizando um dos maiores artistas deste país. Jorge Lafond passou por um grande dilema na história da televisão brasileira, que retrata o que é o país em relação à população negra e LGBTQIAP+. A violência de ter que sair do estúdio de TV para trocar de roupa, pois um padre entraria, nos mostra o quanto é cruel sermos nós mesmos. Pouco importa a sua titulação acadêmica, conta bancária, o que você é ou fez pela sociedade. Em algum momento tentarão te colocar no lugar que acreditam que você deva estar – na submissão”, reflete Rodrigo.


Apesar dos apontamentos sobre a realidade nada fácil vivida por Lafond, o texto tem pontos de respiro com base no humor, principal característica dos seus personagens. “O processo da escrita do texto veio muito da pesquisa sobre a vida do Jorge, que se encontra na mesma encruzilhada que a minha e de muitas outras pessoas negras LGBTQIAP+. É lembrar que, apesar de todo o processo de resistência que vivemos perante essa sociedade, não somos regidos somente pela dor. A figura de Jorge Laffond marcou uma geração, nos movendo até aqui. Falar dele é também falar sobre mim”, reconhece Diego.


Nascido em Laranjeiras e criado na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, o furacão Lafond disse certa vez numa entrevista que tinha consciência de ser gay desde os seis anos de idade, mas que por ser algo considerado muito feio naquela época, fez de tudo para que seus pais não descobrissem. Formou-se em teatro pela Uni-Rio e ainda em dança afro e balé clássico, tendo dançado com Mercedes Batista, a primeira bailarina negra a ser integrante do corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi, por fim, um ícone da representatividade negra e LGBTQIAP+.


“O movimento LGTQIAP+ sempre foi encabeçado por pessoas pretas, como Marsha P. Johnson, uma mulher trans negra norte-americana que liderou a Rebelião de Stonewall, em 1969. E Jorge Lafond estimulou que muita gente tivesse coragem para externar aquilo que realmente é na vida. Estamos falando de um homem negro retinto, afeminado e com mais de dois metros de altura vestido de mulher na televisão brasileira. Mas óbvio que não foi fácil. Nele havia mais do que talento, havia estratégia inteligente”, observa Rodrigo.


Em cena, as atitudes de Jorge mostram uma potente força interna e autônoma, apesar da sociedade opressora para quem ele foi, ao mesmo tempo, uma pessoa exótica e diversão pra família tradicional brasileira. “Neste ponto, Silvio de Almeida fala sobre Racismo Recreativo. Fazendo uma livre ressignificação deste termo, enxergar Jorge como o gay divertido nos mostra uma Homofobia Recreativa. Sempre foi aceito rir dos gays, tê-los como amigos apenas para os momentos de risada, mas nunca para ouvir suas dores. Jorge já trazia em si muitas dores e estereótipos. Era o negão lindo e hiperssexualizado, e, ao mesmo tempo, chamar alguém de Jorge Lafond ou Vera Verão era ofender a pessoa por ela ser afeminada”, pontua Aline.


Para Rodrigo, num espetáculo de denúncia é importante falar de cura. “A plateia tem que sair com esperança – o que não significa facilitar para o espectador. Jogamos duro, mas optamos por também mostrar o contraponto da violência. Jorge teve amigos e familiares amorosos, e realizou uma contribuição extraordinária à cultura. Ele estava fazendo uma grande revolução. Sou um diretor com compromisso com a sociedade e, para mim, entretenimento é de grande responsabilidade na formação ou deformação de quem faz e assiste. O teatro não dá conta de modificar uma estrutura social, mas pode trazer reflexões. Se quem assistir sair tocado pela narrativa que construímos, já me sentirei realizado”, ressalta Rodrigo, que se reconhece “forjado por esse profissional que pouca gente conhece”.


Aline teve receio com a superexposição, mas entendeu que era exatamente sobre isso: um teatro de cura. “Não me vejo apenas como a Prima, mas como Sociedade. Uma sociedade doente que resolve cortar laços com sua família apenas por vergonha de olhar pras suas feridas. Jorge é uma figura extremamente importante na construção dos nossos corpos. Sua forma livre, verdadeira, mostrou a hipocrisia presente em nossas vidas na forma de alegria divina. Seu jeito sincero, genuíno, real, possibilitou que vários corpos de hoje existissem da maneira que são. A sensação é de cura, de redenção”, finaliza.


Serviço:
“JORGE pra sempre VERÃO”
Temporada: 25 de Junho à 24 de Julho
Dias da semana: Sexta-feira a Domingo
Horário: 20h (sextas e sábados) e 19h (domingos)
Ingressos: Contribuição Voluntária (distribuídos 1h antes na bilheteria do teatro)
Local: Teatro Ipanema
Endereço: Rua Prudente de Moraes, 824 – Ipanema
Informações: (21) 2267-3750
Classificação Indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos

Juiz pede que a Corte também anule a legalização do casamento homoafetivo e direito a contraceptivos

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Foto: Getty Images/M. Wilson

O juiz conservador da Suprema Corte dos Estados Unidos, Clarence Thomas, afirmou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito à contracepção deveriam ser os próximos temas revistos pelo tribunal, nesta sexta-feira (24).

“Em casos futuros, devemos reconsiderar todos os precedentes substantivos do devido processo desta Corte, incluindo Griswold, Lawrence e Obergefell”, escreveu ele no voto histórico para derrubar a decisão Roe versus Wade, que garantia o direito legal ao aborto às mulheres norte-americanas.

Thomas ainda concluiu “Como qualquer decisão substantiva do devido processo legal é ‘demonstradamente errônea’, temos o dever de ‘corrigir o erro’ estabelecido nesses precedentes”.

As três decisões citadas estabelecem os principais direitos reprodutivos, sexuais e cívicos para os norte-americanos. A decisão Griswold v. Connecticut de 1965, permite que casais tenham acesso ao controle de natalidade, com direito a comprarem contraceptivos sem interferência do governo.

A decisão Lawrence v. Texas de 2003, torna inconstitucional os estados de proibirem o sexo homoafetivo consensual. Quanto ao Obergefell v. Hodges, a decisão mais recente de 2015, garante o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Neste dia histórico de um retrocesso, especialmente para as mulheres negras e pobres que mais realizam abortos no país, também se criou uma tensão sobre a Corte também querer derrubar a decisão Loving v. Virginia, que há 55 anos garante o direito ao casamento inter-racial.

“Nossos corações podem estar partidos hoje, mas amanhã, temos que nos levantar”, diz Michelle Obama sobre decisão contra o aborto nos EUA

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Foto: AFP PHOTO / DEMOCRATIC NATIONAL CONVENTION

Depois que a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou a decisão que garante o direito legal às mulheres realizarem o aborto no país, nesta sexta-feira (24), a ex-primeira dama Michelle Obama se pronunciou sobre o caso nas redes sociais com um discurso digno de futura presidenta.

“Estou de coração partido hoje”, começou o texto e repetiu em em outros trechos, em lamentos pela decisão retrógada que afetará na maioria, mulheres afro-americanas e pobres.

No post, Michelle relembra período anterior a decisão “Roe versus Wade“, há 49 anos. “Estou com o coração partido que agora podemos estar destinados a aprender as dolorosas lições de um tempo antes de Roe se tornar lei. Uma época em que as mulheres corriam o risco de perder a vida fazendo abortos ilegais. Uma época em que o governo negava às mulheres o controle sobre suas funções reprodutivas, forçando-as a seguir em frente com gestações que não queriam e depois as abandonava quando seus bebês nasciam”. E reforça, “foi isso que nossas mães, avós e bisavós viveram, e agora estamos aqui novamente”.

Em meio a polêmica de uma criança de 11 anos que quase foi impedida de abortar depois de ser estuprada, em Santa Catarina, que virou notícia nos últimos dias, Michelle também fala sobre as meninas nos Estados Unidos e às famílias de baixa renda.

“Estou com o coração partido – pela adolescente, cheia de entusiasmo e promessa, que não será capaz de terminar a escola ou viver a vida que deseja porque seu estado controla suas decisões reprodutivas; para a mãe de uma gravidez inviável que agora é forçada a levar essa gravidez a termo; para os pais vendo o futuro de seus filhos evaporar diante de seus olhos; para os profissionais de saúde que não podem mais ajudá-los sem correr o risco de prisão”, ressalta.

Apesar da tristeza causada nas mulheres dos Estados Unidos, Michelle pede perseverança neste momento. “Muitas vezes, o cinismo ou a indiferença nos fazem sentir como se não tivéssemos o direito de tecer, mas isso não poderia estar mais longe da verdade. Quanto mais permitirmos que o pessimismo nos empurre ainda mais para o desamparo, menos teremos poder para ajudar a criar o tipo de país em que queremos viver”.

Ela alerta para que não desistam. “Esta terrível decisão terá consequências devastadoras, e deve ser um alerta, especialmente para os jovens que suportarão seu fardo, eu sei que este não é o futuro que você escolheu para sua geração – mas se você desistir agora, você herdará um país que não se parece com você ou com nenhum dos valores em que você acredita”.

Quase para finalizar o texto, Michelle convida todos a se unirem e se envolvendo em organizações estadounidenses que defendam as mulheres.”Se você é como eu e quer começar agora mesmo, eu o encorajo a canalizar sua frustração e raiva em ação, envolvendo-se. Organizações como Planned Parenthood e The United State of Women, entre muitas outras, têm recursos que você pode procurar se quiser ajudar outras pessoas ou se precisar de ajuda”.

E finaliza “Nossos corações podem estar partidos hoje, mas amanhã, temos que nos levantar e encontrar coragem para continuar trabalhando para criar a América mais justa que todos merecemos. Ainda temos muito o que lutar, defender, falar – e sabemos que podemos fazer isso juntos”.

Leia na íntegra:

Ludmilla e MD Chefe concorrem ao BET Awards; Prêmio voltado para a cultura negra vai ao ar neste domingo

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Imagem: MD Chefe e Ludmilla

Acontece neste domingo, 26 de junho, a cerimônia do BET AWARDS 2022. Apresentada pela indicada ao Oscar e vencedora do Globo de Ouro Taraji P. Henson, a premiação será exibida ao vivo pela Pluto TV e pela MTV, às 21h.

Ludmilla representa o Brasil, entre os indicados, na categoria Melhor Artista Internacional, ao lado de MD Chefe que concorre em Escolha da Audiência: Melhor Artista Revelação Internacional.
A lista de nomes que irão chacoalhar essa cerimônia, inclui Big Freedia, Daniel Kaluuya, Idris Elba, Janelle Monáe, Keke Palmer, Kelly Rowland, Ne-Yo, Tamar Braxton, e muitos outros.

Os indicados deste ano refletem a grandiosidade da expressão criativa e excelência negra na música, televisão, cinema e esportes. Doja Cat lidera com seis indicações e Ari Lennox e Drake concorrem em quatro categorias cada. Baby Keem, Silk Sonic (Bruno Mars, Anderson .Paak), Chlöe, Future, H.E.R., Jazmine Sullivan, Kanye West, Kendrick Lamar, Lil Baby, Mary J. Blige e Tems estão em terceiro lugar, com três indicações cada.

A defensora da saúde mental queniana Sitawa Wafula será homenageada com o Global Good Award. O prêmio é o reconhecimento da BET International a celebridades globais e figuras públicas que usam sua plataforma em prol da responsabilidade social, bondade e compromisso com o bem-estar da comunidade negra global. Entre os homenageados anteriores, estão a ativista e escritora brasileira Djamila Ribeiro, a ativista francesa de justiça social Assa Traoré e o artista e filantropo Akon.

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