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Três passos para uma diversidade sincera na publicidade

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Imagem da campanha da grife Julia Plus (Fonte: Divulgação)

 

Ser negro no Brasil é mais, muito mais do que ser uma pessoa que sofre racismo e discriminação cotidianamente. Nós somos pais, mães, filhos, filhas, namorados e namoradas, estudantes, profissionais e consumidores. E se a publicidade quer mostrar que somos todos iguais, deveria então mostrar narrativas que comprovem isso, documentando em suas campanhas, que nosso dia-a-dia, não é repletos de batalhas e lástimas, apesar de todo o racismo real que vivemos. Não é preciso problematizar o tempo todo só por que decidiram incluir negros no job. E essa naturalidade (que por sinal Apple já faz muito bem, como comento nesse artigo) seria minha sugestão, como um primeiro passo para um publicidade realista e sincera. Veja alguns exemplos.

Primeiro passo: Naturalidade nas campanhas

No comercial abaixo, um homem negro está com sede e bebe água. Simples assim.

Deixe de lado o que não é mais necessário e continue avançando.

Deixe de lado o que não é mais necessário e continue avançando. Chegou a hora do detox para encarar novos desafios. #VivaLeve #VivaDetox

Posted by Bonafont Brasil on Friday, March 31, 2017

Nesse a mãe de derrete com o beijo do filho, assim como as brancas, asiáticas também fazem.

Essa campanha da Nescau, com um forte apelo para o empoderamento da mulher por meio do esporte, mostra também a mulher negra de uma maneira que a gente não costuma ver em grandes campanhas.

https://www.facebook.com/NESCAU/videos/1322348734491563/

Um casee muito especial é essa campanha da Julia Plus, que é,  sem dúvida uma das mais representativas para mulheres negras e para mulheres gordas.

Com modelos lindas,e a bela canção Córrego Rico, cedida por Ellen Oléria, o vídeo da campanha mostra como mulheres grandes, são doces, delicadas, amorosas e sensuais.

FASHION FILM OUTONO INVERNO 2017 JULIA PLUS

FASHION FILM OUTONO INVERNO 2017 JULIA PLUSMergulhe em um universo cheio de representatividade, tendências e referenciais de moda que irão inspirar o seu estilo para uma estação muito mais fashion e empoderada!O que vocês sentiram ao assistir nosso fashion film? #contapragente

Posted by Julia Plus on Tuesday, March 21, 2017

Elas representam o grupo de mulheres mais rejeitadas, depois das mulheres trans e nessa campanha cada movimento do cabelo, o andar, o sorriso das modelos, mostram que elas amam a si mesmas , umas as outras e portanto, merecem também ser amadas e desejadas por outros.

Tudo isso, sem nenhum milímetro de apelo para questões de diversidade diretamente, nem para a da representatividade. O corpo gordo e negro está lá, porque ele está em todos os lugares.

“A escolha da casa também tem seu fundamento, ela foi construída em 1872 num período escravocrata, inclusive descobri que nesse ano foi divulgado o único censo no país que registrou a escravidão. Hoje essas mulheres voltaram livres e usufruindo de todo o espaço dessa casa que já foi um cenário de sofrimento”, explica o diretor criativo da campanha Mauro Miglioli Junior.

Segundo passo: Diversidade também na criação

O publicitário Fernando Montenegro, da ETNUS | Afroconsumo em seu artigo, publicado aqui no Mundo Negro, sobre publicidade e consumo, aponta que a falta de negros nos processos criativos das campanhas também é um grande problema. “Os responsáveis pela comunicação/produção industrial são pessoas não negras, que têm, como repertório, um imaginário bem descolado da realidade do público com quem querem se comunicar e ainda se alimentam dos estereótipos ultrapassados acerca dos afrodescendentes”, explica o pesquisador.

E não é exagero. A falta de negros no processo criativo criam coisas assim:

O Ministério da Justiça brasileiro processou a Kirin, dona da marca Devassa, por causa de um anúncio que foi veiculado entre 2010 e 2011 e considerado abusivo. O anúncio traz uma ilustração de uma mulher negra com um vestido de gala com as costas abertas, junto à mensagem “É pelo corpo que se conhece a verdadeira negra”
Imagem da campanha “Rodovida” do Ministério do Transporte para evitar acidentes durante o carnaval.
Peça publicitária da Bombril no Facebook gerou polêmica com essa homenagem ao Dia do Trabalhador Doméstico.

 

O cabelo liso como ponto da mulher negra, nessa campanha de produtos para o cabelo

O publicitário negro vai ser aquele pessoa estratégica e fundamental em uma campanha sem estereótipos e equívocos. As mulheres negras são as que menos se casam, portanto uma campanha com casais, deveriam poderiam, sempre ter uma mulher negra. E esse é um exemplo de dados, que provavelmente publicitários brancos não saibam.

E não adiante ter o publicitário negro para agradar a opinião pública. Dê a ela ou a ele, poder de decisão, escute o que ela tem dizer.

Terceiro passo: Anuncie em mídias negras

Inclua no seu planejamento, mídias negras para a exibição das suas campanhas.  Dentro de um projeto de inclusão digital que sou fundadora, os Negros Digitais, temos grupos de discussão e a falta de anunciantes e patrocinadores é assunto frequente. Veículos incríveis não prosseguem por falta de anúncios.

Youtubers e blogueiros negros são ignorados pelos anunciantes

As agências parecem não ter mapeado a rica mídia online da comunidade negra, além de vários projetos sócio-culturais que poderiam carregar as marcas de seus clientes. E todos estão perdendo com isso. Há quem diga que influenciadores negros, também ganham bem menos que brancos para as mesmas funções, isso quando são pagos.

Então do que adianta fazer campanha com a comunidade negra se não se anuncia em veículos produzidos por ela?

A diversidade na mídia, nada mais é, do que ampliar a visibilidade da pluralidade humana. Felizmente a presença negra tem aumentação nas campanhas, mas até que ponto a comunidade negra está envolvida no processo ou é ouvida após o lançamento. Vamos dialogar e fazer melhor.

 

Empreendedoras negras : Infopreta oferece workshop de comunicação para empresas

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Texto – Divulgação   Imagem – Google Image

O Lab InfoPreta é um serviço de tecnologia feito de mulheres e para mulheres. Fundada em 2013 pela Buh D’Angelo, a InfoPreta tem como objetivo oferecer um serviço transparente e respeitável para mulheres que necessitam de serviços de manutenção de computadores. Além disso, a InfoPreta coordena o projeto Note Solidário da Preta, da qual a partir da reforma de notebooks doados acontece o repasse dos aparelhos para quem não tem condições de comprar um novo.

No mês de abril o Lab InfoPreta oferece o Workshop Planejamento da Comunicação para Empreendedoras. Com a missão de ensinar técnicas de comunicação para pequenas empresas, sobretudo de mulheres negras, o evento pretende tornar mais simples essa etapa tão importante para quem precisa divulgar seus produtos ou serviços.

Facilitado pela relações-públicas Taís Oliveira, o workshop acontece no dia 29 de abril com preços acessíveis, além disso terão vagas sem custo para quem não pode arcar com o investimento e espaço de brincar para que as mães empreendedoras possam levar seus filhos.

Sobre a InfoPreta

O intuito da InfoPreta é de proporcionar para todas as mulheres (cis e trans), moradoras periféricas em situação de vulnerabilidade, o acesso facilitado a computadores e a manutenção de seus computadores com preços acessíveis.

Nosso objetivo é impulsionar mulheres para as exatas, conservar o meio ambiente, com o descarte correto dos eletrônicos e outros materiais. Acreditamos na potencialização da formação de mulheres em situação periférica através do acesso a computadores e notebooks, consequentemente democratizando o acesso à internet.

Serviço:
Evento: Workshop Planejamento da Comunicação para Empreendedoras
Local: Lab InfoPreta | Rua Brigadeiro Tobias, 118 – Centro
Data: 29/4 às 09h00
Site da InfoPreta: http://infopreta.com/
Sita para adquirir ingressos: http://bit.ly/PlanInfoPretas
Site com informações da facilitadora: http://taisoliveira.me/

Evento no Facebook: http://bit.ly/EventoInfoPretas

De maioria negra, comunidade Nelson Mandela chega ao fim e desabrigados pedem doações

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Crianças dormindo na rua após ação de desocupação (Fonte: Facebook)

Crianças adormecendo no chão, encostadas em árvores nas calçadas, próximos a idosos, deficientes, gestantes e demais moradores que começaram a estação de Outono, sem ter onde morar devido a desocupação da comunidade Nelson Mandela, em Campinas (SP), no último dia 29 de março.

São aproximadamente 600 famílias, sendo 250 crianças e 28 mulheres grávidas, além de idosos que foram removidos de suas casas por conta de uma ação de reintegração de posse realizada pela da Polícia Militar. A prefeitura se recusou a abrigar as famílias em espaços municipais adequados.

“A maioria está num abrigo que estamos levantando na ocupação Joana D’arc aqui em Campinas mesmo e outra Ocupação Vila Soma, em Sumaré”, explica o estudante de administração Reginaldo Nascimento, de 27 anos e vizinho do terreno onde havia a comunidade Nelson Mandela.

Reprodução Facebook.

Nessas novas áreas as famílias estão começando do zero, construindo novos barracos, porém falta comida, cobertores, material de higiene pessoal e até brinquedos para as centenas de crianças desabrigadas. Eles pedes doações para poderem enfrentar a temperatura média de 12 C que tem feito na região durante a madrugada.

Como ajudar

Para quem mora em outras cidades.

Se você quer auxiliar as famílias desabrigadas mas não mora na região de Campinas, você pode ajudar por meio:

  • De doação em dinheiro pela conta Bradesco Agência 605 Conta corrente 4759699 -Célia Maria dos Santos CPF: 18821377873
  • Por meio da campanha do site de financiamento coletivo Catarse 

Para moradores de Campinas, Sumaré e região

PONTOS DE COLETA DE DOAÇÕES PARA AS FAMÍLIAS DESABRIGADAS

BARÃO GERALDO: –
Dce Unicamp
– PUC Dom Pedro – Prédio CCHSA, no Joca xeróx –
Rua Manoel Souza Filho, 79. Prox ao Bar da Coxinha Falar c/Erika 98809-3948 -UNICAMP -DCE -CAP-FE -CACH ( no prédio da informática do ifch),

-CAECO (pavilhão de graduação) -Moradia Unicamp, casa P12A -Amanha (29/03) na Feirinha do Ciclo Basico da Unicamp, das 9 as 17h CENTRO: – Sede da CUT Campinas – Rua Culto à Ciência, 56 – Botafogo das 8 as 17 horas – F: 32340632

JOHN BOYD: -Avenida Brasilia, 1099, jardim roseira, ponto de referencia PUC II – Casa=>Falar com Juliana Bernal -Rua Lysette Luz Regina Ferraz, 90, Jd. Ipaussurama – Casa=>Falar com Tamiris Cantares

CAMPINAS SAÍDA PARA VALINHOS:

– Studio Jabuticaba – Rua Evaristo Correa Viana 86 Jd. Von Zuben (saída para Valinhos) Tel 19993115452

LISTA DE ITENS
*COLCHÕES E COBERTORES
*ROUPAS E AGASALHOS (POIS MUITOS FORAM PERDIDOS DURANTE A DESTRUIÇÃO) *COMIDA DE TODOS OS TIPOS
*PRODUTOS DE HIGIENE *FRALDAS E LENÇO UMEDECIDO
*PRODUTOS DE LIMPEZA E PAPEL HIGIÊNICO
*ÁGUA.
*RAÇÃO PARA OS BICHINHOS DAS FAMÍLIAS E BICHINHOS PERDIDO NA OCUPAÇÃO *BRINQUEDOS

Todo trabalho de reconstrução da comunidade em novos espaços pode ser acompanhado na página do Facebook da Comunidade Nelson Mandela.

Advogados negros: Curso de Direito da USP terá cotas para negros a partir de 2018

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(Google Images)

Boa notícia para negros, indígenas e alunos de escolas públicas que fizeram o ENEM. A partir de 2018 o curso de direto da USP, um dos mais respeitados do país, irá aderir ao sistema de cotas em seu vestibular.

“Anos de luta do movimento negro, movimento de cursinhos comunitários e dos estudantes de luta da SanFran, finalmente a direção da Faculdade de Direito da USP aprovou, por muita pressão”, comemora o Douglas Belchior, professor da Uneafro Brasil.

Foto: Divulgação Facebook

A partir de 2018 vai ser assim:

20% Pretos, Pardos, e Indígenas vindos de Escola Pública (ENEM)
10% Escola Pública (ENEM)
70% FUVEST

O resultado vem de anos de luta do movimento negro, entre eles os coletivos UNEAFRO e EDUCAFRO, que já oferecem cursinhos e bolsas de estudos para alunos negros e carentes.

 

 

Do Outro Lado do Atlântico : documentário traz narrativas de estudantes africanos de língua oficial portuguesa que estudaram no Brasil

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Sequence_DOLA_foto de Chico Alves

Do Outro Lado do Atlântico trata da ponte entre Brasil e África por meio das histórias de vida de estudantes de países africanos de língua oficial portuguesa que estudam ou estudaram em universidades brasileiras. As trocas culturais, os imaginários e espelhamentos criados nos dois lados do Atlântico revelam temas que projetam um olhar para o passado, presente e futuro das relações entre o Brasil e os cinco países africanos representados pelos estudantes no filme – Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique, Angola e São Tomé e Príncipe –, além do Timor Leste.

Dos temas tratados, o filme destaca o impacto que a formação superior desses estudantes no Brasil representa para a realidade dos seus países de origem, ao levarem tanto os conhecimentos acadêmicos aqui adquiridos, quanto as suas experiências de vida, expressando ainda as diversas formas que suas identidades são afetadas pela questão racial, ao passarem a viver em um país predominantemente negro e mestiço, embora marcado por grandes desigualdades, negação de sua negritude e forte discriminação racial e social.

Sequence_DOLA_foto de Chico Alves

Dessa forma, os relatos são marcados, sobretudo, pelas narrativas que expressam a difícil decisão de deixar o país, os familiares, amigos, amores, entre outras coisas, em busca do sonho da formação superior e de uma vida melhor, bem como o desfio da adaptação no Brasil, onde, muitas vezes, são vistos com desconfiança, fato que é contrastado com a imagem prévia e ilusória de um país livre de preconceitos.

Sequence_DOLA_foto de Chico Alves

Em decorrência desse debate, o documentário propõe uma reflexão sobre os conflitos identitários e tensões raciais vividos pelos estudantes no Brasil, porém sem esquecer os encontros culturais, que também ocorrem por meio das relações de amizade, afetivas e amorosas (namoros, casamentos), e como esses encontros acabam modificando todos os envolvidos nessas relações (tanto africanos, como brasileiros). É na interação cotidiana entre os jovens das várias nacionalidades e os brasileiros, dentro e fora do ambiente universitário, que se desperta o interesse mútuo acerca das relações históricas entre o Brasil e a África, surgindo questionamentos sobre processos de escravização, miscigenação, formação da cultura afro-brasileira, discriminação racial e desigualdade, possibilitando ainda quebrar com estereótipos criados sobre o continente como um lugar atrasado e primitivo.

Do Outro Lado do Atlântico estreia comercialmente em São Paulo no dia 30/03, com sessão especial de lançamento – aberta e gratuita – seguida de debate no CCSP, e segue em cartaz até 05 de abril na sala CineOlido, do circuito SPCine.

O filme também está disponível para qualquer pessoa e/ou instituição que queira organizar uma exibição coletiva em seu espaço, por meio da plataforma de distribuição alternativa Taturana Mobilização Social: www.taturanamobi.com.br. Basta se cadastrar e agendar a sessão.

Serviços

30/03, às 19h30 – Estreia especial aberta e gratuita no CCSP – Sala Paulo Emílio
Com a presença dos diretores e convidados
Os ingressos serão distribuídos na bilheteria com uma hora de antecedência
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso – SP.

Debatedores:

Rogério Ba-Senga,  jornalista, mestre em ciências humanas e professor.

Marcio Farias, professor da PUC-SP, coordenador do Núcleo de Estudos Afro Americanos (Nepafro), e integrante do Núcleo de Educação do Museu AfroBrasil.

Maria Fernanda Pascoal, estudante de psicologia, contadora de história e integrante da ONG África do Coração.

O filme seguirá em cartaz na sala CineOlido, até 5 de abril (horário a confirmar)

Endereço: Av. São João, 473 – Centro – SP.

Mais informações sobre o filme: www.facebook.com/dooutroladodoatlantico/

 

BASF quer negros: Parceria com Empregueafro oferece várias vagas para recém-formados

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Imagem: Google Images

Texto – Divulgação 

Concorra às vagas de trainee da Basf pela Empregueafro. Voltado para um perfil mais generalista, esse programa visa formar futuros líderes para as áreas estratégicas da BASF.

Como faremos isso? Proporcionando experiências sólidas, desafiadoras e amplas para acelerar o desenvolvimento da sua carreira.

QUEM PODE SE CANDIDATAR?

Requisitos

Conclusão Graduação, Pós-Graduação, Especialização ou MBA entre Dez 2014 e Dez 2016.

Formação:
Administração
Agronomia
Ciências Contábeis
Cursos de TI
Direito
Economia
Marketing
Publicidade e Propaganda
Química
Relações Internacionais
Todas as Engenharias
Zootecnia

Inglês intermediário

Benefícios

Remuneração: acima da média de mercado para trainees
Assistência Médica e Odontológica
Cooperativa de Crédito
Programa de Participação de Resultados
Restaurante no Local
Convênio com FIA e FGV para MBA consorciado com desconto (em São Paulo)
Associação Desportiva de Classe

Inscreva-se até 01/04!

Pela Empregueafro você deve:

1) Mandar currículo em word para curriculo@empregueafro.com.br

2) Preencher formulário pré-seleção da Empregueafro: https://goo.gl/forms/KaNRaXf3c4aAGP7A3

3) Se inscrever no site da Cia de Talentos e, colocar “Empregueafro” no campo “Como soube da vaga”

Pronto, daí é só aguardar contato por e-mail, whatsapp e celular!

www.facebook.com/empregueafro

Comunidade Nelson Mandela: Jovem usa celular e Facebook para denunciar o abandono de 600 famílias em SP

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Reginal magem: Reprodução Facebook

De maioria negra, com muitas crianças e idosos, a Comunidade Nelson Mandela, em Campinas despertou nessa terça-feira (28),  com a chegada da Polícia Militar em uma operação de reintegração de posse. Eram seis horas da manhã quando famílias foram obrigadas a deixar as suas casas sem ter para onde ir, onde deixar os móveis e documentos pessoais, já que o prefeito da cidade, Jonas Donizete se negou a oferecer algum espaço para os desabrigados, mesmo depois que uma comissão de deputados e vereadores tentaram convencê-lo a usar o ginásio da cidade como abrigo.

Em reação a ação truculenta da polícia e da omissão das autoridades em relação ao destino dessas 600 famílias, moradores se revoltaram e chegaram a ferir um PM.

Todo esse clima de caos e desespero, foi registrado por imagens de celular pelo morador da comunidade, Reginaldo Nascimento Leal.

“Pedimos que a prefeitura cedesse um ginásio para as famílias, mas a prefeitura se negou e está colocando famílias com idosos e deficientes na rua”, diz o jovem tendo ao fundo a imagem de objetos queimados, usados para dificultar a ação da polícia e dar tempo para que as famílias pensarem em alguma solução.

https://www.facebook.com/RegisNascimento/videos/1653533267996930/

Nessa noite, não sabemos onde essas pessoas comerão ou dormirão. mas a coragem (sim porque a polícia não é muito “amigável ” com jovens negros) de Reginaldo mostra que a tecnologia pode e deve ser usada para denunciar afronta aos direitos humanos e denunciar o descaso das autoridades.

Responsabilidade social : Globo discute a presença do negro na mídia em Fórum no Projac

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Comunicadores e artistas no Fórum Negros & Negritude na Mídia na Globo (Foto - Muro Pequeno)

A diversidade na publicidade tem aumentado sim e cabe agora aos meios de comunicação seguirem essa tendência de trazer a normalidade para massa, que não se vê na TV brasileira e quando se veem aparecem em narrativas carregadas de esteriótipos.

Mas é aí, como aumentar essa representatividade na maior emissora do Brasil?  O Fórum Negros & Negritude na Mídia realizado no Projac, estúdios da Rede Globo, no dia 24 de março, reuniu jornalistas como Flávia Oliveira, o cineasta Joelzito Araújo, o Youtuber Murilo Araújo, do canal Muro Pequeno, o casal de atores Lázaro Ramos e Taís Araújo, entre outros convidados gabaritados para falar sobre o tema.

“Foi sensacional a Globo chamando criadores e produtores negros pra falar e se colocando na plateia pra ouvir a gente dizer. Foi um primeiro bate papo que a gente tá interessado em manter ativo, pra ver como isso pode se converter em ações. Lázaro e Tais tão fazendo um papel importantíssimo de cobrar e manter a discussão acesa. Fiquei bem feliz de ter participado”, relata Murilo Araújo que será um dos entrevistados da nova temporada do programa Espelho, no Canal Brasil.

Durante o evento também foram debatidas formas de ter mais representatividade nos bastidores e nos setores de criação e pesquisa. Tá aí Shonda Rhimes para provar que negros nos bastidores também tem papel fundamental para trazer a diversidade para às produções de TV.

Imagem relacionada

“Não entrevisto negros”. Em rede social, Presidente da Bayer Brasil denuncia caso de racismo durante processo de seleção

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imagem google images

Racismo no mercado de trabalho não é novidade para ninguém. Agora um homem branco poderoso denunciando e levando seus seguidores a refletirem sobre como muitos profissionais negros, altamente competentes e gabaritados, são descartados durante processo seletivo só por pela cor da pele, aí já é algo raro, porém necessário. E foi isso que presidente da Bayer aqui no Brasil, Theo Van Der Loo fez em seu perfil no Linkedin, neste último domingo, 26 de março.

“NÃO ENTREVISTO NEGROS” Ontem, dia 24 de Março, ouvi uma história inaceitável e revoltante. Um conhecido meu, afro-descendente, com uma excelente formação e currículo, foi fazer uma entrevista. Quando o entrevistador viu sua origem étnica disse à pessoa de RH que ele não sabia deste detalhe e que não entrevistava negros! Eu disse ao meu amigo para fazer uma denúncia. Aí outra surpresa! A resposta: “Pensei, mas achei melhor não fazer, pois posso queimar minha imagem. Sou de familia simples e humilde custou muito para chegar onde cheguei”.

Veja a postagem abaixo.

Imagem Linkedin

Loo também se mostrou muito perplexo com a atitude do amigo em não expor o ocorrido, o que é muito compreensível. Apesar de soar cômodo, o covarde (isso não foi sugerido no post), às vezes escolher se calar para não ser descartado em outros lugares é uma das decisões mais penosas, sobretudo para quem tem formação e experiência. Não é engolir sapo. É estratégico. E é sofrido.

Racismo é crime, mas é também é uma violência. Cada vítima reage de uma forma, mas há casos de pessoas que mesmo cientes dos seus direitos, sabem que também, são o lado mais vulnerável e podem comprometer sua carreira de forma irrecuperável, até porque a denúncia seria um caso de polícia.

Há poucos negros em cargos de liderança que possam levantar essa bandeira no sentido de mostrar que denunciar o racismo no meio corporativo e nos processos seletivos, especificamente, não é uma sujeira que deve ser jogada debaixo do tapete. Isso não pode ser uma luta solitária de um candidato discriminado, nem do único executivo negro da empresa. Também não é uma causa somente negra.

Por isso atitudes como Van Der Loo são preciosas. Líderes brancos não serão demitidos por denunciar racismo, machismo, ou qualquer tipo de afronta à lei e aos direitos humanos. As pessoas param para ouvir, repercutem e é assim que as coisas mudam.

Acredito na união de forças para avanços mais amplos e efetivos, homens e mulheres, negros e brancos. Afinal de conta se nós não criamos o problema, porque eliminar o racismo é tarefa só nossa?

O legado pacifista de Martin Luther King é tema de evento no SESC. Em Abril sua morte fará 49 anos.

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Martin Luther King Jr. | Design | Graphic Design & Publishing Center

Os ensinamentos sobre paz e tolerância deixados pelo ativista Martin Luther King nunca foram tão necessários para humanidade como agora. Para refletir sobre seu modo pacifista em lidar com conflitos durante a luta pelos direitos civis dos afro-americanos,  a Associação Palas Athena realiza junto ao Sesc, com a cooperação da UNESCO e do Consulado Geral dos Estados Unidos da América em São Paulo, a 14ª Semana Martin Luther King . O evento acontece no dia 4 de abril, terça-feira, no SESC Vila Mariana, em São Paulo.

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“Violência Não Abre Caminho” será o tema principal do evento que terá abertura de Jenna Paisley, vice-cônsul dos Estados Unidos. A mesa temática trará Carlos Machado, escritor, professor e mestre em História Social – USP e Cláudia Adão, assistente social e mestranda do Programa de Mudança Social e Participação Política – USP, que vão partilharão suas pesquisas, vivências e inspirações sobre o tema. A abertura artística terá a cantora Andreia Bal acompanhada do músico Rick Udler. O encerramento será feito pelo grupo Denna e as Mandigas.

Há 13 anos a Semana Martin Luther King acontece no dia 4 de abril, data do assassinato de Martin Luther King com eventos que visam manter seus ensinamentos presentes. Neste ano, sua morte completa 49 anos.

Serviço:

14ª Semana Martin Luther King
Data: terça-feira, 4 de abril de 2017
Horário: 19 horasEntrada Franca

Local: Sesc Vila Mariana

Endereço: Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana, São Paulo (SP)

Mais informações: (11) 3050-6188 | 3266-6188

Retirada de ingressos nas bilheterias do Sesc no dia do evento a partir das 14h.

Limite de 2 ingressos por pessoa.

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