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Casais interraciais: precisamos falar sobre isso

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Foto: Freepik.

Esse é um assunto recorrente em várias rodas de discussões, e de suma importância, pois ele implica em reflexões sobre vida afetiva, renúncias e conciliações, formação e convívio familiar e, eventualmente, gerenciamento de bens e de patrimônio.

O amor interracial é um manifesto legítimo?  O senso crítico generalizado deve interferir nas preferências afetivas de quem quer que seja?

Já está cientificamente provado que as pequenas diferenciações de pele, traços fenótipos e variações estéticas das pessoas são meras adequações biológicas promovidas nos seres humanos em razão de fatores ambientais e climáticos complexos e diversos.  A composição biológica elementar entre negróides, caucasóides, asiáticos, nórdicos, ameríndios, esquimós, pigmeus, aborígenes e afins é imaculadamente A MESMA, e qualquer combinação desses grupos de humanos vai gerar frutos não híbridos que trarão em si a carga genética do pai e da mãe, sejam lá a que grupo de origem os pais e mães pertencerem. 

Uma das qualidades para a sobrevivência da espécie humana na Terra é justamente a sua diversidade e esta habilidade genética crucial em adaptar-se aos mais diferentes ambientes do planeta.

Portanto, o amor interracial está previsto nos códigos da mãe natureza, dentro das regras de reprodução e continuidade da espécie. 

Mas…Nas sociedades modernas o amor interracial não virá sem dor.  Especificamente no mundo ocidental, território este que foi construído nos ventres e ombros de pessoas Africanas (e de suas descendências), por mais de 400 anos.  A miscigenação com Europeus e nativos da terra, no novo continente, quase nunca foi consensual.  Sempre ocorreu de forma furtiva e quase sempre violenta, notadamente contra as mulheres pretas e ameríndias.

No início do período colonial, muitos párias e marginalizados da matriz Portugal desembarcavam no Brasil. Não houve a entrada planejada de famílias constituídas no Brasil, pelo menos entre 1526 e 1759. Não existiu, portanto, o desembarque sistemático de mulheres Portuguesas no Brasil por quase dois séculos!!! Ou seja, por cerca de 200 anos as mulheres nativas e as africanas serviram de vazão para a satisfação de desejos inconfessáveis de toda a sorte da escória do reino português aqui despejada, gerando e realimentando estereótipos pejorativos sobre a sexualidade das mulheres locais e das mulheres sequestradas do outro lado do Atlântico.

E é em boa parte sobre esse imaginário que as relações interraciais se convergem e se constroem até os dias de hoje em nosso país, em que pese, sim, a sinceridade dos sentimentos entre homens brancos e mulheres pretas e nativas brasileiras.

Logo, um casal interracial contemporâneo haverá de ter a resiliência e a maturidade recomendáveis para enfrentar as vicissitudes que a maioria das relações afetivas com esse perfil acarretam:  adequações comportamentais de ambos os lados, enfrentamento familiar e social, e fundamentalmente, a educação e a blindagem dos filhos e filhas, se esses surgirem.

Reflexão: Quantos casais interraciais com mais de 60 anos você conhece e que fazem parte do seu círculo de relacionamentos?

As particularidades da História do Brasil permitem o enquadramento de alguns padrões bem razoáveis sobre os caminhos que trilham os casais interraciais, dentro de determinados contextos e este texto propõe um direcionamento da análise desses pares sob o ponto de vista do poder econômico e do status social de um membro da relação, em equiparação ao parceiro ou parceira:

a) Mulher branca rica com homem preto de status inferior: É um caso raro de relacionamento afetivo. Pares com este perfil se formam quando a referida mulher adota um comportamento excêntrico e de rebeldia contra o ambiente que frequenta. Geralmente trata-se de mulher vinda de vários relacionamentos frustrados e que está em busca de alguma emoção afetiva mais intensa e chamativa. A mulher, neste caso, é o polo da relação e quer “causar”.

b) Mulher branca de status inferior com homem preto rico: É um caso clássico.  Ele, em busca de uma aceitação menos traumática nos meios plutocráticos que o seu poder aquisitivo o permite frequentar.  Há indicativos de que é um tipo de relacionamento que tem duração proporcional à manutenção do padrão de vida que o homem negro puder sustentar. Invariavelmente, na consumação do divórcio, boa parte do patrimônio do casal migra para a mulher/família branca, que por sua vez, em quase 100% das ocasiões, se casa de novo e com um homem branco.

c) Homem branco rico e mulher preta de status inferior: Um casal social improvável.  Aqui a relação só se consuma nos subterrâneos da afetividade clandestina, onde o contato só ocorre de forma subversiva, eventual e oportuna (reproduzindo o modelo do período colonial, entre senhores de engenho e as mulheres pretas escravizadas).  É impensável imaginar um jovem/homem branco de posses e status social estacionar o seu carro nos subúrbios e periferias de qualquer cidade para pegar “a sua pretinha” e ir pra uma balada de endinheirados dos bairros chiques do Brasil afora.

d) Mulher preta com status e homem preto: Invariavelmente, um casal com este perfil se consolida satisfatoriamente se o homem preto estiver em um mesmo patamar social e financeiro da mulher preta de status, uma vez que essa mulher seguramente frequenta ambientes em que a maioria das abordagens recebidas virão de homens brancos talvez com menos visibilidade, mas com poder aquisitivo igual ou superior.   

Essas não são realidades estanques. Variáveis bem sucedidas dos mesmos casais descritos acima ocorrem com uma incidência que a prudência recomenda não ser ignorada.

Portanto, não é um absurdo defender a ideia de que o amor entre pessoas pretas é um encontro afetivo igualmente legítimo e autêntico, além de se mostrar como um verdadeiro ato político e de resistência.  O Brasil já teve projetos explícitos de eugenia escancarada e um casal preto de mãos dadas e mostrando publicamente ao mundo a sua cumplicidade amorosa é uma cena MUITO LINDA de se testemunhar.

Que os casais interraciais celebrem a sua forma de amar. Sem famílias pretas, não existe “movimento negro”.  Casal preto é também resistência, legado e herança. Amor preto cura e é dengo ancestral que se perpetua.

Lázaro Ramos completa 33 anos de carreira; relembre personagens marcantes do ator

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Foto: Divulgação.

O consagrado ator Lázaro Ramos celebra nesta sexta-feira (7), 33 anos de carreira. Considerado como um dos maiores artistas do país, Lázaro continua inspirando e produzindo obras em diversos segmentos. “Comecei a trabalhar como ator aos 10 anos. Tantos anos se passaram, tanta batalha, descobertas e desafios, mas principalmente, empenho, foco e reconhecimento de oportunidades“, comemorou Lázaro através das redes.

“Hoje, celebro a oportunidade de ter essa profissão os que vieram antes de mim, que abriram os caminhos e a memória desta luta que existiu para conquistar o que vem. Que vocês, consigam lembrar sempre da sua história, que os outros se lembrem também e que consigam exercer seu trabalho com dignidade, seguindo seu caminho“, destacou ele numa publicação para as redes sociais.

Aqui no Mundo Negro, iremos relembrar alguns personagens marcantes da carreira de Lázaro Ramos, começando por Madame Satã, de 2002.

Madame Satã, em ‘Madame Satã’ (2002)

No filme, Lázaro interpreta a vida polêmica do artista e transformista João Francisco dos Santos, mais conhecido como Madame Satã. Consagrado com grande repercussão no Brasil inteiro, o longa retratou a vida na cultura marginal urbana do século XX.

Ezequiel, em ‘Carandiru’ (2003)

Dando vida ao personagem Ezequiel, no icônico filme ‘Carandiru’, Lazinho chamou atenção ao apresentar com intensidade as dores e as ansiedades do jovem surfista, num contexto complexo sobre a dura realidade brasileira.

Lázaro Ramos em ‘Carandiru’. Foto: Divulgação.

Foguinho, em ‘Cobras e Lagartos’ (2006)

Muito provavelmente, este foi o papel que consagrou Lázaro Ramos em todo o país. A atuação cativante, juntamente com o humor leve, em parceria com Tais Araújo, fez de ‘Cobras e Lagartos’ um dos maiores sucessos da televisão nacional.

Roque, em ‘Ó Pai Ó’ (2007)

Outro grande sucesso nos cinemas, em ‘Ó Pai Ó’, Lázaro deu vida ao personagem Roque. Com muita musicalidade, o filme conta a história dos moradores de um animado cortiço do centro histórico do Pelourinho, em Salvador. Todo o enredo se passa no último dia do Carnaval, em meio a muita dança e alegria.

Brau, em ‘Mister Brau’ (2015)

Série desenvolvida pela TV Globo, ‘Mister Brau’ aborda, conforme diz a sinopse, as vicissitudes da ascensão social e o preconceito com os novos ricos. A história gira em torno de um cantor popular, o Mr. Brau (Lázaro Ramos), que é casado com Michele (Taís Araújo). Ao todo, a série recebeu quatro temporadas, com uma recepção calorosa de público.

Ludmilla rebate acusações sobre preços do Numanice: “Gringo cobra o dobro e não vejo ninguém falar um A”

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

A cantora Ludmilla utilizou suas redes sociais nesta sexta-feira (7) para rebater acusações sobre os preços do ‘Numanice’, que acontecerá no próximo dia 12 de novembro, no Rio de Janeiro. Com ingressos variando de R$ 150, para a pista em frente ao palco, até R$570, para a experiência open bar, os valores não agradaram alguns usuários nas redes sociais. “O Numanice é uma experiência muito fod*. O open bar tem as melhores bebidas, centenas de seguranças, estrutura fod*, ativações pelo evento todo e eu cantando por horas“, justificou Ludmilla.

Mesmo com outras opções mais baratas, a maior parte das críticas foram referentes ao preço do lote open bar. “Pra montar uma estrutura Numanice, vocês não estão entendendo o trabalho e o custo que é”, disse Ludmilla através do Instagram. “Eu gosto de fazer as coisas com qualidade. São três horas cantando pagode, depois volto de Ludbrisa, o banheiro é lindo, maravilhoso, sem fila no open bar, as bebidas incríveis, não são esses combos falsos que vendem em baladas por aí, bebida boa, de verdade (…) Quem tiver a oportunidade, vai, que não irá se arrepender, é muito maneiro”.

Apesar das críticas, os ingressos para o Numanice se esgotaram em apenas 11 horas, um feito surpreendente para a própria Ludmilla, que comemorou o sucesso do projeto. “Gente vocês tem noção disso? Eu sozinha lotei a arena de um festival. Isso é muito fod*! Gratidão eterna a vocês”, disse a cantora.

Ainda nesta manhã de sexta-feira, Ludmilla comentou sobre a forma como os usuários na internet tentam precificar seu trabalho. “Nunca vi tanto especialista de twitter colocando preço no meu trabalho. Aí vem artista gringo cobra o dobro do valor pra ficar de bico seco e pasme? Não vi ninguém falar um A”, disse ela compartilhando uma publicação que indicava os preços dos shows da banda norte-americana Paramore.

“Entendo que teve gente que deve ter ficado triste por não ter conseguido ir, mas uma grande maioria estava apenas entrando no hype me diminuindo pra ganhar like”, pontou a intérprete de Maldivas. “Já estou logo avisando que a partir de hoje o meu tom vai mudar por aqui. Vou devolver exatamente o que vcs me derem”.

“Ela me ensinou a importância de olhar para as mudanças em seus seios”, diz Normani sobre câncer de mama da mãe

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Foto: Pierre Snaps

A cantora Normani contou para a revista Elle sobre a luta da mãe, Andrea Hamilton, diagnosticada duas vezes com câncer de mama. O primeiro diagnóstico recebido por Hamilton veio quando a artista tinha apenas 5 anos e pela segunda vez em 2020. Nas duas, Andrea foi quem percebeu que haviam nódulos nas mamas através do autoexame.  

“O diagnóstico da minha mãe me ensinou que a detecção precoce e não dar nada como garantido é tão importante”, contou Normani, que estava em Los Angeles a trabalho quando descobriu o novo diagnóstico da mãe. “Quando eu estava visitando minha mãe em casa, ela caiu em meus braços expressando o quão assustada estava. Ela tinha um pressentimento sobre os resultados. Eu me senti incrivelmente impotente porque não fui capaz de curá-la. Eu não podia mudar as circunstâncias. Eu também tive que lidar sozinha, a milhares de quilômetros de distância da minha família”. 

A cantora falou sobre como foi difícil manter-se criativa enquanto estava preocupada com a saúde da mãe: “Foi um grande desafio permanecer no meu ritmo criativamente ao mesmo tempo em que me permitia sentir tudo o que precisava com minha mãe”.

“Ela prometeu que ainda estaria aqui quando meu álbum fosse lançado, o que me deu um propósito na criação deste corpo de trabalho. Cada sessão e registro que eu fazia carregava peso porque minha arte era a fuga dela durante o tratamento. Senti-me em conflito porque, por um lado, eu precisava estar em casa com minha família, mas, por outro, ela precisava que eu continuasse no caminho certo”, confessou.

Normani ainda destacou a importância do autoexame para o diagnóstico precoce recebido pela mãe. “Vi minha mãe encontrar seus próprios caroços nas duas vezes em que teve câncer de mama. Ela me ensinou a importância de olhar para as mudanças em seus seios e me educou sobre o que eram as mamografias em uma idade precoce”.

“Também encorajo qualquer pessoa que tenha um membro da família com câncer a procurar que sua família converse com um médico sobre testes genéticos. Tomamos essas medidas em família. Conhecimento é poder, então o que você não sabe, não tenha medo de perguntar”, disse a cantora.

Ela contou que atualmente a mãe segue em remissão, que é quando o tratamento acaba e as células cancerígenas não são identificadas, e que ambas estão aproveitando para viver bons momentos juntas. “Como minha mãe está em remissão, maximizamos cada momento e priorizamos realmente viver em vez de apenas existir. Durante as férias, finalmente fizemos aquela viagem em família de que falávamos. Tive alguns dos momentos mais memoráveis da minha vida após os diagnósticos da minha mãe”.

Milton Nascimento encontra Spike Lee em show nos EUA: “Meu irmão”

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Foto: Reprodução/Instagram

O consagrado cantor Milton Nascimento recebeu um convidado especial em seu show em Nova York: Spike Lee, diretor dos filmes Malcolm X e Faça a Coisa Certa. O cantor está em turnê de ‘A Última Sessão de Música’, nos Estados Unidos, que marca sua despedida dos palcos. 

Os dois se encontraram nesta quinta-feira (6). No Instagram, eles posaram juntos e na legenda, Milton falou: “Alegria receber meu irmão, Spike Lee, no meu show hoje”. Na foto, Lee está segurando o crachá autografado, escrito: “Spike, um abraço, Milton Nascimento”.

Spike Lee e Milton Nascimento em NY (Foto: Reprodução/Instagram)

Em maio deste ano, Milton anunciou o adeus aos poucos durante o programa Altas Horas. “Eu estou soltando a voz na estrada desde os meus 13 anos. Minha música ampliou meus horizontes, me levou aos quatro cantos do mundo”.

“Me tornei cidadão do mundo sem deixar de ser brasileiro. Este ano completo 80 anos e essa turnê marcará minha despedida dos palcos. Da música jamais”, completou.

Turnê ‘A Última Sessão de Música’ em São Paulo (Foto: Bianca Tatamiya)

O cantor já realizou os últimos shows no Brasil. Foram nova apresentações com ingressos esgotados. “Mais de 65 mil ingressos vendidos em menos de 24 horas, três cidades esgotadas esperando A última sessão de música para concluir essa Travessia!”, comemorou a equipe de Milton no Instagram.

“Vai gritar Lula lá na África”: Policial que agrediu homem negro é afastado até conclusão das investigações

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Foto: Reprodução.

A Polícia Militar de Goiás disse que determinou a abertura de uma investigação e afastou o policial militar flagrado em um vídeo agredindo um jovem negro enquanto o prendia e dizendo: “Vai gritar Lula lá na África, agora”. De acordo com a corporação, o policial está afastado de suas atividades até o final das investigações.

O Ministério Público de Goiás solicitou esclarecimentos para a Polícia Militar sobre o conteúdo do vídeo, onde também aparecem guardas municipais. De acordo com a prefeitura de Novo Gama, a prisão aconteceu após os agentes terem recebido denúncias de boca de urna. Segundo nota da prefeitura, não foi possível identificar, no vídeo, quem foi que disse a frase racista, para determinar se foi dita por um policial ou por outras pessoas que acompanhavam a ocorrência.

O homem, vítima da agressão policial, contou ao G1 que mora a cerca de 200 metros de um local de votação e que, após acordar, foi fazer um churrasco com amigos no quintal de casa. Como é apoiador do Lula, ele disse que, durante a confraternização, falou abertamente sobre querer a vitória do candidato. Após isso, em determinado momento, ele disse que a polícia entrou no terreno dele sem justificativa e o prendeu.

“Eu falei para ele que eu simplesmente queria que o Lula ganhasse, e ele chegou me agredindo dentro do meu lote e me prendendo. Colocaram uma pistola e falaram para eu colocar as mãos para trás”, disse o homem que é africano e não vota no Brasil, mas se identifica com o candidato petista.

“Eu não tenho direito de votar, mas todos têm torcida. Eu posso ter. Tem muitos brasileiros que não votam, mas eles têm quem eles querem que ganhe”, disse.

Beyoncé responde acusações sobre direito autoral: “Deram permissão e ainda se disseram gratos”

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Foto: Mason Poole.

O novo disco de Beyoncé segue envolto em acusações. Desta vez, a diva pop teve que responder à acusação de Right Said Fred, de que ela teria usado trechos da música “I´m Too Sexy”, composta por eles, sem autorização no hit Alien Superstar. Em um comunicado enviado ao jornal The Sun, Bey deu sua versão dos fatos.

 “Os comentários feitos por Right Said Fred afirmando que Beyoncé usou ‘I’m Too Sexy’ em ‘Alien Superstar’ sem permissão são errôneos e incrivelmente depreciativos. A permissão não só foi concedidapara seu uso, como eles disseram publicamente ser gratos por estarem no álbum”, diz um trecho da declaração.

“Para a música deles, não houve uso de gravação de som, apenas a composição foi utilizada. A permissão foi solicitada em 11 de maio de 2022 à editora musical deles e aprovada em 15 de junho de 2022. Eles foram pagos pelo uso em agosto de 2022. Além disso, a porcentagem de direitos autorais dos escritores Right Said Fred com relação ao uso de “I’m Too Sexy” é uma parte substancial da composição. Coletivamente, os escritores do Right Said Fred possuem mais do que qualquer outro escritor singular e têm crédito de co-roteirista. Essa acusação é falsa”, afirma o comunicado.

Os dois compositores disseram que o motivo de Beyoncé não ter pago os direitos deles, seria porque estaria “sem dinheiro”. A razão pela qual isso está acontecendo é porque há tão pouco dinheiro agora no pessoal de vendas, amigos, parceiros de golfe, engenheiros e o cara que traz a cocaína, todos eles querem uma parte”, dispararam.

“Quilombo nos Parlamentos” elege 26 candidaturas negras; número não representa avanço de representatividade

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Foto: Reprodução.

Para articuladora, o número não representa avanço de representatividade no Legislativo.

O Quilombo nos Parlamentos, iniciativa da Coalizão Negra por Direitos para reduzir hiatos de representatividade no Congresso e nas assembleias estaduais, elegeu 26 parlamentares nas eleições do último dia 2 de outubro.

Para Sheila de Carvalho, articuladora da Coalizão Negra por Direitos e diretora política do Instituto de Referência Negra Peregum, o resultado não indica avanços na representatividade no Poder Legislativo, já que o número de representantes do movimento negro permaneceu o mesmo, e deputados com longa trajetória de defesa de direitos da população negra não se reelegeram. Além disso, dado o perfil do restante dos deputados e senadores eleitos, ela prevê um cenário de forte resistência no Parlamento a propostas de avanço na defesa de direitos da população negra, indígena e mulheres.

“Com o resultado da eleição no último domingo, o Senado, principalmente, tornou-se muito mais alinhado ao Bolsonarismo e à política de morte contra a população negra. Precisamos nos preparar para uma casa mais violenta e menos receptiva às agendas voltadas para essa população”.

Os deputados federais eleitos são Valmir Assunção – PT/BA, Dandara Tonantzin – PT/MG, Carol Dartora, PT/PR, Benedita da Silva – PT/RJ, Henrique Vieira – PSOL/RJ, Talíria Petrone – PSOL/RJ, Denise Pessôa – PT/RS, Erika Hilton – PSOL/SP, a segunda mais votada do PSOL em SP e a primeira mulher negra trans a assumir um assento no Congresso Nacional.

Entre os estaduais, estão Olívia Santana – PCdoB/BA, Andreia de Jesus – PT/MG, Macaé Evaristo – PT/MG, Carlos Bordalo – PT/PA, Lívia Duarte – PSOL/PA, Renato Freitas – PT/PR, Dani Portela – PSOL/PE, Renata Souza – PSOL/RJ, Veronica Lima – PSOL/RJ, Dani Monteiro – PSOL/RJ, Divaneide Basílio – PT/RN, Matheus Gomes – PSOL/RS, Bruna Rodrigues – PCdoB/RS, Laura Sito – PT/RS, Paula Nunes (Bancada Feminista) – PSOL/SP, Monica Seixas (As Pretas) – PSOL/SP, Leci Brandão – PCdoB/SP, Thainara Farias – PT/SP

Ao todo, essas candidaturas receberam mais de quatro milhões e 200 mil votos e são, reconhecidamente, ligadas ao combate ao racismo e aos movimentos negros em seus locais de atuação, diferentemente de outras candidaturas que aparecem computadas como negras apenas por autodeclaração.

Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul completa 15 anos

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Foto: Divulgação.

Maior janela negra cinematográfica da América Latina celebra a luta e a trajetória de importantes nomes que já passaram pelo evento.

Memória, incentivo, visibilidade. Essas são as propostas do Encontro de Cinema Negro, que chega aos 15 anos de resistência, com determinação, criatividade e resiliência, divulgando a produção de filmes de artistas pretos. Criado pelo saudoso diretor e ator Zózimo Bulbul, o evento comemora os 15 anos já de olhos – e câmeras – voltados para os próximos 15. De 18 a 24 de outubro, as telas do Cine Odeon, CCJF, Estação Net Rio e Estação Botafogo receberão 150 filmes, entre longas, médias e curtas, nacionais e internacionais de diversos eixos narrativos. 

Serão filmes com temáticas Queer, Masculinidades Negras, Olhares sobre infâncias negras e Meio Ambiente & Subjetividades, entre outros, dos quais 46 dos selecionados foram dirigidos por mulheres, 79 obras cinematográficas do sudeste, sendo 52 realizados por cariocas, e 10 filmes dirigidos por pessoas queer, além de Atividades formativas, Lançamento  do livro “Empoderadas Narrativas Incontidas do Audiovisual Brasileiro”, de Renata Martins, Master Class, Debates e Pitching.

Dentre os filmes internacionais, estão “The Gravedigger’s Wife”, indicado ao Oscar e vencedor do maior prêmio de ficção do FESPACO (Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou) e “Garderie Nocturne”, vencedor do maior prêmio de documentários do FESPACO. Também será exibido o filme jamaicano “Jonkonnu Nunca Morre”, que recebeu menção honrosa no Short Cannes. A programação abre caminhos às potências diversas desenvolvidas no cinema negro contemporâneo, com salas de exibição de tema livre. 

“Os 15 anos do Encontro de Cinema Negro serão uma grande celebração, mas principalmente a divulgação de uma ação política, que demonstra o êxito de resistência e luta desde sua criação por Zózimo Bulbul, que fez do Encontro de Cinema Negro um projeto de vida orgânico que nasceu naturalmente. São 15 anos para atrás e 15 para frente, o que chamo de olhar para fora, pois ainda não se sabe o que nos aguarda nos próximos anos. Este evento é fruto de muitas conquistas, mas também de muitas frustrações em decorrência da invisibilidade da cultura negra na sociedade brasileira e da falta de espaço para o protagonismo negro em todos os segmentos do audiovisual, gerados pelo racismo estrutural que ainda vivemos em nosso país”, observa Biza Vianna, diretora e produtora executiva do Encontro.

O Encontro do Cinema Negro tem por finalidade a promoção da cultura afro-brasileira e de seus artistas, além de elaborar projetos e ações que visem à realização permanente de atividades culturais. Seu foco é a valorização das produções cinematográficas brasileira, africana e caribenha, como um ato social de transmissão de sabedoria, formação técnica e artística, profissionalização e inclusão no mercado de trabalho.

‘Queen & Slim’: Suspense estrelado por Daniel Kaluuya e Jodie Turner-Smith é lançado na Netflix

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Foto: Divulgação.

O filme ‘Queen & Slim’, estrelado por Daniel Kaluuya e Jodie Turner-Smith foi disponibilizado de forma integral na Netflix. Lançado mundialmente no ano de 2019, o longa conta a história de um casal que ao sair de casa para vivenciar o primeiro encontro, acabam se deparando com uma tragédia envolvendo a polícia.

“O único crime que nossos personagens realmente cometem é serem negros”, disse Kaluuya em entrevista ao site Time Out. “O crime é cometido por causa da opressão – eles estão se defendendo. [O perfil racial está] desencadeando para ambos e é o que leva à conexão deles”.

Foto: Divulgação.

Dentro do filme, o casal acaba sendo detido por uma pequena infração de transito. Contudo, a situação se agrava, trazendo resultados trágicos quando Slim mata um policial em legítima defesa. Dirigido por Melina Matsoukas, o filme foi gravado com diversas cenas complexas, incluindo sob a perspectiva dentro de um carro.

“É muito mais difícil do que parece: cada cena levou duas horas para ser montada“, revelou Kaluuya sobre a gravação de ‘Queen & Slim’. “O clima afetava tudo: se estivesse quente, era bom para ela [Jude]; se estava frio, era bom para mim porque eu estava com o agasalho de veludo“.

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