A empresa de Recursos Humanos, focada na inclusão de negros em programas de Diversidade, Empregueafro fechou uma parceria com a Avon para o programa de estágio da Multinacional. Confira os detalhes:
O Programa de Estágio é fundamental para a identificação de novos talentos na Avon, onde muitos executivos são ex-estagiários. Para preparar os estagiários para os desafios do nosso negócio, a empresa oferece um plano de desenvolvimento estruturado. Há oportunidades de interação com executivos da empresa e com os demais estagiários, além de exposição a um ambiente pautado na meritocracia, respeito à diversidade, com foco no relacionamento e cooperação.
– No processo seletivo para 2016, a valorização da diversidade étnico-racial, será uma meta para a Avon, por isso, a parceria com a Empregueafro.
– O programa de estágio Avon tem a duração de até 2 anos;
– Programa de Integração, com visitas à fábrica, centro de distribuição e imersão no negócio;
– Plano de desenvolvimento com curso de inglês, coaching personalizado, workshops presenciais, atividades online, atividades em grupo, processo de acompanhamento e reuniões de mentoring com um Líder da empresa;
– Gestão de um projeto sob supervisão, com oportunidades de exposição aos executivos da empresa.
* Pré-requisitos:
– Formação em dez/2016 a dez/2017
– Inglês intermediário
– Conhecimentos em Excel, Power Point e todo pacote Office
– Disponibilidade de horário a partir de 20h semanais
Inscreva-se pelo email: curriculo@empregueafro.com.br até 08/09/2015
Karol Conka e seu cabelo rosa durante a passeata do Orgulho Crespo em São Paulo
E essa onda de cabelos coloridos? Azul, pink, roxo, verde! Eu absolutamente piro em cada um que vejo, óbvio que tem que ter muita atitude pra ter um cabelo colorido e acho que ATITUDE é o único critério para decidir se combina ou não e com quem combina ou não!A maioria das fotos das coloridas que vejo, são naturalistas que decidiram dar um UP! ou de diversas wigs e sintéticos.
Por Amanda Farias
do Blog parceiro http://cwbraids.blogspot.com.br/
NÃO É PARA QUALQUER UM:
Como disse o critério para escolher ter um cabelo colorido vai da atitude da pessoa e só!
Mas do lado prático o critério é “precisa descolorir” e isso não serve para todo mundo!
A maioria dos tons de tinta “fantasia” exige uma base clara para que a coloração fique do tom desejado. Apenas em tons super escuros, como azul petróleo, verde musgo ou roxo puxado para o vinho, ou quando se deseja apenas alguns reflexos sob o sol o cabelo poderá ser colorido sem uma prévia despigmentação ou descoloração.Se o cabelo já foi tingido ou é muito escuro, é possível que a descoloração e decapagem deixem os fios amarelados ou alaranjados. Para tons frios como azul, verde ou violeta, será preciso que as madeixas estejam platinadas e com fundo mais puxado para o cinza que para o amarelo.
PORTANTO, eu julgo muito dano pra pouco proveito, passar por um processo profundo de descoloração (pois é necessario descolorir por vezes até platinar) e a cor desbota em algumas lavagens, sendo necessario retoque sempre… Sendo que algumas vezes é necessario fazer uma decapagem para passar de uma cor a outra! De um azul para um rosa por exemplo!
As gringas estão loucamente coloridas porque?
Porque elas tem perucas, descolorem cabelos naturais e aplicam, usam telas e deixam seus cabelos naturais trançadinhos protegidos crescendo escondidos.
Elas sempre nos enganam com a perfeição de suas perucas! E também nos encorajam a ter um cabelo azul (caso seja a vontade) sem descolorir nenhuma mechinha!
Vamos as referências:
Azul!
Roxo, Pink
Outras cores <3
Como eu disse, alguns são naturais descoloridos e tonalizados, outros são perucas. A melhor opção para quem quer um cabelo colorido é usá-lo por meios artificiais, um mega hair, uma tela de tic tac, uma wig linda, um latch hook, um spray, um color chalk enfim! Nosso cabelo já é por natureza tão fragil pra passar por um procedimento tão agressivo se temos outras ferramentas para inovar sem prejudicar vamos a eles!Links com sugestões!Descolorindo… loucuraa loucuraaa loucuraaaa PURPLE Com estilos de proteção! Latch Hook TÉCNICA DE CROCHETColor Chalk (que no CWBRAIDS TEM!!) A cor sai em uma lavagem HAIR COLOR CHALK
Depois da novela Geração Brasil, o casal negro mais amado do Brasil, Taís Araújo e Lazaro Ramos voltam a atuar juntos na minissérie da Globo “Mister Brau” que tem estreia prevista para o dia 15 de setembro, substituindo a série “Tapas e Beijos.
A trama, dirigida por Jorge Furtado e Maurício Farias gira em torno de “Mr. Brau” (Lázaro Ramos), um cantor popular, casado com Michele (Taís Araújo), que também é sua empresária e coreógrafa.
Após emplacarem uma música de sucesso, os dois ficam milionários e se mudam para um condomínio luxuoso na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Os novos vizinhos de Brau não ficam felizes com seu estilo de vida regado a festas e é aí que a trama se desenrola.
No site da série, Michele e Brau são descritos como opostos. “Ele é emoção, ela, razão. Ele dá show, ela negocia cachê. Ele é o artista brilhante, ela, a empresária mandona. Ele vive se metendo em confusões, ela, ‘arrancando os cabelos’ por causa do astro”.
Quem vê os dois, bem-sucedidos e felizes, não imagina que eles já passaram necessidade no passado. De origem humilde, eles tiveram que batalhar duramente para alcançar seus sonhos e vencer na vida, sempre um apoiando o outro nos momentos difíceis.
O ator baiano Luiz Miranda também compõe o elenco da série. Na pele de Lima, ele viverá um compositor, amigo de Brau. Em entrevista a Patricia Kogut, Miranda contou que a série levanta questões sobre a “ascensão social e o preconceito com os novos ricos”. Kiko Freitas, George Sauma e Fernanda de Freitas também estão confirmados na produção.
Uma boa notícia para os fãs de “Um Maluco no Pedaço” (The Fresh Prince of Bel Air): a série de sucesso dos anos 1990 tem tudo para voltar à TV em breve. De acordo com o TVLine, um reboot com produção executiva assinada por Will Smith já começou a ser articulado.
De acordo com a publicação, o projeto ainda está em fase inicial, mas a ideia é de que a nova série se passe nos dias atuais, seguindo a mesma fórmula a história protagonizada pelo ator Will Smith: um garoto pobre que sai de sua casa para morar com uma família rica.
Jada Pinkett-Smith, esposa de Will, também assina a produção ao lado de James Lassiter e Caleeb Pinkett. A Overbrook Entertainment, produtora do ator, está finalizando um roteiro do projeto que será oferecido a uma emissora nas próximas semanas.
Exibida pelo canal NBC de 1990 a 1996, “Um Maluco no Pedaço” teve um total de seis temporadas. Sucesso no Brasil, a produção vive em trânsito na programação do SBT.
“Ótimo livro da nova geração de escritores negros”. Foi assim que o ator Lázaro Ramos definiu a obra “O Último Negro” (Editora Vermelho Marinho, 452 páginas, R$ 95) do tradutor e empreendedor Durval Arantes. Apesar de ser a primeira obra do professor de inglês paulistano de 53 anos, o livro tem uma densidade digna de escritor de best-sellers sendo muito bem avaliado também por seus leitores.
Por Silvia Nascimento
“O livro é uma ficção contemporânea que revisita a Diáspora Africana em diálogos no tempo presente. Há uma mescla de romance com suspense, drama e ação. A trama ficou bem interessante e as pessoas que leram os cinquenta e tantos capítulos aprovaram a fórmula”, descreve Arantes sobre seu livro de quase 500 páginas.
Por ser um romance contemporâneo, Durval acredita no potencial da sua obra para se transformar em um filme, apesar de ele admitir que essa não é uma prioridade. “Lázaro Ramos, o Nei Lopes, o Jeferson De, Paulo Lins e o Joel Zito já sabem da existência desta proposta literária e eles são celebridades que tem credibilidade e trânsito no circuito cinematográfico nacional”.
Filho de uma mineira contadora de histórias, Durval se define como um “escritor por natureza” e já tem trabalha no próximo livro.
Entre suas influências literárias estão nomes brasileiros e estrangeiros, da nova e velha geração. “No Brasil, aprecio a erudição e trajetória literária de Oswaldo de Camargo e sou fã do lirismo poético de Carlos Assumpção. Me considero um devoto de Maria Carolina de Jesus, pelos vários paradigmas que ela venceu por ela, e pela nossa comunidade, com a sua obra. Fora do Brasil, gosto dos trabalhos de Alex Haley, Maya Angelou, Carlos Moore e mais recentemente, Chimamanda Adichie. Confesso que preciso me aprofundar um pouco mais nos trabalhos literários de Frantz Fanon”, reflete o escritor.
Negritude e redes sociais
Para Durval Arantes o progresso da comunidade negra, começa dentro de casa, por meio da valorização da família afro-centrada. “Entendo que nós homens pretos precisamos valorizar e cuidar melhor de nossas mulheres pretas. A partir desses núcleos familiares mais estáveis e conscientes, promoveríamos a blindagem e um mínimo de uniformidade identitária, no tocante ao ideário das aspirações de cidadania de primeira classe para negros e negras pelo Brasil afora”, defende Arantes.
O escritor administra 17 grupos e 10 páginas no Facebook, incluindo o grupo “Intelectualidade Afro-brasileira”, citado até pela revista afro-americana Ebony, mas ele acredita que as redes sociais não contribuíram para o aumento da consciência dos afro-brasileiros. “A diferença, talvez, é que, com o advento da internet, a informação chega mais rápida e em maior volume aos olhos e à análise crítica das pessoas. A geração anterior que fazia a militância ostensiva de rua encontrou na internet um canal facilitador de suas manobras, inclusive para a popularização da ideologia afrocentrada e eventualmente para educação e a adesão de militantes virtuais mais jovens”.
Arantes também defende uma política abrangente e sustentável que preserve as heranças deixadas pelos africanos trazidos para o Brasil. “ Esse país também é nosso e já passou da hora de nós também desfrutarmos dos benefícios e vantagens que, historicamente, este país só destina e direciona para uma classe de pessoas. Precisamos dar valor e fazer valer a pena toda a luta e todo o sacrifício que os nossos antepassados dedicaram e que permitem que tenhamos este tipo de diálogo, em pleno século 21. Precisamos honrar e dignificar a cota de sangue e suor que eles ofereceram por nós. Vamos em frente”, finaliza.
Evento multimídia e cultural, envolvendo shows musicais, exposições de artigos afros, vídeos, roda de conversas e afins; criado e liderado pelo cantor e ator Bukassa Kabengele. O artista foca um olhar positivo da África, suas influências e desdobramentos na cultura brasileira. “A prata do evento é o show Pé na África” do cantor Bukassa, acompanhado pela sua banda Booka Mutoto de música africana com tempero brasileiro.
CRONOGRAMA
14H as 22H
EXPO / SALA DO LAGO
*Artigos Afro
*Exposição fotografia e intervenção:
Coletivo Em alto & bom Tom.
LITERATURA / SALA AQUÁRIO
*Livros e CD´s (Livros (Léo Bento)
ARTES (Expo) / SALA CIRCO
Pintura e Desenho:
Vera Rocha/ Bill Soares/ Mbiya Kabengele
Fotografia em video:
Orixás por Roger Cipó
CONVIVÊNCIA (Externa)
14:00 Dj Birão Ramin
14:30 Mbiya (curso de desenho-crianças)
15:00 Gisele Freire (contos da Africa-crianças)
15:30 Mestre Alabe (roda de capoeira-crianças)
19:00 VIDEOLOGIA NEGRA (Mostra)
Releituras das obras das cineastas
Renata Martins/Odara e Viviane Ferreira/Odun
Por:Ricardo Severino videoturg
Zumbi somos todos nos ( “Daniel Lima”)
CORETO:
16:00 Akins Kintê & Recital Quadrilhas de Versos (Sarau)
17:00 Banda Usina Reggae
18:00 Rincon Sapiencia & Banda
STUDIO *Festival 40 Negra Musica*
14:00 Associação Livre Invisível
15:00 Hever Alvz e Sacy Groove
16:00 Band´África
17:00 Luciene Weiland
19:00 Sistema Negro/ Afro Ruligans
convidado:
TEARTO (Auditório)
15:00 Desfile de Moda (Afro Futurismo)
16:00 Festival de Dança (Trançando Estilos)
*Mark Van Loo/ Bombalela (Street Dance)
*Alexei Ramos e Emília Pedra (Salsa)
*Leonardo Cordeiro (Samba Rock)
*A Tribo (Afro)
18:00 BAILE (DJ Samuca)
19:00 Sau, Nabil e Rocha (Rap Festival)
20:00 Dago Miranda e Radical Roots
20:30 Bukassa e banda Mutoto
Participação-AMIRI Serviço:
Quando: 16 de Agosto-Domingo
Das 14h as 22h
Onde: Centro Cultural Rio Verde
Rua Belmiro Braga-119- Vila Madalena-SP
Vendas Online – https://site.ingresse.com/festapenaafrica1608
Antecipado – R$20
Na Porta – R$30
Crianças ate 10 anos não pagam
As vezes uma tragédia pode revelar o melhor do ser humano. Após anos tentando se tornar pais, o casal Carlos e Érica Morales finalmente conseguiram engravidar depois de um tratamento de inseminação artificial. A gravidez de quádruplos, três garotas e um menino foi interrompida no dia 6 de janeiro, dois meses antes do tempo e infelizmente o final da história não foi tão feliz. Érica teve uma hemorragia logo após o parto, causado pela reação a anestesia e não sobreviveu.
Por Silvia Nascimento
“O que era para ser o melhor dia da minha vida, se tornou no pior de todos”, disse Carlos em entrevista à revista americana People. Obviamente o apoio da família era esperado, mas a surpresa veio da organização da comunidade para ajudá-lo.
A história ganhou destaque na imprensa americana e o site GoFund Me recebeu doações de mais de 13 mil pessoas que quiseram contribuir e ajudar Carlos os gastos dos quadrigêmeos que nasceram saudáveis .
O Pai de 26 anos, admite que a perda da esposa ainda dói, mas que ele sente que ela partiu deixando para ele quatro presentes maravilhosos. Sandra, a mãe de Érica, vive agora com Carlos para ajudar nos cuidados com os quatro bebês. “Apesar de tudo eu agradeço a Deus pela saúde dos meus filhos e pelo apoio das pessoas que tem sido fenomenal”, finaliza Morales.
Gaby Amarantos, Sandra de Sá, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho. Ícones da cultura popular brasileira com seus rostos estampados em obras renascentistas. Esse é o projeto Negro Nobre do designer carioca Alberto Pereira.
Por Silvia Nascimento
Com um toque de humor, que inocente não tem nada, Pereira usa sua arte para afirmar sua etnia e exaltar a negritude em um período onde o negro não era retratado na arte. Ele faz isso por meio da colagem de fotos de negros famosos em imagens de obras clássicas.
“Foi uma maneira de afirmação pelo humor, pela ironia, sem entrar no discurso de ódio que venho observando há um tempo. O engraçado é que muitos negros acabam protestando e buscando se afirmar pelo ódio, o que gera mais preconceito”, explica do designer de 26 anos.
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Atualmente trabalhando na área de negócios digitais do jornal O Globo, Alberto começou o projeto depois de uma brincadeira com sua foto de perfil no Facebook. Na sua conta do Instagram é possível ver suas obras, inclusive a sua favorita que é o Mr. Catra como Mozart. Outro que o designer também tem grande apreço é o da Sandra de Sá. “A Sandra de Sá viu e se amarrou, me agradeceu, compartilhou. E isso funcionou como um empurrão para mim, de enxergar que fazer essa série era mais do que um passatempo”, relata Pereira.
Sobre inspiração e influências, Alberto não segmenta suas referências pela questão étnica. “Gosto de englobar tudo no grupo da arte; designers, fotógrafos, músicos, artistas gráficos… quando penso em design acabo abraçando uma estética como um todo. Gosto muito do Basquiat, do Keith Haring, do Milton Glaser (designer), Vik Muniz, Os Gêmeos, Onesto, Marcelo Macedo , Saul Bass, Banksy, Emicida, Gilberto Gil, Chico Science, Die Antwoord (banda da áfrica do sul que tem clipes altamente cênicos, cheios de cores, texturas) e por aí vai… vejo design em tudo, é meio abstrato. “, descreve.
Alberto batalha agora para conseguir expor suas obras durante o mês da consciência negra em novembro e também encontrar parceiros para vendê-las. Quem quiser fazer um retrato de si próprio ou para dar de presente, pode entrar em contato direto com Alberto pelo e-mail oalbertopereira@gmail.com.
Negros vivos, algemados e enjaulados, são as peças da exposição proibida em vários países e que está em pré-produção no Brasil
“Denunciar o racismo e as políticas xenofóbicas da Europa”. É assim que o artista plástico sul-africano (branco) Brett Bailey definiu, em entrevista ao jornal “The Guardian” o propósito da sua exposição polêmica “Exhibit B” que está em fase de pré-produção no Brasil.
A intenção é boa, mas os meios são no mínimo questionáveis. Isso porque, para mostrar a crueldade sofrida pelos negros em zoológicos humanos nos séculos 19 e 20, o artista usa atores negros, que passam o tempo todo expostos em correntes, jaulas e posições desconfortáveis para “instruir” o público.
A exposição foi alvo de protesto na Europa e chegou a ser proibida em Londres depois do protesto da comunidade negra local.
No final de junho, durante sua visita ao Brasil, Bailey já recrutou alguns atores brasileiros para sua exposição.
A corrente pró-Bailey defende, que já que há tantos filmes e peças que retratam o sofrimento dos negros durante a escravidão, o trabalho de Bailey tem o seu valor.
Os contra a exposição argumentam que mais uma vez o sofrimento do negro está sendo usado para entreter a elite branca e que os sentimentos dos descendentes das vítimas, estãosendo ignorados.
Ações contra o Zoo Humano no Brasil
A comunidade negra tem usado as redes sociais para informar e mobilizar a população a fim de evitar que a mostra “Exhibit B” chegue ao Brasil. O site Avaaz já colheu quase 3 mil assinaturas de brasileiros que não querem que a exposição aconteça no Brasil.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Bretty Bailey disse que os locais onde a exposição ocorrerá no Brasil vão depender dos encontros que ele tem agendado com ativistas locais. “Preciso encontrar ativistas dessas cidades, colocá-los a par do que estou fazendo, de onde eu venho e por que estou fazendo isso. Preciso manter esse diálogo aberto”, disse o artista ao jornal.
Negros vivos, algemados e enjaulados, são as peças da exposição proibida em vários países e que está em pré-produção no Brasil
“Denunciar o racismo e as políticas xenofóbicas da Europa”. É assim que o artista plástico sul-africano (branco) Brett Bailey definiu, em entrevista ao jornal “The Guardian” o propósito da sua exposição polêmica “Exhibit B” que está em fase de pré-produção no Brasil.
A intenção é boa, mas os meios são no mínimo questionáveis. Isso porque, para mostrar a crueldade sofrida pelos negros em zoológicos humanos nos séculos 19 e 20, o artista usa atores negros, que passam o tempo todo expostos em correntes, jaulas e posições desconfortáveis para “instruir” o público.
A exposição foi alvo de protesto na Europa e chegou a ser proibida em Londres depois do protesto da comunidade negra local.
No final de junho, durante sua visita ao Brasil, Bailey já recrutou alguns atores brasileiros para sua exposição.
A corrente pró-Bailey defende, que já que há tantos filmes e peças que retratam o sofrimento dos negros durante a escravidão, o trabalho de Bailey tem o seu valor.
Os contra a exposição argumentam que mais uma vez o sofrimento do negro está sendo usado para entreter a elite branca e que os sentimentos dos descendentes das vítimas, estãosendo ignorados.
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