Apesar do aumento de quase 300% do número de negros nas universidades de 2000 para cá, apenas 3% deles chegam aos cargos de chefia e diretoria em grandes corporações, de acordo com a pesquisa realizada pela Secretaria de Igualdade Racial da prefeitura de São Paulo.
A fim de discutir a inserção do negro no mercado de trabalho, apontando possíveis soluções comparadas as experiências de programas de diversidade nos EUA, a Empregueafro, consultoria de Recursos Humanos, especializada em inclusão de negros no mercado de trabalho, realizará o “I Encontro Entre Jovens e Profissionais Negros”, no dia 21 de novembro, em São Paulo.
Zakiya Carr Johnson, diretora de Raça, Etnia e Inclusão Social do Departamento de Estado dos EUA
Zakiya Carr Johnson, diretora de Raça, Etnia e Inclusão Social do Departamento de Estado dos EUA é a convidada para a palestra “Raça, Etnia e Inclusão Social no Brasil e nos Estados Unidos” que contará ainda com a participação de Patrícia Santos de Jesus (Empregueafro) e Maitê Lourenço (Cia de Currículos) que responderão as questões relacionadas a oportunidades para jovens negros em multinacionais americanas e como desenvolver carreira bem sucedida.
“Queremos orientar os jovens profissionais negros sobre como alcançar melhores colocações no mercado de trabalho e em grandes multinacionais.”, diz Patrícia Santos de Jesus, sócia fundadora da Empregueafro.
Sobre o Empregueafro
A Empregueafro é uma consultoria de Recursos Humanos focada na Diversidade Étnico-Racial, criada em 2004 com o objetivo de identificar e enriquecer o conjunto de competências e habilidades do profissional. Atua de forma plural para valorização da diversidade, inclusão, retenção e ascensão do profissional negro e afrodescendente, tendo prestado consultoria em RH para grandes multinacionais como IBM, HP, White Martins e Avon.
O desfile da Victoria Secrets é um dos eventos mais badalados nos EUA. Não somente por ser o lançamento dos modelos de roupas íntimas da loja de lingerie mais famosa do mundo, mas sobretudo porque as modelos são as mais famosas e bem pagas do planeta. E como se não fosse o suficiente, o evento tradicionalmente ainda inclui dois shows com cantores e bandas que estão “bombando” nas rádios.
Na noite da última 3ª feira, 10 de novembro, a cidade de Nova York sediou mais uma versão do desfile que teve show do artista do momento The Weeknd além de Selena Gomes e e Ellen Goulding.
Rolou um boato que Rihana, que foi substituída por Ellen, boicotou o desfile por conta do corte da modelo negra Jourdan Dunn substituída por Kendal Jenner, irmã da Kim Kardashian.
A verdade é que Rihanna está finalizando seu próximo álbum ANTI e que o casting da VS tem outras modelos negras, incluindo a angolana Maria Borges.
Confira abaixo alguns cliques das beldades negras que trouxeram mais cor e beleza para o desfile de ontem. (Fotos/Instagram/ Facebook)
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) homenageou na noite no dia 3 de novembro Luiz Gonzaga de Pinto Gama, reconhecendo-o como advogado.
Foi um dia especial para comunidade negra e além da cerimônia de entrega do título também houve uma caminhada ao túmulo do Luiz Gama no Cemitério da Consolação em São Paulo. Muitos dos presentes recitaram poesias, rezaram e até cantaram em memória de Luiz Gama.
Esse momento história e tocante, foi registrado pelo cinegrafista João Paulo Pinto.
O Projeto ‘Empoderadas’ é uma web série em formato documental que visa apresentar mulheres negras das mais distintas áreas de atuação (artes, entretenimento, política, empreendedorismo e outras). Neste encontro do festival dedicado ao projeto estarão presentes as protagonistas Xongani, Ana Fulô e Luciane Barros. Todos os encontros contam com a mediaçãodas criadoras do projeto: Renata Martins e Joyce Prado.
Joyce Prado: cineasta fundadora da Oxalá Produções que desenvolve trabalhos na área de cinema ficcional e documentários.
Renata Martins: Cineasta formada pela Universidade Anhembi Morumbi e Pós-graduada em linguagens da Arte pela USP.
Luciane Barros: Criadora do África Plus Size Fashion Week Brasil, fundado em 2013. Evento que promove desfiles e se tornou também uma agência de modelos negras plus size.
Ana Fulô: Bonequeira, moradora da Cidade Tiradentes , Ana Fulô começa a fazer bonecas negras com objetivo de elevar a autoestima das crianças negras.
Xongani: As empresárias Cris e Ana Paula Mendonça relatam a dificuldade de acesso ao crédito e falam sobre a relação que estabelecem com suas clientes.
Local: Espaço Cênico
21/11 – Sábado – 19H30
Evento gratuito com distribuição de ingressos com uma hora de antecedência na bilheteria. Vagas limita
O Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares. Ele foi o último líder do maior dos quilombos do período colonial, o Quilombo dos Palmares.
Comemorado há mais de 30 anos por ativistas do movimento negro, a data foi incluída em 2003 no calendário escolar nacional. Contudo, somente a Lei 12.519 de 2011 instituiu oficialmente o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A data é feriado em mais de mil cidades brasileiras. A lista completa de 1.044 cidades brasileiras onde dia 20 de novembro é feriado ofical, com a respectiva lei que regulamenta a data, pode ser conferida em levantamento realizado pelaSecretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) em 2014.
A lista abaixo poderá ser atualizada a partir da publicação ou revogação doss decretos que determinam o feriado.
Acre: no Acre, o 20 de novembro não é feriado oficial em nenhum município.
Alagoas: de acordo com a Lei Estadual n° 5.724 de 1995, todos os municípios do estado de Alagoas tem feriado no Dia da Consciência Negra.
Amazonas: desde 2010, por força de uma lei estadual, o dia 20 de novembro passou a ser considerado feriado em todos os municípios do Amazonas. A capital Manaus também tem uma lei municipal que decreta 20 de novembro feriado do Dia da Consciência Negra.
Amapá: a Lei Estadual Nº 1169, de 2007, garantiu feriado oficial em 20 de novembro em todas as cidades do estado do Amapá.
Bahia: apenas três municípios baianos têm o Dia da Consciência Negra no calendário oficial de comemorações: Alagoinhas, Camaçari e Serrinha. Em todos eles, o feriado foi determinado por lei municipal.
Ceará: no estado do Ceará, o Dia da Consciência Negra não é feriado em nenhum município.
Distrito Federal: Distrito Federal não tem feriado para comemorar o Dia da Consciência Negra.
Espírito Santo: as cidades de Cariacica e Guarapari têm feriado oficial no dia 20 de novembro, por determinação de leis municipais.
Goiás: quatro cidades goianas celebram oficialmente o Dia da Consciêcia Negra em 20 de novembro: a capital Goiânia, Aparecida de Goiânia, Flores de Goiás e Santa Rita do Araguaia.
Maranhão: apenas o município de Pedreiras terá feriado no dia 20 de novembro, garantido por uma lei municipal de 2008.
Minas Gerais: 11 cidades mineiras têm feriado do Dia da Consciência Negra em 20 de novembro: Além Paraiba, Betim, Guarani, Ibiá, Jacutinga, Juiz De Fora, Montes Claros, Santos Dumont, Sapucai-Mirim e Uberaba. Em Belo Horizonte não haverá o feriado.
Mato Grosso do Sul: só a cidade de Corumbá tem feriado oficial em 20 de novembro, por força de lei municipal de 2008.
Mato Grosso: uma lei de 2002 determina feriado do Dia da Consciência Negra em 20 de novembro em todos os municípios do estado.
Paraíba: o 20 de novembro é oficialmente feriado apenas na capital, João Pessoa.
Pará: não é feriado em 20 de novembro em nenhuma cidade do estado.
Paraná: só duas cidades paranenses, Guarapuava e Londrrina, tem feriado oficial no 20 de novembro. Nos dois casos, o feriado foi determinado por lei municipal de 2009.
Pernambuco: não é feriado em 20 de novembro em nenhuma cidade do estado.
Piauí: não é feriado em 20 de novembro em nenhuma cidade do estado.
Rio de Janeiro: lei estadual de 2002 garante o feriado do Dia da Consciência Negra em todos os municípios fluminenses.
Rio Grande do Norte: não é feriado em 20 de novembro em nenhuma cidade do estado.
Rio Grande do Sul: desde 1987, uma lei estadual determina que o 20 de novembro é feriado em todos os municípios gaúchos.
Rondônia: não é feriado em 20 de novembro em nenhuma cidade do estado.
Roraima: não é feriado em 20 de novembro em nenhuma cidade do estado.
Santa Catarina: Florianópolis
São Paulo: não há uma lei estadual que detemine o feriado de 20 de novembro no estado. Entretato, a data está no calendário oficial de 101 cidades por leis municipais, incluindo a capital São Paulo. São eles: Aguai, Aguas Da Prata, Aguas De Sao Pedro, Altinópolis, Americana, Americo Brasiliense, Amparo, Aparecida, Araçatuba, Aracoiaba da Serra, Araraquara, Araras, Atibaia, Bananal, Barretos, Barueri, Bofete, Borborema, Buritama, Cabreuva, Cajeira, Cajobi, Campinas, Campos do Jordão, Canas, Capivari, Caraguatatuba, Carapicuíba, Charqueada, Chavantes, Cordeirópolis, Cruz das Almas, Diadema, Embu, Embu Das Artes,Estância De Atibaia, Florida Paulista, Franca, Franco Da Rocha, Francisco Morato, Franco da Rocha, Getulina, Guaira, Guarujá, Guarulhos, Hortolândia, Ilhabela, Itanhaem, Itapecerica da Serra, Itapeva, Itapevi, Itararé, Itatiba, Itu, Ituverava, Jaguariuna, Jambeiro, Jandira, Jarinu, Jaú, Jundiaí, Juquitiba, Lajes,Leme, Limeira, Mauá, Mococa, Olímpia, Paraiso, Paulo de Faria, Pedreira, Pedro de Toledo, Pereira Barreto, Peruíbe, Piracicaba, Pirapora do Bom Jesus, Porto Feliz, Ribeirão Pires, Ribeirão Preto, Rincão, Rio Claro, Rio Grande Da Serra, Salesópolis, Salto, Santa Albertina, Santa Isabel, Santa Rosa de Viterbo, Santo André , Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São João Da Boa Vista, São Paulo, São Roque, São Vicente, Sete Barras, Sorocaba, Sumaré e Suzano.
Sergipe: não é feriado em 20 de novembro em nenhuma cidade do estado.
Tocantins: só o município de Porto Nacional tem, por lei municipal, feriado no 20 de novembro.
Com informações da EBC.
Imagem: Marcha do Orgulho Crespo/Facebool
Há fotógrafos que são motivados pela natureza, amor, animais, recém-nascidos. Não diminuindo a importância deles mas, felizmente há os que se motivem por algo mais complexo, que são os questionamentos sobre a condição humana e as desigualdades.
Essa foi a faísca, que ascendeu na fotografa Larissa Isis, de 28 anos, a vontade de dar visibilidade a um público que, apesar de representar a maioria no Brasil, não é retratado pelas lentes dos bons fotógrafos: as mulheres negras.
“Eu fui duas vezes aos EUA, na primeira voltada mais para compras, mas na última fui com um olhar mais observador em relação a presença dos negros na televisão, publicidade e imprensa, como eles aparecem muito mais do que aqui”, explica a fotógrafa de São José dos Campos. “Eu quis voltar e criar essas referências no Brasil”.
“I am tired” é um projeto dos fotógrafos americanos Paula Akpan e Harriet Evans com um registro de imagem de pessoas que escreviam em seu corpo algum tipo de cansaço em relação a alguma situação recorrente que lhes causavam incomodo. “Veio na minha cabeça que eu também estava cansada de algumas coisas e que eu poderia tocar esse projeto aqui no Brasil”. E foi o que ela fez, selecionando um grupo de mulheres negras de idades diversas que escreveram em uma lousa, frases e situações que elas estão cansadas de viver ou ouvir.
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“Eu escolhi fazer só com mulheres, porque dentro de uma escala de prioridades a mulher negra está por último. Em nenhum momento eu pedi para que elas inventassem as frases, elas são verdadeiras, são o que elas sentem ”, explica Larissa.
A militância de Larissa é recente. “Eu achava que não adiantava querer mudar, que nunca daria em nada e algumas pessoas com esse perfil, chegam em mim para falar do projeto. Alguns negros e brancos, acham que é um exagero”.
“Cansei de agredir o meu cabelo”. Essa é foi na opinião da fotógrafa, a foto mais forte do projeto. “Eu esperava que as fotografadas falassem do que não gostam de ouvir, mas nesse caso surgiu uma empatia, porque eu também estou passando por esse momento de transição capilar. “
O retorno positivo faz com que Larissa sinta que o seu projeto está cumprindo seu papel, no sentido de empoderar as mulheres. “Eu vejo pelo retorno das mulheres que me seguem no Instagram. Não estamos acostumadas a nos ver, a gente não tem referências e é isso que eu tento fazer com meu trabalho”, conclui a fotógrafa que está expondo seu trabalho em São José dos Campos.
Rog Walker e Bee Walker, que fotografaram o casamento de Solange knowles, irmã da Beyonce, Andre L. Perry, Fer Cesar e Gordon Parks. “Parks já é falecido, mas suas fotos retratam muito bem a segregação racial nos EUA.
O conceito de comércio e serviços feitos de negros para negros, amplamente usado por afro-americanos, vem caminhando a passos lentos, mas já tem alguns cases de sucesso aqui no Brasil. A escola de idiomas Ebony English é um deles.
Fundada em 2008 e atualmente com três sócios, a escola surgiu junto com a discussão das cotas nas Universidades e a suposta falta de qualificação de estudantes negros que buscavam inserção no mercado de trabalho.
“ A gente não tinha esse diferencial no Brasil que era ensino do idioma, com cultura negra e a Ebony tem isso, de oferecer um inglês, com a nossa cara”, explica Rodrigo Faustino, sócio e responsável pelo posicionamento estratégico da escola. Inclusive o pioneirismo do projeto abriu muitas portas para empresa fora do Brasil. “Nós temos muito contato com a comunidade negra americana, canadense até de Trinidad e Tobago, que são países que falam inglês, mas também têm uma comunidade negra bem atuante”.
Intercâmbios
A escola começou a investir em intercâmbios, enviando seus alunos para o exterior, mas, sobretudo, para países não tradicionais, fugindo dos destinos mais populares, como EUA e Europa. “Nós mandamos alunos para Nigéria, Gana, Jamaica, África do Sul, Senegal, Namíbia, o que aumentou nosso contato com essas comunidades”. Para Faustino os intercâmbios tornaram a Ebony English algo maior do que uma escola de inglês. “Nos tornamos um centro de integração da diáspora oferecemos inglês não apenas para o mercado de trabalho, ou para a proficiência do mestrado, mas sobretudo, para o empreendedorismo “, finaliza Faustino.
Os negros são a maior parcela da população brasileira: de acordo com dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), pretos e pardos são quase 53% dos brasileiros. Apesar disso, ainda são muitos os desafios enfrentados pelos afrodescendentes no dia a dia: salários menores, menos oportunidades de estudo e trabalho, desconfiança policial, entre outros. Diante deste quadro controverso, o Sesc Rio de Janeiro aproveita o Mês da Consciência Negra para discutir questões contemporâneas do negro no Brasil e celebrar o legado afrodescendente na cultura nacional com a programação “ÍMÓ: o despertar da consciência”, que reúne artistas e estudiosos em debates e apresentações culturais ao longo do mês de novembro. Entre os destaques, a festa de abertura no dia 10/11 (terça-feira), no Teatro Sesc Ginástico, com Martinho da Vila e homenagens, em evento com entrada franca. E a celebração do Sesc continua com uma extensa programação cultural a preços populares até o dia 25/11, com shows da Orquestra Contemporânea de Olinda, Afrojazz, Abayomi Afrobeat e Rico Dalasan, peças de teatro com o Coletivo de Negras Autoras e a Cia Os Crespos, entre outros.
A abertura do projeto, dia 10/11 (terça-feira), Martinho da Vila se apresenta no Teatro Sesc Ginástico com repertório e formato exclusivos para o Sesc, mesclando músicas do álbum “Origens” (1973) e histórias de sua relação com a África e em especial Angola, país que completa 40 anos de independência no dia seguinte à apresentação. Martinho vai fazer o encerramento da noite que começa com uma performance surpresa envolvendo dança, música, literatura, teatro e arte audiovisual, em que os atores André Lemos, Graciana Valadares, Sol Miranda, Thiago Catarino, Reinaldo Junior e Sergio Ricardo Loureiro; o músico Fábio Simões Soares; e a Iluminação de Allan Imianowsky, dirigidos por Tatiana Tibúrcio, vão apresentar, por meio da arte, as relações entre tradição e contemporaneidade, as apropriações e desdobramentos das diversas heranças culturais formativas do Brasil, e o papel de destaque da cultura afro-brasileira. Nesta noite, diversas personalidades negras de destaque na área de serviços, da música, do teatro, das tradições da cultura popular, e dos saberes das religiões fundamentadas nas relações do conhecimento e da ancestralidade serão homenageadas.
Além da arte, a programação abre espaço também para discussões e reflexões. O “ÍMÓ Seminário”, com mesas e apresentações artísticas no Sesc Flamengo e no Sesc Tijuca, de 11 a 14 de novembro, inclui uma homenagem ao professor, jornalista, escritor e historiador Joel Rufino dos Santos performada por Milton Gonçalves e mesas com temas variados, como herança africana, intolerância religiosa, linguagens artísticas urbanas e cinema, tudo sob a perspectiva da representação e participação d negro. Entre os participantes, o cineasta Luciano Vidigal, a rapper paulista Preta Rara, e variados estudiosos e escritores, como Pablo Dias Fortes e Edlaine de Campos Gomes.
Em toda essa pluralidade de linguagens, o projeto “ÍMÓ – o despertar da consciência” reflete o pensamento institucional do Sesc sobre o tema Consciência Negra e joga luz às discussões que afligem parte significativa da sociedade, em especial no Estado do Rio de Janeiro, um dos estados que recebeu parte significativa de negros escravizados. Negros esses que ajudaram a moldar as cidades e suas economias e forjaram o caráter de nação que hoje tem na miscigenação seu principal valor.
Para saber mais sobre o projeto “ÍMÓ – o despertar da consciência” e a programação completa do Mês da Consciência Negra acesse www.sescrio.org.br.
Serviço:
Abertura ÍMÓ – O Despertar da Consciência
10/11/2015, às 19h
Teatro Sesc Ginástico
Av. Graça Aranha, 187 – Centro. Tel.: 2279-4027
Classificação indicativa: livre
Entrada franca
– Atrações
Ímó mo jubá (“meus respeitos”, em ioruba) – homenagem a personalidades negras
Martinho da Vila, na apresentação inédita “Sem Fronteiras”
ÍMÓ Seminário
A segunda edição do “ÍMÓ Seminário”, que será aberta em 11/11 (quarta-feira), tem como homenageado o professor, jornalista, escritor e historiador Joel Rufino dos Santos, morto em setembro deste ano. Seu legado – a consciência mais expandida a respeito da cultura e herança africana no Brasil, além de dezenas de livros, entre romances, memórias, biografias, artigos, ensaios, obras de história e de sociologia – é o ponto de partida para os debates que acontecem no Sesc Flamengo e no Sesc Tijuca, até o dia 14/11. A abertura será uma celebração a Joel Rufino, comandada pelo ator Milton Gonçalves, e um debate entre os professores Ninfa Parreiras e Pablo Dias Fortes, mediados pela escritora e professora Suzana Vargas. No dia 12/11 (quinta-feira), o tema em discussão é a intolerância religiosa. As professoras Edlaine de Campos Gomes e Giovana Xavier, mediadas pelo jornalista Miguel Conde, discorrem sobre os recentes casos de ódio e agressões de motivação religiosa, em especial contra os cultos de matriz africana, e a importância de se garantir a liberdade religiosa em um estado laico. A noite ainda terá uma apresentação musical com o cantor, compositor e violonista Claudio Jorge, integrante da ala dos compositores da Vila Isabel e do músico, pesquisador e também violonista Luis Filipe de Lima.
A programação de debates continua no Sesc Tijuca, nos dias 13 e 14 novembro (sexta-feira e sábado), com discussões sobre os diferentes fazeres artísticos de influência negra, sobre o negro e pelos negros. No dia 13/11 (sexta-feira), os paulistas Preta Rara e Rico Dalasan, e o carioca Vinícius Terra, todos rappers, que vão falar sobre as experiências com a música de contestação e a representação dos jovens na estética da cultura urbana atual. No dia 14/11 (sábado), o cinema é o objeto de discussão entre os diretores André Novais Oliveira e Luciano Vidigal, mediados pela jornalista Ana Claudia Souza. Em pauta, a representação do negro no cinema contemporâneo, no que diz respeito à verossimilhança da ficção com relação à realidade.
Serviço:
– Sesc Flamengo: Rua Marquês de Abrantes, 99, Flamengo.
Classificação indicativa: livre
Entrada franca
11/11 (quarta-feira), 19h: Homenagem a Joel Rufino dos Santos com Milton Gonçalves
Encontro com Ninfa Parreiras e Pablo Dias Fortes (mediação: Susana Vargas)
12/11 (quinta-feira), 19h: Intolerância religiosa no Brasil: conflitos e negociações
Encontro com Edlaine de Campos Gomes e Giovana Xavier (mediação: Miguel Conde)
Apresentação musical: Claudio Jorge (voz e violão de 6 cordas) e Luis Filipe de Lima (violão de 7 cordas)
– Sesc Tijuca (biblioteca): R. Barão de Mesquita, 539.
Classificação indicativa: livre
Entrada franca
13/11 (sexta-feira), 19h: Hip Hop: os Griôs urbanos
Debatedores: Preta Rara e Rico Dalasam (mediação: Vinicius Terra)
14/11 (sábado), 16h: O retrato do negro no cinema contemporâneo
Debatedores: Luciano Vidigal e André Novais Oliveira (mediação: Ana Claudia Souza)
Teatro Sesc Ginástico – apresentações artísticas
De 11 a 25/11, o Teatro Sesc Ginástico recebe diferentes linguagens artísticas com uma coisa em comum: a dualidade entre ancestralidade e contemporaneidade no fazer artístico afrodescendente no Brasil. Sempre às 19h, com ingressos entre R$ 3 (associados Sesc) e R$ 10. Música, literatura e teatro formam o panorama da produção de artistas negros e sobre os negros.
Abordando os reflexos da escravidão no Brasil e a luta contra o racismo a Cia Banquete Cultural apresenta o espetáculo “Áurea, a Lei da Velha Senhora” na Sede Cia Banquete Cultural, até io dia 13 de dezembro.
A trama, dirigida por Jean Mendonça se passa nos dias atuais, em um casarão abandonado, que em tempos passados abrigou uma família de posses e seus escravos. Curiosamente, nesse lugar a escravidão ainda não foi abolida e os negros vivem em condições precárias sob a dominação de sua Velha Senhora Áurea. Até que surge Senhorinha, uma jovem justiceira que descobre o casarão e resolve lutar pela liberdade dos negros e pela abolição da Lei da Velha Senhora.
“O espetáculo confronta o espectador com essa realidade que muitos preferem ignorar. O fim do preconceito racial passa não só pelo reconhecimento da existência do racismo, mas principalmente pela compreensão da contribuição do negro para a identidade cultural brasileira”, afirma Jean.
Complementando a encenação teatral, será exibido o curta-metragem “Negrinho” da Cia Banquete Cultural, que mostra a vida de um menino negro de cinco anos em uma pequena casa numa comunidade quilombola com sua mãe e sua bisavó no interior brasileiro. Negrinho é um filósofo contemporâneo, que questiona a diferença de cor e desbrava um mundo ainda regido pelo preconceito, mesmo que velado.
Serviço
Áurea, a Lei da Velha Senhora Temporada completa: Até o dia 13 de dezembro, quinta a sábado, às 19h e domingo às 18h Local: Cia Banquete Cultural (Rua da Lapa, 243, Lapa, Rio de Janeiro/RJ – perto do metrô da Glória) Duração: 120 minutos Classificação etária: 18 anos Lotação máxima: 80 lugares Entrada: R$20 (inteira) e R$10 (meia) Reservas e informações:contato@banquetecultural.com ou (21)96918-8999
Programação paralela gratuita aos domingos às 15h na sede da Cia Banquete Cultural (rua da Lapa 243 Lapa Rio de Janeiro/RJ – próximo ao metrô da Glória):
15/11 – Aula prática de Capoeira Angola com André Sampaio
22/11 – Aula prática de Afro contemporâneo com Evandro Passos
29/11 – Debate sobre o curta “Negrinho” com Thaís Inácio
06/12 – Aula prática de Afro contemporâneo com Evandro Passos
13/12 – Debate sobre identidade afro-brasileira com Evandro Passos e Jean Mendonça
O termo inclusão parece fazer mais sentido, quando falamos de inserção de minorias em espaços ocupados pela maioria, o que parece no mínimo problemático, na perspectiva da população negra, que apesar de ser a maioria no Brasil, compõe a menor parte do quadro de funcionários das grandes empresas. Como diz Hélio Santos, em algumas organizações, nem a mulher do cafezinho é negra.
A prefeitura de São Paulo tem se movimentado no sentido de valorizar a diversidade internamente por meio Lei de Cotas (15.939/13), que destina 20% das vagas em concursos públicos para a população negra. Outro passo importante é portal São Paulo Diverso, desenvolvido em parceria entre Prefeitura, Microsoft e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e que oferece informações e ferramentas virtuais para aproximar trabalhadores afrodescendentes e empresas que possuem programas afirmativos.
Fórum São Paulo Diverso
“Uma cidade que tem quase 50% de sua população afrodescendente, tinha que fazer um gesto como este. Temos uma grande oportunidade de fazer a diferença”. Essa fala faz parte do discurso do prefeito de São Paulo Fernando Haddad, durante a abertura do 2º Fórum São Paulo Diverso, que aconteceu no dia 5 de novembro, no Auditório Elis Regina (Anhembi).
Também estiveram presentes o Secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ronaldo Barros, da Assessora Principal na Divisão de Gênero e Diversidade do BID, Judith Morrison e do Presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão. “É uma ação que está sendo referência na América Latina e no mundo, porque é a uma parceria público-privada pela inclusão e combate às desigualdades. Hoje, vamos trocar informações e ver como podemos avançar ainda mais”, disse o anfitrião e Secretário Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Maurício Pestana.
O 2º. Fórum São Paulo Diverso foi composto por seis painéis que abordaram questões referentes ao desenvolvimento econômico inclusivo, com foco em soluções para melhorar o acesso da população afrodescendente às oportunidades já existentes no mercado de trabalho e dos negócios; e no incentivo à criação de políticas inclusivas no ambiente corporativo. Temas como legislação, educação, tecnologia e empreendedorismo estiveram em pauta.
Estiveram presentes líderes de grandes empresas, entre eles o Presidente da Bayer no Brasil, Theo Van Der Loo; o Vice-presidente da Microsoft Brasil, Rodney Willians e a Diretora de Cidadania Corporativa da IBM, Alcely Barroso, Paulo Pianez, Diretor de Sustentabilidade do Carrefour, Judith Morrison do BID e o Presidente do Instituto Ethos.
Aplicativo para empregar jovens negros
Um concurso realizando pela Microsoft e Faculdade Anhanguera (Vila Mariana) premiou equipes de estudantes que desenvolveram projetos e modelos de aplicativos para aumentar o número de jovens negros no mercado de trabalho, em uma maratona de 30 horas. Eles receberam o prêmio Prêmio Hackathon da Igualdade Racial, placas, medalhas além do convite para visitar a Microsoft.